“Sois deuses,
sois todos filhos do Altíssimo” (Salmos 81,6).
Narra
Charles Swindoll que, logo depois do término da segunda guerra mundial, a
Europa começou a ajuntar os cacos que restaram.
Grande
parte da Inglaterra estava destruída. As ruínas estavam por todo lugar. E,
possivelmente, o lado mais triste da guerra tenha sido assistir as criancinhas
órfãs morrendo de fome, nas ruas das cidades devastadas.
Certa
manhã de muito frio, na capital londrina, um soldado americano estava
retornando ao acampamento. Numa esquina, ele viu, do seu jipe, um menino com o
nariz pressionado contra o vidro de uma confeitaria.
Parou
o veículo, desceu e se aproximou do garoto. Lá dentro, o confeiteiro sovava a massa
para uma fornada de rosquinhas.
Os
olhos arregalados do menino falavam da fome que lhe devorava as entranhas. Ele
observava todos os movimentos do confeiteiro, sem perder nenhum.
Através
do vidro embaçado pela fumaça, o soldado viu as rosquinhas quentes, e de dar
água na boca, sendo retiradas do forno. Logo mais, o confeiteiro as colocou no
balcão de vidro com todo o cuidado.
O
soldado ouviu o gemido do menino e percebeu como ele salivava. Em pé, ao lado
dele, comoveu-se diante daquele órfão desconhecido.
—
Filho, você gostaria de comer algumas rosquinhas?
O
menino se assustou. Nem percebera a presença do homem a observá-lo, tão absorto
estava na sua contemplação.
—
Sim! – respondeu. – Eu gostaria.
O
soldado entrou na confeitaria e comprou uma dúzia de rosquinhas. Colocou-as
dentro de um saco de papel e se dirigiu ao local onde o menino se encontrava,
na gélida e nevoenta manhã de Londres.
Sorriu
e lhe entregou as rosquinhas, dizendo de forma descontraída:
—
Aqui estão as rosquinhas.
Virou-se
para se afastar. Entretanto, sentiu um puxão em sua farda. Olhou para trás e
ouviu o menino perguntar, baixinho:
—
Moço... Você é Deus?
Existem
gestos pequenos, mas que significam muito para algumas pessoas.
Para
uma criança faminta, um pedaço de pão é a glória. Para uma criança faminta e
desejosa de doces, conseguir ter alguns para saciar sua vontade, é a suprema
delícia.
Aprendamos
a observar o de que necessitam as pessoas ao nosso redor. Quase sempre, são
coisas pequenas que podemos fazer, ocasionando pequenas ou grandes alegrias.
E
sempre, em todas as ocasiões, a nossa atitude estará obedecendo, com certeza,
ao desejo do Pai Criador na atenção aos seus filhos na Terra.
Pensemos
nisso e não permitamos que as chances se percam, nas vielas do mundo. Sejamos,
neste Planeta Azul, as mãos de Deus atendendo aos Seus filhos. E, para isso,
não são necessários feitos extraordinários, nem será preciso saciar a fome de
todos.
Por
vezes, basta alimentar uma criança ou satisfazer a enorme necessidade de alguém
de comer um prato bem feito, um pãozinho bem quente ou tomar um copo de leite.
***
Esta
é uma narrativa do Momento Espírita, vol. 4: da F.E.P., 2003.
Achei-a
própria para o momento de flagelos que a humanidade vive no mundo atualmente.
Como nas enchentes recentes do Rio Grande do Sul.
“Tempos
difíceis são momentos de grandes mudanças para melhor”. Este é um rifão
que o meio cristão utiliza como consolo nessas horas. Mas a realidade às vezes
é outra. Então, pense nas crianças, nos deficientes, idosos, doentes... E
agradeça a Deus pelas coisas que eles já estão recebendo!
Mas, não se estresse com as indiferenças dos
poderosos que pouco se esforçam para ajudar o nosso povo.
Coloque-se
empaticamente na pele daqueles que perderam tudo o que tem! E que já não sabem
mais com quem contar para sair dessa caótica situação; e que estão
desabrigados, passando sede e fome... E se emocione!... A emoção eleva sua frequência,
e alinha sua súplica ao Criador, irradiando vibrações de amor aos irmãos, que
embora distantes, estão bem próximos de nosso coração.
Considere-se
então uma pessoa do Bem, valiosa no amparo ao próximo. E vá à luta, ajudando a
socorrer e iluminar vidas! Pois, com Deus
tudo você pode, e as coisas ficam bem mais fáceis!
“Tempos difíceis são momentos de grandes mudanças para melhor”.
ResponderExcluirEu acredito ☝🏻☝🏻
Somos todos uma centelha divina temos que .ter amor e compaixão pelos nossos irmãos.
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