Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sábado, 25 de dezembro de 2021

PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS

 

“Não te suponhas tão grande ao ponto de pensares ver os outros menores que ti”.

(Confúcio)


Quando uma pessoa diz que parou de comer carne, pressupõe-se que ela comia carne antes. Ou, quando ela afirma que não vai mais assistir noticiários pela tevê, pressupõe-se que ela sempre assistia aos noticiários.

Pressupostos são informações adicionais que não aparecem diretamente num texto, mas que estão implicitamente expressos no contexto da informação. Implicitamente significa “não-ditos” sugeridos de forma indireta pelo texto. Ou seja, é aquilo que está por detrás das palavras. Que se lê nas entrelinhas! São recados adicionais que se pressupõe das informações expressas de forma direta no texto.

O pressuposto, por estar implícito no texto, se torna verdadeiro e é até mesmo irrefutável pelo teor que evidencia. É o “não-dito” que, de certa forma, sustenta o que está dito.

Pressuposto não deve ser confundido com Subentendido. Como na frase: Quando sair, não se esqueça de levar o guarda-chuva. Subentende-se que o tempo está para chover.

Os pressupostos são mensagens adicionais evidentes, acrescentadas ao texto, enquanto que os subentendidos são mensagens escondidas, deduzidas pelo leitor, podendo, ao contrário dos pressupostos, ser ou não verdadeiras.

Todavia, os pressupostos, assim como os subentendidos, têm seus perigos. E podem causar mal-estares, incômodos, constrangimentos! Como se vê pela história, a seguir:

Ele abriu a porta e, surpreso, viu entrando o amigo que há tanto tempo não via. Achou meio estranho que ele viesse acompanhado de um cachorro, forte, saltitante e com ar agressivo. Cumprimentou o amigo efusivamente:

− Quanto tempo, hein!

− Quanto tempo – disse o outro.

O cão aproveitou a saudação e entrou casa adentro. Logo um barulho na cozinha demonstrava que ele tinha virado qualquer coisa. O dono da casa esticou as orelhas. O amigo visitante, porém, nada.

− Pois é... A última vez que nos vimos foi mesmo em...

O cão passou pela sala, adentrou o quarto... E novo barulho, desta vez de coisa quebrada. Houve um sorriso amarelo do dono da casa, mas perfeita indiferença do visitante.

− Quem morreu foi o... Você se lembra dele?...

O cão saltou sobre um móvel, derrubou um abajur, pisou no sofá com as patas sujas e deixou a marca digital de seu crime. Os dois amigos, tensos, agora fingiram não perceber.

Por fim, o visitante despediu-se e já ia saindo quando o dono da casa perguntou:

− Não vai levar seu cachorro?

− Cachorro? Ah, o cachorro! Oh, agora estou entendendo!... Não é meu não!... Quando eu entrei, ele entrou comigo tão naturalmente que eu pensei que fosse seu!

Era o dono da casa pressupondo que o cachorro era do visitante, e o visitante entendendo que o cachorro era do dono da casa... E isso frustrou o encontro dos amigos, apesar de tanto anos sem se verem. Não houve a alegria do reencontro, muito comum nessas ocasiões, para matar a saudade, relembrar o passado e obter as notícias dos familiares e colegas de outrora.

O pressuposto ou subentendido de que o cão era do outro, os colocou numa saia justa difícil de contornar.  Foi um constrangimento incômodo para ambos... Um estranho mal-estar que, certamente, afetou dali por diante a vida desses dois amigos.

Pressupostos e Subentendidos, então, têm lá seus perigos! E isso é até comum no relacionamento amoroso, mas que às vezes nem é motivo para separação. Na vida familiar também há notícias de malquerenças unicamente por desafetos ou desentendidos causados por situações assim.

O perigo está na má interpretação, que pode ser confundida como um julgamento feito por antecipação. E sabemos, que do ponto de vista religioso prejulgamento é pecado, pois consiste num juízo que emitimos sobre alguma coisa ou alguma pessoa sem exame prévio. Ou seja, quando emitimos uma opinião ou julgamos sem conhecer realmente o assunto.

Por essas e outras, é que se recomenda acolher a todos, com bondade, sem discutir as suas opiniões.

Prejulgamentos são energias negativas, que podem então causar prejuízos, preocupações, implicâncias, hostilidades, preconceitos, intolerâncias, desconfianças, etecetera e tal...

Jesus condena o prejulgamento.

 “Não julgueis, e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido também vós sereis medidos” (Mateus 7, 1 e 2).

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

O RETRATO DE JESUS

 

“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra” (Jesus).


Você tem ideia de como era Jesus na Terra há mais de 2000 anos? Sei que Ele é muito mais lembrado pelo motivo da crucificação, segundo o escrito pendurado por cima de sua cabeça: Este é Jesus, o rei dos judeus" (Mateus 27,37).

