“Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra” (Jesus).
O termo “indulgente”
é despercebido de muita gente, que entra em contato com os ensinamentos
sagrados. Enquanto uns desconhecem sua conceituação, para outros a indulgência
é a virtude mais difícil de ser praticada. Mais difícil que a paciência, a
tolerância... Acreditam que é uma virtude própria de pessoas de elevada moral,
próximas da beatificação!
O indulgente é aquele que pratica um ato de
benevolência propenso a perdoar sempre – setenta
vezes sete...
Quem é indulgente evita humilhar ou causar
aborrecimentos ao seu semelhante; fazer caçoadas, que possam constrangê-lo. Prefere
ficar calado a ofendê-lo!
E, nesse contexto, o conceito vai além do mandamento proferido
por Jesus há mais de dois mil anos. Pois agora, quando avançamos para uma Nova
Era, para sermos indulgente devemos amar ao próximo mais do que a nós
mesmos.
Com este conceito em mente, vejamos como essa questão
foi abordada no Dia Semanal de Estudos Evangélicos.
O Coordenador dos trabalhos, inspirado, abre a Bíblia
ao acaso e a lição que se apresenta é sobre a indulgência.
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque do
mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que
tiverdes medido também vós sereis medidos. Por que olhas a palha que está no
olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? Como ousas dizer a teu
irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu?
Hipócrita! Tiras primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha
do olho do teu irmão”. (Mateus, 7:1-5).
– Esta lição de hoje – diz o Coordenador – faz da
indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo. Assim,
antes de condenarmos alguém por uma falta, devemos verificar se a mesma censura
também não nos cabe.
– O que é ser indulgente? – perguntou um dos
participantes.
– Ser indulgente é ser possuidor de um sentimento doce
e fraternal no trato com as pessoas. É estar pronto a perdoar. É ser tolerante,
condescendente, complacente com os defeitos dos outros. Uma pessoa indulgente é
misericordiosa, branda, suave e benevolente, pois não vê os defeitos dos
outros, e se os vê se resguarda de falar deles e de torná-los públicos. Mas, ao
contrário, ela oculta-os a fim de que sejam apenas conhecidos dela. E, se o
maldizente os descobre, ela tem sempre uma desculpa pronta para dissimular e
atenuar a falta.
– Então, se eu bem entendi – interrompeu o
interlocutor – o indulgente nunca se ocupa com os atos dos outros, a menos que
seja para ajudá-los. Não faz observações desagradáveis, não critica nem
repreende, e limita-se a dar conselhos, de preferência, em particular.
– É isso mesmo! – completa o Coordenador – devemos ser
indulgentes para com as fraquezas alheias, pois esse sentimento atrai, acalma,
corrige, ao passo que o rigor é repulsivo e irritante. Dizem até que a
indulgência é um fator psicológico da longevidade.
Nesse ínterim, um idoso comenta uma reportagem, na
qual uma senhora de 105 anos, fez o seguinte comentário sobre o segredo da
longevidade: “Nunca tente corrigir quem está errado”.
Uma jovem pede pra ler a seguinte mensagem, que
ilustra bem o tema:
As pessoas caminham pela face da Terra como que em
fila indiana, cada uma carregando uma sacola na frente e outra atrás. Na da
frente, colocamos nossas qualidades. Na de trás, guardamos todos os nossos
defeitos.
Por isso, durante a travessia pela vida, mantemos os
olhos fixos nas qualidades que possuímos; ao mesmo tempo, reparamos nas costas
de outra que está adiante, todos os defeitos que ela possui. E nos julgamos
melhores que ela, sem perceber que a pessoa atrás de nós está pensando a mesma
coisa a nosso respeito. Assim, lembremo-nos de que enquanto nos ocupamos com os
defeitos do próximo perdemos tempo para nos desfazer dos nossos.
O Coordenador finalizou o estudo desse dia com uma
frase de alerta a todos: “Não podemos nos
esquecer de ser indulgentes com os outros, porém, severos para conosco mesmos!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário