“Na vida, seja
um girassol: siga sempre a luz”.
Num velório, um velho e seu neto viam o cadáver
galvanizado de flores, quando o jovem, curioso, pergunta:
‒ Vô, que significam as flores nesta homenagem póstuma
de despedida?
‒ O singelo ramo de flor usado por amigos e
familiares para as condolências no Velório ou no Campo Santo, serve para
expressar toda a afetividade que envolve a perda de uma pessoa querida. A
pujança do Amor está na beleza das flores, que reflete todo o esplendor da
criação divina. A delicadeza das flores e a agradável doçura do aroma que
exalam faz que a despedida seja suave e pacífica.
‒ Vovô, e as coroas de flores?
‒ Meu neto, o fruto nunca vem antes da flor! Pois a
flor representa a essência da vida: o Amor presente em nós, que transforma
lágrimas em sorrisos... Amor que um dia vai frutificar. Daí a forma circular da
coroa de flores simbolizar a continuidade da vida: a Vida Eterna!
Ouvi isso e visualizei as coroas, com suas mensagens
em letras garrafais, que ajudavam os familiares a encontrar forças para
continuar... Então me lembrei de um aluno pedindo conselhos à sua Mestra.
‒ Dona..., alguns dos meus colegas falam demais,
mentem e me caluniam. O que devo fazer
para não me aborrecer?
‒ Aprenda a
viver como as flores!
‒ Mas como é viver como as flores?
‒ Repare – disse ela, apontando para o jardim da
escola. ‒ Estas flores nascem no esterco, mas são puras e perfumadas. Extraem
do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o
azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo que você se angustie
com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o
importunem. Os defeitos dos outros são deles, e, não seus. Se não são seus, não
há razão para aborrecimentos. Exercitar, pois, a virtude é rejeitar todo mal
que vem de fora. Isso é viver como as
flores!
Não
corra atrás das borboletas, cuide do seu jardim e elas virão até você!
Então, pensei no enterro e nas muitas questões que
a morte ainda suscita.
O DIA DO VELÓRIO ou o DIA DE FINADOS é só um Dia
Especial de preces pelos “mortos”, que estão vivos na espiritualidade.
Um dia de irradiação mental, de pensamentos edificantes, de oração que eleva o
padrão vibratório e dá serenidade ao ente querido já falecido.
E por que o tempo mínimo de 24h para o sepultamento
deve ser respeitado?
Porque há casos de pessoas que podem retornar à vida
durante o velório.
Veja no
evangelho o Caso de Lázaro! Ele provavelmente sofria de catalepsia – fenômeno
este que tanto pode durar uma hora como alguns dias!
MORTE deve ser restrita à matéria, porque para o
Espírito é só desligamento.
Ao nascer o Espírito se liga ao corpo por um laço energético, conhecido como “cordão
de prata”, luminoso, flexível, semimaterial, intangível e invisível, devido
a sua densidade tão sutil.
A alma permanece
com o “cordão de prata” até a “morte”, quando então se rompe e se
desliga (como um fio elétrico que se
tira da tomada!). Por isso, diz Eclesiastes (12: 1 e 6): “Lembra-te de teu Criador nos dias de tua juventude [...] antes que
se rompa o cordão de prata”.
Segundo um Santo: “morreis
todos os dias”. Ao dormir você fica por alguns momentos no mesmo estado em
que ficará, de forma definitiva, após a “morte”. Então, os Sonhos e os
casos de Êxtase, de Sonambulismo e de Letargia nada mais são do que estados de
independência da alma, porém, sem o rompimento do cordão de prata!
Jesus, animado pelo Espírito de Deus, depois de
assegurar que “nenhuma de suas ovelhas se perderá” (Lucas 15,4), ainda
acrescentou: “Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em
abundância” (João 10,10); “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não
fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar” (João
14,2).
O Espírito é Imortal. É uma centelha divina. O que morre é o corpo
de carne.
Glória! Aleluia!
Aleluia! Aleluia!
O
desencarnado vive! Viiveeeee!...
E continua sendo o mesmo após sua passagem. Pois a “morte”
não muda instantaneamente a índole de ninguém. O Espírito desligado, livre da
veste de carne, pode, então, ouvir ou receber as vibrações mentais a ele
enviadas!
E outra coisa: MORRER NÃO DÓI. O que dói é o que
pesa na consciência. Como nos disse o Mestre: “[...] a cada um segundo suas obras” (Mateus 16,27).
Aprenda a viver como as flores para morrer e renascer para a Vida Eterna!
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