“O amor de mãe só não é maior que o amor de Deus”
O mês de maio é um mês que sempre eleva
um pouco mais a vibração do nosso planeta e isso muda a frequência da
humanidade no rumo de uma vida melhor. Ocorre esse fato porque o segundo
domingo de maio é dedicado ao Dia de todas as Mães.
E Mãe é a mão que conduz; o anjo
que vela; a mulher que ora, na esperança de que seus filhos alcancem felicidade
e paz. Seu Amor é divino! Faz parte da Natureza e vai além do instinto de
conservação. Não se limita às necessidades materiais. Não cessa mesmo quando o
cuidado com os filhos se tornam desnecessários, persistindo por toda a vida,
repleto de devotamento e abnegação.
Disse Ruy Barbosa que “Amor de mãe não morre, só muda de atmosfera”.
Então, é amor transcendental, pois sobrevive
à morte. É o Amor de Maria, a excelsa Mãe de Jesus, irradiando luz, espancando
as trevas, pacificando a vida, aquecendo corações...
"Pode uma mulher esquecer-se daquele
que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o
esquecesse, eu não te esqueceria nunca" (Isaias 49,15).
Se, por força do destino, você não puder
contar com o amor materno, lembre-se da promessa supracitada no livro sagrado,
que o amor de Deus jamais lhe faltará. Deus não se esquece de seus filhos,
porque "[...] sabe o que vos é
necessário, antes que vós lho peçais" (Mateus 6,8).
Diz uma lenda – de autor
desconhecido –, que no dia em que o bom Deus criou a mãe, um mensageiro se acercou dele e lhe perguntou o porquê de tanto zelo
com aquela criatura. Em que, afinal de contas, ela era tão especial?
O bondoso e paciente Pai de todos
nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.
Ela deveria ter um beijo que
tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro
terminado.
Deveria ser dotada de mãos hábeis e
ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse
nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de
enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos
ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.
Mãos que soubessem acarinhar, mas
que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos
que soubessem transformar um pedaço de tecido insignificante numa roupa
especial para a festinha da escola.
Por ser mãe, deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através
de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as
crianças estão tramando no quarto fechado. Outro par para ver o que não
deveria, mas precisava saber, e, naturalmente, olhos normais para fitar com
doçura uma criança em apuros e lhe dizer: “Eu te compreendo. Não tenhas
medo. Eu te amo”, mesmo sem dizer nenhuma palavra.
O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de
nove anos a tomar banho, uma de cinco anos a escovar os dentes e dormir, quando
estiver na hora.
Um modelo delicado, mas resistente,
capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos, de superar a
própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com
o pão do amor.
Uma mulher com capacidade de pensar
e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.
Uma mulher com capacidade de
derramar lágrimas de saudade e de dor, mas, ainda assim, de insistir para que o
filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu
progresso maior.
Uma mulher com lágrimas especiais
para os dias de alegria e os de tristeza, para as horas de desapontamento e de
solidão.
Uma mulher de lábios ternos que
saiba cantar canções de ninar para os bebês e tenha sempre as palavras certas
para o filho arrependido pelas tolices feitas. Lábios que saibam falar de Deus,
do Universo e do amor. Que cantem poemas de exaltação à beleza da paisagem e
aos encantos da vida.
Uma mulher. Uma MÃE.
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