Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

Radio

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

PRESENTE DE DEUS


Nada na vida acontece em vão.


Se um dia, ao acordar, você encontrasse, ao lado de sua cama, um lindo pacote embrulhado com fitas coloridas, o que você iria fazer?
Possivelmente você o abriria, antes mesmo de lavar o rosto, rasgando o papel, curioso para ver o que havia dentro.
Talvez houvesse ali algo de que você nem gostasse muito... Você guardaria a caixa, pensando então no que fazer com aquele presente aparentemente “inútil”...
Mas no dia seguinte, porém, lá está outra caixa... Mais uma vez você abre correndo e, dessa vez, porém, há alguma coisa de que você gosta muito... Uma lembrança de alguém distante, uma roupa que você viu na vitrine, a chave de seu carro novo, um casaco nos dias de frio ou simplesmente um ramo de flores de alguém que se lembrou de você...
E isso acontece todos os dias, mas nós nem percebemos...
Quando acordamos, lá está, à nossa frente, uma caixa de presentes enviada por Deus, especialmente para nós: um dia inteirinho para usarmos da melhor forma possível!
Às vezes, ele (o dia) vem cheio de problemas, coisas que não conseguimos resolver, tristezas, decepções, lágrimas... Mas, outras vezes, vem cheio de boas surpresas: alegrias, vitórias, conquistas...
O mais importante, todos os dias, é que Deus embrulha pra nós, enquanto dormimos, com todo o carinho, nosso PRESENTE: o dia seguinte...
Ele cerca o nosso dia com fitas coloridas, não importa o que esteja por vir nesse dia. Quando acordamos, chamamos de PRESENTE: o momento, agora... O PRESENTE de Deus para nós!!!
Nem sempre Ele nos manda o que esperamos, o que queremos... Mas, Ele sempre, sempre e sempre, nos manda o melhor, o de que precisamos muito mais do que merecemos...
Todos os dias, você abra seu PRESENTE, primeiro agradecendo a quem o mandou, sem se importar com o que vem dentro do “pacote”! Se não veio hoje o PRESENTE que esperava, não desista... Abra o de amanhã com mais carinho, pois a qualquer momento, seu sonho chegará... E chegará embrulhadinho pra PRESENTE!
Lembre-se de que DEUS não atende as nossas vontades, mas sim, as nossas necessidades.
O texto acima é de um e-mail que recebi. Ele me fez lembrar que depois de uma noite escura o sol sempre nasce! Que “o sol brilha para todos!”.
 Achei-o propício às festas de Natal e Réveillon, quando a fraternidade e a solidariedade são despertadas no coração pela sublime energia do amor.
“Nos vossos dias de alegria, vossas festas [...] vos lembrarão à memória de vosso Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus.” (Números 10,10).
Quem não gosta de receber um presente de Natal ou de Ano Novo?
Nessas gostosas confraternizações damos boas risadas recordando momentos de superação e trocamos presentes, que por mais simples que sejam nos alegram.
O PRESENTE, nessas ocasiões, vale muito mais pelo significado que ele representa do que pelo seu valor em si.
Segundo a epístola de Paulo a Tiago 1,17: “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade”.
O PRESENTE simboliza então as dádivas que vêm de Deus. Daí a gratidão, nessas ocasiões, pela colheita das boas sementes espalhadas no passado e a esperança de dias melhores no futuro. Pois, segundo o Livro dos Espíritos (799): “Quando a vida futura não estiver mais encoberta pela dúvida, o homem compreenderá melhor que pode garantir seu futuro por meio do PRESENTE”.
Simboliza, também, a renovação interior, que desperta a humanidade para a semeadura de novos brotos de paz e justiça na Terra; “pois o Senhor retribui a dádiva, e recompensar-te-á tudo sete vezes mais” (Eclesiástico 35,13).
O sentimento de renovação traz uma nova energia que supera dificuldades, que consolida propósitos, que proporciona novos avanços e colheita farta. É hora de otimismo, de pensamentos positivos... É a hora do recomeço com menos materialismo e mais espiritualidade.
Enfim, é o tempo de regeneração, de prevalência da bondade e da cooperação permanente... Tempos de prosperidade!
.Faça parte da vida daqueles que acreditam que: ontem é passado, amanhã é futuro, hoje é uma dádiva, e por isso é chamado PRESENTE.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

CONSULTORORIA OU COACHING?


“O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos diariamente”. (Robert Collier).


Um Pastor estava no campo, junto ao seu rebanho, quando apareceu um forasteiro, alegre, animado, que o cumprimentou e puxou conversa:
‒ Se eu disser quantas ovelhas tem no campo, você dá uma pra mim!?
‒ Dou sim, respondeu o Pastor.
O forasteiro pegou o seu computador portátil, acessou a internet e, via satélite, em poucos minutos já tinha os dados precisos do rebanho. Então, olhou para o Pastor e disse:
‒ Você tem 2.867 ovelhas.
‒ Tudo bem! Pode pegar uma pra você – disse meio impressionado o Pastor.
Quando o forasteiro ia se retirar o Pastor perguntou:
‒ Se eu disser que profissão é a sua você devolve o animal?
‒ Sim, com o maior prazer. Qual é então a minha profissão?
‒ Você é Consultor – afirmou convicto o Pastor.
‒ Mas, como você descobriu?
‒ Foi muito fácil – explicou o Pastor – você chegou aqui dando palpites, sem ser chamado, sem entender nada do meu serviço e disse tudo o que eu já sabia. E por favor, devolva meu cachorro peludo!
O Consultor é aquela pessoa que dá pareceres acerca de assuntos de sua especialidade. É uma pessoa conhecedora e com grande experiência, contratada para aconselhar o cliente a alcançar os objetivos e as metas preestabelecidas do seu empreendimento.
Atualmente muitos pensam que Consultor é o mesmo que Coach (pronuncia-se Kôutch). Mas não é! Pois embora tenham algumas semelhanças de funções, eles se utilizam de metodologias bem diferentes.
Consultor é o profissional de uma Consultoria, enquanto que Coach é o profissional de Coaching.
O Coach não aconselha, não apresenta soluções que a situação requeira, nem diz ao cliente o que deve fazer. Pois, visa superar os hábitos mentais do cliente que possam inibi-lo de um bom desempenho na empresa.
Nas sessões de Coaching o cliente é levado a descobrir que ele é o maior responsável pelas tomadas de decisões que possam dar soluções às dificuldades enfrentadas pela empresa. E para tanto, que ele deve estar motivado, não perder o foco do empreendimento, para identificar os seus pontos fortes e agir de forma organizada com rapidez e assertividade, potencializando seu desempenho para alcançar os resultados esperados.
 O Consultor atua de forma direta para o desempenho da empresa, apresentando alternativas e soluções, enquanto que o Coach, ao invés de dar respostas prontas, busca aprimorar o seu cliente agregando valores ao seu trabalho; mostrando que todos podem evoluir e superar bloqueios.
Apesar do sentido provocador da história inicial desta crônica, já está comprovado, que um administrador moderno precisa de algumas sessões de Coaching e de uma boa Consultoria se quer ver seus negócios em alta.
Sabe-se, atualmente, quão isso é importante para a gestão eficaz de uma empresa! Pensando nisso, extraí do Programa Qualidade da FUKUKAWA, os dez mandamentos, a seguir, para o sucesso de uma empresa.
01.  Não procure desculpas, não culpe os outros e não fale do passado.
02.  Gaste energia em procurar soluções ao invés de procurar razões para o fracasso.
03.  Não se preocupe antecipadamente; enfrente as situações.
04.  Faça acontecer imediatamente as coisas.
05.  Aproveite as dificuldades para encontrar as melhores idéias e soluções.
06.  Não se perca na busca da perfeição, aja rápido mesmo que o resultado seja parcial.
07.  Substitua os trabalhos inúteis pelos úteis e lucrativos.
08.  Antes de recorrer aos recursos financeiros, use a criatividade melhorando métodos e processos. Se não é capaz de ter boas idéias, pelo menos sue a camisa.
09.  Melhoramentos são intermináveis, busque-os continuamente.
10.  Destrua os mitos, rejeite os preconceitos; e se necessário contrarie o “bom senso tradicional”.

sábado, 7 de dezembro de 2019

NÃO DOU NADA!


“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados.” (Mahatma Gandhi).


Eram dois amigos de aperitivos num barzinho de Itararé. O mais velho era Fabricante de caixões-de-defunto e o outro um conhecido Carteiro.
O Fabricante tinha um irmão que precisava urgentemente da doação de um fígado. Por isso, sempre que ele se encontrava com seu amigo Carteiro – lá no barzinho –, reclamava da dificuldade de se encontrar um doador de órgãos.
Passou o tempo, e um dia, num acidente de carro, faleceu o filho do Carteiro. Imediatamente ele saiu procurando o amigo das urnas funerárias.
Quando este soube que o Carteiro o estava procurando, se destemperou:
“Eu não vou doar caixão pra ninguém! Esse Carteiro que compre um, se quiser dar um enterro digno ao seu filho. Estou cansado de gente pedindo caixão de graça! Por mim que se lasque! NÃO DOU NADA!”.
Dali a pouco o Carteiro, na sua bicicleta e uniformizado, boné na cabeça, suado, aparece no barzinho e saúda alegremente o amigo da funerária, que acabava de fazer os referidos comentários.
– Oi Zé! Posso falar com você?
– Eu já falei pra eles aqui, que não tenho nenhum caixão...
– Espere aí! Não é sobre isso que eu quero falar...
– Então, desembuche logo, que estou com pressa.
– Sabe Zé, você se lembra das vezes que me falava do seu irmão que precisava fazer um transplante?
– Lembro sim. – Ele respondeu já meio desenxabido.
– Pois eu vim oferecer ao seu irmão o fígado do meu filho, que acabou de falecer num acidente automobilístico. Será que vocês aceitam?
– Oh, Sim! Com o maior prazer! Puxa vida! Obrigado amigo...
Não é preciso descrever a vergonha do Fabricante de caixões-de-defunto, perante seus amigos do barzinho! E que lição de vida deu o Carteiro!
Essa é uma história real de Itararé (com personagens fictícios, é claro!), e que leva a gente a fazer uma profunda reflexão sobre nossos preconceitos (pré-conceitos), que são idéias formuladas antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimentos dos fatos.
A idéia preconcebida é própria de gente egoísta, que julga os outros por si mesmo, como se estivesse na frente de um espelho. Pessoas assim são incapazes de um gesto de altruísmo.
O julgamento precipitado pode nos causar sérios aborrecimentos; pois, pela lei divina do retorno, será aplicado a nós com a mesma severidade.
O preconceito é um mal dos tempos atuais, que tende a desaparecer do planeta, pois retarda o progresso moral da humanidade.
Veja, por exemplo, a questão dos transplantes de órgãos. Quanta ideia preconcebida em relação à doação de órgãos! E essa questão da escassez de órgãos para transplantes somente será resolvida através de um intenso esforço de educação de toda a sociedade.
Todo ano, em comemoração ao dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, 27 de setembro, o governo faz campanhas; todavia, elas não podem ficar restritas apenas a um período de conscientização. É um processo de longo prazo, que deve ser iniciado nas escolas. Pois é um exercício de cidadania.
Despertando a curiosidade de muita gente, há muitos anos uma voz macia e aveludada invade os corredores dos aeroportos brasileiros para divulgar o Disque Transplante no rádio: “Atenção passageiros com destino à outra dimensão, informamos que em sua definitiva viagem itens como coração, fígado, olhos e demais órgãos são desnecessários. Para doá-los ligue: 0800 8832323. Doe seus órgãos!”.
Pense nisso! Não deixe para entender só quando acontecer com você! Diga que você é DOADOR DE ÓRGÃOS. Pois esta é a maior manifestação de amor que você pode dar. Mas antes converse com sua família sobre isso.
As coisas mais importantes precisam ser ditas em vida!  Como disse certa vez João Ubaldo Ribeiro: “Nenhum de nós pode considerar-se livre da possibilidade de precisar de um órgão transplantado, o destino aponta para qualquer um”.

sábado, 30 de novembro de 2019

JOGUE FORA SUAS BATATAS


“Todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado...” (Mateus 5,22).


A professora pediu aos alunos:
‒ Na segunda-feira cada um traga à escola uma sacola com batatas.
No dia marcado, a professora, depois de verificar que todos tinham atendido o seu pedido, deu uma tarefa a cada aluno:
‒ Separe uma batata para cada pessoa que te magoou ou que de alguma forma te fez sofrer. Escreva o nome da pessoa na batata e coloque dentro da sacola.
Eles pensaram, pensaram e foram lembrando uma a uma... Algumas sacolas ficaram pesadas! Quando todos tinham executado essa tarefa a professora avisou:
‒ Quero que cada um carregue essas batatas por onde quer que ande. Tá bem!
Com o tempo as batatas foram se estragando. Era um incômodo carregar a sacola e ainda sentir o mau cheiro. Além disso, a preocupação em não esquecê-la em algum lugar fazia com que deixassem de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles.
A lição foi entendida pelos alunos; e a professora encerrou a tarefa, dizendo:
‒ Agora sabemos que carregar mágoas é tão ruim quanto carregar batatas, não é mesmo! Quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa aumenta o stress e rouba nossa alegria. Alguém aqui sabe como resolver isso?
‒ Jogando fora as batatas! – disse timidamente um menino.
‒ Muito bem! Essa é a forma de deixar os maus sentimentos irem embora. Isso se chama PERDOAR.
Perdoar é a única forma de trazer de volta a paz e a calma.
Então, Joguem fora suas “batatas”!
Vamos lá. Sorriam!!!
As relações entre as pessoas devem ser sempre de concórdia e de união.
A mágoa é uma ofensa, um insulto à benevolência recíproca e à fraternidade. Contraria a lei do amor e da caridade, pois alimenta o ódio e o rancor. Por isso, assim como as batatas, deve ser descartada e jogada pra fora.
A mágoa é um veneno no coração. E o mundo está repleto de pessoas que têm sorrisos nos lábios e corações doentes, pelos dardos envenenados que atiram e recebem de volta. Não adianta leite e mel nos lábios se o coração não absorve esses alimentos.
A mágoa é o orgulho ferido por uma opinião contrária que faz a gente rejeitar as observações justas e repelir os mais sábios conselhos.  O magoado se volta contra tudo e contra todos. E essa atitude acaba alterando a sua saúde e comprometendo sua vida. Sabe por quê?
Porque a mágoa é uma prisão! A pessoa magoada fica permanentemente num looping mental; ou seja, num laço que a prende em torno de algo que a magoa. Como ela não consegue se desvencilhar disso, acaba sendo a primeira vítima de seu próprio ressentimento... E depois prejudica outras, pois a sua vibração negativa reverbera no ambiente em que vive e repercute nas pessoas a sua volta, que acabam dela se afastando.
E ninguém será o seu salvador, a não ser ela mesma! Somos o que vibramos!
A pessoa magoada é que precisa interiormente se modificar, para se libertar dos laços que a prendem; para sair da vibração negativa que a entristece.
Só pelo mal que a mágoa nos causa, já é o suficiente pra gente fazer esforços para dominá-la.  E nesses esforços se incluem, necessariamente, a reconciliação e o perdão das ofensas, assim como a gratidão a Deus pelas conquistas.
Transforme-se, que o seu interior renovado vai refletir na sua vida exterior... Vai refletir a satisfação de viver a paz e uma alegria incontida.
Para você que tem fé e acredita em Deus, o infinito passa logo ali, e o impossível já começa a acontecer!
É preciso, pois ter fé e crer, para experimentar a mudança e se condicionar a uma nova realidade. Pois, como disse Jesus: “quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus” (João 3,3).
E o Reino de Deus tem como lei a doçura, a moderação, a afabilidade e a paciência. Porque estas são as formas da manifestação do amor. Por conseguinte, a mágoa, como qualquer outra descortesia com o próximo, deve ser condenada e apagada de uma consciência que desperta.
Vós sois deuses! – disse o Mestre. Ou seja, cada um de nós é uma Centelha Divina; uma extensão de Deus. Você tem o poder de cocriar uma nova realidade.
Busque então a luz da sua essência, ilumine-se e ative um novo DNA dentro de si. Obviamente,... “SEM BATATAS”!

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

A PROSTITUTA


Disse Jesus: “Dou a minha vida pelas minhas ovelhas” ( João 10,15).


No livro “Na Luz do Evangelho” – psicografia de Sebastião Anselmo, pelo Espírito Tetsue –, encontrei a história, a seguir, na qual fiz adaptações e, ao final, uma reflexão sobre o tema proposto.
Raquel tivera uma infância infeliz: não conhecera seu pai e sua mãe, e com 11 anos já vivia sem arrimo e sem abrigo.
Marta, uma das irmãs mais velhas, apiedou-se da situação da irmã solteira e recolheu-a em sua casa.
Efraim, marido de Marta, reparando na beleza da cunhada, pôs-se a persegui-la insistentemente durante as ausências da esposa. E certa vez, durante uma ausência mais demorada da irmã, Raquel não conseguiu conter os desenfreados impulsos do cunhado, que a possuiu.
Envergonhada, fugiu de Naim e foi morar em Betânia onde, para sobreviver, arranjou emprego em uma taberna e rendeu-se à vida fácil.
Raquel tornou-se grande amiga de Maria, conhecida por Madalena, e estranhou quando esta lhe afirmou haver conhecido um homem diferente que a libertara da escravidão dos desejos da carne e lhe mostrara que se pode ser feliz vivendo na miséria ou na enfermidade.
Raquel quis conhecer o tal homem.
Quando Jesus passou por Betânia, hospedou-se na casa de Simão, o Lázaro.
Uma noite quando conversava com Lázaro e outros discípulos, Madalena chegou acompanhada pela amiga. Jesus parou de falar e fitou com seu olhar sereno e amigo os olhos de Raquel, que estremeceu e não conseguia desviar o seu olhar dos olhos do Mestre.
Após longo silêncio, Jesus disse:
‒ Raquel, tenho esperado por você.
Raquel, surpresa por ter sido chamada pelo nome, inquiriu:
‒ Senhor, de onde me conheces?
‒ Conheço uma a uma as ovelhas que o Pai me confiou – respondeu Jesus.
‒ Tens me esperado para que, Senhor?
‒ Para construirmos junto um reinado de Amor e Luz entre os homens.
‒ Não posso, sou uma prostituta.
‒ Todo aquele que se acomodou com os prazeres materiais, em detrimento dos valores espirituais prostitui-se de algum modo. Mas assim mesmo o Pai nos espera com os braços abertos.
Raquel, sentindo a força fluídica e o poder magnético de suas palavras, sentiu os olhos transbordarem de lágrimas e, caindo de joelhos, disse:
‒ Eis-me aqui, Senhor, que queres que eu faça?
‒ Quero que me auxilies a semear a boa semente do amor e do perdão nesta imensa seara que o Pai me confiou. Há muitos que, como você, vivem equivocados pensando que os prazeres da carne são a mais alta conquista alcançado pelo homem. Quero que me ajude a quebrar este mito. De hoje em diante quero que sintas o prazer de servir incansavelmente a todos que te cercam, sem jamais exigir coisa alguma em troca, perdoando e amando aos ofensores, amparando os fracos e iluminando o caminho dos tristes e vacilantes.
Quando o Mestre partiu de Betânia deixou uma Raquel renovada.
Após o desencarne do Mestre, ela e Madalena regressaram a Betânia onde serviram incansavelmente em nome do Mestre. Trocaram o abrigo pelo relento, a fartura pela necessidade, a posse pela privação, a saúde pela doença e, após longos anos de trabalho na construção íntima do Reino de Deus, trocaram a vida pela morte do corpo físico, e a morte pela vida do Espírito Imortal.
Simbolicamente, Raquel representa todos os pecadores da Terra, que Jesus espera um dia que possam semear a boa semente do amor e do perdão.
Jesus conhece a todos nós pelo nome, pois, em João 10,27, ele afirma que: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”.
Todos nós podemos seguir Jesus! Não importa se somos pecadores, pois Deus nos espera de braços abertos. Basta fazermos o bem, amando o próximo como a nós mesmos, praticando a caridade!
O Mestre pede para quebrar o mito equivocado de que o prazer do sexo é a mais alta conquista.  E lembra àqueles, que condenam uma prostituta, de que também serão condenados por prostituir-se de algum modo. Por isso, não se deve condenar ninguém sem conhecer a sua história, a sua intimidade, o seu coração...
Deus julga a intenção! (L.E. 670).
“Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra” (João 8,7).

domingo, 17 de novembro de 2019

VIDA CONTEMPLATIVA


“Deus lhe pedirá contas do bem que não houver feito”. (L.E. questão 657).


Conheci, na mocidade, um agricultor que ganhou um bom dinheiro numa safra. Pagou as dívidas e comprou um fusca zero km, bem equipado, com direito a entrega na sua casa, na zona rural, com fotos e entrevista para publicidade.
Ninguém via o fusca rodando. Estava sempre novo, parado na garagem. Mas se alguém perguntava sobre a rodagem do carro, o dono meio acanhado logo dizia: “tá zero km”. E se desculpava: “ainda não tirei a carteira de motorista”.
O tempo passava..., e continuava o fusca lá na garagem! A esposa e nem os filhos podiam usufruir daquela máquina!
Nenhum motorista podia utilizar o carro. E agora ele se justificava de outro jeito: “tô aguardando comprador; é carro de garagem, zero km; valorizou!”.
Alguns anos depois ele adoeceu e os familiares resolveram usar aquele veículo para levá-lo ao hospital. Mas quem diz do carro pegar! Ele acabou sendo levado de ônibus, encalhando na estrada, chegando ao hospital sofrendo muito. Um dia depois não resistiu e veio a falecer.
Quando os herdeiros resolveram consertar o carro, foram surpreendidos com a má notícia dada pelo mecânico: “É... Acho que o motor tá fundido!”.
Final da história, o fusca foi vendido pela metade do preço de tabela.
Lembrei-me deste episódio verídico como analogia ao tema ora proposto.
Vida Contemplativa é uma vida mística de devoção, de meditação, de crença numa divindade e no sobrenatural.
A Vida Contemplativa ou Mística, simbolicamente é como o veículo parado, que não sai do lugar ou que só fica na garagem. Tem alguma utilidade? Não! Pois é um carro inútil, sem serventia.
A pessoa que se isola para não se expor ao pecado ou às tentações da vida, e se entrega a uma Vida Contemplativa, meditativa, só de rezas aos santos, anjos, espíritos ou ao Criador, mesmo não fazendo nenhum mal, não tem mérito algum aos olhos de Deus! Sabe por quê?
Porque é uma pessoa inútil à vida! Se não faz o mal, também não faz o bem. E não fazer o bem já é um mal – um pecado a ser reparado um dia.  E pior ainda é quando seus atos desmentem a doutrina que prega! Pois às vezes não faz o mal, mas tira proveito do mal feito por outrem!
Devemos fazer o bem no limite de nossas forças; pois responderemos perante Deus por todo o mal que resultar de não havermos praticado o bem.
Pela Vida Contemplativa temos que pensar em Deus, mas só isso não basta, pois Deus deu a todos nós deveres a cumprir na Terra, que exigem uma Vida Ativa (de ação!). Uma vida para agir com livre-arbítrio e obter o mérito daquilo que se faz de bem: como servir ao próximo; à família; lutar pelo desenvolvimento local; pela paz... Enfim, ser útil à humanidade.
Disse Paulo que “Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2,26).
Da mesma forma podemos dizer que a fé mística, contemplativa, sem ações (obras) é morta. Não salva ninguém!
E Jesus dizia: “Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro?” (Mc 4,21).
Colocar a candeia debaixo do alqueire é impedir sua claridade. O Cristo quer que nossa luz espiritual seja colocada sobre o candeeiro, para que brilhe a todas as pessoas. Assim, seremos dignos de mérito aos olhos de Deus.
Quando o Mestre mandou “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” estava também, de certa forma, nos ensinando dois preceitos:
Da AdoraçãoAmar a Deus – lei natural que está no nosso coração. E que consiste na elevação do pensamento ao Criador (Vida Contemplativa, de meditação) para sentirmos a Sua presença e recebermos a Sua proteção.
● Da EvoluçãoAmar ao Próximo – lei natural pela qual o ser humano traz em si o germe do seu aprimoramento (Vida Ativa, de ação). E que consiste na lapidação do Espírito por todos os meios de convivência e no aperfeiçoamento moral da alma através do amor fraternal, da solidariedade e da caridade...
Este preceito evolutivo visa tanto o progresso material quanto o espiritual. É aquisição de experiências que desenvolve a inteligência, educa e revigora a moral.
Buscando a perfeição espiritual o ser humano é feliz, pois chegará ao ponto de se aproximar de Deus e de poder vê-Lo em toda a sua glória eterna!  

sábado, 9 de novembro de 2019

SABEDORIA SALOMÔNICA

“Qualquer homem, mesmo perfeito, entre os homens, não será nada, se lhe falta a Sabedoria que vem de Deus” (Livro da Sabedoria 9, 6).



A Sabedoria protesta nas ruas e faz ouvir sua voz quando reclama: até quando os insensatos amarão a tolice e os tolos odiarão à ciência? Até quando o país terá representantes corruptos no poder?
É num governo honesto que há prosperidade. É no número de sábios que se encontra a salvação do mundo. Cultivemos, então, a Sabedoria.
Sabedoria não pode ser confundida com Cultura. Enquanto a Cultura vem de fora para dentro, a Sabedoria, ao contrário, nasce dentro de nós; pois vem do coração, da alma da pessoa.
De acordo com este conceito, um analfabeto, sem cultura, pode ser sábio se souber meditar sobre as verdades da vida.
As escolas poderão desenvolver a Sabedoria ensinando “o aluno a pensar” e adotando um “tratamento transversal” para as questões sociais. Para tanto, abordarão temas importantes que extrapolem obliquamente o currículo escolar – presentes sob as formas mais variadas na vida cotidiana.
Conforme essa ideia, valores e princípios democráticos de cidadania como o respeito, a responsabilidade, a transparência, a equidade, a paz, a sensatez, a moralidade e a ética, são fundamentais. Virtudes como a bondade, tolerância, paciência, caridade, amizade, generosidade, humildade, fraternidade, solidariedade, sinceridade e honradez, são também ensinamentos relevantes. Enfim, o currículo escolar do sábio do futuro não pode descuidar dos temas e de todas as atividades que possam desenvolver o pensamento lógico do aluno.
O rei Salomão legou à humanidade uma doutrina sobre a Sabedoria e ficou conhecido pela sensatez de suas decisões.
Duas mulheres se apresentaram diante dele certa vez, e uma delas disse:
– Ó rei Salomão! Eu e esta mulher moramos na mesma casa. Ela estava comigo quando tive um filho. Dois dias depois, ela também deu à luz um menino. Aconteceu que numa noite ela rolou sem querer sobre seu filho e o sufocou. Então, levantou-se enquanto eu dormia, pegou o meu filho e o colocou na cama dela. Depois, colocou o menino morto nos meus braços. Quando me levantei para dar de mamar a meu nenê, vi que estava morto. Mas, quando reparei bem, percebi que não era o meu filho.
– Não é verdade – retrucou a outra mulher. – Pelo contrário, meu filho é o que está vivo, e o dela é o que está morto!
– Não! – replicou a primeira mulher.
– O morto é seu, e o vivo é meu!
E a discussão prosseguiu assim na frente do rei. Até que Salomão mandou buscar uma espada e, então, determinou:
– Cortem a criança viva pelo meio e dêem a metade a cada uma delas!
Então, uma das mulheres falou:
– Podem cortá-la, pois, assim, ela não será nem minha e nem dela!
Mas a verdadeira mãe, com o coração cheio de amor pelo filho, disse:
– Senhor, não mate meu filho! Por favor, o entregue a esta mulher.
Aí então o rei deu a sentença final:
– Não matem o menino. Entreguem essa criança à segunda mulher, pois é ela a sua verdadeira mãe.
Esta decisão fez o povo admirar Salomão, pois viram que Deus lhe tinha dado Sabedoria para julgar com justiça.
A Justiça consiste no respeito aos direitos de cada um. Deus colocou esse sentimento no coração de cada pessoa. Portanto, a primeira obrigação do ser humano para ser sempre justo é respeitar os direitos dos seus semelhantes.
Eis, então, o critério da verdadeira Justiça: “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles” (Mateus 7,12).
Como todos nós temos o livre-arbítrio para agir, compete ao Tribunal da Consciência de cada um, julgar todos os atos praticados. É a nossa própria Consciência que nos condena ou nos absolve. O remorso é um exemplo disso!
Por isso, na dúvida “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados” (disse Jesus, em Lucas 6,37).
Mas, como pode alguém distinguir o certo do errado sem julgar, sem avaliar?
Portanto, para haver uma reta Justiça tem que haver um julgamento!... O próprio Mestre, contudo, recomenda: “Não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça” (João 7,24). Ou seja, julgue com Sabedoria, como fez Salomão.

