Aquecendo a Vida

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domingo, 27 de setembro de 2015

COMO VOCÊ ENCARA “SEUS PROBLEMAS”

“O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso” (Mário Quintana)



Certa vez, perguntaram a um sábio:
– Por que existem pessoas que saem facilmente dos problemas mais complicados, enquanto outras, que sofrem por pequenos problemas, morrem afogadas num copo de água?
O sábio sorriu e contou esta história...
Era um sujeito que viveu toda a sua vida, fiel às palavras de DEUS. Quando morreu, todo mundo falou que ele iria para o Céu. Um homem tão bondoso assim somente poderia ir para o Paraíso.
Ir para o Céu era importante para aquele homem, mas houve um erro em sua chegada ao Céu. O Homem que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas e, como não viu o nome dele na lista, lhe orientou para ir ao Inferno.
E no Inferno – você sabe como é – ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar. O sujeito entrou lá e foi ficando.
Alguns dias depois, Lúcifer chegou furioso às portas do Paraíso para tomar satisfações com a pessoa que lhe havia enviado.
– Isto é injusto! Nunca imaginei que fossem capazes de uma baixaria como essa. Isso que vocês fizeram não é justo!
Sem saber o motivo de tanta raiva, o Homem da recepção perguntou surpreso, do que se tratava. E Lúcifer, transtornado, desabafou:
– Você mandou aquele sujeito para o Inferno e ele está fazendo a maior bagunça lá. Ele chegou escutando as pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas. Agora está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando. O Inferno está insuportável, parece até o Paraíso!
E então fez um apelo:
– Por favor, pegue aquele sujeito e traga-o para cá!
Quando o sábio terminou de contar esta história, carinhosamente disse:
– Viva você com tanto amor no coração que se, por engano, for parar no Inferno, o próprio demônio se encarregará de trazê-lo de volta ao Paraíso.
Esta é a adaptação de um texto recebido por e-mail, de autoria ignorada, e que faz a gente refletir sobre os problemas que fazem parte da nossa vida.
A sua vida está sensacional e de repente você descobre que uma pessoa amada está doente; que o seu casamento ou relacionamento está quase no fim; que o seu trabalho não está sendo prazeroso; que a política econômica do governo mudou. Isso traz infinitas possibilidades de problemas.
Benjamin Franklin dizia que “Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você o encara é que faz a diferença”.
Os problemas sempre vão existir, porém não deixe que eles o transformem numa pessoa amargurada.
As crises vão estar sempre se sucedendo e, às vezes, você não terá escolha. As crises você não pode escolher, mas pode escolher a maneira de como enfrentá-las. No final, você verá que elas não eram tão grandes assim.
Pense positivamente assim: se é problema, tem solução. Pois, se não é possível resolver não é um problema, é apenas até onde eu posso ir.
“Problemas existem para serem resolvidos, e não para perturbar-nos”, diz Augusto Cury.
Encare os problemas como provas, como desafios. E em vez de reclamar dos problemas, agradeça a Deus pela oportunidade que Ele está lhe oferecendo de mostrar a sua capacidade e ser um vencedor, um vitorioso na vida.
Se Deus lhe permitiu um “problemão” é porque Ele sabe que você atingiu a maturidade necessária para suportá-lo e superá-lo.
Deus não permite dificuldade alguma a seus filhos que não estão preparados para superá-la. Tudo tem um motivo de ser. Até o menor dissabor serve para alguma coisa. Nada que nos acontece é inútil. Tudo tem uma razão de ser, mas somente o tempo vai nos dizer o porquê de tudo isso.
Lembre-se do que JESUS disse: “... para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33).
“Verdadeiramente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores, levou sobre si...” (Isaías 53:4).
Não diga para DEUS o tamanho dos seus problemas; mas diga para os seus problemas o tamanho do seu DEUS.

domingo, 20 de setembro de 2015

RESILIÊNCIA ESPIRITUAL

“Cair sete vezes e levantar oito” (Provérbio Japonês)



Era uma vez um homem que nunca se irritava. Para testá-lo, seus amigos armaram uma situação em um jantar, para levá-lo a estrema irritação. Tudo foi combinado com a garçonete.
Assim que iniciou o jantar, como entrada, foi servida uma saborosa sopa. A garçonete se aproximou do homem, pela esquerda e ele levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa. Mas ela serviu todos os demais e, quando era a vez dele, foi servir a outra mesa.
Ele, em silêncio, esperou a garçonete voltar. Como ela agora se aproximava pela direita, ele levou outra vez o seu prato na direção dela, que novamente se distanciou ignorando-o.
Após servir todos os demais, passou a seu lado, acintosamente, com a sopeira fumegante, e se dirigiu à cozinha. Naquele momento todos o observavam, discretamente, para ver sua reação.
Para surpresa dos amigos, ele educadamente chamou a garçonete que chegou fingindo impaciência, e lhe disse:
− O que o senhor quer?
− A senhora não me serviu a sopa!
− Servi sim senhor!
 O homem sentiu a provocação da garçonete e por instante ficou pensativo...
Todos apostaram que ao chegar nesse momento ele iria se irritar e brigar. Mas ele surpreendeu a todos, ponderando:
− É verdade, a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!
Conclusão: o comportamento desse homem foi de uma pessoa resiliente!
Resiliência vem da física e significa a propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer um choque. É o poder de recuperação como o ato de retorno de mola, de elástico.
Psicologicamente falando, resiliência é a capacidade que a pessoa tem de voltar ao seu estado normal, após ser submetido a uma pressão. A capacidade de não ceder quando coagido, numa situação crítica.
Quem não tem essa capacidade, diante de qualquer problema já “entra em parafuso” e se desiquilibra. Daí “o bicho pega” de vez! A pessoa se estressa, fica traumatizada, depressiva, com dores nas articulações, vai ao médico, faz exames e dá tudo negativo. Não percebe que é ela que está num polo negativo, sem saída!
Hélio Couto, em “Mentes In-formadas”, vai além e defini resiliência como “a capacidade de a pessoa atuar sob pressão e mesmo assim conseguir alto nível de produtividade e realização”. Pois o Resiliente é capaz de transformar toda a energia de um problema em uma solução criativa. Tem habilidade para reagir e poder de recuperação, tal qual o bambu diante do mau tempo, que se verga pelo vento, mas não quebra!
Ninguém nasce resiliente. Isso evolui com o passar do tempo, pois é uma atitude que pressupõe sabedoria, que vem de experiências anteriores.
A RESILIÊNCIA ESPIRITUAL já é uma capacidade mais ampla, de quem está moralmente amadurecido e não sofre por antecipação. Que sabe, como bem ensinou o Príncipe da Paz, que “a cada dia basta a sua preocupação”. Que é capaz de enxergar sempre algo de bom em cada momento ruim que lhe acontece.
Pessoas, assim, aceitam os próprios erros e aprendem com eles. Quando sentem o “coração apertado”, sabem lidar com isso, porque têm um sentido melhor da vida, sabem das suas forças e limitações, não culpam ninguém por isso. Põem a mente a serviço do coração!
O Resiliente Espiritual, embora resignado, não entra em surto psicológico, compreende o processo da adversidade que sofre, e a enfrenta com galhardia, pois se reconhece como um artífice da sua própria evolução. É pessoa de fé que acredita que “tudo que pedir em oração, crendo que recebeu, receberá”, como garante Jesus (Mat 21,22 c/c Mar 11,24).
E não coloca o foco no problema, mas na solução, no resultado que deseja. Pois já entende, pela energia do pensamento, que quanto mais se coloca o foco no problema mais problema se tem!
Paulo Vanzolin, na voz de Noite Ilustrada, definiu bem o conceito da Resilência Espiritual: “Um homem de moral não fica no chão... Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.
Haja resiliência nos dias de hoje!

