Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

Radio

sábado, 6 de abril de 2019

NÃO JULGUEIS PELA APARÊNCIA


“Evita julgar os outros pela aparência” (Jean de La Fontaine).


Por que não devemos julgar? Será errado emitirmos uma opinião? Leia a seguinte história e tire as suas conclusões.
O Cachorro e o Coelho
Eram dois vizinhos. Um deles comprou um Coelho para os filhos. Dias depois, o outro vizinho, atendendo pedido dos filhos, comprou um Pastor alemão.
− Mas ele vai comer meu Coelho.
− De jeito nenhum. Imagina! O Pastor é filhote. Vão crescer juntos e pegar amizade. Eu entendo de bicho!
E parece que o dono do Cachorro tinha razão. Cresceram juntos e ficaram amigos. Era normal ver o Cachorro no quintal do Coelho, e vice-versa.
As crianças estavam felizes. Mas, eis que numa sexta-feira o dono do Coelho foi com a família passar um final de semana na praia..., sem levar o Coelho.
No domingo, o dono do Cachorro e a família tomavam um lanche, quando entrou o Pastor alemão na cozinha. Trazia o Coelho entre os dentes, todo imundo, sujo de terra e, é claro, morto.
Quase mataram o Cachorro!
− O vizinho estava certo. E agora?
− E agora eu é que quero ver!
A primeira providência foi bater no Cachorro, escorraçá-lo, para ver se ele aprendia a lição. E só podia dar nisso!
 Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora? Todos se olhavam. O Cachorro lá fora, lambia as pancadas.
− Como vão ficar as crianças?
− Cale a boca!
Alguém teve uma ideia infalível.
− Vamos dar banho no Coelho e deixá-lo bem limpinho, depois nós o secamos com o secador da sua mãe e colocamos na casinha dele, no quintal.
Como o Coelho não estava muito estraçalhado, assim se fez. Até perfume colocaram no falecido.
− Ficou lindo! – diziam as crianças.
E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convém a um Coelho cardíaco. Parecia até que estava vivo!
Horas depois, eles ouvem a vizinhança chegar. Notam o alarido e os gritos das crianças... Descobriram!...
Não se passaram cinco minutos e o dono do Coelho veio bater à porta. Estava branco, lívido, assustado. Parecia até que tinha visto um fantasma.
− O que foi? Que cara é essa?
− O Coelho... O Coelho...
− O que tem o Coelho?
− Morreu!
− Morreu? Hoje parecia tão bem!...
− Morreu na sexta-feira!
− Na sexta?
− Foi... Antes de viajarmos, as crianças o enterraram ali no quintal.
A mentira tem mesmo a perna curta!
Jesus Cristo já nos ensinava: “Não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça” (João 7,24).
Se podemos nos enganar ao julgar um animal, quanto mais uma pessoa!
Ao analisar qualquer situação devemos ter, primeiramente, a “cabeça fria”, ter calma e não ser prepotente a ponto de se achar superior a qualquer um.
Devemos não esquecer que somos seres imperfeitos, que a todo o momento aumentamos a nossa bagagem de vida com mais aprendizagens. Nossa evolução, certamente, depende de uma boa convivência e de amor ao próximo.
Mais importante que indicar culpados, de pré-julgar ou julgar pelas aparências é compreender, amar, auxiliar, confortar e dispor meios necessários para nossos irmãos evoluírem.
Praticar a Empatia ajuda muito nessa hora! Empatia, segundo a psicologia, é a tendência de você sentir o que outra pessoa sentiria caso você estivesse na situação experimentada por ela. Ou, trocando em “miúdos” é você se colocar no lugar do outro. 
“Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?” (Mateus 7,3).
“Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão” (Mateus 7,5).
Se você fizer isso, ao invés de apontar “de dedo em riste” (de dedo julgador, agressivo, ditatorial) deve, com humildade, estender a mão amiga para aquele que, nessa hora, mais do que uma condenação, precisa rever seus equívocos, seus conceitos e mudar sua postura.
A pessoa do Bem não julga pelas aparências, não faz pré-julgamentos... Mas busca sempre a verdade para o esclarecimento de qualquer situação.
Jesus, em Lucas (6,37) nos alerta: “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário