Aquecendo a Vida

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sábado, 28 de dezembro de 2013

A INVENÇÃO DO DIABO

“Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia” (Benjamin Franklin).



Uma “Piriguete” chega com seu carro novinho numa loja de acessórios; rapidamente é atendida e diz ao vendedor:
− Bom dia! Quero instalar um pára-raios no meu carro.
O vendedor, claro, disse que, além de não ter pra vender, nunca tinha ouvido falar de ninguém com tal equipamento em veículos... Mas, curioso, perguntou:
− Madama, pra que você quer colocar um pára raios no carro?
E ela indignada, com as mãos na cintura, responde:
– Ooooooou, é pra minha segurança, né? Nunca ouviu falar em seqüestro relâmpago, não, seu desinformado?!

Que as “piriguetes” me perdoem, mas foi só uma piada de introdução e incentivo à leitura deste texto! Mas, vamos falar sério agora! Você sabe o que é a Invenção do Diabo?
Não sabe? Pois, a Invenção do Diabo é o pára-raios contra relâmpagos! Ou melhor, um sistema inventado por Benjamin Franklin (1706–1790), contra descargas atmosféricas.
Foi nessa época, no século XVIII, que a Igreja condenou o pára-raios como Invenção do Diabo. A Igreja acreditava no raio como sendo expressão da cólera do Senhor, e, portanto, só podia ser tentação do demo impedir que o castigo caísse sobre o mundo. E na França teve até gente processada e excomungada por heresia, por ter pára-raios em casa. 
Apesar da pouca escolaridade, Benjamin Franklin se tornou famoso. Ele era um autodidata. Aprendeu Física lendo Newton. Tornou-se, então, Jornalista, Tipógrafo, Editor, Economista, Filósofo, Diplomata, Poliglota...
Além do pára-raio, ele inventou o pára-quedas e a lente bifocal; fundou uma universidade e a primeira biblioteca pública; criou o correio americano e o primeiro corpo de bombeiros. Tudo isso e muito mais até os 84 anos.
Foi em 1752 que executou a célebre experiência com a pipa. E como resultado desta experiência erigiu um pára-raios na sua própria casa.
Enquanto homens como ele tem uma vida inteira de trabalho e criatividade, outros vivem na apatia, mumificados...
A vida de B. Franklin é um exemplo de como vencer os próprios limites.
Dele, além do belíssimo pensamento, em epígrafe, sobre a criação do mundo, é também o seguinte roteiro:

ROTEIRO PARA SE VIVER UM GRANDE IDEAL

1. TEMPERANÇA – Não comas até o entorpecimento; não bebas até a exaltação.
2. SILÊNCIO – Não fales senão para beneficiar aos outros ou a ti; evita conversa frívola.
3. ORDEM – Que todas as tuas coisas tenham os seus lugares; que cada parte de sua atividade tenha seu tempo.
4. RESOLUÇÃO – Resolve realizar o que deves; realiza sem faltar com o que resolveste.
5. FRUGALIDADE – Não faças despesa alguma, a não ser para o bem de outros ou de ti, isto é, não desperdices coisa alguma.
6. DILIGÊNCIA – Não percas tempo, emprega-o em algo útil; suprime as ações desnecessárias.
7. SINCERIDADE – Não uses ardis lesivos; pensa com coerência e justiça e, se falares, fala do mesmo modo.
8. JUSTIÇA – Não prejudiques ninguém fazendo o mal ou omitindo os benefícios que são do teu dever.
9. MODERAÇÃO – Evita os extremos; não te ofendas com injúrias, mesmo quando pensas que não as mereces.
10. LIMPEZA – Não toleres falta de limpeza no corpo, nas roupas ou na habitação.
11. TRANQÜILIDADE – Não te perturbes com ninharias ou com acidentes comuns ou inevitáveis.
12. CASTIDADE – Usa raramente dos prazeres carnais, apenas por motivo de saúde ou reprodução, nunca até o entorpecimento, a fraqueza, ou em prejuízo de tua paz ou reputação de outrem.
13. HUMILDADE – Imita Jesus e Sócrates.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

VOVÔ NEM É TÃO VELHO...

“Eis que eu renovo todas as coisas” (Apocalipse 21, 5).



Uma tarde o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou: “Quantos anos você tem, vovô?”
“Bem, deixa-me pensar um pouco...” - Respondeu o avô.
Nasci antes da televisão, das vacinas contra a gripe e a pólio, comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contato e pílula anticoncepcional. Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on-line. Não se havia inventado ar-condicionado, lavadoras, secadoras (as roupas simplesmente secavam ao vento).
O homem nem havia chegado à lua, “gay” era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual. Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam piercings. No meu tempo, virgindade não produzia câncer.
Nasci antes do computador, das duplas carreiras universitárias e das terapias de grupo. E até completar 25 anos, chamava cada homem de “senhor” e cada mulher de “senhora” ou “senhorita”. Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a ser responsáveis pelos nossos atos. Acreditávamos que “comida rápida” era o que a gente comia quando estava com pressa. Ter um bom relacionamento era dar-se bem com os primos e amigos. Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntos.
Não se conhecia telefones sem fio e muito menos celulares. Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica, rádios FM, fitas k-7, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas e calculadoras portáteis.
“Nootebook” era um livreto de anotações. Aos relógios se dava corda a cada dia. Não existia nada digital, nem relógios, nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, microondas, máquinas de lavar louça, nem rádio-relógios-despertadores. Para não falar dos videocassetes, ou das filmadoras de vídeo.
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia somente em preto e branco e a revelação demorava mais de três dias. As fotos coloridas não existiam e quando elas apareceram, sua revelação era muito cara e demorada.
Se em algo lêssemos “Made in Japan”, não se considerava de má qualidade; e não existia “Made in Korea”, nem “Made in Taiwan”, nem “Made in China”. Não se havia ouvido falar de “Pizza Hut”, “Mc Donald’s”, nem de café instantâneo.
Havia casas onde se comprava coisas por 05 e 10 centavos. Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos.
No meu tempo, “erva” era algo que se cortava e não se fumava. “Hardware” era uma ferramenta e “software” não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho. Agora me diga quantos anos acha que tenho?
- Hiii vovô..., mais de 200! - Falou o neto.
- Não, querido, somente 58!

Este texto sobre os acontecimentos - cujo autor vem sendo procurado pelo ciberespaço -, além de interessante, serve para uma reflexão profunda sobre as transformações que se aceleram cada vez mais no nosso mundo. Pois as invenções já estão ficando obsoletas em menos de uma década. O computador diminui de tamanho a todo o momento e a cada dois anos de uso já estão sendo trocados por máquinas menores, mais ágeis e poderosas. 
Acelera-se tudo, os problemas físicos e sociais se multiplicam e diante desse caos a natureza reage com grandes transformações do meio ambiente em que vivemos. Como será então o mundo de amanhã? Pense nisso!...

“Aquele que atesta estas coisas diz: Sim! Eu venho depressa! Amem.” (Apocalipse 22, 20).

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

“CURANDO” A RAIVA

“Guardar raiva é como segurar um carvão em brasa com a intenção de atirá-lo em alguém; é você que se queima” (Buda).



A Raiva é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração contra uma pessoa ou algo, que você exterioriza quando se sente ferido ou ameaçado.
Um exemplo comum é a chamada “Raiva Malcontida” de motorista, que não se conforma em ser ultrapassado por outros carros e, ao invés de facilitar a ultrapassagem, termina expondo o outro veículo a perigos que pode resultar em acidente.
A intensidade da Raiva depende do desenvolvimento psicológico ou da evolução moral de cada um. Pode ser um sentimento passageiro; mas pode também ser um sentimento prolongado, de rancor, como: fúria, ira, cólera, ódio, etc.
A origem da Raiva é diversa, mas geralmente pode estar no desejo de vingança, na inveja, no ciúme, no sentimento da pessoa ridicularizada, na incompreensão ou aceitação por outras pessoas.
Afirmam alguns, que a Raiva é uma doença psicológica que vai corroendo o enfermo por dentro, causando prejuízos físicos, mentais e espirituais não só para o portador da raiva, mas, também para as pessoas de sua convivência.
Outros afirmam que a Raiva é uma poderosa energia negativa, destrutiva, que atraindo outras energias semelhantes, provoca a desgraça ao indivíduo.
De qualquer forma, a Raiva tem conseqüências em forma de violência que tanto pode ser verbal ou física. E se ela persistir e for enfatizada, pode se transformar em Ódio, com duração prolongada acompanhada de um desejo contínuo de mal a alguém.
A Raiva gera então problemas no sistema nervoso central, disfunção das glândulas de secreção endócrina, distúrbios no aparelho digestivo e desequilíbrio psicológico.
E como curá-la?
A “cura” da Raiva só existe realmente para aqueles que resistem a essa energia negativa, que desistem de qualquer ressentimento e aprendem a perdoar.
Uma forma de terapia para acabar com a Raiva é a utilizada no texto – que circula pela internet, intitulado “MARCAS NA TÁBUA” –, que relata a história de um garoto que tinha um temperamento muito explosivo.
Um dia seu pai lhe entregou um saco cheio de pregos e uma placa de madeira, pedindo a ele que martelasse um prego na tábua toda vez que perdesse a paciência com alguém.
No primeiro dia o garoto colocou 37 pregos na tábua. Mas nos dias seguintes, enquanto ele ia aprendendo a controlar sua Raiva, o número de pregos martelados por dia foi diminuindo gradativamente.
O garoto descobriu que dava menos trabalho controlar sua Raiva do que ter que pregar todos os dias diversos pregos na placa de madeira...
Finalmente, chegou um dia que ele não perdeu a paciência em hora alguma e foi falar com seu pai sobre seu sucesso:
− Pai, eu estou me sentindo bem melhor em não me explodir com os outros e quero agradecê-lo por essa lição.
− Filho, a lição ainda não terminou, pois sugiro que você retire todos os pregos da tábua e traga para mim.
O garoto, então, trouxe a placa de madeira, já sem pregos e a entregou a seu pai, que disse:
− Você está de parabéns, meu filho, mas dê uma olhada nos buracos que os pregos deixaram na tábua... Ela nunca mais será como antes! Quando você diz coisas, estando com Raiva, suas palavras deixam marcas como estas. Você pode enfiar uma faca em alguém e depois retirá-la. Não importa quantas vezes você peça desculpas, a cicatriz ainda continuará lá.
E o experiente e sábio pai arrematou a lição, afirmando:
− Uma agressão verbal, meu filho, é tão ruim quanto uma agressão física. Por isso, resistir à violência é um ato de caridade! Lembre-se, que ser cristão não é só ter a caridade nos lábios, mas, sobretudo, é dar o exemplo de paciência, de tolerância, de amor...  

Pense nisso!...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A DESGRAÇA PODE COMEÇAR COM UMA MENTIRA

“Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda nossa vida”. (Gandhi)



A cidade de Capão da Canoa, balneário gaúcho, se revoltou contra o assassinato de Cristiano Alves, de 16 anos, ocorrido na noite de 28 de junho de 2003. Os criminosos pensaram que a vítima fosse um ladrão.
Tudo começou com uma mentira.
Um funcionário de uma loja danificou uma das motos de revenda e, para fugir da responsabilidade, inventou uma tentativa de roubo, acusando Cristiano.
O empresário dono da loja teria perseguido o garoto em sua BMW preta e batido em sua bicicleta. O rapaz morreu em conseqüência disso.
Nos dias que sucederam ao doloroso fato, o policiamento foi reforçado na cidade. Imagens feitas por um cinegrafista amador mostraram a fúria com que a população reagiu à morte de Cristiano.
Os moradores, revoltados, deram três tiros contra a loja do acusado e depois destruíram o prédio com paus e pedras.
Cinco motos e o carro do dono da revenda foram queimados. O proprietário estava no local e fugiu. A casa dele e a do funcionário também foram atacadas.
Segundo a polícia, eram apenas oito soldados para deter mais de mil pessoas enfurecidas.
O dono da loja e o funcionário, naquele momento, deixaram a cidade porque, segundo a polícia, estavam sendo ameaçados de morte. O laudo do IML indicava hemorragia craniana. Ao mesmo tempo, o delegado dava a seguinte informação: “Não sabemos se ele morreu de tombo ou se levou pancada”.
Segundo uma testemunha, o rapaz foi agredido depois de derrubado.
A irmã da vítima, clamando por justiça, chegou a afirmar: “A vida do meu irmão eu não vou conseguir de volta, mas isso eu quero, quero eles na cadeia”.

Essa reportagem nos mostra duas atitudes negativas para o bem-viver. Uma delas é a atitude de ganância por bens materiais, e a outra também altamente nociva para a vida é a mentira.
Pensando na mentira que mata – como a da reportagem supracitada – lembramos do seguinte ensinamento de Buda: “Uma mentira pode salvar seu presente, mas condena seu futuro”.
Diz um dito popular que “Uma mentira puxa a outra!”. E é a mais pura verdade, pois segundo o pensamento de Alexander Pope: “Aquele que diz uma mentira não calcula a pesada carga que põe em cima de si, pois terá de inventar uma infinidade delas para sustentar a primeira”.
Dizem também que “A mentira tem pernas curtas!”. Porque, segundo Abraham Lincoln, “Você pode enganar algumas pessoas durante todo o tempo, e todas as pessoas durante algum tempo, mas não pode enganar as pessoas durante todo o tempo”.
Sinceridade, verdade, transparência, ética não são mais, apenas, requisitos de pessoas (física ou jurídica) que cultivam comportamento baseado em valores positivos. Proceder assim é um imperativo deste mundo moderno, globalizado, que, atualmente, desvenda tudo e tudo revela com os avanços das ciências do comportamento, da informática e da cibernética, cada vez mais exigindo credibilidade de todos.
Ser justo e sincero hoje em dia é um bom negócio! Pois pode evitar uma desgraça. E compensa ter como roteiro de vida a valiosa recomendação de Fortune Magazine: “Conte a verdade – ou não conte nada. Ninguém gosta de gente mentirosa”.

Pense nisso!

domingo, 10 de novembro de 2013

UM PRINCÍPIO DE SALVAÇÃO

“Nenhuma herança é tão rica quanto a Honestidade”. (Shakespeare)



Adaptamos um conto de Rogério Andrade Barbosa, intitulado “As Três Moedas de Ouro” com a finalidade de ilustrar a crônica aqui escrita.
Dizem que o fato se deu na cidade nigeriana chamada Kano. Ali, se comprava e trocava de tudo: marfim, tecidos, miçangas coloridas, penas de avestruz, frutas, arroz, pimenta, milho, algodão, cavalos e camelos.
Um mercador foi reclamar com o dono da pousada que um ladrão entrara em seu aposento e roubara as três moedas de ouro que levava em uma sacola.
− Perdi tudo que consegui com as vendas – queixou-se o negociante.
O homem, irritado com a grave ofensa ao visitante, respondeu:
− Pode deixar... Hoje mesmo você terá seu dinheiro de volta.
Ao final do dia, o dono da pousada regressou a sua casa com uma engenhosa solução. Ele pegou um frasco de perfume e despejou todo o conteúdo nos pêlos de um burro. Depois, levou o animal para um cercado ali perto. Em seguida, chamou os empregados e falou:
Preciso descobrir o autor do roubo da noite passada. Saiam, um por um, passem a mão no pêlo do burro que está atrás e me esperem na cozinha.
E, num tom de ameaça, avisou:
− Cuidado! O animal zurrará quando o ladrão o tocar.
Os homens obedeceram ao patrão e saíram para cumprir a tarefa.
Mas o burro permaneceu calado até o final da estranha prova. Mesmo assim o dono da pousada descobriu quem era o ladrão. Sabe como?
Para espanto, pois, do lesado comerciante, o dono da pousada reuniu os empregados e cheirou a mão de cada um. Assim que terminou a inspeção, anunciou triunfante:
− O ladrão é este aqui – disse, apontando para um dos homens. − Podem revistar o quarto dele.
Dito e feito. As moedas, como ele havia adivinhado, foram encontradas escondidas debaixo da cama do acusado.
No outro dia, ao se despedir, o viajante, curioso, perguntou:
− Como foi que você descobriu o larápio?
− Não foi difícil. Só um dos homens não tinha a mão perfumada! Ele, com medo de ser denunciado, não tocou no pêlo do burro!

Moral da história: A Honestidade é um Princípio de Salvação.
Mentir é desonesto. Mentir é enganar outras pessoas intencionalmente.
Prestar falso testemunho é uma forma de mentira. Mas, existem outras formas de mentira. Podemos, intencionalmente, enganar os outros com um gesto ou com um olhar, pelo silêncio ou por dizer apenas parte da verdade.
Sempre que, de qualquer forma, levarmos as pessoas a acreditarem em algo que não é verdade, a gente não está sendo honesto.
Uma pessoa honesta falará apenas a verdade, embora isso pareça resultar em desvantagem para si mesma.
Quando nos apossamos de algo que pertence a outro, sem permissão, estamos roubando. Aceitar um troco maior ou mais coisas do que devemos é desonesto. Pegar mais do que a parte que nos compete de qualquer coisa é furto. E Jesus nos ensinou: “Não furtarás”.
Quando damos menos do que devemos ou quando recebemos algo que não merecemos, estamos enganando.
Alguns empregados enganam os patrões não trabalhando todo o tempo pelo qual são pagos. Alguns patrões não são justos com os funcionários pagando-lhes menos do que merecem.
Tirar vantagem injustamente é uma forma de desonestidade. Fornecer mercadorias inferiores ou prestar um serviço de má qualidade é enganar. E enganar é ser desonesto!
Não devemos achar desculpa para a nossa desonestidade. Mentir para se proteger; encontrar desculpas para roubar; colar para obter melhores notas na escola; são desculpas para a desonestidade. Quando nos desculpamos enganamo-nos a nós mesmos!


Pense nisso!...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

TELEMENTAÇÃO

“O pensamento é uma onda eletromagnética, semelhante à onda de televisão...” (Wladimyr Sanches).



Em 1970, eu lecionava na 4ª série da Escola Mista do Bairro Catas Altas, em Ribeira, Estado de São Paulo. Eu desenvolvia, no contra turno, vários projetos de enriquecimento curricular. A horta escolar era um deles.
Lembro-me, que certa vez, tinha preparado vários canteiros para plantação de tomates, mas as mudas estavam num sítio, a 02 km dali. 
Pensava nisso, quando vejo passando pela estrada, um morador da região, muito popular e bem conhecido pelas suas “loucuras”.
No momento que ele me viu, pensei assim: “Ângelo, você bem que poderia buscar lá no sítio do Mário japonês as mudas de tomate que precisamos plantar na nossa horta”.
Pareceu até que ele tinha me ouvido, porque me acenou positivamente. Quis falar, mas ele já tinha partido. Então desconsiderei a idéia: “deixa pra lá, outra hora eu mesmo vou buscá-las”.
Horas depois, vejo o Ângelo retornando com um pacote de mudas de tomate. Entrou na horta, jogou o pacote no chão e foi logo me dizendo:
− Aqui estão as mudas.
− Mas eu não pedi nada! – respondi surpreso.
− Pediu sim senhor... Você me mandou buscar!
Deu de ombros e foi embora todo satisfeito, falando sozinho, como era seu esquisito costume.
Eu, porém, perdi toda a tranqüilidade naquela tarde. Meditava... “Como é que pode isso? Eu não pedi nada ao Ângelo, só pensei! Será que ele leu meu pensamento?”.
 Sem dizer nada, pensava, refletia, mas não encontrava sentido naquele acontecimento.
Só pude discernir essa questão, muitos anos depois, pesquisando o assunto e observando o funcionamento da televisão, com controle remoto, assim como de outros aparelhos eletrônicos e de multimídia.
Entre nós e a tela da televisão há uma infinidade de imagens que a gente somente vê quando liga o aparelho. Se a TV está desligada essas imagens continuam passando por nós.  Como pode isso? Ah, então, essa é uma questão de energia!...
Foi daí, por analogia, a minha descoberta: o pensamento é matéria... É matéria compondo o mar de energia mental, muito sutil, no qual todos nós nos achamos submersos.
Dizem que pensamento é vida! Porque a aura de cada pessoa é como uma tela de TV, cheia de pensamentos, com freqüência e cor peculiares.
As forças mentais, em constantes movimentos sincronizados, estabelecem para cada pessoa uma onda mental própria, obedecendo, por analogia, aos mesmos princípios que regem as associações atômicas, na esfera física, para funcionamento da TV e outros eletrônicos, demonstrando a perfeição do plano universal.
Compreendi, então, que a matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando na matéria física, gerando prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, atraindo para si os agentes de luz ou sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade.
A telementação (tele + mente + ação; de tele = à distância / mente = pensamento / ação = atuação, movimento) é a atuação do pensamento à distância. Ou melhor, é a manifestação das formas-pensamentos corporificadas por nossas idéias e outras que se lhes assemelham, mantendo-nos, assim, espontaneamente, em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir.
Agora entendo porque o amalucado Ângelo captou a minha idéia!
Telementação!... Pense nisso!...

domingo, 6 de outubro de 2013

A BLASFÊMIA

“O insensato de lábios será ferido” (Provérbios 10,10)



Insensato é todo aquele que – por falta de bom senso –, profere ultrajes contra pessoa ou coisa respeitável. 
E ultraje é uma blasfêmia, ofensiva aos preceitos e à dignidade humana, assim como a calúnia, a difamação, a injúria e tudo que contrarie as regras de se bem proceder na sociedade.
Portanto, a blasfêmia – conseqüência da insensatez – é condenada por todos os segmentos sociais, que a consideram maldade, crueldade.
E se a blasfêmia for contra Deus é pecado grave; pois, está escrito:
“Não vos enganeis, de Deus não se zomba, pois tudo o que o homem semear, isto também ceifará” (Gálatas 6,7);
“Todo o que falar contra o Filho do homem, ser-lhe-á dado perdão; mas àquele que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado” (Lucas 12,10).
Eis, a seguir, algumas pessoas – divulgadas pela Internet –, que se atreveram a blasfemar contra Deus.
TANCREDO NEVES disse, por ocasião da campanha presidencial, que se tivesse 500 votos do seu partido (PDS), nem Deus o tiraria da Presidência da República. Ganhou os votos, mas não conseguiu tomar posse.
BRIZOLA afirmou, na campanha presidencial de 1990, que aceitava até o apoio do demônio para se tornar Presidente. A campanha, quando acabou, apontou Collor Presidente. Brizola não ficou nem em segundo lugar.
CAZUZA num show no Canecão – Rio de Janeiro – deu um trago em um cigarro de maconha, e soltando a fumaça pelas ventas, disse: “Deus, essa é pra você!”. Nem precisa falar em qual situação ele morreu.
O CONSTRUTOR DO NAVIO TITANIC (o maior navio de passageiros de sua época), foi questionado por um repórter, no dia de entrar em alto-mar, sobre o que ele tinha a dizer para a imprensa concernente a segurança do Titanic. Ele, ironicamente respondeu: “Nem Deus poderá afundar meu navio”. Resultado: foi o maior naufrágio de um navio de passageiros no mundo.
MARILYN MONROE foi, durante a apresentação de um show, visitada por Billy Graham, um pregador do evangelho. Depois de ouvir a mensagem do Evangelho, disse: “Não preciso do seu Jesus”. Uma semana depois foi encontrada morta em seu apartamento.
JOHN LENNON, alguns anos depois de dar uma entrevista, disse: “O cristianismo vai se acabar, vai se encolher, desaparecer. Eu não preciso discutir sobre isso. Eu estou certo. Jesus era legal, mas suas disciplinas são muito simples. Hoje, nós somos mais populares que Jesus Cristo (1966)”. Lennon, depois dessa entrevista, recebeu cinco tiros de seu próprio fã.
Conta a minha mãe que um pai, conhecido nosso, tinha muitos filhos e, diante da dificuldade para tratar de todos, um dia se ajoelhou no terreiro da casa e esbravejou contra o Criador, por ver seus filhos passando fome. Depois encerrou a sua indignação dizendo: “Meu Deus! Não tenho mais condições de tratar dos meus filhos, leve pelo menos a metade deles!”.
Dias depois, muitos dos filhos dele adoeceram e morreram, sendo enterrados dois no mesmo dia e na mesma cova.
Na mesma tarde desse triste dia ele voltou a se ajoelhar no terreiro de sua habitação e mais uma vez reclamou: “Meu Deus! Eu pedi que levasse a metade dos meus filhos, mas precisava levar os mais velhos, que já estavam me ajudando! Como faço agora para criar os cinco menorzinhos que ficaram!”.
Cresci ouvindo essa história e me resguardando de blasfemar contra Deus. Pois aprendi com Jesus: que até os nossos fios de cabelos estão contados; que não cai uma folha de uma árvore sem ser pela vontade divina; que muito antes de pedirmos Deus já sabe do que necessitamos.
Deus tem o controle de tudo, por isso, nada de indignação, de blasfêmias, pois Ele sabe o que faz e, certamente, faz o melhor para o crescimento espiritual de cada um de seus filhos. A vida material não é nada perto do Bem e da eternidade que nos espera! É tudo questão de fé.
Atualmente, muitas pessoas importantes também se esquecem que Jesus é o Governador do nosso planeta; que é o Mestre da Luz; e que a nenhum outro foi dada tanto poder e autoridade quanto a Ele. E Jesus dizia: “Se te envergonhares de mim, eu me envergonharei de ti perante meu Pai”.

