Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

Radio

domingo, 22 de março de 2015

A CONTA RELACIONAL

“Nas nossas contas bancárias financeiras fazemos depósitos e retiradas, esperando nunca ficar a descoberto”.



A metáfora da conta relacional nos ensina a importância de manter saudável o equilíbrio dos relacionamentos com as pessoas importantes de nossas vidas, inclusive as que lideramos.
Em palavras simples, quando conhecemos uma pessoa, o saldo, da conta de relacionamento com ela, é neutro, porque vamos iniciar um conhecimento. À medida que o relacionamento amadurece, porém, fazemos depósitos e retiradas nessas contas imaginárias, baseados na forma como nos comportamos.
Por exemplo, fazemos depósitos nessas contas sendo confiáveis e honestos, dando às pessoas consideração e reconhecimento, mantendo nossa palavra, sendo bons ouvintes, não falando de outras pessoas pelas costas, usando a simples cortesia de um olá, por favor, obrigado, desculpe, etc.
Fazemos retiradas, sendo agressivos, descorteses, quebrando promessas e compromissos, apunhalando os outros pelas costas, sendo maus ouvintes, cheios de empáfia, arrogância, etc.
Essa idéia da conta relacional ilustra porque devemos elogiar as pessoas em público e não puni-las, sabe por quê?
Porque quando punimos uma pessoa publicamente, é óbvio que a envergonhamos na frente de seus amigos, o que é uma enorme retirada de nossa conta com essa pessoa. Mas, além disso, quando humilhamos alguém em público, também fazemos uma retirada da nossa própria conta relacional com todos aqueles que presenciam, porque chicotadas em público são constrangedoras e horríveis de presenciar, e as pessoas se perguntam: “Quando será a minha vez?”. Nesse sentido, uma das formas mais eficientes de fazer retiradas relacionais é punir alguém publicamente.
O mesmo princípio é verdadeiro quando elogiamos, consideramos e reconhecemos alguém publicamente. Não apenas fazemos um depósito em nossa conta com a pessoa que elogiamos, mas também fazemos depósitos nas contas que temos com aqueles que observam.
Para cada retirada que você faz em sua conta com uma pessoa são necessários quatro depósitos para voltar a ficar igual. Uma proporção de quatro para um! Isso significa que devemos ser muito cuidadosos ao fazer retiradas da conta dos outros porque o custo pode ser muito alto.
Pense, por exemplo, na confiança. Podemos passar anos nos esforçando para construí-la e ela pode ser perdida em um instante por uma simples indiscrição.
Este é o resumo do texto contido no best-seller de James C. Hunter, “O Monge e o Executivo – Uma História Sobre a Essência da Liderança”.
Realmente é interessante a questão do relacionamento humano colocado dessa forma. Porém, fica uma pergunta no ar: por que geram depósitos ou retiradas?
Pode-se argumentar que a resposta está numa das leis de Deus: a Lei Moral da Causa e Efeito ou Lei do Retorno, fundamentada no seguinte princípio dito por Jesus em Mateus 26, 52: “Embainha tua espada, porque todos aqueles que usarem da espada, pela espada morrerão”, ou dito de outra forma “quem com ferro fere com ferro será ferido”.
Princípio semelhante ao que o Físico Isaac Newton denominou de Lei de Ação e Reação. Pois, quando você joga uma pedra para cima, sabe que ela cai de volta. Assim diz a ciência que também para cada ação há uma reação igual e contrária.
De forma similar, no campo da energia do relacionamento o que você lança recebe de volta na mesma medida.
Ações boas de relacionamentos são depósitos porque nos trazem de retorno emoções e sentimentos de prazer, alegria, contentamento, felicidade. E que nos faz uma pessoa educada e simpática para os outros. São depósitos porque são dividendos que aumentam nosso crédito pessoal com nossos semelhantes. 
Já os maus relacionamentos são as retiradas porque nos torna um ser mal educado, antipático e desacreditado para o nosso próximo. E esse descrédito gera dívidas, que um dia teremos que pagar. E pagar de que forma? Fazendo o bem aos nossos semelhantes, ajudando, ajudando, amando, amando, praticando a caridade. 
Diz o ditado, “Quem semeia vento colhe tempestade”. Da mesma forma, podemos então dizer que “Quem semeia o Bem há de colher o Bem”.


“Evite machucar o coração das pessoas. O veneno da dor causada a outros retornará a você” (Código de Ética dos Índios Norte-Americanos). 

Um comentário:

  1. Usar a regra de depositar na conta bancaria relacional do outro 50% do que gostaria de receber de deposito em sua conta.

    ResponderExcluir