Que os exemplos de Pedro, Paulo e Jó, no nos inspirem! Lembrando-se do Cristo, nosso exemplo maior: “No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” (João 16,33).

sábado, 12 de setembro de 2015

O INDULGENTE

“Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra” (Jesus).



O termo “indulgente” é despercebido de muita gente, que entra em contato com os ensinamentos sagrados. Enquanto uns desconhecem sua conceituação, para outros a indulgência é a virtude mais difícil de ser praticada. Mais difícil que a paciência, a tolerância... Acreditam que é uma virtude própria de pessoas de elevada moral, próximas da beatificação!
O indulgente é aquele que pratica um ato de benevolência propenso a perdoar sempre – setenta vezes sete...
Quem é indulgente evita humilhar ou causar aborrecimentos ao seu semelhante; fazer caçoadas, que possam constrangê-lo. Prefere ficar calado a ofendê-lo!
E, nesse contexto, o conceito vai além do mandamento proferido por Jesus há mais de dois mil anos. Pois agora, quando avançamos para uma Nova Era, para sermos indulgente devemos amar ao próximo mais do que a nós mesmos.
Com este conceito em mente, vejamos como essa questão foi abordada no Dia Semanal de Estudos Evangélicos.
O Coordenador dos trabalhos, inspirado, abre a Bíblia ao acaso e a lição que se apresenta é sobre a indulgência.
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido também vós sereis medidos. Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu? Hipócrita! Tiras primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”. (Mateus, 7:1-5).
– Esta lição de hoje – diz o Coordenador – faz da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo. Assim, antes de condenarmos alguém por uma falta, devemos verificar se a mesma censura também não nos cabe.
– O que é ser indulgente? – perguntou um dos participantes.
– Ser indulgente é ser possuidor de um sentimento doce e fraternal no trato com as pessoas. É estar pronto a perdoar. É ser tolerante, condescendente, complacente com os defeitos dos outros. Uma pessoa indulgente é misericordiosa, branda, suave e benevolente, pois não vê os defeitos dos outros, e se os vê se resguarda de falar deles e de torná-los públicos. Mas, ao contrário, ela oculta-os a fim de que sejam apenas conhecidos dela. E, se o maldizente os descobre, ela tem sempre uma desculpa pronta para dissimular e atenuar a falta.
– Então, se eu bem entendi – interrompeu o interlocutor – o indulgente nunca se ocupa com os atos dos outros, a menos que seja para ajudá-los. Não faz observações desagradáveis, não critica nem repreende, e limita-se a dar conselhos, de preferência, em particular.
– É isso mesmo! – completa o Coordenador – devemos ser indulgentes para com as fraquezas alheias, pois esse sentimento atrai, acalma, corrige, ao passo que o rigor é repulsivo e irritante. Dizem até que a indulgência é um fator psicológico da longevidade.
Nesse ínterim, um idoso comenta uma reportagem, na qual uma senhora de 105 anos, fez o seguinte comentário sobre o segredo da longevidade: “Nunca tente corrigir quem está errado”. 
Uma jovem pede pra ler a seguinte mensagem, que ilustra bem o tema:
As pessoas caminham pela face da Terra como que em fila indiana, cada uma carregando uma sacola na frente e outra atrás. Na da frente, colocamos nossas qualidades. Na de trás, guardamos todos os nossos defeitos.
Por isso, durante a travessia pela vida, mantemos os olhos fixos nas qualidades que possuímos; ao mesmo tempo, reparamos nas costas de outra que está adiante, todos os defeitos que ela possui. E nos julgamos melhores que ela, sem perceber que a pessoa atrás de nós está pensando a mesma coisa a nosso respeito. Assim, lembremo-nos de que enquanto nos ocupamos com os defeitos do próximo perdemos tempo para nos desfazer dos nossos. 

O Coordenador finalizou o estudo desse dia com uma frase de alerta a todos: Não podemos nos esquecer de ser indulgentes com os outros, porém, severos para conosco mesmos!”.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

AS CONDIÇÕES DO MILAGRE

A alma amadurece quando experimenta as tristezas da vida; porque as lágrimas são os fertilizantes da humanidade.



Vivemos tempo de mudanças. Estamos em transição para uma nova era.
Toda transição é um processo que vai de uma condição para outra. É um procedimento para ir adiante, para uma situação melhor. Mas isso provoca crise, acarreta problemas e sofrimentos. Vive-se então um momento de turbulências, incertezas e expectativas. E o ser humano nesse emaranhado todo se agita; “entra em parafuso”, como vulgarmente se diz; fica emocionalmente desordenado e se frustra. Daí se entristece e chora...
 Essa desordem mental se reflete no ambiente social, atrapalha os negócios, provoca doenças no corpo físico e o sofrimento aumenta. É nesse momento que ela busca um milagre!
Todavia o milagre requer certas condições para acontecer. Por exemplo, é necessário compreendermos que:
– somente no contínuo combate às nossas próprias imperfeições, seremos merecedores de um milagre dos Céus. 
– somente colocando sobre os ombros a nossa própria cruz, preservando no Bem, que o auxílio espiritual se fará presente em nossas vidas. 
– somente vivenciando a mensagem do Cristo, com o firme propósito de melhorarmos moralmente, alcançaremos a luz que almejamos.
Essas condições faz lembrar um texto do capítulo 3 da obra Pontos e Contos (FEB) do Irmão X / Chico Xavier, que adaptamos e apresentamos a seguir.
Um grupo de trabalhadores vivia, há muito tempo, em precárias condições, onde tudo era motivo para muito sofrimento. Enfim, um verdadeiro laboratório de aflições, que se transformava, pouco a pouco, numa grave síndrome de enfermidade social.
Após muito se queixarem e sofrerem, eles tinham os ânimos abatidos. Viam seus sonhos se desmoronarem rapidamente. Revoltados com essa situação resolveram orar. Pediam fervorosamente um milagre divino pra sair daquela situação. Em resposta à prece, foram surpreendidos por um anjo, que apareceu ali milagrosamente. Surgiu não se sabe de onde!  Na verdade, era um emissário, vindo em nome do Senhor, que lhes perguntou o que desejavam.
Passado o susto, um dos inconformados, em nome de todos, disse ao anjo que todos eles aguardavam uma melhora das condições de vida e não entendiam porque Deus os abandonara. E, enquanto ele falava lágrimas ardentes lhe escorriam dos olhos, acompanhadas pelas dos demais sofredores.
O enviado do Céu considerou que a Justiça Divina nunca falhou no Universo. Mas seu interlocutor respondeu-lhe que todos ali sofriam sem saber por quê. De certo, reclamava, haviam sido vítimas de algum esquecimento, que esperavam fosse reparado.
Foi então que o anjo lhes fez dez perguntas sem que nenhuma delas pudesse ocultar-lhe a verdade, tal era a luz do enviado celeste a invadir e descortinar-lhes as almas:
– Vocês amam a Deus sobre todas as coisas, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento?
– Não, responderam a uma só voz.
– Procuram carregar a própria cruz sem egoísmo?
– Não, responderam imediatamente.
– Seguem os ensinamentos do Mestre?
– Não.
– Colocam a Divina Vontade acima de seus desejos?
– Não.
– Fazem brilhar na Terra a luz conferida pelo Céu?
– Não.
– Auxiliam seus inimigos?
– Não.
– Oram pelos que os perseguem e fazem o bem aos que os caluniam?
– Não.
E as questões se sucederam até à décima pergunta. Todas as respostas, unânimes, do grupo foram “não”. Então, o anjo olhou-os serenamente e observou, após longa pausa:

– Se em dez lições do Divino Mestre vocês não praticam nem ao menos uma sequer, como desejam merecer um milagre?