“Assim como
uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que
seja, estraga toda nossa vida”. (Gandhi)
A cidade de Capão da Canoa, balneário gaúcho, se
revoltou contra o assassinato de Cristiano Alves, de 16 anos, ocorrido na noite
de 28 de junho de 2003. Os criminosos pensaram que a vítima fosse um ladrão.
Tudo começou com uma mentira.
Um funcionário de uma loja danificou uma das motos de
revenda e, para fugir da responsabilidade, inventou uma tentativa de roubo,
acusando Cristiano.
O empresário dono da loja teria perseguido o garoto em sua BMW preta e batido em
sua bicicleta. O rapaz morreu em conseqüência disso.
Nos dias que sucederam ao doloroso fato, o
policiamento foi reforçado na cidade. Imagens feitas por um cinegrafista amador
mostraram a fúria com que a população reagiu à morte de Cristiano.
Os moradores, revoltados, deram três tiros contra a
loja do acusado e depois destruíram o prédio com paus e pedras.
Cinco motos e o carro do dono da revenda foram
queimados. O proprietário estava no local e fugiu. A casa dele e a do
funcionário também foram atacadas.
Segundo a polícia, eram apenas oito soldados para
deter mais de mil pessoas enfurecidas.
O dono da loja e o funcionário, naquele momento,
deixaram a cidade porque, segundo a polícia, estavam sendo ameaçados de morte.
O laudo do IML indicava hemorragia craniana. Ao mesmo tempo, o delegado dava a
seguinte informação: “Não sabemos se ele
morreu de tombo ou se levou pancada”.
Segundo uma testemunha, o rapaz foi agredido depois
de derrubado.
A irmã da vítima, clamando por justiça, chegou a
afirmar: “A vida do meu irmão eu não vou
conseguir de volta, mas isso eu quero, quero eles na cadeia”.
Essa reportagem nos mostra duas atitudes negativas
para o bem-viver. Uma delas é a atitude de ganância por bens materiais,
e a outra também altamente nociva para a vida é a mentira.
Pensando na mentira que mata – como a da reportagem
supracitada – lembramos do seguinte ensinamento de Buda: “Uma mentira pode salvar
seu presente, mas condena seu futuro”.
Diz um dito popular que “Uma mentira
puxa a outra!”. E é
a mais pura verdade, pois segundo o pensamento de Alexander Pope: “Aquele que diz uma mentira
não calcula a pesada carga que põe em cima de si, pois terá de inventar uma
infinidade delas para sustentar a primeira”.
Dizem também que “A mentira tem pernas curtas!”. Porque,
segundo Abraham Lincoln, “Você pode
enganar algumas pessoas durante todo o tempo, e todas as pessoas durante algum tempo,
mas não pode enganar as pessoas durante todo o tempo”.
Sinceridade, verdade, transparência, ética não são
mais, apenas, requisitos de pessoas (física ou jurídica) que cultivam
comportamento baseado em valores positivos. Proceder assim é um imperativo
deste mundo moderno, globalizado, que, atualmente, desvenda tudo e tudo revela
com os avanços das ciências do comportamento, da informática e da cibernética,
cada vez mais exigindo credibilidade de todos.
Ser justo e sincero hoje em dia é um bom negócio! Pois
pode evitar uma desgraça. E compensa ter como roteiro de vida a valiosa
recomendação de Fortune Magazine: “Conte
a verdade – ou não conte nada. Ninguém gosta de gente mentirosa”.
Pense
nisso!
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