Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

Radio

sábado, 29 de abril de 2023

VIRTUDES QUE MATAM...

 

Pratique as suas virtudes sempre de forma consistente.


— O que é isso, Professor? Virtudes que matam?!

— Bem!... Depende do jeito de interpretar – respondi ao meu amigo.

Mas, ele inconformado continua:

— Sabe professor, isso não tem coerência alguma. O que é Virtude?

— Virtude é uma disposição firme para o BEM. Pessoas virtuosas são dotadas de uma boa qualidade moral.

— Então Virtudes nunca matam! – persistiu o meu amigo. – Os Vícios sim é que matam, destroem, aniquilam o ser humano... Tá errada a sua frase!

— Eu sei que Virtudes e Vícios são antíteses; são palavras antônimas; uma é oposta da outra. Mas o que eu quero mostrar com esta frase é uma forma diferente de se ver os resultados de uma ação virtuosa. Você conhece a história do Excelentíssimo Juiz?

— Não!... Nunca ouvi.

— É uma história narrada por um Professor de uma Faculdade de Direito, mais ou menos assim:

Ao transitar pelos corredores do fórum, fui chamado por um dos juízes ao seu gabinete, que me disse:

— Veja só que erro ortográfico grosseiro tem nesta petição!

Estampado, no início do peditório ao Juiz, li a palavra “Esselentíssimo” escrita com dois esses. O magistrado, em gargalhadas, então me perguntou:

— Por acaso esse advogado foi seu aluno na Faculdade?

— Foi sim – reconheci. Mas onde está o erro ortográfico?

O juiz pareceu surpreso:

— Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra “Excelentíssimo”?

— Sim!... – Mas vou lhe explicar meritíssimo juiz. Acredito que o termo pode significar duas coisas diferentes. Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção descabida de duas palavras. O certo seria: “Esse lentíssimo Juiz”.

Depois disso, aquele magistrado nunca mais aceitou, com naturalidade, o tratamento de Excelentíssimo Juiz. E sempre perguntava:

— Devo receber a expressão como excelência..., ou como muito lento?

Como os precatórios são pagos com muitos anos de atraso, eu creio que o certo é Esse lentíssimo Juiz! Desse jeito, as Virtudes podem, também, assumir significados diferentes. Por isso digo-lhe: — Virtudes Matam Sim! Elas destroem os Vícios da humanidade.

O EGOÍSMO, por exemplo, é a maior chaga da humanidade. Como destruí-lo? Só praticando a Caridade que é uma VIRTUDE oposta a ele!

E o que dizer então do ORGULHO, que é o pai (a fonte) de todos os males! Se ele é que desencadeia todos os nossos defeitos, como, pois, combatê-lo? Só tomando a Lei do Cristo por regra invariável de nossa conduta! Pois, só a HUMILDADE pode destruí-lo!

Assim ocorre com todos os Vícios adquiridos na trajetória do Espírito Imortal. Não é de um dia para o outro que o ser humano vai se livrar deles, quando entranhados em sua alma... Não há fórmula mágica para isso! É um exercício diário, que extrapola uma única existência... Que demanda até sucessivas reencarnações!

Todos que atentam contra a Luz se destroem. Pois a Luz sempre vence! Quando chega a luz, a escuridão some. Porque trevas significa ausência de luz. Então, a Luz mata as Trevas. Dessa mesma forma, se pode dizer, que:

A Caridade mata o Egoísmo.

A Humildade mata o Orgulho.

A Generosidade mata a Ruindade.

A Solidariedade mata a Desunião.

A Indulgência mata a Desumanidade.

A Liberdade mata a Escravidão.

A Fraternidade mata a Inimizade.

A Verdade mata a Mentira.

A Coragem mata a Covardia.

A Paciência mata a Aflição.

A Resignação mata a Revolta.

A Tolerância mata a Irritação.

A Resiliência mata a Teimosia.

A Misericórdia mata a Crueldade.

O Perdão mata o Ódio e a Culpa.

A Simplicidade mata a Vaidade.

O Desapego mata a Ganância.

A Alegria mata a Melancolia.

A Gratidão mata a Reclamação.

A Beneficência mata a Malquerença.

A Benemerência mata a Indignidade. 

A Piedade mata o Preconceito.

A Fidelidade mata a Deslealdade.

A Esperança mata a Desilusão.

A Mansidão mata a Irritação.

A Gentileza mata a Indelicadeza.

A mata o Medo e a Dúvida, etc...

3 comentários: