Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sábado, 27 de agosto de 2016

ENVOLVIMENTO X COMPROMETIMENTO

Embora nos dicionários mais usados, Envolvimento e Comprometimento tenham significados semelhantes, aparecendo até como sinônimos, na prática têm conceitos diferentes.
Envolvimento é estar presente. Comprometimento é fazer com que as coisas aconteçam com sua presença.
Envolvimento é mostrar o caminho. Comprometimento é caminhar junto.
Envolvimento é dar o peixe. Comprometimento é ensinar a pescar.
Duas pequenas histórias ilustram bem esta questão.

1ª história: A Sociedade da Galinha com o Porquinho
A Galinha encontrou o Porquinho – no tempo em que todos os animais falavam – e foi logo propondo: - “Vamos fazer uma sociedade? O mundo está faminto e com pressa. Uma empresa de comida pronta seria o ideal para nós”.
Gostando da conversa – pois precisava de dinheiro –, o Porquinho perguntou o que eles poderiam produzir para entregar em massa e a Galinha completou: - “Vamos vender ovos com bacon...”.
Nem bem ouviu a proposta e o Porquinho arrepiou carreira!!

Se a galinha estava envolvida no negócio o porquinho estava totalmente comprometido.
Na nossa sociedade muitas vezes é assim. As pessoas pretendem fazer a vez da galinha, mostrando sua intensa capacidade de botar ovos, mas deixando aos outros o fornecimento do bacon. Se algumas “galinhonas” até contribuem com ovos de tamanho razoável, querem, no entanto, toneladas de bacon tirado do lombo de alguns.
Nesse mundo das penosas, haja porquinhos para compor a sociedade! É claro, até quando eles perceberem que seus dentes são muito mais afiados do que o bico das galinhas...
Enfim, nas atividades mais relevantes da sociedade, assim como nas atividades empresariais, muitos são envolvidos, mas poucos estão realmente comprometidos.

2ª história: O Negociante e os Jovens Famintos
Certa vez, um negociante encontrou três jovens que se lamentavam por mal ter o que dar de comer aos filhos. O negociante disse-lhes que possuía um saco com sementes de trigo, um com farinha e outro com pães.
O mais afoito foi logo pedindo o saco de pães e correu para casa. O outro pegou a farinha e agradeceu. O terceiro ficou radiante com o que lhe sobrou e disse: - “Alegro-me, pois sou o único que não precisará mais voltar a ti!”.
Ou seja, foi o único que resolveu sua situação e a dos dois filhos de forma duradoura.

Comprometer-se é não pensar só no momento, mas levar aquilo que se propôs até o final... Afinal, você está envolvido ou comprometido com aquilo que faz? Com seu serviço? Com sua família?
E com sua cidade? As campanhas eleitorais estão aí! Lembre-se que há uma diferença importante entre Política e Políticos.
Política é a arte de governar para o público. Políticos são os representantes do povo. Estes podem ser mal escolhidos e a sociedade vai pagar por isso.
Políticos corruptos são consequências de escolhas indevidas, do voto de cabresto, da troca do voto por vantagens pessoais, etc...
Vivemos um momento de mudanças. Caminhamos para uma Nova Era que se aproxima vertiginosamente. E esse momento passa por mudanças nas instituições políticas também.
Votar é uma forma de estar envolvido no processo eleitoral. Mas o momento exige mais que isso, é preciso estar comprometido com o processo de mudanças, ou seja, saber escolher o melhor representante para sua comunidade, conhecendo bem os programas de governo, ouvindo seus compromissos, defendendo os candidatos que realmente têm muito a contribuir para um mundo melhor.
Algumas pessoas descomprometidas nesse processo alegam que a Política é suja, que todos os políticos são corruptos, e que é melhor não votar em ninguém.
Com uma atitude dessas, a pessoa está totalmente descomprometida com lugar onde mora, onde tem seu emprego, onde seus filhos estudam, onde cuida de sua saúde, onde tem proteção e segurança para viver.
A Política, queira ou não, afeta tudo e tem consequências muito sérias.
Nesta hora é preciso deixar de ser “massa”, de ser “gado”, alienado das coisas que afetam a todos os cidadãos.
Bons políticos no governo é a garantia de boa educação, de boa merenda escolar, de transportes, de saúde para todos, de segurança, de habitações dignas, de proteção à criança, ao jovem, à mulher e ao idoso, de serviços de limpeza, coleta de lixo, da preservação do meio ambiente, de manutenção de calçamentos, etc.

Pense nisso!...

domingo, 21 de agosto de 2016

BORBOLETA NA CABEÇA!

“Nunca deixe que te digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem...”.
(Renato Russo)

 






Em meados da década de sessenta, a sapataria do Bairro de Santa Cruz ia mal. Seu João, o proprietário, devia uma fortuna ao curtume. Homem religioso e de muita fé, freqüentava assiduamente os cultos de sua igreja evangélica orando fervorosamente com esperança de merecer a complacência divina.