sábado, 2 de novembro de 2019

APRENDA A VIVER COMO AS FLORES!


 “Na vida, seja um girassol: siga sempre a luz”.



Num velório, um velho e seu neto viam o cadáver galvanizado de flores, quando o jovem, curioso, pergunta:
‒ Vô, que significam as flores nesta homenagem póstuma de despedida?
‒ O singelo ramo de flor usado por amigos e familiares para as condolências no Velório ou no Campo Santo, serve para expressar toda a afetividade que envolve a perda de uma pessoa querida. A pujança do Amor está na beleza das flores, que reflete todo o esplendor da criação divina. A delicadeza das flores e a agradável doçura do aroma que exalam faz que a despedida seja suave e pacífica.
‒ Vovô, e as coroas de flores?
‒ Meu neto, o fruto nunca vem antes da flor! Pois a flor representa a essência da vida: o Amor presente em nós, que transforma lágrimas em sorrisos... Amor que um dia vai frutificar. Daí a forma circular da coroa de flores simbolizar a continuidade da vida: a Vida Eterna!
Ouvi isso e visualizei as coroas, com suas mensagens em letras garrafais, que ajudavam os familiares a encontrar forças para continuar... Então me lembrei de um aluno pedindo conselhos à sua Mestra.
‒ Dona..., alguns dos meus colegas falam demais, mentem e me caluniam.  O que devo fazer para não me aborrecer?
Aprenda a viver como as flores!
‒ Mas como é viver como as flores?
‒ Repare – disse ela, apontando para o jardim da escola. ‒ Estas flores nascem no esterco, mas são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo que você se angustie com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos dos outros são deles, e, não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimentos. Exercitar, pois, a virtude é rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores!
Não corra atrás das borboletas, cuide do seu jardim e elas virão até você!
Então, pensei no enterro e nas muitas questões que a morte ainda suscita.
O DIA DO VELÓRIO ou o DIA DE FINADOS é só um Dia Especial de preces pelos “mortos”, que estão vivos na espiritualidade. Um dia de irradiação mental, de pensamentos edificantes, de oração que eleva o padrão vibratório e dá serenidade ao ente querido já falecido.
E por que o tempo mínimo de 24h para o sepultamento deve ser respeitado?
Porque há casos de pessoas que podem retornar à vida durante o velório.
 Veja no evangelho o Caso de Lázaro! Ele provavelmente sofria de catalepsia – fenômeno este que tanto pode durar uma hora como alguns dias!
MORTE deve ser restrita à matéria, porque para o Espírito é só desligamento.
Ao nascer o Espírito se liga ao corpo por um laço energético, conhecido como “cordão de prata”, luminoso, flexível, semimaterial, intangível e invisível, devido a sua densidade tão sutil.
 A alma permanece com o “cordão de prata” até a “morte”, quando então se rompe e se desliga (como um fio elétrico que se tira da tomada!). Por isso, diz Eclesiastes (12: 1 e 6): “Lembra-te de teu Criador nos dias de tua juventude [...] antes que se rompa o cordão de prata”.
Segundo um Santo: “morreis todos os dias”. Ao dormir você fica por alguns momentos no mesmo estado em que ficará, de forma definitiva, após a “morte”. Então, os Sonhos e os casos de Êxtase, de Sonambulismo e de Letargia nada mais são do que estados de independência da alma, porém, sem o rompimento do cordão de prata!
Jesus, animado pelo Espírito de Deus, depois de assegurar que “nenhuma de suas ovelhas se perderá” (Lucas 15,4), ainda acrescentou: “Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância” (João 10,10); “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar” (João 14,2).
O Espírito é Imortal.  É uma centelha divina. O que morre é o corpo de carne.
Glória! Aleluia! Aleluia! Aleluia!
O desencarnado vive! Viiveeeee!...
E continua sendo o mesmo após sua passagem. Pois a “morte” não muda instantaneamente a índole de ninguém. O Espírito desligado, livre da veste de carne, pode, então, ouvir ou receber as vibrações mentais a ele enviadas!
E outra coisa: MORRER NÃO DÓI. O que dói é o que pesa na consciência. Como nos disse o Mestre: “[...] a cada um segundo suas obras” (Mateus 16,27).
Aprenda a viver como as flores para morrer e renascer para a Vida Eterna!

sábado, 26 de outubro de 2019

A LINGUAGEM DO CORAÇÃO


“Que o Senhor dirija os vossos corações para o amor de Deus...” (II Tessalonicenses 3,5).


Um gênio da pintura, após concluir uma linda tela, decidiu apresentá-la ao público de sua cidade.
A Cultura local organizou então um impecável Vernissage de inauguração para exibição oficial dessa preciosa obra.
O Vernissage foi bastante concorrido. Compareceu um seleto público composto por amigos, artistas, críticos, jornalistas, autoridades e muita gente admiradora do trabalho desse renomado artista.
Chegado o momento mais esperado pelos presentes, após uma breve exposição de abertura, tirou-se o pano que cobria a tela. Calorosos aplausos se ouviram... Admiração total!
A tela era uma figura comovente e impressionante de Jesus batendo à porta de uma casa. A impressão que se tinha, com os fenômenos precisos de cor e luz, era de um Cristo Redivivo. Sua mão de dedos longos batia à porta suavemente e, com os ouvidos parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.
Após muitos discursos e elogios, um crítico, muito observador, descobre uma falha na pintura e, surpreso, indaga:
− A porta não tem fechadura! Como se fará para abri-la?
O pintor ouviu a observação. Disse que era assim mesmo; e acrescentou:
Esta é a porta do coração; ela só se abre pelo lado de dentro!
Jesus-Cristo bate constantemente à porta do nosso coração. Mas, muitos não o ouvem e continuam indiferentes aos seus ensinamentos. Têm ouvidos, mas não ouvem. E se ouvem não entendem.
Em Mateus 13,19, Jesus alerta que “quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o que foi semeado no seu coração”. E mais adiante, neste mesmo capítulo, o Mestre ainda ensina que “aquele que ouve a palavra e a compreende, produz fruto: cem por um, sessenta por um, trinta por um”.
Quando aceitamos Jesus no coração nós nos transformamos. E isso se dá como no processo de coaching, alterando o nosso mindset, mudando-o para um modo de pensar de crescimento positivo, de prosperidade, evolutivo, para o Bem, para as coisas boas da vida!...
Só para esclarecer: ser coach (kôch) é despertar o poder infinito que cada um já tem dentro de si. Conforme ensinou Jesus: “Vós sois deuses” (João 10,34).
Mindset (máindssét) é uma palavra nova do empreendedorismo, que significa um conjunto de crenças que configura a nossa mente. Traduz-se por mentalidade.
 A transformação do ser, quando se dá de forma positiva e duradoura, ocorre em um curto espaço de tempo de forma efetiva e acelerada. A pessoa sai de seu estado atual (de atitude fixa) e passa, de forma rápida e satisfatória, para uma atitude mental mutável, desprendida para crescer – o mindset correto desejado.
Quando você aceita Jesus em seu coração já está no caminho de um mindset correto de salvação. Não importa a sua religião! Pois o que salva é o novo modo de pensar, que faz você praticar a caridade, a fraternidade, a solidariedade...
“Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I aos Coríntios 3,16).
Nessa nova caminhada você precisa estar atento às investidas de ideias contrárias, negativas... É preciso vigiar e não cair em tentações! Aprenda então a blindar as energias negativas e todos os maus pensamentos e questionamentos que possam abalar você! Seja resistente! Não se impressione! Não tenha medo! Vá em frente! Você tem Deus dentro de si!
A nova mentalidade, do mindset correto, já está sendo formatada em seu íntimo, desde o momento em que Jesus bateu à sua porta e entrou em seu coração.
Diz-se formatada, porque os vírus do mal estão sendo deletados de seu HD Mental (Memória). Está sendo feita uma limpeza no seu software (sóftuer).
Sem crenças negativas você vai inserir agora somente energias positivas, por meio da Linguagem do Coração: de Amor, do Bem, da Fé, da Gratidão, do Sucesso, da Prosperidade...
Você já não é mais o mesmo de antes. As forças do Cristo foram liberadas, reorganizadas e potencializadas dentro de você num novo modo de pensar libertador, salvador...
Você nasceu de novo!
“Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus” (João 3,3).

sábado, 19 de outubro de 2019

O LÁPIS


“O futuro de um homem está escrito no seu passado”. (Simond).


O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:
− Está escrevendo uma história?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
– Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, é mais importante o lápis que estou usando do que as palavras que estou escrevendo. Gostaria que você fosse como o lápis quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
– Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
– Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo:
PRIMEIRA: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma mão que guia seus passos. Esta mão que podemos chamar de Deus, deve sempre conduzi-lo em direção à sua vontade.
SEGUNDA: de vez em quando, eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco. Mas, no final, ele estará mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.
TERCEIRA: o lápis é companheiro da borracha para apagar o que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa não é necessariamente algo ruim...
QUARTA: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas a grafite que está dentro. Portanto, cuide sempre daquilo que acontece dentro de você.
QUINTA: o lápis sempre deixa uma marca...
Portanto, lembre-se: tudo o que você fizer na vida, deixará traços... Por isso, procure ser consciente de cada ação e que os seus desenhos sejam lindos!
Esta história – de fonte virtual – sem menção do autor, eu a transcrevi, com poucas adaptações. Ela nos faz pensar na criança e em Deus – o Grande Arquiteto do Universo.  Também nos faz pensar na educação; e que o planeta – o mundo em que as pessoas vivem –, é uma grande escola cósmica, que Deus destinou para o aperfeiçoamento de todos.
As pessoas aqui matriculadas têm um estatuto a cumprir (os mandamentos divinos) e uma cartilha de ensinamentos do maior dos Mestres (Jesus), para aprender, progredir, evoluir e não ter que repetir a experiência. Pois, o objetivo da humanidade deve ser a conquista de mundos mais adiantados.
Segundo Paulo (I João 4,8): “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é Amor. E, por ser misericordioso e infinitamente bom e justo, Ele nos educa, dando-nos sempre o que é melhor para o nosso crescimento espiritual. Diz-se que Ele não castiga e nem perdoa, porque nos deu o livre-arbítrio para vivermos no mundo de conformidade com a perfeição de suas leis.
O castigo não passa do efeito de uma causa. Da reação a uma ação que praticamos. É a lei do retorno à qual se submetem todos os seres humanos. Se fizermos o mal receberemos o mal! A culpa será toda nossa! E a punição vem de nós mesmos, quando pagamos nossas dívidas, expiamos nossos pecados, ou corrigimos nossos equívocos.
A dor e o sofrimento nada mais são então do que consequências das nossas transgressões às leis de Deus. Ou, se pode dizer, que são consequências dos erros e atos de indisciplina escolar praticada pelos terráqueos.
Assim como a criança, na escola da vida também se aprende quando se corrigem os erros e retoma-se a rota evolutiva da aprendizagem.
“Todos os passos do homem deixam uma marca em sua alma”, disse Jorge Waxember. Por isso, não descuidemos do nosso aproveitamento pessoal, cuidando em primeiro lugar da alma, do espírito, que é a nossa essência divina.
“Assim vos será aberta largamente a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 1,11).
Busquemos então novos paradigmas de se viver em harmonia com o nosso próximo: a solidariedade, a fraternidade, a colaboração e a cooperação em projetos que visam o bem comum.
Cada manhã de vida é uma chance a mais que o Criador nos dá para a construção de nossa felicidade.

sábado, 12 de outubro de 2019

MÚSICA, CRIANÇAS E EDUCADORES.


“Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo”.
(Malala Yousafzai – Prêmio Nobel da Paz 2014)


Dia 12Feliz Dia das Crianças!
Dia 15Feliz Dia dos Professores!
“Disse-lhes Jesus: Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham”. (Mat. 19,14).
“Que os educadores se tornem mais semelhantes às crianças, para que as crianças possam se tornar homens de verdade!” (Miro).
Quero homenagear as Crianças e os Professores com um texto sobre a música, porque a música aproxima as pessoas.
Escolhi uma fascinante palestra de Mozart, publicada no livro “A Educação Segundo o Espiritismo” da Ed. Comenius, que, de certa forma, ratifica a tese de defesa da música na escola, já abordada aqui, anteriormente.
 Alguns cortes foram feitos para enquadrá-lo no espaço desta coluna, todavia sem que se alterasse a compreensão do texto. Veja, então, a seguir, que bela explanação, intitulada:

“A Música na Escola”.

Deixai que a música freqüente a alma desde cedo, tocando sutilmente as fibras divinas do ser e a moralidade e o amor brotarão mais facilmente nas vossas crianças. Mas..., é preciso antes entender-vos a respeito dessa palavra, pois quantos arremedos de sons, quantos desencontros harmônicos e quanta sonoridade brutal vós chamais de música...
Direi, antes de tudo, que o primeiro elemento da verdadeira música é o silêncio. Quem não for sensibilizado para ouvir o que a natureza nos oferece de musicalidade, o que o silêncio nos proporciona de introspecção; quem não for capaz de apalpar a sutiliza de um grilo noturno ou comover-se com o canto de um pássaro, ou ainda contemplar em si mesmo o silêncio da paz, jamais compreenderá a essência da música. Sabeis que fazem parte, da própria composição musical, as pausas, que marcam a pulsação da alma, quando se retrai na inspiração, para depois expirar novamente o som...
Assim, educai o ouvido para o silêncio da natureza e para a natureza divina do silêncio.
Depois do silêncio – a simplicidade. Começai por introduzir às crianças melodias simples, cantantes, doces. Mas eis o segredo: faça com que degustem cada nota, cada acorde, cada suspiro da alma. Longe de mim, entretanto, sugerir-vos a aproximação da criança com a mediocridade, com o feio, com o banal. A simplicidade pode ser divina – é isso que deveis procurar (e não apenas no domínio das artes, mas da própria vida, pois quereis divindade mais simples que a de Jesus?).
Outro requisito da sensibilidade musical é o vagar. Que o espírito se abandone às harmonias e se evole às alturas! Não o enlevo contemplativo da inutilidade, em que as horas ecoam num sonhar vazio. Mas a ação, mesmo a mais nobre, não prescinde do apoio do ócio, esse ócio que os filósofos pregavam, no qual o espírito possa se cultivar para o bem e para o belo, apurando os laços de sintonia com as estrelas... Por isso, não corrais tanto de alguns minutos de encontro com o belo e permiti também que as crianças tenham tempo para a música; para fazê-la, para conhecê-la, para amá-la.
E afinal, uma última palavra sobre outro aspecto deste vasto tema: o das crianças prodígio. Digo das crianças que assim se apresentam espontaneamente e não dessas que, muitas vezes, treinais a força do cansaço e às quais conseguis impingir uma mecanização precoce das técnicas de interpretação. Quanto às que realmente se mostram talentosas – evitai a idolatria! Protegei-as das manobras dos interesses mesquinhos e confie-lhes o tesouro da moral de Jesus. Esse é o melhor presente ao talento.
E, sobretudo, sabei que o Mestre conta com todos, para a sinfonia de um mundo novo e os músicos serão chamados a captar as harmonias do cosmos, traduzindo-as para a Terra e elevando o tônus vibratório do planeta. Mas, então, ajudai os músicos, para que se elevem a si mesmos e suas melodias serão mais puras, suas traduções mais fiéis e suas harmonias mais doces – para embalar o terceiro milênio...