Aquecendo a Vida

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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

CRISE E A PAIXÃO ORIGINAL

 

“Quem supera a crise, supera a si mesmo (...)” (Albert Einstein).


Na Gênese segundo o Espiritismo, Allan Kardec define as paixões como sendo a força motora das almas.

A paixão também é vista como comoção, a qual nasce de uma inclinação, uma propensão primitiva própria da natureza humana. São movimentos excessivos e abusivos da alma – às vezes até violentos e desordenados –, que a levam além dos limites da razão.

Amor, alegria, desejo, ódio, tristeza, aversão são paixões primárias; e delas derivam outras, tais como: admiração, desprezo, esperança, medo, segurança, desespero, inveja, mágoa, cólera...

As paixões são, pois, afeições naturais, inevitáveis da alma que, num estágio posterior, se transformam em virtudes e vícios. São úteis como estímulo até o amadurecimento do senso moral e, a partir daí, se enfraquecem com o crescimento da razão, sendo domadas e refreadas pelo esforço da vontade.

O entusiasmo – estado de fervor inerente à expansão das paixões – é a alavanca propulsora da PAIXÃO ORIGINAL. É uma poderosa energia que lhe impulsiona a fazer algo com ardor, com ânimo e exaltação para vencer as dificuldades da vida. Pois “ter entusiasmo” é estar em “alto astral”.

Entusiasmo significa “Inspiração Divina”. Que você foi “possuído por Deus”; “inspirado por Deus”. Ou, como disse Jesus: “Vós sois deuses”. Pois Deus está dentro de você e você dentro de Deus, como peixes no mar.

Essa força energética, mágica, que entusiasma o ser humano que pensa positivamente, produz bons resultados. E, certamente, será o sucesso de qualquer empreendimento. Portanto não perca a Paixão Inicial! Lembre-se que as palavras refletem a energia dos seus pensamentos. E pensamento é vida!

Para melhor entendimento disso, veja a seguinte história.

Em um shopping, o proprietário de uma loja preocupado com a baixa venda em seu estabelecimento, procurou um sábio lojista, mais velho, experiente, e disse-lhe desanimado:

− Colega, eu nunca vi crise como esta. As pessoas olham, perguntam o preço, mas comprar, que é bom, nada!

O sábio lojista respondeu-lhe:

− A crise de agora é maior do que a do dia em que você abriu a loja? Garanto que você não tinha nenhum cliente e tinha a loja inteira para pagar. No seu começo, como era você? Garanto que você sorria para quem passava; convidava-a para entrar na loja e a acompanhava até a porta, carregando o pacote dela. Garanto que você ficava esperando tocar o telefone imaginando ser algum cliente. Você ia até a administração do shopping oferecendo-se para trabalhar na associação dos lojistas para “animar” o shopping, com novas campanhas comemorativas, etc. E hoje, como é? O celular toca e você grita: “Alguém atenda pra mim!”. Você se esconde quando alguém quer falar com você! Você já não vai mais às reuniões dos lojistas! Ah, meu amigo, e você vem agora falar de CRISE?

Diante de tantas verdades reveladas, o jovem lojista meio sem graça, persistiu:

− Mas o que devo fazer?

O velho lojista então lhe explicou:

− Você perdeu A PAIXÃO DO COMEÇO! Quando a gente perde a paixão inicial, perde o entusiasmo pelo que faz. Sem o entusiasmo e sem paixão, você perdeu a vontade de empreender, de inovar, de criar coisas novas, de se reinventar.  A vida para você tornou-se uma rotina desestimulante. Quando isso acontece, a gente começa a andar para trás e a acomodação pessimista toma conta de nosso dia-a-dia.

Esta história faz a gente pensar a Crise de um modo diferente. Crise é um efeito inevitável da época de transição como a que se vive atualmente. Estamos vendo desmoronar o edifício do velho mundo do passado, sem que ainda esteja construída a Nova Terra da Era de Regeneração que se aproxima!

Mas é um período de curta duração necessário às grandes transformações do Planeta em todas as suas áreas: educação, saúde, economia, finanças, agricultura... É um processo de transmutação do mundo se reinventando para uma vida bem melhor para a nossa reabilitação.

Lembre-se que é na Crise que nascem as invenções, as descobertas e as estratégias vencedoras. Portanto, não tenha medo da Crise, reinvente-se! Se alguém lhe perguntar se você ouviu falar em Crise, responda assim: Sim, Eu ouvi falar sobre a crise, mas decidi que eu e minha empresa não vamos participar”.

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