Aquecendo a Vida

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quarta-feira, 18 de junho de 2014

DESCOBRINDO DEUS

“Deus é a Inteligência Suprema, a Causa Primária de todas as coisas”.
(Livro dos Espíritos)



Todas as pessoas têm um sentimento intuitivo da existência de Deus em conseqüência do princípio: não há efeito sem causa. E esse sentimento intuitivo da existência de Deus não é fruto de nossa educação ou produto das idéias que adquirimos. Porque, se assim fosse, como se explicaria o mesmo sentimento nos nossos selvagens?
Portanto, essa máxima “não há efeito sem causa” é a prova da existência de Deus. Pois os efeitos, desde a organização de um formigueiro até a organização das grandes constelações, atestam a existência de uma providência bem acima de todo o conhecimento ou de toda a concepção do ser humano.
Esses efeitos têm, então, uma Causa Primária soberanamente inteligente!
É soberana porque é uma inteligência suprema. É Deus que se revela nas menores como nas maiores coisas, e que não permite por em dúvida a Sua existência.
Resumindo: a existência de Deus, bem como a sua Lei, estão registrados no âmago da nossa consciência.
Lendo o livro “Por uma Escola Humana” de Ivone Boechat, me deparei com o seguinte texto que me chamou a atenção pela riqueza da linguagem utilizada para definir o que está acima da compreensão dos homens.

A MAIOR DESCOBERTA
(adaptação)

Linda manhã de sol na tribo dos Kraós. O cacique, como de costume, sentou-se para observar a movimentação de sua gente, no vaivém do cotidiano. Nesse instante, três índios se aproximaram para pedir licença ao chefe para uma consulta. Gostariam de se afastar periodicamente. Sairiam pelo mundo à procura de coisa importante para o engrandecimento da aldeia.
Após um longo debate, receberam a aprovação e marcaram o dia da viagem. Não havia uma data prevista para a volta. Os índios partiram.
O tempo foi passando, passando, e eis que, certa manhã, após a sua meditação matinal, o velho Cacique avistou muito ao longe um dos índios, que, em estado de grande abatimento, vinha chegando. Sujo, com ar de muito cansado, se aproximou emocionado. A alegria foi geral! Contou que encontrara uma grande mina de pedras preciosas!
Muito depois desse acontecimento, quando alguns já deixavam transparecer alguma preocupação, o segundo índio aparece inesperadamente. Tinha uma das mãos fechadas com bastante cuidado. Sentou-se cansado aos pés do Cacique e pediu a todos que o olhavam curiosos, para que cuidassem da pequenina semente que trazia. Era da mais linda árvore encontrada em sua peregrinação!
Agora, a expectativa girava em torno da volta do último índio. Passava o tempo e nada! O que teria acontecido? Quando a tribo se recolhia certa noite para o repouso, que maravilha! O tão esperado viajante apareceu. Seu estado físico era pior do que o dos outros. Seu corpo estava ferido, mas a sua aparência era de grande felicidade. Pediu uma reunião da tribo, porque gostaria de relatar a sua experiência na presença de todos.
Muito feliz, explicou que, após a longa caminhada, encontrou uma montanha e resolveu subir para ver o que existia do outro lado. À medida que subia se machucava, mas uma força estranha o impulsionava e ele subia cada vez mais. Escalou passo a passo e chegou ao alto. Lá de cima, virou-se e deslumbrado viu o mar.
Foi a coisa mais maravilhosa que o índio viu em toda a sua vida! Ficou, dias e dias, contemplando o seu mistério, a sua grandiosidade e refletindo. Sentiu pela primeira vez uma sensação de infinito na sua existência. Somente um Ser Supremo, muito forte, poderia criar tamanha perfeição.

Na meditação profunda o índio descobriu DEUS!

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