“É preciso amar as pessoas como se
não houvesse amanhã...” (Renato Russo)
Depois de 21
anos de casado, descobri uma nova maneira de manter viva a chama do amor. Então
decidi sair com outra mulher. Na realidade foi ideia da minha esposa.
− Você sabe
que a ama – disse minha esposa, me surpreendendo. − A vida é muito curta e você
deve dedicar um tempo especial a essa mulher!
A outra
mulher a quem minha esposa estava se referindo, era a minha MÃE, viúva há 19
anos. As exigências do meu trabalho e meus filhos faziam que eu a visitasse
ocasionalmente.
Nessa mesma
noite eu a convidei para jantar e ir ao cinema.
− O que você
tem? Você está bem? – perguntou-me ela após o convite.
− Pensei que
seria agradável passar algum tempo só nós dois.
Ela refletiu
e disse sorrindo:
− Isso ia me
agradar muitíssimo!
Dias depois fui
pegá-la. Eu estava ansioso... E que coisa interessante... Pude notar que ela
estava muito emocionada. Esperava-me na porta. Seu rosto irradiava luz, como um
anjo!
Ao subir no
carro ela comentou:
− Eu disse
para minhas amigas que ia sair com você, e elas ficaram muito impressionadas.
Fomos a um
restaurante muito aconchegante. Minha mãe agarrou-se no meu braço como se fosse
primeira dama.
Tive de ler o
menu para ela.
Mamãe que
estava sentada do outro lado da mesa me disse com um sorriso nostálgico nos
lábios:
− Era eu quem
lia o menu quando você era pequeno.
− Então é
hora de relaxar e me permitir devolver o favor – respondi.
Durante o
jantar tivemos uma agradável conversa colocando a vida em dia. Falamos tanto
que perdemos o horário do cinema.
“Sairei com
você novamente só se você permitir que eu pague da próxima vez”, disse minha
mãe quando a fui levar em casa.
Eu concordei.
− Como foi o
encontro? – perguntou minha esposa ansiosa.
− Muito
agradável. Muito mais do que eu poderia imaginar!
Dias mais
tarde minha mãe faleceu de um enfarte fulminante.
Tempos depois,
recebi do restaurante um envelope com a cópia de um cheque e um bilhete que
dizia:
“O jantar que
teríamos, paguei antecipado. Estava quase certa de que eu poderia não estar ali
com você e, por isso, paguei e quero que você vá com a sua esposa. Jamais
poderá entender o que aquela noite significou para mim. Seja sempre assim. Eu
te amo!”.
Nesse
instante compreendi a importância de dizer “EU TE AMO” e de dar aos nossos
entes queridos o espaço que merecem.
Nada na vida
será mais importante que as pessoas que você ama. Dedique seu tempo a elas
porque, talvez, elas não possam esperar...
Reflita e
veja como tem dividido seu tempo. Será que tem dedicado uma parte do seu tempo
às pessoas que você ama?
Faça isso
antes que seja tarde demais... Elas poderão ensinar algo que você nunca pensou.
Essas coisas, geralmente, dão uma quantidade enorme de prazer. Acredite! É
Real! (*).
(*) Esta mensagem, de autor desconhecido, eu adaptei neste
espaço em homenagem à minha mãe – Alfreda Ferreira Gusmão – que neste ano
completa 93 anos de idade.
Diz o relato que a história é real.
Mas isso pouco importa. O que importa é a homenagem a
quem nos deu a oportunidade de nascer e aprender muito com a vida.
Obrigado Mãe, pela semente de amor plantada no meu
coração e no coração dos meus irmãos (Odete, João Antonio, Ana Tercília e
Nilton), para sermos pessoas voltadas para o bem!
Semente esta cuidada com carinho e regada, às vezes, com
lágrimas, velando para que seguíssemos o bom caminho... O caminho da paz, da
alegria, do amor ensinado pelo Cristo.
Que esta homenagem seja estendida a minha esposa,
Clarice, minhas filhas mães e a todas as mães dos meus amigos leitores deste
jornal e do meu blog!
MÃE – (M)eu (A)njo (E)terno.
Seu colo é o
paraíso na Terra!
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