Para mim, Jesus é o maior ícone da humanidade! Aos colegas do meu tempo, na década de 1960, eu sempre expressava isso..., e o desejo de ter em minha casa um quadro desse grande Mestre!

Sabendo disso, a professora Josely Petriagi Favoretto Almeida (de saudosa memória!), em 1979, no meu aniversário, presenteou-me com a grande tela que eu desejava. É uma linda pintura! Que cuido com carinho, porque me faz pensar na verdadeira imagem de Jesus, bem como na profundidade moral de seus ensinos.  

Conhecemos pelos Evangelhos apenas a genealogia do Nazareno. No entanto, há um documento encontrado no arquivo do Duque Cesarini, em Roma, que apresenta o retrato físico e moral de Jesus. Vale a pena conhecê-lo!

Trata-se de uma carta de Públio Lêntulo, mandada de Jerusalém ao imperador Tibério César, em Roma, ao tempo de Jesus, nos seguintes termos:

Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que, pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouve coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no rosto, que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até às espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes.

Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos Nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis.

A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio; seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do Sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, chora; faz-se amar e é alegre com gravidade.

Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de rara beleza, não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela, porém, se a Majestade Tua, ó César, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível.

 De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram.

Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade. Eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus.

Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebidos grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido.

Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo...

− Publius Lentulus, Legado de Tibério na Judeia. Lindizione settima, luna seconda.

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Vivemos tempos sombrios e de atribulações! Mas, como diz o apóstolo Paulo em suas cartas: “Graças, porém, sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo!”.

FELIZ NATAL!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

MACETES ESPIRITUAIS

 

São esses jeitinhos de quem vai à busca da felicidade, de um futuro promissor...


Encontrei o meu amigo Fernando de Souza, após o sucesso de seu livro “Noites Inesquecíveis”, o qual nos convida, através de casos reais, a uma vivência mais conveniente do lado de cá da vida, para facilitar o nosso retorno para o lado de lá, nosso lado original.

− Fernando, você me arruma um exemplar do Evangelho do Espiritismo?

− Sim! Vou procurar e lhe mando. 

Após explicar as razões do pedido, perguntei-lhe de repente:

− Você sabe a diferença entre “Muito Obrigado” e “Gratidão”?

− Existe alguma diferença?!

− Esse é um Macete Espiritual, que acabei de descobrir. Você sabe que as palavras têm energias! E nós podemos nos beneficiar delas...

− Ah, já percebi! OBRIGADO dá a entender que houve uma obrigação de fazer alguma coisa...

− Exatamente! Ao passo que GRATIDÃO se relaciona com a Graça Divina... Por coisas que você recebe e se beneficia gratuitamente... É isso! Vou até escrever uma crônica sobre esses macetes, que tanto nos ajudam!

Em casa, ao escrever, eis um dilema: como definir a palavra macete?

O significado do dicionário não servia. Pesquisei nas Gírias. Pois é comum a gente ouvir “tá ligado?” em vez de “entendeu?”; “falô” no lugar de “ah, tudo bem!”; etc... Esse é o jeitinho brasileiro de simplificar as coisas!

Macete pode ser definido como esse simples jeitinho diferente de se fazer as coisas, pois ele é recurso, truque ou artimanha criativa para resolver um problema. É uma ação astuciosa para se conseguir algo.

Além dos que nos ajudam a ter sucesso nos empreendimentos, há os macetes que expandem a nossa mente para o grande Despertar da Consciência. São os Macetes Espirituais, dos quais relaciono alguns, a seguir:

− Primeiro de tudo, nutrir Gratidão a Deus porque Ele trouxe você a existir! E, ainda, pelo funcionamento dos órgãos de seu corpo: olhos, ouvidos, boca, mãos, pernas, braços...

− Depois, Gratidão pelo Livre-arbítrio – que Deus lhe deu para você ter o mérito de tudo que faz – e pelo seu Mentor, que lhe protege na vida.

Agradeça a Deus por todos os benefícios que a natureza proporciona à humanidade, através do Sol, da Lua, do Vento, da Chuva, da Fauna, da Flora, das Riquezas Minerais, da Água, do Ar, dos Alimentos, dos Eflúvios divinos... E até pelo gorjeio dos passarinhos!...

Dê Graças a Deus também pela Família, pelo Lar, pelo Emprego, pelo Dinheiro no Banco, pela Saúde e pela proteção nas atribulações da vida.

Não julgue e nem reclame!

Evite “palavrões” de baixo calão, chulos, impróprios, obscenos...

Evite a programação negativa da tevê para não baixar sua vibração.

Não faça ao outro aquilo que você não quer que ele lhe faça.

Perdoe setenta vezes sete para não ficar preso às energias do seu oponente. O perdão é sua chave de liberdade! E ore pelos seus Inimigos, que também é uma forma de libertação.

Tire primeiro o cisco de seu olho antes de criticar alguém.

Saiba ouvir as pessoas para aprender com elas.

Seja protetor dos animais!

Pratique a verdadeira Caridade.

Peça benção aos pais, avós, tios e padrinhos. O “Deus te abençoe!” em compensação é uma invocação divina a seu favor, para retirar os miasmas que você carrega nas costas, por cobiça, ciúmes, invejas e maledicências...

Coloque uma Bíblia aberta dentro de sua casa. Todos os Livros Religiosos vêm de uma Assembleia Suprema de Deus e suas palavras irradiam um magnetismo positivo.

Crie uma Egrégora de Santuário no local de suas orações.

“Quando orares entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á”. (Mt 6,6).

Ore de mãos-postas para o Céu. Ao unir as mãos você ativa a área cerebral que aumenta a produção de hormônios positivos. Os cientistas deram um nome científico para essa área: O Ponto de Deus no Cérebro.

E nas aflições diga do fundo do coração: “Meu Pai, cura-me, mas faze que a minha alma enferma seja curada primeiro que as doenças do corpo, e que minha carne seja castigada, se preciso for, para que minha alma se eleve ao teu seio com a alvura com que a criaste”. (E.S.E. / Cura d’Ars).

 Sabe qual a grande “sacada” (the big insight!) que nesta vida mais lhe convém? – Estenda as mãos aos outros e faça o Bem sem olhar a Quem, antes que o chamem lá do Além!...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

O AMIGO-SECRETO

 

Valorize seus colaboradores, pois eles representam seu maior ativo.


A direção de uma fábrica de creme dental reuniu-se com sua equipe administrativa para deliberar sobre o aumento de vendas. Após debater várias propostas, sem chegar à viabilidade de pelo menos uma delas, o diretor suspendeu os trabalhos temporariamente.

Afastando-se dos demais para espairecer um pouco, ele foi abordado por um operário, que presenciara aquela discussão.

Doutor, eu tenho uma idéia pra aumentar as vendas.

− Tem?! – perguntou surpreso o empresário – E qual é a ideia?

O empregado coçou a cabeça e timidamente deu a receita.

É só amolecer mais a pasta e aumentar o buraco de saída.

− Ah, é isso mesmo! Você tem razão!

 Novamente reunidos, o diretor divulgou a proposta do operário, que foi aprovada por todos, e recomendou:

− Daqui para frente toda vez que a gente precisar resolver os problemas mais relevantes da empresa, nós vamos consultar o pessoal que lida com isso. Eles convivem com o problema e, por mais simples que sejam sempre têm uma ideia surpreendente, como foi neste caso.

Tempos depois, surgiu um novo problema muito sério para a empresa, envolvendo diretamente o consumidor e já com denúncia no PROCON. As redes de supermercados reclamavam uma falha na distribuição dos produtos da empresa. Várias caixinhas vazias de creme dental eram encontradas na prateleira dos supermercados.

A administração buscou solucionar essa deficiência rapidamente. Pesquisou o assunto e elaborou um projeto. Mas ficaria muito caro, pois demandaria altos investimentos.

Foi sugerida, então, uma reunião para estudar e discutir o projeto. O diretor, agora mais experiente, convocou todos os envolvidos com o problema.

Abertos os trabalhos, todos se inteiraram da questão: acabar com as caixinhas vazias das pastas de dente.

Após várias manifestações, o mais antigo dos encarregados do serviço de empacotamento levantou o braço.

− Doutor, eu sei como resolver esse problema.

− Como?

− Comprando um ventilador, senhor. A gente liga o ventilador perto do final da esteira rolante da máquina, antes do empacotamento, e toda vez que o produto passar, o vento sopra a caixinha vazia pra fora. Não é fácil e barato!?

Depois dessa, o diretor mais uma vez reforçou a sua idéia de gestão empresarial democrática e participativa, para a eficácia da administração!... 

Foi, a partir disso, que determinou ao setor de Recursos Humanos fazer na confraternização das festividades de Natal ou de Ano Novo, a brincadeira do Amigo-secreto ou Amigo-oculto envolvendo todos, até os mais simples empregados da empresa.

 Essa brincadeira como se sabe visa a trocas de presentes entre um grupo de amigos, que sorteiam papéis que contém o nome de um amigo, para quem deverá comprar o presente. Na hora da entrega dos presentes, os outros participantes deverão adivinhar para quem é o presente a partir de características do Amigo-secreto, que são passadas aos presentes.

Para os empresários, essa atividade deve visar não somente fortalecer laços de amizade e companheirismo, mas motivar todos a participarem como COLABORADORES importantes da administração, valorizando suas iniciativas e criatividades para a solução de todos os problemas da organização.

Ao presentear seu “Amigo-oculto”, o diretor sentiu, no abraço emocionado que recebia, que seu humilde empregado era mais que um colaborador, era um aliado, um verdadeiro parceiro da empresa.

Apesar da relevância dos colaboradores para o crescimento da empresa, muitos Amigos-ocultos continuam sendo ignorados por alguns empresários inexperientes, que ainda não perceberam a realidade do novo tempo que já se vive neste mundo.

Para muitos ainda não “caiu a ficha” de que os tempos são chegados; que já estamos vivendo numa frequência de 5ª Dimensão, saindo do Individualismo e passando para a Era do Coletivismo.

Pesquisem na internet e descubram muitos exemplos dessa nova realidade!

Estamos numa Nova Era na qual as organizações já começam a valorizar o coletivo; e o administrador a ter um insight do novo paradigma de gestão: Deixar de ser a estrela e passar a ser o criador da constelação.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

O PASTOR REJEITADO

 

“Tudo posso naquele que me fortalece” (Paulo de Tarso).


A REJEIÇÃO é um sentimento doloroso, que ninguém aceita.

O que se pode fazer para evitar que alguém nos rejeite? Nada! Pois a Rejeição tem motivações íntimas de outra pessoa, que nada podemos fazer para evitá-la.

A Rejeição é um preconceito, que se reconhece por certas características que estão fora do padrão... Porque “somos como somos”!

Quem nunca foi rejeitado que atire a primeira pedra! Isso acontece para todos, desde que Deus nos deu o Livre-arbítrio para termos o mérito do que fazemos.

O ser humano tem total liberdade para exercer seu poder de escolha, mas isso tem consequências que pode resultar até em choro e ranger de dentes.

Ser rejeitado não significa que você não presta, não tem valor, mas apenas que os outros não estão sintonizados com o seu jeito de ser naquele instante.

A Rejeição faz parte do processo de transformação interior de cada indivíduo. Pois muito se aprende com essa situação: tolerância; paciência; resignação... Mas o maior aprendizado consiste em conhecer suas limitações e as dos outros para seguir em frente quando não for aceito.

Rejeição é a sua grande possibilidade de se reinventar e ir adiante!...

Para reflexão sobre o tema registro o seguinte relato de autor desconhecido.

Certa igreja estava precisando de pastor. Um dos diáconos escreveu então a seguinte carta, como se tivesse recebido de um candidato, e leu-a perante o conselho da Igreja.

Senhores:

Sabendo que o púlpito da sua Igreja está vago, gostaria de candidatar-me ao cargo. Tenho muitas qualificações que, penso, irão apreciar. Tenho sido abençoado com poder na pregação, e tenho tido bastante sucesso como escritor. Alguns dizem que sou bom administrador.

Algumas pessoas, contudo, têm algumas coisas contra mim. Tenho mais de 50 anos de idade. Nunca fiquei no mesmo lugar mais de três anos. Em alguns casos tive de deixar a cidade porque a obra causou tumultos e distúrbios. Tenho de admitir que estive na cadeia três ou quatro vezes, mas não por más ações. Minha saúde não é muito boa, embora eu ainda consiga trabalhar muito. Tenho exercido minha profissão para pagar as despesas. As igrejas em que tenho pregado são pequenas, embora localizadas em grandes cidades. Não tenho muita comunhão com os líderes religiosos das diversas cidades onde tenho pregado. Para falar a verdade, alguns deles me levaram às barras do tribunal e me atacaram fisicamente de maneira violenta.

Eu não sou muito bom para manter arquivos de registros. Muitos sabem que até já esqueci quem foi que batizei. Todavia, se os senhores quiserem me aceitar, eu me esforçarei ao máximo, mesmo que seja obrigado a trabalhar para ajudar no meu sustento.

Lida esta carta diante do conselho, o diácono perguntou se os oficiais estavam interessados nesse candidato.

Responderam que ele jamais serviria para aquela igreja; pois eles não queriam alguém enfermo, contencioso, turbulento, presidiário. E que a apresentação desse candidato era até um insulto para a Igreja!

Depois, os oficiais perguntaram qual era o nome do candidato e, surpresos, receberam a seguinte resposta: “APÓSTOLO PAULO”. Amém!

Achei a história interessante porque nos ensina que não devemos rejeitar as pessoas pelo seu passado, mas julgá-las pelo seu presente. O passado condena todo mundo, porque o ser humano vive em constante evolução.

Evoluímos da matéria (carne) para o Espírito. E a história de Paulo é um exemplo dessa transformação. Vale a pena conhecer algumas ideias desse fabuloso pregador! Como as seguintes, registradas na Epístola aos Gálatas:

“[...] Apenas isto quero saber de vós: Recebestes o Espírito pelas práticas da Lei ou pela aceitação da fé? Sois assim tão levianos? Depois de terdes começado pelo Espírito quereis acabar pela carne?” (Gl 3, 1-3).

“Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes” (Gl, 5, 19-21). “Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança” (Gl 5, 22-23).

“Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o [fruto do] Espírito” (Gl 5, 25).

sábado, 20 de novembro de 2021

O EEFEITO SINERGIA

 

“Varas em um pacote são inquebráveis” (Provérbio africano).


Gestão participativa é um conceito de gerenciamento  empresarial. Consiste no envolvimento de todos principalmente nos processos de mudança.

Segundo este novo conceito, o gestor eficiente e eficaz é aquele que vai até seus comandados, interage com eles, observa, participa, resolve e constrói.

Visto dessa forma, precisa-se então, para o sucesso de uma empresa, criar a cultura da participação, passando as informações necessárias aos empregados, visando fortalecer as decisões, mobilizar forças e gerar compromisso de todos com o resultado. Ou seja: responsabilidade.

É preciso eliminar o medo e ouvir sempre os subordinados.

Só existe um jeito de comprometer o ser humano: é através da participação. Pois participar é muito mais do que se sentir importante. Participar é ser importante para a organização. Quem participa, compromete-se! E quem se compromete produz qualidade.  

É preciso, então, formar um “espírito de corpo” na organização. Um “espírito de equipe”, em que cada elemento pensa no todo, em que cada indivíduo sabe da sua importância para os outros.

Esportistas vencedores sempre deram importância ao trabalho em equipe. Como certa vez disse Michael Jordan: “O talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe ganha campeonatos”.

O principal objetivo é conseguir então o “efeito sinergia”, onde o todo é maior que a soma das partes; ou seja, quando o trabalho coletivo é maior que a soma dos trabalhos individuais.

Efeito este bem definido numa frase de Raul Seixas: “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto é realidade”.

Sinergia – palavra de origem grega – significa então cooperação, ou seja, o esforço coordenado de vários órgãos na realização de uma função, em prol do bem comum. Como no organismo humano: onde o corpo não é só cabeça, orelha, olho, pé ou mão. O ser humano é um todo, feito à semelhança de Deus. Imagine se algum dos órgãos do nosso corpo se recusasse a participar... Poderia acontecer como nesta historinha:

− Quem é o chefe do corpo humano?

Não se sabe qual dos órgãos do corpo lançou essa pergunta, mas ela se espalhou pelo corpo, provocando a maior celeuma. O coração bateu mais forte, os olhos piscaram, os ouvidos aguçaram, os dentes trincaram, o pulmão respirou fundo exigindo mais ar do nariz para mostrar autoridade, o sangue aumentou sua pressão nas veias para marcar presença, e até o cérebro, que se achava acima de todos, ficou meio nervoso. De repente, de onde menos se esperava, ouviu-se um brado:

− Sou eu! Sou eeeeuu aqui!

Para surpresa de todos ali, o ânus cismou de reivindicar a posição de chefe dos outros órgãos. Mas logo quem? Todos protestaram e ridicularizaram:

− Que absurdo! Não se enxerga não? Está delirando?

− Ah, é? Então não trabalho mais!

Poucos dias depois, todos os órgãos imploravam que ele voltasse a funcionar antes que o corpo, entupido, explodisse...

Enfim, a participação de todos é fundamental para se conseguir bons resultados numa empresa.

E o gestor comprometido com a participação de todos vai conseguir o “efeito sinergia” no seu trabalho, desenvolvendo na empresa, através dos recursos humanos (RH), alguns pontos que são necessários para isso, tais como: foco coletivo; cooperação; lealdade; respeito; união; comprometimento...

O foco coletivo é, talvez, o mais importante, por motivos psicológicos, ideológicos e até mesmo espirituais...

Estamos em um momento de grande transformação no nosso planeta, que afeta consideravelmente o ambiente social em que vivemos. Ofícios, serviços e profissões tradicionais estão com tendência de desaparecer. O mercado está repleto de novidades! As informações de ontem já não servem mais. Parece que o mundo está literalmente de ponta cabeça!

Nunca se precisou tanto um do outro como no momento atual. Temos que dar as mãos uns aos outros em quase tudo o que fazemos. Até as crianças, muitas vezes, sabem mais do que nós!

É o fim do INDIVIDUALISMO, do Reino do EGOÍSMO e o começo de uma nova vida na Terra, de fraternidade, de solidariedade... O tempo novo do Reino do AMOR. A Era da COOPERAÇÃO MÚTUA, do COLETIVISMO, do grande despertar de consciência.

Chegou a hora de a humanidade aprender a expressar e exemplificar verdadeiramente o sagrado mandamento cristão do AMOR AO PRÓXIMO.

sábado, 13 de novembro de 2021

LÁGRIMAS DE PIEDADE

 

As lágrimas de piedade traduzem o que o coração sente.


Uma lágrima, uma estrela, uma pérola e uma gota de orvalho certa vez se encontraram. Primeiro falou a estrela:

− Quem diria que eu haveria de descer das alturas luminosas para vir conversar com vocês três? Não sabem que sou mais alta que as nuvens e que a minha altivez fulgura entre mil chamas radiosas, na infinita amplidão?

A pérola vaidosa, logo respondeu:

− Ah!... Você não passa de um grão de esplendor na poeira do infinito. Ninguém se lembra de abraçá-la! Enquanto eu, lá no fundo dos oceanos, sou buscada e vendida aos soberanos para enfeitar as coroas dos reis! Vivo no colo esplêndido dos nobres e nos ricos seios das rainhas. Valho mais que você!

Com mágoa, disse o orvalho:

− Qual de vocês três tem esse encanto de se transformar em gozo, na boca imaculada de uma flor? Eu venho lá de cima, nos braços da alvorada, cobrir de beijos uma rosa, que se sente tão doce nesse instante! Sou feliz nos lábios sorridentes de uma flor!

Como a lágrima nada dizia, as outras lhe perguntaram:

− E o que responde você?

Sublime e calma, ela respondeu:

− Sou o perdão no crime e a vibração no amor! Bailo no olhar risonho da alegria, moro no olhar tristíssimo da dor! Sou a alma da saudade e da harmonia! Sou o estrilo na lira soluçante dos poetas, sou oração no peito dos ascetas, sou relíquia de mãe em coração de filho, sou lembrança de filho em coração de mãe! Não vivo nos seios perfumosos, nos colos dos orgulhosos, na ostentação efêmera do luxo. Porém, penetro no espírito do mundo, seja do rei, do sábio mais profundo, do santo, do pecador, do rústico mais vil... Até na face do Senhor um dia já rolei! Eu, lágrima pequena, penetrei no coração de Deus e fiz estremecer o pórtico dos céus! Não sei quantos pecados já lavei!

Diante do silêncio geral, a lágrima também se calou humildemente...

Percebe-se nesta alegoria uma forte ligação com os valores morais.

Piedade pode significar: pena, dó, compaixão; misericórdia. E embora em certos aspectos estes conceitos exerçam a mesma função, eles são, porém, de origem e estrutura diferentes.

Piedade não se confunde com eles, pois pena ou são emoções quase sempre de tristeza, por castigo ou punição... E compaixão é apenas um sentimento de com / paixão pelos sofrimentos alheios; ou seja, uma emoção intensa, com entusiasmo; mas, quase sem nenhuma ação beneficente.

Misericórdia é o complemento da doçura, própria das pessoas benignas e pacíficas. Embora seja um sentimento de amor suscitado pela dor alheia, ela é mais a disposição plena do perdão sem limites, até setenta vezes sete...

Misericórdia e Piedade são virtudes de uma mesma grandeza, muito parecidas. A misericórdia consiste no esquecimento das ofensas, por isso ela é proporcional à justiça divina, enquanto que a piedade consiste no esquecimento de si mesmo por amor aos infelizes. É devotamento! É a irmã da caridade, que nos conduzirá a Deus...

A Piedade é a virtude que mais nos aproxima dos anjos, porque faz o nosso coração se enternecer de amor e respeito, nos levando até as lágrimas, perante as misérias e sofrimentos.

É a virtude por excelência; a que mais nos comove e influi no progresso da alma, exemplificada por Jesus no Calvário, estremecendo o pórtico dos Céus: “Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23,34).

 É o sentimento dos sentimentos; do amor de Nossa Senhora das Dores, a MÃE DA PIEDADE, que inspirou a famosa “Pietá” de Michelangelo.

Que Nossa Senhora da Piedade nunca nos deixe indiferente às amarguras do nosso próximo! Que sejamos úteis até mesmo quando tudo indicar que não podemos ajudar! Pois uma pequena prece já poderá ser a tábua de salvação daquela alma irmã, carente de compaixão.

Lágrimas de Piedade são as que derramamos como bálsamo sobre as nossas próprias feridas. Quando bem sentidas, são lágrimas de amor, que nos faz entender o amargor do sofrimento.

A infelicidade alheia nos sacode, judia e nos machuca por dentro, mas a compensação é grande quando conseguimos doar mesmo que seja uma nesga de luz que, se não alivia, pelo menos consola, dá forças e esperança, evitando, talvez, até um mal maior.

A compensação neste caso é tão grande que as lágrimas de piedades são quase sempre acompanhadas de um sorriso imenso de felicidade.

sábado, 6 de novembro de 2021

O GANANCIOSO

 O dinheiro compra o travesseiro, mas não dá o sono.


Salim era um cidadão ganancioso demais, que só pensava em poder e dinheiro. Tinha uma esposa, Sara – que era muito mal amada – e um filho, Juninho, a quem dava pouca atenção e carinho. Ignorava a família e só pensava nos lucros de seus negócios.

Quantas vezes, mãe e filho não passaram natal, aniversários e outros dias sozinhos. Juninho chorava, às vezes, querendo o pai e Sara, querendo lhe consolar, sempre dizia:

− Seu pai está trabalhando para nos dar mais conforto.

Salim, sempre viajando, não media as conseqüências para ganhar o seu dinheiro. Certa vez conseguiu ganhar tanto, que comprou um carro importado. E, depois de um bom tempo voltou para casa para se encontrar com a família.

Chegou dirigindo o carro dos seus sonhos, de luxo, da cor do céu, que ele exibia como se fosse um troféu. Juninho, com saudade, aproximou-se do pai, mas ele não lhe deu a menor atenção. Parecia um louco! Só falava do carro!

Depois de algum tempo resolveu descansar um pouco e foi dormir.

O garoto ficou acordado. Olhando pra aquele carro viu então uma sujeira do lado. Na inocência de criança, querendo ajudar seu pai, pegou um balde-d’água, uma bucha de aço e começou a esfregar e a lavar o carro. Depois, com simplicidade, foi correndo acordar o papai.

Salim, ao ver o carro todo arranhado, parecia um animal feroz e descontrolado. E como um demente – que não sabe o que faz –, começou a bater fortemente nas mãos do menino.

Sara, trancada no quarto, nada podia fazer mesmo vendo o ódio do marido ao castigar o menino. Salim, maldosamente, impedia que ela buscasse socorro para seu filho machucado.

Três dias se passaram de sofrimento sentido, até que Salim saiu para consertar o carro. Só, então, Juninho pôde ser socorrido. O médico deu a notícia mais triste de se escutar:

− Sara, teremos que amputar a mãozinha de seu filho.

Sara, em estado de choque, foi internada e naquele mesmo dia foi marcada a cirurgia do Juninho.

O pai só foi avisado alguns dias depois. A notícia o deixou totalmente desesperado. Foi então correndo ao hospital e quando viu seu filho com a mão amputada começou a chorar. O menino ainda o abraçou querendo consolá-lo. Na sua inocência de criança começou a falar:

− Papai, me perdoa, eu nunca mais vou fazer você chorar... Não tenho mais minha mãozinha para arranhar o carro!

Salim, cheio de dor e remorso, saiu correndo sem saber o que fazer. Não queria mais viver. Não tendo outra solução, pegou uma arma e sem pensar atirou contra o próprio peito.

Criei os personagens desta história, que adaptei a partir de um poema intitulado “Bens Materiais”, gravado em CD por Marco Brasil.

Essa história mostra quantas coisas erradas a gente faz na vida. Mostra que a gente deve lutar muito, mas nunca se esquecer da família, dos amigos, dos pais, dos filhos, de quem a gente ama...

O remorso é uma aflição da nossa consciência por culpa ou crime cometido, porém, a dor maior é do arrependimento, que martela em nossa consciência o mal que causamos a alguém. E pior, ainda, é o sentimento de Contrição – que é o arrependimento de ter ofendido a Deus!

O perdão, quando sincero, abranda as dores da alma e, mesmo no caso de um suicida, pode ser útil como um recurso de consolação. Pois Deus permite aos seus trabalhadores da luz, a prioridade no socorro aos suicidas, que são vistos como casos de socorro emergencial.

Afinal: Há coisas na vida bem mais importantes do que poder e dinheiro!

E, para nossa reflexão, há um texto no Youtube, de Jaqueline Reinelli, alertando, em alguns trechos, que:

A gente vai embora e fica tudo aqui... E o mundo continua assim, caótico, muito louco, como se a nossa presença ou ausência não fizesse a menor diferença... A vida segue, as pessoas superam e vão seguindo suas rotinas...

A gente vai embora. E é bem assim: Piscou, num estalo, a vida vai... Se a gente esperasse pela morte, talvez a gente vivesse mais... Talvez a gente esperasse menos dos outros... Talvez a gente quisesse mais tempo e menos dinheiro.

Que possamos ser cada dia melhores. Que saibamos reconhecer o que realmente importa nesta nossa breve passagem pela Terra. Só isso. Até porque, A GENTE VAI EMBORA...


sábado, 30 de outubro de 2021

O “SOBERBÃO”

 

Ao contrário da pessoa humilde, o soberbo não reconhece seus erros.


Estamos nos aproximando do Dia de Finados. Isso me trouxe à mente, para reflexão, uma interessante história narrada por palestrantes.

Contam que certa vez um prepotente Juiz, que se considerava o dono do mundo, ficou doente. E na expectativa da morte, exigiu um enterro majestoso.

Uma Comissão foi então constituída para organizar o funeral. E, depois de longa pesquisa, apresentou a ele o Cemitério Parque das Cerejeiras, localizado em São Paulo, com projeto paisagístico moderno, que lhe garantia beleza ímpar por um custo até razoável.

“Que é isso?!”, diz o Juiz, indignado. “Eu quero ser enterrado num cemitério muito mais luxuoso, que seja digno de um magistrado!”.

Após outras pesquisas, foi lhe apresentado a Necrópole Ecumênica Vertical Universal de Curitiba, o mais moderno cemitério da América Latina.

O orgulhoso Juiz deu as costas a essa apresentação e reafirmou sua teimosa obsessão: “Quero algo bem melhor!”.

A Comissão apresentou, então, por um custo elevadíssimo, os cemitérios parisienses, cheios de personalidades famosas, como Jim Morrison e Baudelaire. E a resposta foi igual: “Não serve! Eu já disse que quero um enterro a altura de todo o meu poder...”.

À semelhança da terrível Hidra de Lerna – monstro da mitologia grega, com corpo de dragão, cujas cabeças renasciam à medida que iam sendo cortadas –, o Juiz, quando algo novo lhe era apresentado, tinha sua soberbia cada vez mais alimentada, exigindo sempre mais.

Diante da recusa, discutiam então uma proposta alternativa, quando o Juiz – com a maior cara de pau –, sugeriu o Templo do Santo Sepulcro.

“Ih, lá é quase impossível!”, foi o protesto. Mas, o juiz manteve-se relutante: “Não quero nem saber. Falem até com o Papa se for preciso e me dêem a resposta!”.

A Comissão entrou em contato com o Papa e conseguiu que o enterro fosse lá, porém, por um preço exorbitante de mais de um milhão de liras.

Mas, para surpresa de todos, ao tomar conhecimento do custo, o arrogante Juiz assim esbravejou:

– O quêêê...!? Tudo isso pra ser sepultado apenas por três dias?

Os comentários dos palestrantes sobre essa história, em geral, é que o indivíduo Soberbo pode chegar ao extremo. O orgulho dele é assim, mesmo! Acha que é o maior do mundo e se coloca, muitas vezes, até acima de Jesus Cristo. Considera-se um verdadeiro deus pelo poder e fama que tem.

Acha-se o todo poderoso, sim! Pois, nunca reconhece seus erros, não tolera o menor desapreço ou a mais leve crítica... Imagina que seus títulos e riquezas são as recompensas dadas ao seu mérito! Além disso, é vaidoso, preconceituoso, e está sempre de nariz arrebitado... E pela sua empáfia se parece muito com um pavão!

Quando se vê contrariado exterioriza azedume e despeito a ponto de se vingar, perseguir ou destruir seus desafetos. Esquecendo que todos nós possuímos a mesma origem e que todos os corpos irão para o túmulo da mesma forma, sem qualquer garantia de superioridade.

Se quiserem obter graça diante do Eterno os soberbos precisam despertar pra vida! Têm que abrir os olhos à luz e tomar a lei do Cristo como regra invariável de suas condutas! Pois o orgulho é considerado como a fonte de todos os males da Terra.

Se o orgulho e outros vícios lhe corrompe, crie coragem para lapidar as arestas dos males que persistem no seu íntimo. Transforme-se já!...

A humanidade há séculos está adormecida, desde a imensa escuridão que envolveu todo o império romano.

 Para começar a despertá-la foi fundamental a vinda do Cristo na Terra ofertando a todos o caminho do amor.

De lá pra cá muitos se iluminaram, e hoje, do alto de suas conquistas espirituais estendem as mãos aos que ficaram para trás. Anunciam, agora, a derradeira chamada para aqueles que ainda permanecem distantes da luz.

Um longo prazo foi dado. E já se passaram vinte séculos. Então, para muitos chegou a hora do despertar final!

As chamadas anteriores vieram em ondas de amor para tocar o coração das ovelhas desgarradas, mas esta última chegou com as fortes ondas de atribulações da pandemia. Que provoca um choque de realidade doloroso, mas que pode ser a última tábua de salvação.  

Aproveite, pois, a oportunidade!

Busque a felicidade..., que é de repente que Deus age na vida da gente!...