“Nenhuma herança é tão rica quanto a Honestidade”.
(Shakespeare)
Adaptamos um conto de
Rogério Andrade Barbosa, intitulado “As
Três Moedas de Ouro” com a finalidade de ilustrar a crônica aqui
escrita.
Dizem que o fato se deu na
cidade nigeriana chamada Kano. Ali, se comprava e trocava de tudo: marfim,
tecidos, miçangas coloridas, penas de avestruz, frutas, arroz, pimenta, milho,
algodão, cavalos e camelos.
Um mercador foi reclamar
com o dono da pousada que um ladrão entrara em seu aposento e roubara as três
moedas de ouro que levava em uma sacola.
− Perdi tudo que consegui
com as vendas – queixou-se o negociante.
O homem, irritado com a
grave ofensa ao visitante, respondeu:
− Pode deixar... Hoje
mesmo você terá seu dinheiro de volta.
Ao final do dia, o dono da
pousada regressou a sua casa com uma engenhosa solução. Ele pegou um frasco de
perfume e despejou todo o conteúdo nos pêlos de um burro. Depois, levou o
animal para um cercado ali perto. Em seguida, chamou os empregados e falou:
Preciso descobrir o autor
do roubo da noite passada. Saiam, um por um, passem a mão no pêlo do burro que
está atrás e me esperem na cozinha.
E, num tom de ameaça,
avisou:
− Cuidado! O animal
zurrará quando o ladrão o tocar.
Os homens obedeceram ao
patrão e saíram para cumprir a tarefa.
Mas o burro permaneceu
calado até o final da estranha prova. Mesmo assim o dono da pousada descobriu
quem era o ladrão. Sabe como?
Para espanto, pois, do
lesado comerciante, o dono da pousada reuniu os empregados e cheirou a mão de
cada um. Assim que terminou a inspeção, anunciou triunfante:
− O ladrão é este aqui –
disse, apontando para um dos homens. − Podem revistar o quarto dele.
Dito e feito. As moedas,
como ele havia adivinhado, foram encontradas escondidas debaixo da cama do
acusado.
No outro dia, ao se
despedir, o viajante, curioso, perguntou:
− Como foi que você
descobriu o larápio?
− Não foi difícil. Só um
dos homens não tinha a mão perfumada! Ele, com medo de ser denunciado, não
tocou no pêlo do burro!
Moral da história: A Honestidade é um Princípio de Salvação.
Mentir é desonesto. Mentir
é enganar outras pessoas intencionalmente.
Prestar falso testemunho é
uma forma de mentira. Mas, existem outras formas de mentira. Podemos,
intencionalmente, enganar os outros com um gesto ou com um olhar, pelo silêncio
ou por dizer apenas parte da verdade.
Sempre que, de qualquer
forma, levarmos as pessoas a acreditarem em algo que não é verdade, a gente não
está sendo honesto.
Uma pessoa honesta falará
apenas a verdade, embora isso pareça resultar em desvantagem para si mesma.
Quando nos apossamos de
algo que pertence a outro, sem permissão, estamos roubando. Aceitar um troco
maior ou mais coisas do que devemos é desonesto. Pegar mais do que a parte que
nos compete de qualquer coisa é furto. E Jesus nos ensinou: “Não furtarás”.
Quando damos menos do que
devemos ou quando recebemos algo que não merecemos, estamos enganando.
Alguns empregados enganam
os patrões não trabalhando todo o tempo pelo qual são pagos. Alguns patrões não
são justos com os funcionários pagando-lhes menos do que merecem.
Tirar vantagem
injustamente é uma forma de desonestidade. Fornecer mercadorias inferiores ou
prestar um serviço de má qualidade é enganar. E enganar é ser desonesto!
Não devemos achar desculpa
para a nossa desonestidade. Mentir para se proteger; encontrar desculpas para
roubar; colar para obter melhores notas na escola; são desculpas para a
desonestidade. Quando nos desculpamos enganamo-nos a nós mesmos!
Pense nisso!...
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