Aquecendo a Vida

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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

O PASTOR REJEITADO

 

“Tudo posso naquele que me fortalece” (Paulo de Tarso).


A REJEIÇÃO é um sentimento doloroso, que ninguém aceita.

O que se pode fazer para evitar que alguém nos rejeite? Nada! Pois a Rejeição tem motivações íntimas de outra pessoa, que nada podemos fazer para evitá-la.

A Rejeição é um preconceito, que se reconhece por certas características que estão fora do padrão... Porque “somos como somos”!

Quem nunca foi rejeitado que atire a primeira pedra! Isso acontece para todos, desde que Deus nos deu o Livre-arbítrio para termos o mérito do que fazemos.

O ser humano tem total liberdade para exercer seu poder de escolha, mas isso tem consequências que pode resultar até em choro e ranger de dentes.

Ser rejeitado não significa que você não presta, não tem valor, mas apenas que os outros não estão sintonizados com o seu jeito de ser naquele instante.

A Rejeição faz parte do processo de transformação interior de cada indivíduo. Pois muito se aprende com essa situação: tolerância; paciência; resignação... Mas o maior aprendizado consiste em conhecer suas limitações e as dos outros para seguir em frente quando não for aceito.

Rejeição é a sua grande possibilidade de se reinventar e ir adiante!...

Para reflexão sobre o tema registro o seguinte relato de autor desconhecido.

Certa igreja estava precisando de pastor. Um dos diáconos escreveu então a seguinte carta, como se tivesse recebido de um candidato, e leu-a perante o conselho da Igreja.

Senhores:

Sabendo que o púlpito da sua Igreja está vago, gostaria de candidatar-me ao cargo. Tenho muitas qualificações que, penso, irão apreciar. Tenho sido abençoado com poder na pregação, e tenho tido bastante sucesso como escritor. Alguns dizem que sou bom administrador.

Algumas pessoas, contudo, têm algumas coisas contra mim. Tenho mais de 50 anos de idade. Nunca fiquei no mesmo lugar mais de três anos. Em alguns casos tive de deixar a cidade porque a obra causou tumultos e distúrbios. Tenho de admitir que estive na cadeia três ou quatro vezes, mas não por más ações. Minha saúde não é muito boa, embora eu ainda consiga trabalhar muito. Tenho exercido minha profissão para pagar as despesas. As igrejas em que tenho pregado são pequenas, embora localizadas em grandes cidades. Não tenho muita comunhão com os líderes religiosos das diversas cidades onde tenho pregado. Para falar a verdade, alguns deles me levaram às barras do tribunal e me atacaram fisicamente de maneira violenta.

Eu não sou muito bom para manter arquivos de registros. Muitos sabem que até já esqueci quem foi que batizei. Todavia, se os senhores quiserem me aceitar, eu me esforçarei ao máximo, mesmo que seja obrigado a trabalhar para ajudar no meu sustento.

Lida esta carta diante do conselho, o diácono perguntou se os oficiais estavam interessados nesse candidato.

Responderam que ele jamais serviria para aquela igreja; pois eles não queriam alguém enfermo, contencioso, turbulento, presidiário. E que a apresentação desse candidato era até um insulto para a Igreja!

Depois, os oficiais perguntaram qual era o nome do candidato e, surpresos, receberam a seguinte resposta: “APÓSTOLO PAULO”. Amém!

Achei a história interessante porque nos ensina que não devemos rejeitar as pessoas pelo seu passado, mas julgá-las pelo seu presente. O passado condena todo mundo, porque o ser humano vive em constante evolução.

Evoluímos da matéria (carne) para o Espírito. E a história de Paulo é um exemplo dessa transformação. Vale a pena conhecer algumas ideias desse fabuloso pregador! Como as seguintes, registradas na Epístola aos Gálatas:

“[...] Apenas isto quero saber de vós: Recebestes o Espírito pelas práticas da Lei ou pela aceitação da fé? Sois assim tão levianos? Depois de terdes começado pelo Espírito quereis acabar pela carne?” (Gl 3, 1-3).

“Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes” (Gl, 5, 19-21). “Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança” (Gl 5, 22-23).

“Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o [fruto do] Espírito” (Gl 5, 25).

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