“Quando
uma porta se fecha, outra se abre” (Ditado
Popular).
Ele apareceu de repente. E interrompeu nossa conversa
sobre músicas. Percebi que se tratava de uma pessoa com um sério problema.
Olhou pra nós, mostrou uma sacola com alimentos e disse:
− Amigos, eu estou vendendo esta sacola de alimentos
pra comprar remédio pra minha filha que está doente. Vocês podem me ajudar?
Ajudamos com o que tínhamos e rejeitamos a sacola de
alimentos. Ele saiu em disparada. Percebia-se a sua extrema dificuldade.
Se músico, diríamos que estava tocando a sua última corda! Todavia, estava
movido pelo amor maior, que faz um pai esquecer-se de si pra salvar um ente
querido.
Lembrei-me então de um e-mail sobre a vida do grande violinista Paganini. Que alguns diziam ser muito estranho! Outros que era
sobrenatural!
As notas mágicas que saíam de seu violino tinham um
som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de ver seu
espetáculo.
Numa certa noite, o palco de um auditório repleto de
admiradores estava preparado para recebê-lo. A orquestra entrou e foi
aplaudida. O maestro foi ovacionado. Mas, quando Paganini surgiu, triunfante, o
público delirou.
Paganini coloca seu violino no ombro e o que se assiste a
seguir é indescritível. Breves e semibreves, fusas e semifusas, colcheias e
semicolcheias parecem ter asas e voar com o toque daqueles dedos encantados.
DE REPENTE, um som estranho interrompe o devaneio da
platéia. Uma das cordas do violino de Paganini arrebenta!
O maestro parou. A orquestra parou. O público parou.
Mas Paganini não parou. Olhando para
sua partitura, ele continua a tirar sons deliciosos de um violino com
problemas.
O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar.
Mal o público se acalmou quando, DE REPENTE, outro som
perturbador derruba a atenção dos assistentes. Outra corda do violino de Paganini se rompe!
O maestro parou de novo. A orquestra parou de novo. Paganini não parou. Como se nada
tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou tirando sons do
impossível.
O maestro e a orquestra, impressionados, voltam a
tocar. Mas o público não poderia imaginar o que iria acontecer a seguir.
Todas as pessoas, pasmas, gritaram OOHHH!!! Que ecoou
pela abobadilha daquele auditório! Pois uma terceira corda do violino de Paganini se quebra!
O maestro pára. A respiração do público pára. Mas
Paganini não pára.
Como se fosse um contorcionista musical, ele tira
todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído.
Nenhuma nota foi esquecida. O maestro empolgado se
anima. A orquestra se motiva. O público vai do silêncio para a euforia, da
inércia para o delírio. Paganini
atinge a glória. Seu nome corre através do tempo. Ele não é apenas um
violinista genial. É o símbolo do profissional que continua diante do
impossível.
Seja qual for seu problema, nem tudo está perdido.
Ainda existe uma corda e é tocando nela que você exercerá seu talento e irá
vibrar.
Na hora do desânimo, ainda existirá a corda da
persistência. Vitória é a arte de você continuar de onde os outros resolvem
parar.
Toque a corda da motivação e tire sons de resultados
positivos!
Nunca se desespere, pois ainda existe a última corda
do aprender de novo para deslumbrar e gerar soluções.
Se tudo vai mal, então é a sua oportunidade de tocar a
corda esquecida da imaginação, que reinventa o futuro. Mas, se você estiver
mesmo no fundo do poço, toque na melhor corda do universo: ACEREDITAR EM VOCÊ!!!
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