“Nas
nossas contas bancárias financeiras fazemos depósitos e retiradas, esperando
nunca ficar a descoberto”.
A metáfora da conta relacional nos ensina a
importância de manter saudável o equilíbrio dos relacionamentos com as pessoas importantes
de nossas vidas, inclusive as que lideramos.
Em palavras simples, quando conhecemos uma pessoa, o
saldo, da conta de relacionamento com ela, é neutro, porque vamos iniciar um
conhecimento. À medida que o relacionamento amadurece, porém, fazemos depósitos
e retiradas nessas contas imaginárias, baseados na forma como nos comportamos.
Por exemplo, fazemos depósitos nessas contas sendo
confiáveis e honestos, dando às pessoas consideração e reconhecimento, mantendo
nossa palavra, sendo bons ouvintes, não falando de outras pessoas pelas costas,
usando a simples cortesia de um olá, por favor, obrigado, desculpe, etc.
Fazemos retiradas, sendo agressivos, descorteses,
quebrando promessas e compromissos, apunhalando os outros pelas costas, sendo
maus ouvintes, cheios de empáfia, arrogância, etc.
Essa idéia da conta relacional ilustra porque devemos
elogiar as pessoas em público e não puni-las, sabe por quê?
Porque quando punimos uma pessoa publicamente, é óbvio
que a envergonhamos na frente de seus amigos, o que é uma enorme retirada de
nossa conta com essa pessoa. Mas, além disso, quando humilhamos alguém em
público, também fazemos uma retirada da nossa própria conta relacional com
todos aqueles que presenciam, porque chicotadas em público são constrangedoras
e horríveis de presenciar, e as pessoas se perguntam: “Quando será a minha vez?”. Nesse sentido, uma das formas mais
eficientes de fazer retiradas relacionais é punir alguém publicamente.
O mesmo princípio é verdadeiro quando elogiamos,
consideramos e reconhecemos alguém publicamente. Não apenas fazemos um depósito
em nossa conta com a pessoa que elogiamos, mas também fazemos depósitos nas
contas que temos com aqueles que observam.
Para cada retirada que você faz em sua conta com uma
pessoa são necessários quatro depósitos para voltar a ficar igual. Uma
proporção de quatro para um! Isso significa que devemos ser muito cuidadosos ao
fazer retiradas da conta dos outros porque o custo pode ser muito alto.
Pense, por exemplo, na confiança. Podemos passar anos
nos esforçando para construí-la e ela pode ser perdida em um instante por uma
simples indiscrição.
Este é o
resumo do texto contido no best-seller
de James C. Hunter, “O Monge e o Executivo – Uma História Sobre a Essência da
Liderança”.
Realmente é interessante a
questão do relacionamento humano colocado dessa forma. Porém, fica uma pergunta
no ar: por que geram depósitos ou retiradas?
Pode-se argumentar que a
resposta está numa das leis de Deus: a Lei Moral da Causa e Efeito ou Lei do
Retorno, fundamentada no seguinte princípio dito por Jesus em Mateus 26, 52: “Embainha
tua espada, porque todos aqueles que usarem da espada, pela espada morrerão”, ou
dito de outra forma “quem com ferro fere com ferro será ferido”.
Princípio semelhante ao que
o Físico Isaac Newton denominou de Lei de Ação e Reação. Pois, quando você joga
uma pedra para cima, sabe que ela cai de volta. Assim diz a ciência que também
para cada ação há uma reação igual e contrária.
De forma similar, no campo
da energia do relacionamento o que você lança recebe de volta na mesma medida.
Ações boas de
relacionamentos são depósitos porque nos trazem de retorno emoções e
sentimentos de prazer, alegria, contentamento, felicidade. E que nos faz uma
pessoa educada e simpática para os outros. São depósitos porque são dividendos
que aumentam nosso crédito pessoal com nossos semelhantes.
Já os maus relacionamentos
são as retiradas porque nos torna um ser mal educado, antipático e
desacreditado para o nosso próximo. E esse descrédito gera dívidas, que um dia
teremos que pagar. E pagar de que forma? Fazendo o bem aos nossos semelhantes,
ajudando, ajudando, amando, amando, praticando a caridade.
Diz o ditado, “Quem
semeia vento colhe tempestade”. Da mesma forma, podemos então dizer que “Quem
semeia o Bem há de colher o Bem”.
“Evite
machucar o coração das pessoas. O veneno da dor causada a outros retornará a
você”
(Código de Ética dos Índios Norte-Americanos).
Usar a regra de depositar na conta bancaria relacional do outro 50% do que gostaria de receber de deposito em sua conta.
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