“Evita julgar os outros pela aparência” (Jean
de La Fontaine).
Por que não devemos julgar? Será errado emitirmos uma
opinião? Leia a seguinte história e tire as suas conclusões.
O
Cachorro e o Coelho
Eram dois
vizinhos. Um deles comprou um Coelho para os filhos. Dias depois, o outro
vizinho, atendendo pedido dos filhos, comprou um Pastor alemão.
− Mas ele vai
comer meu Coelho.
− De jeito
nenhum. Imagina! O Pastor é filhote. Vão crescer juntos e pegar amizade. Eu
entendo de bicho!
E parece que
o dono do Cachorro tinha razão. Cresceram juntos e ficaram amigos. Era normal
ver o Cachorro no quintal do Coelho, e vice-versa.
As crianças
estavam felizes. Mas, eis que numa sexta-feira o dono do Coelho foi com a
família passar um final de semana na praia..., sem levar o Coelho.
No domingo, o
dono do Cachorro e a família tomavam um lanche, quando entrou o Pastor alemão
na cozinha. Trazia o Coelho entre os dentes, todo imundo, sujo de terra e, é
claro, morto.
Quase mataram
o Cachorro!
− O vizinho
estava certo. E agora?
− E agora eu
é que quero ver!
A primeira
providência foi bater no Cachorro, escorraçá-lo, para ver se ele aprendia a
lição. E só podia dar nisso!
Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E
agora? Todos se olhavam. O Cachorro lá fora, lambia as pancadas.
− Como vão
ficar as crianças?
− Cale a
boca!
Alguém teve
uma ideia infalível.
− Vamos dar
banho no Coelho e deixá-lo bem limpinho, depois nós o secamos com o secador da
sua mãe e colocamos na casinha dele, no quintal.
Como o Coelho
não estava muito estraçalhado, assim se fez. Até perfume colocaram no falecido.
− Ficou lindo!
– diziam as crianças.
E lá foi
colocado, com as perninhas cruzadas, como convém a um Coelho cardíaco. Parecia
até que estava vivo!
Horas depois,
eles ouvem a vizinhança chegar. Notam o alarido e os gritos das crianças...
Descobriram!...
Não se
passaram cinco minutos e o dono do Coelho veio bater à porta. Estava branco,
lívido, assustado. Parecia até que tinha visto um fantasma.
− O que foi?
Que cara é essa?
− O Coelho...
O Coelho...
− O que tem o
Coelho?
− Morreu!
− Morreu? Hoje
parecia tão bem!...
− Morreu na
sexta-feira!
− Na sexta?
− Foi...
Antes de viajarmos, as crianças o enterraram ali no quintal.
A mentira tem mesmo a perna curta!
Jesus Cristo já nos ensinava: “Não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça” (João
7,24).
Se podemos nos enganar ao julgar um animal, quanto
mais uma pessoa!
Ao analisar qualquer situação devemos ter,
primeiramente, a “cabeça fria”, ter
calma e não ser prepotente a ponto de se achar superior a qualquer um.
Devemos não esquecer que somos seres imperfeitos, que
a todo o momento aumentamos a nossa bagagem de vida com mais aprendizagens.
Nossa evolução, certamente, depende de uma boa convivência e de amor ao
próximo.
Mais importante que indicar culpados, de pré-julgar ou
julgar pelas aparências é compreender, amar, auxiliar, confortar e dispor meios
necessários para nossos irmãos evoluírem.
Praticar a Empatia
ajuda muito nessa hora! Empatia,
segundo a psicologia, é a tendência de você sentir o que outra pessoa sentiria
caso você estivesse na situação experimentada por ela. Ou, trocando em “miúdos” é você se colocar no lugar do
outro.
“Por que
olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?” (Mateus 7,3).
“Hipócrita!
Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do
teu irmão” (Mateus 7,5).
Se você fizer isso, ao invés de apontar “de dedo em riste” (de dedo julgador, agressivo,
ditatorial) deve, com humildade, estender a mão amiga para aquele que, nessa
hora, mais do que uma condenação, precisa rever seus equívocos, seus conceitos
e mudar sua postura.
A pessoa do Bem não julga pelas aparências, não faz
pré-julgamentos... Mas busca sempre a verdade para o esclarecimento de qualquer
situação.
Jesus, em Lucas (6,37) nos alerta: “Não
julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados;
perdoai, e sereis perdoados”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário