Aquecendo a Vida

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sábado, 13 de abril de 2019

FALSO TESTEMUNHO


“O falso testemunho não fica sem castigo” (Provérbios 19,5).


Sabemos que o réu, em sua defesa, pode ficar calado ou mentir e nada lhe acontece. Porém, a testemunha tem que prestar depoimento sob juramento. Pois, se fizer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, está sujeita à pena de um a três anos de reclusão, segundo o Código Penal. Portanto, para evitar um juízo equivocado, falsear a verdade dá cadeia.
 Falsear a verdade também dá condenação pela justiça divina. Pois disse Jesus: “Conheces os mandamentos: não cometerás adultério; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; honrarás pai e mãe” (Lucas 18,20).
Um exemplo de falso testemunho é a história bíblica de Suzana (Daniel, 13), da qual fiz a seguinte adaptação.
Na Babilônia, dois velhos juízes freqüentavam a casa de Joaquim. Estes, ao verem Suzana, sua esposa, passear pelo jardim, conceberam uma ardente paixão por ela. E aguardavam uma ocasião oportuna para corrompê-la.
Aconteceu que num dia de muito calor, ela quis banhar-se no jardim. Escondidos ali estavam os dois juízes, que a contemplavam.
Disse, pois, Suzana às donzelas que a acompanhavam:
– Trazei-me os óleos e os perfumes, pois, quero banhar-me.
Elas fizeram o que lhe tinha mandado; fecharam as portas do jardim e saíram, sem saber que os juízes estavam ali dentro escondidos.
Logo que as donzelas saíram, ambos correram para ela e advertiram-lhe:
– As portas estão fechadas, ninguém nos vê, se entregue aos nossos desejos; porque, se recusar, nós daremos testemunho contra você.
– Se eu fizer o que desejam, – disse Suzana – serei condenada à morte; e, se recusar, eu não escaparei das suas mãos. Não! Prefiro cair, sem culpa alguma, em vossas mãos, do que pecar contra Deus!
E Suzana deu um grande grito; eles também gritaram contra ela; um correu e abriu a porta do jardim e muita gente correu lá para ver o que era.
No dia seguinte, no julgamento, os dois velhos juízes de pensamentos iníquos, para fazerem Suzana perder a vida, afirmaram diante do povo:
– Quando nós passeávamos a sós pelo jardim, entrou esta mulher com duas donzelas; fechou as portas do jardim e despediu as donzelas. Então um jovem, que estava escondido, foi ao seu encontro e pecou com ela. A ele não pudemos apanhar, porque correndo se escapou. Mas, ela foi apanhada e não soube nos dizer quem era aquele jovem. Deste sucesso somos testemunhas.
Todos lhes deram crédito, e eles a condenaram à morte.
Então Suzana exclamou e disse:
– Deus eterno, eis que morro sem ter feito nada e sabe que o que pesa contra mim é um falso testemunho.
Quando a conduziam à morte, suscitou o Senhor o santo espírito num jovem, chamado Daniel, o qual gritou:
– Eu estou inocente do sangue desta mulher! Insensatos! Como é possível que sem formar juízo tenham condenado uma filha de Israel? Julgai-a de novo, porque eles deram falso testemunho contra ela.
− Vem e assenta-te no meio de nós – disseram a Daniel – e instruí-nos.
− Separai-os longe um do outro e eu os julgarei – disse Daniel.
Depois de separados Daniel chamou um deles e indagou-lhe:
− Diz-me agora, debaixo de que árvore você viu eles se unirem?
− Debaixo de uma aroeira – respondeu-lhe o primeiro juiz.
E tendo feito retirar este, mandou que viesse o outro, ao qual disse:
– Diz-me, debaixo de que árvore você os surpreendeu ao se unirem?
– Debaixo de um carvalho – respondeu-lhe o outro velho juiz.
Então toda a assembleia gritou e louvou a Deus por ter salvado Suzana.
Esta história do Antigo Testamento nos alerta a nunca dar falso testemunho contra ninguém, mas a falar sempre a verdade, pois, só a verdade liberta.
“Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a lei e os profetas” (Mateus 7,12). “Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos”. (Mateus 7,2).
Pode crer! Tendo estes ensinamentos de Jesus como regra você viverá de consciência tranquila.  

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