“Eis que eu renovo todas as coisas” (Apocalipse
21, 5).
Uma tarde o neto conversava com seu avô sobre os
acontecimentos e, de repente, perguntou: “Quantos
anos você tem, vovô?”
“Bem,
deixa-me pensar um pouco...” - Respondeu o avô.
Nasci antes da televisão, das vacinas contra a gripe e
a pólio, comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contato e pílula
anticoncepcional. Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem
patins on-line. Não se havia inventado ar-condicionado, lavadoras, secadoras
(as roupas simplesmente secavam ao vento).
O homem nem havia chegado à lua, “gay” era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente,
alegre e divertida, não homossexual. Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar
e rapazes não usavam piercings. No meu tempo, virgindade não produzia câncer.
Nasci antes do computador, das duplas carreiras
universitárias e das terapias de grupo. E até completar 25 anos, chamava cada
homem de “senhor” e cada mulher de “senhora” ou “senhorita”. Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a ser
responsáveis pelos nossos atos. Acreditávamos que “comida rápida” era o que a gente comia quando estava com pressa.
Ter um bom relacionamento era dar-se bem com os primos e amigos. Tempo
compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntos.
Não se conhecia telefones sem fio e muito menos
celulares. Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica, rádios FM,
fitas k-7, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas e calculadoras portáteis.
“Nootebook” era um livreto de anotações. Aos relógios se dava
corda a cada dia. Não existia nada digital, nem relógios, nem indicadores com
números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando em máquinas, não existiam cafeteiras
automáticas, microondas, máquinas de lavar louça, nem
rádio-relógios-despertadores. Para não falar dos videocassetes, ou das
filmadoras de vídeo.
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia
somente em preto e branco e a revelação demorava mais de três dias. As fotos
coloridas não existiam e quando elas apareceram, sua revelação era muito cara e
demorada.
Se em algo lêssemos “Made in Japan”, não se considerava de má qualidade; e não existia “Made in Korea”, nem “Made in Taiwan”, nem “Made in China”. Não se havia ouvido
falar de “Pizza Hut”, “Mc Donald’s”, nem de café instantâneo.
Havia casas onde se comprava coisas por 05 e 10
centavos. Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava
10 centavos.
No meu tempo, “erva”
era algo que se cortava e não se fumava. “Hardware”
era uma ferramenta e “software” não
existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora
precisava de um marido para ter um filho. Agora me diga quantos anos acha que
tenho?
- Hiii vovô..., mais de 200! - Falou o neto.
- Não, querido, somente 58!
Este texto sobre os acontecimentos - cujo autor vem sendo procurado pelo ciberespaço -, além de interessante, serve para uma reflexão
profunda sobre as transformações que se aceleram cada vez mais no nosso mundo.
Pois as invenções já estão ficando obsoletas em menos de uma década. O
computador diminui de tamanho a todo o momento e a cada dois anos de uso já
estão sendo trocados por máquinas menores, mais ágeis e poderosas.
Acelera-se tudo, os problemas físicos e sociais se multiplicam
e diante desse caos a natureza reage com grandes transformações do meio
ambiente em que vivemos. Como será então o mundo de amanhã? Pense nisso!...
“Aquele que atesta estas coisas diz: Sim! Eu venho
depressa! Amem.” (Apocalipse 22,
20).
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