Aquecendo a Vida

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domingo, 28 de setembro de 2014

A PACIÊNCIA

“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus, 5:9).



Era uma vez um garotinho de gênio mau. Preocupado com isso, seu pai lhe deu um saco cheio de pregos e lhe disse:
– Meu filho, cada vez que você perder a paciência bata um prego na cerca dos fundos de nossa casa.
E foi assim que, no primeiro dia, o garoto pregou trinta e sete pregos na cerca. Mas, gradativamente, o número foi decrescendo.
O garotinho descobriu que era mais fácil controlar seu gênio do que pregar pregos na cerca. Até que chegou, enfim, o dia no qual não perdeu mais o controle sobre o seu gênio!
Ele correu e contou isso a seu pai, que lhe fez a seguinte sugestão:
– Agora, meu filho, tire um prego da cerca a cada dia que você controlar seu gênio.
O tempo foi passando até que, finalmente, o garoto cumpriu sua tarefa.
– Pai, não há mais pregos a serem tirados!
– Você fez bem, garoto! – disse o pai, conduzindo o filho até os fundos da casa. – Mas dê uma olhada na cerca. Ela nunca mais será a mesma. Quando você diz coisas, irado, elas deixam uma cicatriz como esta. Você pode esfaquear um homem e retirar a faca em seguida que a ferida continuará ali. E pouco importa quantas vezes você diga que sente muito! Da mesma forma, uma ferida verbal é tão má quanto uma física. Amigos, meu filho, são coisas raras. Eles fazem você sorrir e o encorajam a ter sucesso. Eles sempre lhe ouvem, lhe apóiam e querem abrir seu coração para você. Mantenha isso em mente antes de se irar contra alguém.
Depois dessa lição, pode-se ainda perguntar: Por que será que uma simples palavra pode ser tão grave quando dita com rancor, com ódio, na hora da raiva? Por que será que uma simples palavra, mal dita, possa merecer censura e tão severa admoestação?
A resposta é simples. A ofensa é um sentimento contrário à lei de amor.
No relacionamento humano, a concórdia e a união são mantidas pela benevolência recíproca, pela afeição, pela fraternidade... Enfim, pela caridade.
Quando a lei do amor imperar no mundo, não haverá mais ofensa, pois prevalecerá a caridade no relacionamento.
A paciência é um tipo de caridade que deve ser praticada e ensinada com carinho aos nossos filhos. Pois ela é muito mais difícil do que o simples gesto de dar esmolas. Ela depende de um controle interior, que só adquirimos com a pratica de valores e virtudes.
Para ser paciente é preciso, primeiro, aprender a perdoar aqueles que Deus colocou em nosso caminho para nos servirem de teste em nossos momentos de sofrimentos, transtornos, tragédias e aflições.
É muito melhor aprender a ser paciente interagindo com outras pessoas do que ter que aprender na marra, ao “ser paciente” de um hospital. Pois, na natureza do mundo é assim: quando não aprendemos por bem acabamos aprendendo por mal!
A vida é difícil, mas é preciso olhar pra trás! Quantos já não nos perdoaram pelas mesmas alfinetadas?!
Curvemos nossa fronte para a terra e reconheçamos que as bênçãos que temos recebido na vida são muito mais numerosas do que as dores. E, então, olhemos para o alto e o fardo de nossos sofrimentos se tornará leve, pois teremos a nos sustentar a luz do Mestre, que foi crucificado para nos salvar.
Sejamos pacíficos. Sejamos cristãos, para sermos bem-aventurados e reconhecidos como filhos de Deus.
Mas não somos todos filhos de Deus?
Sim, somos todos filhos de Deus, não importa a condição espiritual de cada um. Por isso, Deus não deserda ninguém. Nenhuma de Suas ovelhas se perderá, mesmo a mais arredia, pois somos criaturas em evolução!
Então, ninguém se perde, mas apenas se afasta das Leis de Deus. E estando em desacordo com as leis divinas não é reconhecido pela humanidade como Filhos de Deus. Somente a conduta no Bem nos proporciona a paz interior. E isso é que credencia alguém a ser distinguido verdadeiramente como filho de Deus.

Somos felizes, quando a paz faz morada em nossa intimidade.

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