Aquecendo a Vida

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sábado, 12 de setembro de 2015

O INDULGENTE

“Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra” (Jesus).



O termo “indulgente” é despercebido de muita gente, que entra em contato com os ensinamentos sagrados. Enquanto uns desconhecem sua conceituação, para outros a indulgência é a virtude mais difícil de ser praticada. Mais difícil que a paciência, a tolerância... Acreditam que é uma virtude própria de pessoas de elevada moral, próximas da beatificação!
O indulgente é aquele que pratica um ato de benevolência propenso a perdoar sempre – setenta vezes sete...
Quem é indulgente evita humilhar ou causar aborrecimentos ao seu semelhante; fazer caçoadas, que possam constrangê-lo. Prefere ficar calado a ofendê-lo!
E, nesse contexto, o conceito vai além do mandamento proferido por Jesus há mais de dois mil anos. Pois agora, quando avançamos para uma Nova Era, para sermos indulgente devemos amar ao próximo mais do que a nós mesmos.
Com este conceito em mente, vejamos como essa questão foi abordada no Dia Semanal de Estudos Evangélicos.
O Coordenador dos trabalhos, inspirado, abre a Bíblia ao acaso e a lição que se apresenta é sobre a indulgência.
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido também vós sereis medidos. Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu? Hipócrita! Tiras primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”. (Mateus, 7:1-5).
– Esta lição de hoje – diz o Coordenador – faz da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo. Assim, antes de condenarmos alguém por uma falta, devemos verificar se a mesma censura também não nos cabe.
– O que é ser indulgente? – perguntou um dos participantes.
– Ser indulgente é ser possuidor de um sentimento doce e fraternal no trato com as pessoas. É estar pronto a perdoar. É ser tolerante, condescendente, complacente com os defeitos dos outros. Uma pessoa indulgente é misericordiosa, branda, suave e benevolente, pois não vê os defeitos dos outros, e se os vê se resguarda de falar deles e de torná-los públicos. Mas, ao contrário, ela oculta-os a fim de que sejam apenas conhecidos dela. E, se o maldizente os descobre, ela tem sempre uma desculpa pronta para dissimular e atenuar a falta.
– Então, se eu bem entendi – interrompeu o interlocutor – o indulgente nunca se ocupa com os atos dos outros, a menos que seja para ajudá-los. Não faz observações desagradáveis, não critica nem repreende, e limita-se a dar conselhos, de preferência, em particular.
– É isso mesmo! – completa o Coordenador – devemos ser indulgentes para com as fraquezas alheias, pois esse sentimento atrai, acalma, corrige, ao passo que o rigor é repulsivo e irritante. Dizem até que a indulgência é um fator psicológico da longevidade.
Nesse ínterim, um idoso comenta uma reportagem, na qual uma senhora de 105 anos, fez o seguinte comentário sobre o segredo da longevidade: “Nunca tente corrigir quem está errado”. 
Uma jovem pede pra ler a seguinte mensagem, que ilustra bem o tema:
As pessoas caminham pela face da Terra como que em fila indiana, cada uma carregando uma sacola na frente e outra atrás. Na da frente, colocamos nossas qualidades. Na de trás, guardamos todos os nossos defeitos.
Por isso, durante a travessia pela vida, mantemos os olhos fixos nas qualidades que possuímos; ao mesmo tempo, reparamos nas costas de outra que está adiante, todos os defeitos que ela possui. E nos julgamos melhores que ela, sem perceber que a pessoa atrás de nós está pensando a mesma coisa a nosso respeito. Assim, lembremo-nos de que enquanto nos ocupamos com os defeitos do próximo perdemos tempo para nos desfazer dos nossos. 

O Coordenador finalizou o estudo desse dia com uma frase de alerta a todos: Não podemos nos esquecer de ser indulgentes com os outros, porém, severos para conosco mesmos!”.

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