Aquecendo a Vida

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sábado, 11 de maio de 2019

RENÚNCIA E AMOR

O Amor de Mãe é a mais sublime expressão do amor na face da Terra.



Quando pensamos no mês de maio já nos lembramos de uma data muito importante para todos: O Dia das Mães.
Mas, um dia de comemoração é muito pouco para homenagearmos aquela que nos deu a vida; que doou todos os seus dias pelo nosso bem. Ela merece muito mais que um dia de homenagens. Merece uma vida inteirinha!
As Mães têm desafios maiores que todas as outras criaturas da humanidade. São seres especiais. São anjos que vieram ao mundo para nos ensinar a amar...
E aprender a amar é nossa maior meta de vida, para cumprirmos o sagrado ensinamento deixado pelo maior Mestre da humanidade: “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (João 13,34).
Pensando então nessa data tão importante, reproduzimos, a seguir, uma belíssima Palestra de Divaldo Pereira Franco, em homenagem a todas as Mães.
Agora ele já é homem maduro...
Muitas foram as experiências vividas junto aos seus doze irmãos e de vez em quando ele conta uma delas.
Lembra-se de quando era apenas um menino e se inquietava porque sua mãezinha raras vezes almoçava ou jantava junto com ele e os demais filhos.
Um dia perguntou por que ela não se alimentava com eles e ela respondeu com um sorriso de ternura:
– É que não sinto fome, meu filho.
Ele achava estranho o fato de sua velha mãe não sentir fome, mas sempre que lhe perguntava ela respondia que realmente não estava com fome.
Os anos passaram... Os filhos cresceram e hoje ele sabe que sua mãezinha deixava de comer, mas não era por falta de fome e sim por falta de comida.
Ela, uma mulher semianalfabeta, conduzia os filhos com tanto amor que nenhum dos treze filhos percebeu que renunciava à comida para que eles pudessem alimentar-se precariamente.
Jamais os fez sentirem-se culpados pelas necessidades que a família enfrentava.
Esse é o verdadeiro amor.
O amor que sabe renunciar até mesmo às necessidades mais básicas, como o alimento, por exemplo, para que os filhos cresçam seguros e sem culpa.
Hoje ela habita o Mundo dos Espíritos, e certamente pode contemplar cada um dos seus filhos como quem fez tudo o que devia ser feito para que se tornassem pessoas de bem.
Nos dias atuais, lamentavelmente, vemos pais e mães que culpam os filhos por tudo o que não conseguem realizar.
Se a mãe não pode exercer a profissão que escolheu, a culpa é dos filhos que vieram na hora errada.
Se faltar dinheiro, os filhos levam a culpa. Afinal de contas, o colégio, os livros, as roupas são caros...
Se o casal não pode realizar a viagem de férias, a sós, é por causa dos filhos que teimam em existir para atrapalhar a vida dos pais.
Nesses dias de tantos desencontros entre pais e filhos, vale a pena meditar a respeito da renúncia daquela mãe que deixava de comer para que os filhos que pôs no mundo pudessem sobreviver.
Vale a pena pensar na grandeza do amor...
Do amor que sabe renunciar e sabe calar para não ferir os sentimentos daqueles com quem convive e que dependem da segurança do lar para crescer e dignificar o mundo, que os acolhe com doçura e carinho.
Se você, como mãe, está impedida de fazer tudo o que gostaria por causa da presença dos filhos, não os culpe. Lembre-se de que eles crescem muito rápidos e saberão reconhecer os seus esforços e renúncias.
E, ainda que não reconheçam, pense em como a vida não teria sentido sem a presença deles no lar.
Pense que se Deus os levasse hoje você estaria livre para fazer o que deseja, mas não é isso o que você quer.
Por essa razão, considere que o tempo que você dedica aos filhos não é tempo que você perde, mas tempo que você investe.
O verdadeiro amor é aquele que é capaz de renunciar sem ferir e de se dedicar sem cobrança.

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