A blasfêmia é fruto da alienação espiritual. Por isso, acho que está certo O. S. Marden ao afirmar que: “O maior pecado do ser humano é ignorar suas forças interiores, seus poderes criadores e sua herança divina. – Estuda-te... Vê quanta coisa és capaz de fazer”.

domingo, 22 de setembro de 2013

É PRECISO AFIAR O MACHADO

“O tempo que você gosta de perder não é tempo perdido”.
(Bertrand Russel)



Num certo dia, um empregado apresentou-se numa fazenda pedindo trabalho. Como existia vaga, acertaram o preço e o novo empregado iniciou o trabalho no dia seguinte. Recebeu do patrão um machado bem afiado e a ordem de iniciar a derrubada do arvoredo.
Como é de costume nestes casos, o operário faria um período de experiências.
Passado uns dias, o patrão foi examinar o trabalho de seu novo empregado. Este, no primeiro dia, derrubou 200, no segundo dia derrubou 150. Mas, no terceiro dia foi ainda pior, baixou para 130.
Intrigado, o patrão quis saber se o empregado vinha trabalhando menos. Por acaso chegara ele mais tarde? Não, ele estava chegando mais cedo.
Então ele estaria demorando mais entre um golpe e outro do machado? Não ele estava batendo cada vez mais ligeiro... Tudo parecia um mistério, quando o patrão olhou o machado, bastante judiado, perguntou então ao empregado quantas vezes afiara o machado.
“Estive tão ocupado em derrubar árvores, que não tive tempo de afiar o machado...” – respondeu calmamente o empregado.

Tomei conhecimento do referido texto – cujo autor se desconhece – há alguns anos, quando amanhecia trabalhando, em casa, para resolver problemas da Delegacia de Ensino de Itararé. E descobri que quanto mais trabalhava mais erros cometia. Refleti muito sobre o assunto e percebi que a gente precisa realmente de descanso.
Descanso não se pode confundir com ociosidade. O descanso é um momento necessário depois de um trabalho estafante e que, muitas vezes, nos ajuda a ganhar tempo. Não é ociosidade e pode ser um momento precioso de criatividade.
É no momento de descanso que o nosso cérebro – a máquina de processamento mais perfeita e poderosa do universo – manipula, recupera, transforma e produz novas informações a partir dos dados iniciais.
É nesse momento que entra a intuição e temos então aquele repentino insight – que é um discernimento instantâneo do problema. Podemos então gritar: heureca! Tal qual Arquimedes – o grego mais notável da antiguidade.
Conta a lenda, que durante um banho, Arquimedes descobriu que seu corpo deslocava um volume de água proporcional ao peso. E foi assim que descobriu a sua famosa teoria dos corpos flutuantes.
Na vida, por vezes imitamos o cortador de árvores. Queremos resolver as nossas atividades rapidamente e nos preocupamos tanto, que acabamos produzindo pouco. Esquecemos de afiar o machado e isso acontece em todas as profissões.
Todos nós, de tempos em tempos, precisamos parar e rever nosso trabalho, nossos métodos, sacudir o pó da rotina. Em outras palavras, precisamos afiar o machado de vez em quando. Caso contrário, estaremos produzindo cada vez menos, com um trabalho cada vez mais estafante.

Talvez seja por isso que o Grande Arquiteto do Universo, se manifestando a Moisés de forma sobrenatural no Monte Sinai, revelou-lhe os Dez Mandamentos – que mudariam a história da humanidade –, contendo um muito especial, relacionado com o descanso, necessário para se obter uma vida digna e de muito sucesso: “Lembra-te do dia do Sábado para santificá-lo”.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O TEMPO

“O tempo tem sempre o direito de fazer o que for correto”.
 (Martin Luther King).



Fui comprar um cabo pra enxada e encontrei na loja uma pessoa que me questionou assim:
− Ué!... Vai trabalhar no pesado, agora, depois de aposentado!?
− Lógico – respondi. Preciso fazer de tudo um pouco, senão vou morrer de tédio. Sabe que a vida de aposentado não é fácil. Se não administrarmos bem o tempo e cair na rotina ou no ócio a gente se deprime e morre mais cedo. Por isso que estou encabando a enxada!
O tempo é uma preciosidade e, por isso, deve ser valorizado e aproveitado com muita propriedade. Tanto que a Rede Globo de Televisão certa vez fez uma reportagem sobre a utilização do tempo.
E se o tempo nos foi dado para a nossa evolução, numa jornada de busca da perfeição através da transformação de nós mesmos, não podemos menosprezar um minuto sequer, porque a eternidade é feita de segundos.
Por isso, mesmo, almejamos que o novo tempo de todo ano que se inicia seja bem utilizado para a conquista de muitos méritos para nós e para a sociedade.
Principalmente para a nossa família, conforme nos ensina o brilhante escritor Carlos Drummond de Andrade: “Brincar com crianças, não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escolas, mais triste ainda é vê-los sentados sem ar, com exercícios estéreis sem valor para a formação do homem”.
Os pais devem ter consciência que com os filhos não se perde tempo, pois até o nosso exemplo serve para educá-los.
Conta-se que certa vez um menino, depois de cansado por esperar o dia em que o pai conseguiria tempo para lhe dar atenção, pergunta:
− Papai, quanto você ganha por hora?
− Por hora eu devo ganhar uns dez reais, meu filho – respondeu o pai, sem dar muita importância à pergunta.
O filho então abre a mochila da escola, conta dez notas de um real e as entrega ao pai, dizendo:
− Economizei do lanche. Agora, você pode me vender uma hora do seu tempo?
Que lição, hein?
Portanto, não reclamemos de falta de tempo. Façamos como James Michener, um consagrado escritor, falecido em 1997, que sabia exatamente como lidar com o tempo.
Foi professor, revisor de livros e alistou-se na Marinha durante a segunda guerra mundial. E ele teve ainda algumas de suas histórias adaptadas para musicais na Broadway.
Certa vez, uma garotinha de oito anos, acompanhada de seu pai, o visitou em sua residência. Levou-lhe um livro que continha uma história que ela mesma escrevera.
Esse homem ocupado com tantas coisas dispôs de tempo para se sentar no sofá junto à pequena, abrir a primeira página e ler em voz alta: Focas, por Hana Grobel.
Enquanto prosseguia a leitura, o telefone tocou.  Ele atendeu e ao interlocutor explicou: “estou lendo os originais de uma jovem escritora”.
Atendeu a ligação e prossegui a leitura.
Este homem inacreditável fora uma criança rejeitada. Jamais soube quem foram seus pais.
Foi recolhido por uma viúva e por ela criado e amado. Jamais descobriu o local e a data do seu nascimento.
Passou toda sua vida ajudando discretamente a quem desejasse estudar, reconhecendo que sua instrução foi o que de mais precioso sua mãe adotiva lhe dera.
Dispunha de tempo para tudo e para todos. Até mesmo para uma criança que escrevera uma história minúscula em um pequeno livro.
Dedicava-se a incentivar as gerações futuras. Essa era sua missão.
Dez dias antes de sua morte, teve tempo para oferecer a uma jovem a oportunidade de estudar na Universidade do Texas, oferecendo-se para lhe custear a primeira anuidade escolar.

Mesmo lhe restando poucos dias, o seu tempo era para fazer o BEM.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

APRENDA A ESCREVER NA AREIA

“Escreva as ofensas na areia e os benefícios no mármore”.
(Provérbio Árabe)



O nosso Mestre Maior assim nos aconselhou em Mateus 7,12: “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”. E ao ser questionado por Pedro sobre quantas vezes perdoar uma ofensa, deu uma resposta alegórica (“até setenta vezes sete”), significando que devemos perdoar sempre.
Quando lhe trouxeram uma mulher apanhada em adultério, dizendo que a Lei de Moisés mandava que ela fosse apedrejada, Jesus – escrevendo na areia – disse-lhes, em João 8,7: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”.
“Não Julgueis e não sereis julgados”. Também assim nos ensinou Jesus no capítulo 7 do evangelho de Mateus, deixando claro que seremos medidos pela mesma medida com que tivermos medido os atos dos outros.
Leonardo da Vinci, muito tempo depois, de certa forma ratificou isso que o Mestre já havia ensinado, e estabeleceu uma forma de resistência às ofensas relacionando-as com a paciência: “A paciência faz contra as ofensas o mesmo que as roupas fazem contra o frio; pois se vestires mais roupas conforme o inverno aumenta, tal frio não te poderá afetar. De modo semelhante, a paciência deve crescer em relação às grandes ofensas; tais injúrias não poderão afetar a tua mente”.
Então, como contribuição aos leitores deste renomado semanário, trago para reflexão sobre esse tema das ofensas e do perdão, a colaboração que recebi de Franca-SP. Trata-se do seguinte texto:

Dois grandes mercadores árabes, de nomes Amir e Farid, eram muito amigos e sempre faziam suas viagens para um mercado onde vendiam suas mercadorias, iam juntos, cada qual com sua caravana e seus escravos e empregados.
Numa dessas viagens, ao passarem junto a um rio caudaloso, Farid resolveu banhar-se, pois fazia muito calor. Em dado momento, distraindo-se, foi arrastado pela correnteza. Amir, vendo que seu grande amigo corria risco de vida, atirou-se às águas e, com inaudito esforço, conseguiu salvá-lo.
Após esse episódio, Farid chamou um de seus escravos e mandou que ele gravasse numa rocha ali existente, a seguinte frase:
 “Aqui com risco de sua própria vida, Amir salvou seu amigo Farid.”.
Ao retornarem, passaram pelo mesmo lugar, onde pararam para rápido repouso. Enquanto conversavam, tiveram uma pequena discussão e Amir se alterando esbofeteou Farid. Este se aproximou das margens do rio e, com uma varinha, assim escreveu na areia:
“Aqui, por motivos fúteis, Amir esbofeteou seu amigo Farid.”
O escravo que fora encarregado de escrever na pedra o agradecimento de Farid, perguntou-lhe:
− Meu senhor, quando foste salvo, mandou gravar aquele feito numa Pedra e agora escreve na areia o agravo recebido. Porque assim o fez?
Farid respondeu-lhe:
− Os atos de bondade, de amor e abnegação devem ser gravados na rocha para que todos aqueles que tiverem oportunidade de tomar conhecimento deles procurem imitá-los. Ao contrário, porém, quando recebemos uma ofensa, devemos escrevê-la na areia, próximo às águas, para que desapareça levada pela maré, a fim de que ninguém tome conhecimento dela e, acima de tudo, para que qualquer mágoa desapareça prontamente do nosso coração.
Portanto, meu irmão, você já aprendeu a escrever na areia?
Pense nisso!

"Fazer grande estardalhaço a propósito de uma ofensa de que fomos vítimas, não atenua o desgosto, mas aumenta a vergonha".

(Giovani Boccaccio).

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

AMOR E JUSTIÇA

“Tende amor imenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados”



Paulo escreveu aos Coríntios falando sobre a grandeza do Amor: “Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei...”.
Qual é a coisa mais importante da nossa existência? Seria a Fé a coisa mais importante? Ou seria a Caridade?
Por que o Amor é mais importante que a Fé?
− Porque a Fé é apenas uma estrada que nos conduz ao Amor Maior.
Por que o Amor é mais importante que a Caridade?
− Porque a Caridade é apenas uma das manifestações do Amor. E o todo é sempre mais importante que a parte. Além disso, a Caridade é também uma estrada, uma das muitas estradas que o Amor utiliza para fazer com que o Homem se una ao seu próximo.
E todos nós sabemos que há um bocado de “Caridade” sem Amor! É muito fácil jogar uma moeda para um pobre na rua. É barato para nós, e resolve o problema do mendigo. Entretanto, se realmente amássemos aquele pobre, nós faríamos muito mais por ele.
Paulo compara o Amor com muitas coisas que, em seu tempo, tinham valor para o homem. Além de comparar com a Fé e a Caridade, compara o Amor com a Eloqüência, com a Profecia, com os Mistérios, com a Esperança, com o Sacrifício e o Martírio.
E depois dessas comparações, termina afirmando que se tivermos tudo isso e esquecermos o Amor, para nada servirá o nosso esforço. Porque podemos conseguir tudo. Mas, se não tivermos Amor, tudo isso não significará nada para nós nem para a causa de Deus.
O Amor é vida, tudo pode e tudo vence, encontrando soluções para as situações mais difíceis.
Há um conto de autor desconhecido, que ilustra bem isso.
Houve, séculos atrás, uma tribo cujo Chefe, além de poderoso, era conhecido também por sua sabedoria.
Desejando que o povo vivesse em segurança, ele criou leis abrangendo todos os aspectos da vida tribal.
Eram leis severas que ele, como juiz imparcial, fazia cumprir com rigor.
Certa feita, problemas começaram acontecer na tribo. Alguém estava cometendo pequenos furtos.
O Chefe reuniu a tribo e com tristeza no olhar, frisou que as leis tinham sido feitas para protegê-los, para ajudá-los. Como todos tinham o de que necessitavam para viver, não havia necessidade de ocorrerem furtos.
Assim, ele estabeleceu o castigo habitual de 20 chibatadas ao responsável.
Os furtos, entretanto, continuaram. Ele voltou a reunir o grupo e alterou o castigo para 30 chibatadas. Mas os furtos não cessaram. Então ele aumentou o castigo para 40 chibatadas.
Finalmente, um homem veio dizer que tinha identificado o autor dos furtos. Todos se reuniram para ver quem era.
Um murmúrio de espanto percorreu a pequena multidão, quando a pessoa foi trazida por dois guardas. A face do Chefe empalideceu de susto e sofrimento. Era sua mãe. Uma senhora idosa e frágil.
Então, todos começaram a se questionar: “E agora? O Chefe seria imparcial? Será que cumpriria a lei? O amor da mãe seria capaz de impedi-lo?”.
Notava-se a luta íntima do Chefe.
− Meu amado povo – disse ele –, eu faço isso pela nossa segurança e pela nossa paz. As 40 chibatadas devem ser aplicadas, porque o sofrimento que este delito nos causou foi grande demais.
Acenou com a cabeça e os guardas fizeram sua mãe dar um passo à frente.
O carrasco se aproximou, retirou o manto dela, deixando à mostra as costas arqueadas, e levantou o chicote.
Nesse momento, o Chefe deu um passo à frente. Retirou o seu manto e todos puderam ver seus largos ombros.
Com muito carinho, ele passou os braços ao redor de sua querida mãe, protegendo-a, por inteiro, com o próprio corpo. Ele encostou o seu rosto ao da mãe e misturou as suas lágrimas com as lágrimas dela. Murmurou-lhe algo ao ouvido e, então, fez um sinal afirmativo para o encarregado.
O homem se aproximou e desferiu nos ombros fortes e vigorosos do Chefe da tribo uma chibatada após outra, até completar exatamente 40.

Foi um momento inesquecível para toda a tribo que aprendeu, naquele dia, como se pode harmonizar com perfeição o AMOR E A JUSTIÇA. 

domingo, 21 de julho de 2013

SOMENTE DE PASSAGEM!...

“Há muitas moradas na casa de meu Pai” (Jesus).


Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo–Egito, com a finalidade de visitar um famoso sábio.
O turista se surpreendeu ao ver que o sábio vivia em um quartinho muito simples e cheio de livros.
As únicas peças de mobiliário eram uma cama, uma mesa e um banco.
– Onde estão seus móveis? – perguntou o turista.
E o sábio, rapidamente, também perguntou:
– E onde estão os seus...?
– Os meus? – surpreendeu-se o turista. – Mas estou aqui somente de passagem!
– Eu também!... – concluiu o sábio.

A casa do Pai é o Universo. E as diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito.
Esses diversos mundos estão em condições muito diferentes uns dos outros quanto ao desenvolvimento de seus habitantes.
Como o progresso é uma das leis da Natureza, a Terra, seguindo esse princípio tem progredido material e moralmente e, certamente, atingirá um grau mais avançado na sua evolução.
A Humanidade também está sujeita a essa mesma lei de progresso. E assim, progridem paralelamente o homem, os animais e os vegetais, pois nada fica estacionário na Natureza.
O objetivo da vida na Terra é o aperfeiçoamento do Espírito.
Tanto é assim que Jesus pregava: “Não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, como vestireis. A vida não é mais do que o alimento e o corpo mais que as vestes?...”.
E arrematava o sermão dizendo: “Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado” (Mateus 6, 25 – 34).
Quem já descobriu isso se dignifica e, livre dos entraves materiais, vai se elevando acima dos conflitos sociais, dos problemas comuns do cotidiano, do sofrimento, até alcançar a eterna felicidade.
Que maravilhosa é esta idéia, e digna do Grande Arquiteto do Universo!
Conseqüentemente, a vida na terra é somente temporária...
Sem dúvida, o corpo é perecível e o Espírito é eterno.
A vida na Terra como que termina no túmulo para aquele que nela tem o seu tesouro. Todavia, para o que acredita na eternidade, a vida na Terra é uma escola passageira para moradias mais evoluídas e felizes.
O que vive da carne morre; e o que vive do Espírito é imortal. Por isso estamos aqui apenas de passagem. Entretanto, alguns ainda vivem como se fossem ficar aqui eternamente e se esquecem de ser felizes.
O valor das coisas não está no tempo que duram, e sim na intensidade com que sucedeu. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.
Você pode ser feliz hoje... E viver feliz cada dia... É uma decisão.
“A Felicidade está em deixar Deus controlar o seu futuro”.

sábado, 6 de julho de 2013

O ANJO DAS PERNAS TORTAS

“Você precisa confiar na perfeição da vida e ter certeza de que tudo está dentro da Divina Ordem Correta”. (Louise L. Hay)



Você já viu anjo das pernas tortas?
Pois, a Copa das Confederações de futebol me fez lembrar que eu já vi!
Foram as pernas tortas de Garrincha.  Para mim, o melhor jogador de futebol de todos os tempos!
Foram as pernas tortas que fizeram a fama de Garrincha. Enquanto seus joelhos apontavam para um lado, seus pés conduziam a bola em outra direção, provocando dribles desconcertantes.
Veja os videoteipes das Copas!
Quando se confia na perfeição da vida e vive-se em harmonia com a natureza, a gente se expressa sempre por meio de atitudes positivas, e os defeitos desaparecem. Garrincha viveu assim, sorrindo, brincando o tempo todo, sempre dizendo que seu time ia ganhar. Por isso, foi um vitorioso!
Essa maneira de ser feliz e de jogar com alegria fizeram o sucesso de Mané Garrincha, que ficou conhecido como “O Anjo das Pernas Tortas”.
Ao contrário de Garrincha, o Gamo, da fábula de Fedro, não se alegrava com as suas pernas tortas, quando se admirava nas águas de um rio.
“Sou um belo animal”, pensava, “ninguém possui chifres tão grandes e ramificados como os meus. Meu focinho fino, as orelhas pontiagudas e principalmente meus grandes olhos, tudo isso contribui para que eu seja de fato muito bonito”.
Quando o Gamo internou-se um pouco mais pelas águas rasas, continuou pensando:
“O que não me agrada são estas pernas. Parecem longas demais e bastante tortas. E estes cascos, então? Sem dúvida são grosseiros e feios, e prejudicam a elegância de minha aparência”.
Bebeu um gole d’água e, desgostoso, concluiu seus pensamentos:
“Não fossem estes cascos e pernas, eu seria o mais belo animal do mundo”.
Nesse preciso instante, o focinho fino percebeu um odor estranho. O Gamo tratou de ir saindo da água, quando as orelhas pontiagudas detectaram um ruído alarmante. Já em terra firme começou a trotar de volta à selva, sentindo o perigo em seu redor.
Ao se afastar, os extensos e ramificados chifres enroscaram-se na erva baixa e o Gamo ficou preso. Enquanto fazia esforços para se soltar, seus grandes olhos viram o lobo que se aproximava.
Num último esforço, o Gamo se libertou quando o Lobo já avançava sobre ele. As longas e tortas pernas o transportaram em um grande salto. O Lobo tentou alcançá-lo, mas os feios e deselegantes cascos garantiam ao Gamo uma velocidade extraordinária. Em segundos e duas dezenas de saltos, já uma centena de metros se interpunha entre o perseguido e o perseguidor.
Enquanto corria, pondo-se a salvo, o Gamo recordava seus pensamentos anteriores e corrigia a conclusão:
“Puxa! Não fossem estes feios cascos e estas pernas tortas, e eu seria o mais belo animal morto do mundo!”.
Como se percebe pela fábula, feiúra ou defeito faz parte da lei da evolução e apenas reflete a perfeição do Criador.
Não sofra com isso! Não enumeres jamais em sua mente os seus defeitos nem o que lhe falta. Ao contrário, conte minuciosamente tudo quanto você possui, ou faça um inventário rigoroso dos seus dons e verá que a Vida para você tem sido esplendidamente generosa.
Se a enfermidade lhe aflige não diga:
“Tenho este ou aquele mal, não posso comer este ou aquele alimento”.
 Mas, ao contrário, diga assim:
“Sou jovem, meu cérebro é lúcido, todos me amam; possuo isto, aquilo e mais aquilo”.
Viva com a alegria de um anjo das pernas tortas! Agradeça a Deus pelo que você é, pela família que tem, pelo trabalho que realiza e seu sofrimento diluir-se-á como uma gota de paz caída sobre o mar!
“Vai tabelando o seu sonho” com a alegria de Mané Garrincha – O Anjo das Pernas Tortas –, dizendo como Moacir Franco, na sua BALADA N° 7:

“Que as jornadas da vida, são bolas de sonho / Que o craque do tempo chutou”.

sábado, 22 de junho de 2013

O LADO VENCEDOR DA VIDA

“Um vencedor é sempre parte da solução”.



Quem trilha o caminho do Bem será sempre vencedor na vida. Pois esse é o lado vitorioso de todos que buscam a ascensão pelo progresso, quer seja material, intelectual ou espiritual.
Jesus, sabiamente, em Mateus 12:35 nos alertou sobre isso ao ensinar que “O homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más”.
E nos deu uma regra áurea para bem-viver: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas” (Mateus 6:12).
“Amar ao próximo como a si mesmo”, é a expressão mais completa da caridade; é o guia mais seguro para a compreensão da verdadeira fraternidade, que proporciona paz e justiça à humanidade. Sem dúvida, esta é a REGRA DO AMOR, a regra que nos faz sempre vencedor.
Respectivamente, em João 10:34 e Mateus 5:16 Jesus ainda nos disse: “Sois deuses” e “Brilhe a vossa luz...”. Isso quer dizer que o lado bom das pessoas – seu potencial divino – deve fulgir em sua grandeza plena, pois o Homem de Bem é inspirado por Deus.
Escolha o lado Bom da Vida – o lado vencedor. Faça o Bem sem olhar a quem, pois fazer o Bem faz bem! E sempre é tempo de fazer o Bem. Não espere o dia de amanhã para fazer o Bem que pode fazer hoje.
Para ilustrar, apresento, a seguir, um conto muito interessante, envolvendo dois garotos americanos, que optaram pelo lado vencedor da vida.
 Quando caminhavam em direção a um campo, eles viram um casaco velho e um par de sapatos muito gasto, ao lado da estrada. E ao longe viram o dono daquelas coisas trabalhando no campo.
O garoto mais novo então sugeriu:
− Vamos esconder esses sapatos e depois, sem que o dono nos veja, vamos ficar assistindo o pavor na cara dele quando voltar.
− Isso não é bom – disse o garoto mais velho. − Esse homem deve ser muito pobre pela aparência das suas vestimentas.
Então, depois de conversarem e encerrarem o assunto daquela sugestão surgiu-lhes tentar uma nova experiência. Em vez de esconder os sapatos eles iriam colocar uma moeda de dólar de prata em cada sapato para ver o que o homem faria quando achasse o dinheiro.
Então foi o que fizeram.
Logo então o homem voltou do campo. Vestiu seu casaco, escorregou um pé pra dentro de um sapato e sentiu algo duro. Tirou de dentro e encontrou um dólar de prata.
Alegria e surpresa brilharam no seu rosto. Depois de ficar olhando a moeda várias vezes, olhou ao redor e não viu ninguém. Então foi colocar o outro pé. E para sua surpresa, encontrou outro dólar de prata.
A emoção tomou conta dele. Ajoelhou-se e ofereceu ao Criador, em voz alta, uma oração de agradecimento na qual falou de sua esposa, que estava doente sem ninguém poder ajudar, e de seus filhos sem pão.
Agradeceu ao Senhor fervorosamente por essa graça que veio de mãos desconhecidas e invocou as bênçãos do céu sobre aqueles que lhe deram essa ajuda tão necessária.
Os garotos ficaram escondidos até ele ir para casa. Foram tocados pela oração e sentiram um calor dentro de seus corações. E quando voltavam estrada abaixo o garoto mais velho disse ao companheiro:
− E agora, você consegue sentir algo realmente bom?

Pense nisso, e lembre-se da seguinte recomendação de Paulo, na Carta aos Gálatas, 6:7:

“POIS AQUILO QUE O HOMEM SEMEAR, ISSO TAMBÉM CEIFARÁ”.