A verdade é um Pelicano de asas abertas à espera de um
abraço fraterno.
Recordo de uma lição do livro escolar que conta a
história de um velho faroleiro de uma ilha. Todas as noites ele se assustava
com um fantasma gigante no farol, e que projetava uma monstruosa sombra sobre
uma pedra.
Seus sobrinhos adoravam aventuras e resolveram dormir
ali pra investigar o mistério. Acordaram com um barulho estranho numa das
janelas do farol, criaram coragem e foram ver o que era.
− Oh! Então é isso que apavora o Titio?! – exclamaram.
Era uma enorme ave, que vinha secar-se à luz do farol.
E o faroleiro riu muito dessa descoberta das crianças.
– Veja só! Eu, um velho lobo-do-mar, com medo de um
Pelicano!
O Pelicano é uma ave marinha de mais de um metro de
altura, que se alimenta de peixes e crustáceos. É leve e gracioso quando voa. Suas
asas abertas têm um comprimento de quase dois metros e meio. Coloca em média
dois ovos, que incuba de 29 a
36 dias. E os filhotes só começam a voar entre 65 e 75 dias. Possui uma grande
bolsa membranosa que lhe pende do bico. Esta bolsa distende-se como se fosse
elástico, até ficar três vezes maior que seu estômago. Por isso ele pesca
bastante, mas não come tudo, porque armazena o peixe pescado durante algum
tempo.
Sabia que o Pelicano é um dos símbolos sagrados do
cristianismo?
É por causa de seu comportamento cooperador, solidário
e fraterno. Pois, os Pelicanos são aves muito sociáveis – andam sempre em
grupos.
Embora nadem vigorosamente, costumam pescar em
conjunto, utilizando técnicas cooperativas como, por exemplo, formando uma
ferradura sobre a água e batendo nas ondas com as asas, reunindo todos os
peixes num só ponto, para assim pescarem mais facilmente.
Conta-se, que ao faltar alimentos, o Pelicano fere o
próprio peito e alimenta os filhos com seu próprio sangue. Chega a oferecer a
própria carne para salvar os filhotes! É, pois, uma ave fraterna.
Por tirar de suas entranhas o alimento de seus filhos,
é considerado emblema do Salvador que derramou seu sangue pela humanidade. Simboliza,
também assim, a Renovação Espiritual do homem.
As características de comportamento do Pelicano são de
tanta expressividade simbólica que o diferencia sobremaneira das outras aves de
sua espécie. E isso nos faz refletir quanto somos incapazes de entender as
bênçãos que recebemos e nem perceber o que Deus faz para nos alimentar física e
espiritualmente.
A fraternidade é uma das leis de Deus, que nos
alimenta espiritualmente. É a lei moral
do Amor ao Próximo, exemplificada pelo Pelicano. É a lei que ensina as pessoas
a viverem em paz e harmonia, praticando a caridade.
Essa lei moral penetra no foro íntimo da nossa
consciência e o reforma. E reformado seremos do BEM, trabalhando pelo
melhoramento individual e coletivo, assegurando, pela solidariedade humana, a
felicidade desde esta vida.
Fazer o BEM nos traz paz, pois não nos atormentará a inveja, o ciúme, a ambição, a sede
de honras...
A pessoa do BEM é feliz.
As vicissitudes da vida não a afetam, pois é indulgente, tolerante, paciente,
calma...
Quem é do BEM adquire saúde, ao se livrar dos excessos, da gula, da cólera, da ira, do
ódio e de outras energias negativas que afetam o nosso corpo.
Seja então do BEM! Você será rico, porque uma pessoa rica não é a que tem mais, mas a que
precisa menos. Rico é quem se satisfaz com o necessário. Pois, “O amor é muito mais importante que o
próprio dinheiro” – disse o cantor Zé do Campo, na TV Aparecida.
“Fora da caridade não há salvação”, nos ensina o Mestre Jesus através da Parábola do Bom
Samaritano.
Agora, quando você passar por um templo sagrado, ou
esotérico, que tenha no alto de sua estrutura a imagem de um Pelicano bicando
seu coração ensangüentado, saiba que ali se pratica a primeira das virtudes: a
Solidariedade Humana. Solidariedade que é levada às pessoas necessitadas e
infelizes por meio da prática da Caridade.
Saiba que ali se pratica a Liberdade, a Igualdade e a
Fraternidade – preceitos filosóficos do Grande Artífice do Universo. Saiba que
ali se busca a Renovação Espiritual, fundamentada no princípio do AMOR AO
PRÓXIMO.
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