“As
palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade” (Vitor Hugo)
Todos os dias o pequeno Henrique levava suas cabrinhas
às montanhas, para pastar. Certa vez, uma delas, a Cigana, escapou e saiu
correndo para um grande vale. Henrique chamou:
− Cigana! Cigana!
E ouviu, logo em seguida, ao longe: “Cigana!”... “Cigana!”... “Cigana!”...
Sem compreender o que se passava, Henrique respondeu:
− Quem está aí?
E novamente ouviu a voz: “Quem está aí?”... “Quem está aí?”...
Irritado, Henrique gritou:
− Não me imite, seu bobo!
Ao longe, o som repetiu-se: “Bobo!”.
Henrique passou a xingar:
− Venha cá! Vou dar-lhe uma surra!
“Surra!”.
− Apareça seu covarde! “Covarde!”.
Mais tarde, já em casa, a mãe de Henrique
perguntou-lhe:
− Por que você demorou tanto?
− Mamãe! Não quero preocupá-la, mas uma das cabras
fugiu para o vale e eu fui atrás dela. Mas, lá havia um menino malcriado e
covarde. Ele me xingou e não quis aparecer, porque eu disse que iria bater
nele!
No dia seguinte, a mãe resolveu acompanhar o filho às
montanhas. Ao chegarem ao imenso vale, ela o instruiu:
− Filho, chame o menino e diga-lhe apenas coisas boas
e bonitas, está bem?
Henrique gritou alto e forte:
− Menino, quer ser meu amigo?
Para sua surpresa, ouviu em resposta: “Amigo!”... “Amigo!”...
− Vamos brincar? “Brincar”...
− Você é simpático! “Simpático!”...
Então, a mãe ensinou o que era o Eco, e explicou que
com as pessoas também é assim.
− Quando quiser ouvir respostas agradáveis; comece
você dizendo coisas agradáveis! Você verá meu filho, que existe um ECO na alma
de cada um de nós, que responde de acordo com aquilo que nos é dito!
O texto supracitado, que adaptamos aqui, é de autor
desconhecido; e traz um grande ensinamento. Pois, se queremos um mundo melhor:
um mundo alegre; de paz; de compreensão; que motive nossas ações; que
proporcione momentos felizes, nós temos que interiormente nos transformar e
passar a tratar as pessoas como gostamos que elas nos tratem; usando para isso
somente palavras boas, bonitas, estimuladoras, que confortem nosso semelhante e
as façam felizes.
Nossas atitudes têm reflexos bons ou maus, depende de
você!... Se você quer um mundo cheio de amor, crie amor no seu coração e comece
hoje mesmo espalhando essa dádiva que, certamente, vai contaminar muita gente...
Pela Lei do Retorno, a vida nos dá de volta tudo que
damos a ela. Nada acontece, pois por coincidência, mas por consequência de nossos
atos. Somos construtores do nosso destino. Através do pensamento cada um cria o
inferno ou o céu dentro de si, de sua consciência.
Se a menor parte de um átomo está em tudo e em todos
os lugares – conforme diz a Física Quântica –, conclui-se que Deus é essa força
do universo, que abrange tudo. Portanto, Deus está dentro de nós. Somos, então,
cocriadores do universo.
A mente é nossa fonte de criação.
De nós depende então a construção de cada dia de vida,
escolhendo palavras destruidoras ou palavras doces da linguagem do amor.
Huberto Rohden (em Cosmoterapia, p.90), escreve que “a vida do homem é o resultado dos seus
pensamentos habituais, sobretudo se esses pensamentos são ‘de seu coração’
(carregado de emoções), isto é, onerados de emotividade, positiva ou negativa.
Quem pensa com temores de doenças, cedo ou tarde, ficará doente; quem pensar
com amor em saúde, terá saúde”.
Se pensamentos positivos atraem coisas positivas e
pensamentos negativos atraem coisas negativas, o bem-estar ou o caos social
de uma comunidade é reflexo da maneira de pensar da maioria da população.
Deus nos deu o livre-arbítrio para decidir pelo bem ou
pelo mal. “Vós sois deuses!” – disse Jesus, repetindo o ensino do
salmista. E ainda nos ensinou a combater
o mal com amor. "Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois
mil" (Mateus 5,41).
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