“O que está acontecendo é apenas um reflexo das suas escolhas” (Luadson Carvalho).
Um rei tinha
presenteado sua filha, a princesa, com um belo colar de diamantes. O colar foi
roubado e as pessoas do reino procuravam por toda parte, sem conseguir
encontrá-lo.
Alguém disse
que um pássaro poderia tê-lo levado, fascinado pelo brilho. O rei pediu a todos
que voltassem a procurá-lo e anunciou uma recompensa de 50 mil para quem o
encontrasse.
Um dia, um
rapaz caminhava de volta para casa, pela margem de um lago de uma área
industrial. O lago estava completamente poluído, sujo e com um mau cheiro
terrível. Enquanto andava, o rapaz viu algo brilhar no lago e, quando olhou,
viu o colar de diamantes.
Decidiu
tentar pegá-lo, de forma que pudesse receber os 50 mil de recompensa. Pôs sua
mão no lago imundo e agarrou o colar, mas, de alguma forma, o perdeu e não o
pegou.
Tirou a mão
para fora e olhou outra vez, e o colar estava lá, imóvel. Recomeçou. Desta vez
entrou no lago imundo, emporcalhando sua calça, e afundou seu braço para pegar
o colar.
Mas,
estranhamente, ele perdeu o colar novamente! Saiu e começou a ir embora,
sentindo-se deprimido. Então, outra vez ele viu o colar, bem ali. Desta vez ele
estava determinado a pegá-lo, não importava como.
Decidiu
mergulhar, embora fosse algo repugnante, tal a sujeira, a lama do lago. Seu
corpo inteiro tornou-se imundo.
Mergulhou e
mergulhou e procurou por toda parte pelo colar, mas fracassou novamente. Desta
vez, ele ficou realmente aturdido e saiu, sentindo-se mais deprimido ainda, já
que, sem conseguir pegar o colar, não receberia os 50 mil.
Um velho, que
passava por ali, perguntou-lhe sobre o que estava havendo. O rapaz não quis
compartilhar o segredo, pensando que ele poderia tomar-lhe o colar para si.
Então se recusou a lhe explicar a situação.
Mas o velho
pôde perceber que o rapaz estava incomodado e, sendo compassivo, outra vez
pediu que lhe contasse qual o problema, prometendo que não contaria nada para
ninguém.
O rapaz
reuniu alguma coragem e, como já dava o colar por perdido, decidiu pôr alguma
fé no velho. Contou tudo sobre o colar e como ele tentou pegá-lo, mas
continuava fracassando.
O velho,
então, lhe disse que talvez ele devesse olhar para cima, em direção aos galhos
da árvore, em vez de olhar para o lago imundo. O rapaz olhou para cima e, para
sua surpresa, o colar estava pendurado no galho de uma árvore.
Tinha o tempo
todo tentado capturar um simples reflexo do colar.
Desconheço o autor da referida história. Mas achei-a
interessante para comentá-la. Pois ela nos mostra que a felicidade que buscamos
aqui na terra é exatamente um mero reflexo da felicidade verdadeira que
encontraremos no mundo espiritual.
Nesta vida, procuramos a felicidade como o rapaz
procurava o colar de diamantes no lago imundo. Mas ela não está na terra... É
preciso olhar para o alto, para cima, para além desta vida... Pois aqui não
alcançaremos a felicidade plena que procuramos, não importa o quanto nos
esforcemos.
Paulo Coelho disse: “Descubra sua própria luz, ou passará o resto da vida sendo um pálido
reflexo da luz alheia”.
Descobrir
a própria luz é fazer uma viagem ao interior de si mesmo, para o
autoconhecimento. E a partir daí buscar uma luz maior que o aproxime cada vez
mais do Criador para não ser um escravo de uma pálida luz alheia, alienante,
cheia de dogmas que nenhuma verdade demonstra ou comprova.
Deus
habita o coração de todas as criaturas. Todas as Suas Leis estão gravadas na
consciência de cada ser humano. Descubra-O e se transforme. E transformado acelere
sua evolução, pois a felicidade plena o espera.
E
peça a Deus para livrá-lo desses homens cuja única felicidade está nesta vida,
que amontoam tesouros na terra pensando que a vida termina no túmulo.
“Reconcilia-te, pois, com
(Deus) e faz as pazes com ele, é assim que te será de novo dada a felicidade;” (Jó 22,21).
Diga a Deus: “Sois o meu Senhor, fora
de vós não há felicidade para mim” (Salmos 15,2). Pois, “a felicidade é a recompensa dos justos”. (Provérbios 13,21).