Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

Radio

domingo, 21 de abril de 2019

OS NECESSITADOS DA PONTE


“Hoje auxiliamos, amanhã seremos os necessitados de auxílio” (Chico Xavier).


Há um fato verídico de Chico Xavier, contado por Divaldo Pereira Franco, que reproduzo, a seguir, com as adaptações necessárias que esta crônica requer.
Diz Divaldo, que o Chico lhe contou que ele tinha o hábito, em Pedro Leopoldo, de visitar pessoas que ficavam embaixo de uma velha ponte numa estrada abandonada, e que ruíra. Ia ele, sua irmã Luíza e mais duas ou três pessoas muito pobres de sua comunidade.
À medida que eles aumentavam a frequência de visitas, os necessitados foram se avolumando, e mal eles conseguiam víveres para o grupo.
O esposo de Luíza, que era fiscal da prefeitura, recolhia, quando nas feiras-livres havia excedente, legumes e outros alimentos, e que eram doados para distribuir aos necessitados da ponte.
Houve, porém, um dia em que ele, Luíza e suas auxiliares não tinham absolutamente nada; decidiu-se então, não irem, pois aquela gente estava com fome e nada teriam para oferecer. Foi quando apareceu ao Chico o espírito de Dr. Bezerra de Menezes, que sugeriu colocassem alguns jarros com água, que ele iria magnetizá-los para serem distribuídas aos necessitados.  
Ele assim o fez, e o Espírito benfeitor, utilizando-se do seu ectoplasma bem como o das demais pessoas presentes, fluidificou o líquido. Este adquiriu um suave perfume, e então o Chico tomou as moringas e, com suas amigas, após a reunião convencional do sábado, dirigiram-se à ponte.
 Quando lá chegaram encontraram umas 200 pessoas, entre crianças e adultos; enfermos em geral, pessoas com graves problemas espirituais.
− Lá vem o Chico – gritaram.
E ele, constrangido e angustiado, por ter levado apenas água fluidificada, pretendeu explicar a ocorrência e falou:
− Meus irmãos, hoje nós não temos nada – e narrou o porquê da dificuldade.
As pessoas ficaram logo ofendidas, tomando atitudes de desrespeito, e ele começou a chorar. Neste momento, uma das assistidas levantou-se e disse:
− Alto lá! Este homem e estas mulheres vêm sempre aqui nos ajudar, e hoje, que eles não têm nada para nos dar, cabe-nos dar-lhes alguma coisa. Vamos dar-lhes a nossa alegria, vamos cantar, vamos agradecer a Deus.
Enquanto ela estava dizendo isso, apareceu um caminhão carregado, e alguém lá dentro, interrogou:
− Quem é Chico Xavier?
Quando ele atendeu, o motorista perguntou se ele se lembrava de certo Dr. Fulano de Tal?
Chico recordava-se de um senhor de grandes posses materiais que vivia em São Paulo, que um ano antes estivera em Pedro Leopoldo. Seu filho querido desencarnara, ele e a esposa estavam desesperados. Chico se compadeceu do casal. Durante a reunião, o filhinho veio trazido pelo Dr. Bezerra de Menezes e escreveu uma consoladora mensagem.
Então o pai da criança lhe disse:
− Um dia, Chico, eu hei de retribuir-lhe de alguma forma esta graça recebida.
Foi quando o motorista lhe narrou:
− Estou trazendo este caminhão de alimentos mandado pelo Senhor Fulano de Tal, que me deu o endereço do Centro onde deveria entregar a carga, mas tive um problema na estrada, e atrasei-me; quando cheguei, estava tudo fechado. Olhei para os lados e apareceu-me um senhor de idade com barbas brancas, e perguntou o que eu desejava.
− Estou procurando o Senhor Chico Xavier – respondi.
− Pois olhe: dobre ali e vá até uma ponte caída... Diga que fui eu quem o orientou – respondeu-me.
− E qual o seu nome?- indaguei.
− Bezerra de Menezes.
A referida história é a confirmação de que “Deus tarda, mas não falha”. Deus não perde tempo e age sempre na hora certa. Ele nunca se atrasa. Nós é que não sabemos esperar e não entendemos seu tempo. Alguém até já me disse que “Deus não demora, DEUS CAPRICHA”.
"Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus: [...]" (Eclesiastes 3,1). Há tempo de semear, e há tempo de colher...
 “Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é possível” (Mateus 19,26).
“Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé?” (Mateus 6,30).

Nenhum comentário:

Postar um comentário