Dona Olga, sua esposa, todos os dias, também rogava a Deus pra que seu marido encontrasse uma saída para este sério problema. Em uma ocasião, um professor visita à família, e, penalizado com isso, aconselhou-a:

− Porque vocês não arriscam a sorte na loteria?

− Na loteria? – exclamou Dona Olga – É jogo de azar; a nossa religião não permite!

− Veja bem! – retrucou o educador –, vocês querem ajuda, então precisam dar uma oportunidade a quem quer auxiliá-los, não é mesmo?

− É verdade – ela confirmou –, nesta noite até vou pedir uma orientação espiritual. Seja o que Deus quiser!

Dito e feito. À noite ela orou, deitou, adormeceu e sonhou com uma linda cachoeira de águas cristalinas. Um arco-íris embelezava ainda mais aquele jardim florido. E na pedreira, sob uma revoada de pássaros, borboletas se juntavam e escreviam com seu colorido uma numeração fantástica que se destacava sobremaneira.

De manhã, ao acordar, ficou impressionada com a lembrança daquele sonho. Nunca tinha tido um sonho tão colorido como aquele! E aquela arte das borboletas seria um sinal, ou um aviso do outro mundo? Não teve dúvidas e, em seguida, procurou o cobrador do ônibus recomendando:
− Por favor, vê se você acha lá na cidade este bilhete da loteria.
Passou-lhe, então, uma dezena de milhar com final quinze (15) – número da borboleta.
À tarde, aguardou a chegada do ônibus. O cobrador desceu todo entusiasmado:
− Dona Olga do céu; encontrei o bilhete do seu sonho! É o mesmo número! Pode aguardar que vai dar borboleta na cabeça!
E não deu outra! Deu no primeiro prêmio! Pagaram as dívidas e foram embora para o Paraná onde compraram uma casa e educaram os filhos.
Diz-se que nada é por acaso que as coisas acontecem, pois o Universo conspira a nosso favor. Portanto, coincidências significativas nunca são coincidências. Pois, a gente descobre nesses acontecimentos do cotidiano que parece existir um significado oculto por trás de tudo. Preste atenção! É o universo agindo a nosso favor!
Uma pessoa não perde um avião por acaso, quando ocorre um acidente. Tem sempre alguma coisa por trás.
O Universo sempre nos dá sinais de muita coisa que está para acontecer. São como placas indicativas (de trânsito), que precisamos aprender a ler e a seguir, pois nos levam sempre a um porto seguro.
Esse fenômeno existe e já não é um “grande mistério”! É denominado de Sincronicidade ou de Coincidências Significativas, que a Psicologia vem estudando desde as descobertas de Yung.
Quem já não viveu essas experiências ou não teve momentos mágicos como o da história supracitada? Parece que uma força além do nosso controle muda definitivamente os rumos de nossas vidas.
As “coincidências significativas” acontecem mais prontamente quando nos encontramos num estado elevado de expectativa. A psicologia até já demonstrou que uma sensação generalizada, assim, de “expectativa esperançosa” é um dos fatores mais importantes para o sucesso. 
Do ponto de vista religioso essa expectativa esperançosa nada mais é do que a nossa FÉ.
Quase toda a literatura esotérica recomenda que a combinação da emoção ardente com a imaginação vívida estimula a capacidade de atrairmos para nossa vida aquilo que desejamos – de uma ou de outra forma.
Podemos, então, detectar a influência do elemento divino nos enviando mensagens e nos conduzindo numa certa direção, através dessas significativas coincidências.

Se Deus não te dá o que você deseja, nem sempre é por falta de fé, mas porque não é disso que você está precisando. 

sábado, 13 de agosto de 2016

TIGELA DE MADEIRA / COURO DE BOI

“As pessoas se esquecerão do que você disse... Esquecerão o que você fez... Mas nunca esquecerão como você as tratou”. (Paráfrase de um pensamento de Carl W. Buehner).



Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaraçada e seus passos vacilantes.
A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha de mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. Disse então o filho:
- Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai. Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.
Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.
Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.
Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava a comida cair ao chão.
O menino pequeno assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:
- O que você está fazendo?
- Ah, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer! - Respondeu sorrindo o menino e voltou ao trabalho.
Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente o conduziu à mesa da família.
História de essência igual a essa – da Tigela de Madeira – é a moda, Couro de Boi. Imagine só a viola tocando! E a voz de Tião Carreiro dizendo, a seguir:
Conheço um velho ditado, que é do tempo do zagaia. Diz que “um pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai”.
Sentindo o peso dos anos, sem poder mais trabalhar, o velho peão estradeiro com seu filho foi morar. O rapaz era casado e a mulher deu de implicar:
- Você manda o velho embora, senão quiser que eu vá!
E o rapaz, de coração duro, com o velhinho foi falar:
- É para o senhor se mudar, meu pai... eu vim lhe pedir. Hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair! Leve este couro de boi, que eu acabei de curtir, pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir.
O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu. Seu neto de oito anos, que aquela cena assistiu, correu atrás do avô e seu paletó sacudiu. Metade daquele couro, chorando ele pediu.
O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando, partiu o couro no meio e para o netinho foi dando.
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando:
- Pra que você quer este couro, que seu avô ia levando?
Disse o menino ao pai:
- Um dia vou me casar, o senhor vai ficar velho e comigo vem morar. Pode ser que aconteça de nós dois não se combinar! Esta metade do couro vou dar para o senhor levar!
Depois dessas histórias, uma pergunta paira no ar: Será que a lei da Natureza impõe aos filhos a obrigação de trabalhar para os pais?
Veja o que diz a questão 681 do Livro dos Espíritos, a essa indagação:
“− Certamente, assim como os pais devem trabalhar para seus filhos. Por isso Deus fez do amor paterno um sentimento natural, para que, por meio dessa afeição recíproca, os membros de uma mesma família fossem levados a ajudar-se mutuamente. Isso é muito frequentemente ignorado em vossa atual sociedade”.
Tanto Tigela de Madeira, quanto Couro de Boi são interessantes temas para reflexão nesta comemoração do Dia dos Pais. Pense nisso!...
Aproveite para homenagear o seu Pai nessa data. Agradeça com carinho aquele que esteve ao seu lado desde o seu nascimento. Use esse dia especial para relembrar a importância dele em sua vida. Declare todo o seu amor por ele. E tenha um lindo e...

FELIZ DIA DOS PAIS!!!

sábado, 6 de agosto de 2016

AS BENÇÃOS DO SENHOR

“A família é a fonte da prosperidade e da desgraça dos povos” (Martinho Lutero).
           


Havia uma Jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que pagava muitíssimo bem, uma família unida.
O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso: o trabalho e os afazeres que ocupavam todo o tempo. A sua vida estava deficitária em algumas áreas. Se o trabalho consumia muito tempo, ela tirava dos filhos; se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido... E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois.
Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente: um vaso de flores cuja planta era muito cara e raríssima, da qual havia apenas um exemplar em todo o mundo. E disse a ela:
− Filha, esta planta vai ajudá-la muito mais do que você imagina! Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, às vezes conversar com ela, e ela lhe dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores.
A Jovem ficou emocionada. Afinal, aquela planta – com suas flores – era de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, surgiam problemas, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a vida, que seguia confusa, impedia cuidar da planta.
Em casa, quando chegava olhava a planta, e as flores ainda estavam lá. Não mostravam sinal de fraqueza ou morte. Mas, apenas estavam lá, lindas, perfumadas. Então ela passava direto.
Até que um dia, sem mais nem menos, a planta morreu. Em casa ela chegou e levou um susto! A planta estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas. A Jovem chorou muito e contou ao pai o acontecido.
Seu pai, então, respondeu:
− Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso dar-lhe outra plantinha desta, porque não existe outra igual. Ela era a única, assim como seus filhos, seu marido e sua família. Todos estes são Bênçãos que o Senhor lhe deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a planta lá, sempre florida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela. Cuide das pessoas que você ama!
Por que a família quando reunida parece ter algo de sobrenatural, de sagrado? É que nessas ocasiões todos os familiares estão voltados para a alegria, a felicidade, a paz, o bem... Enfim, estão imbuídos de amor. Assim reunidos, as pessoas da família são Bênçãos de Deus!
A família é a base para uma formação moral. A sua estruturação está diretamente vinculada à organização da sociedade. Se as famílias se desestruturam a sociedade obviamente irá se desorganizar! E nessa desorganização social aparecerão problemas de toda ordem: insegurança, indisciplina, desobediência, violência, drogas...
Os problemas são consequências atualmente dos diferentes papéis que as pessoas desempenham no meio familiar.
O tempo destinado à educação dos filhos se restringiu muito com o trabalho da mulher. Assim, os filhos de agora, sem os cuidados maternos de outrora, têm que aprender a se virar sozinhos desde cedo.
Considerem-se ainda os apelos enormes da mídia sobre os jovens.
Essa mudança de paradigmas não é fácil para os pais. O trabalho doméstico agora tem que ter a cooperação de todos.
Foi-se o tempo em que a mulher era a “rainha do lar” e arcava com todas as tarefas. Agora, que o pai e a mãe têm as mesmas 24 horas para dividir entre tantas outras ocupações, cabe-lhes também dividir a atenção com os filhos e demais pessoas da família: que são as Bênçãos que Deus lhes deu!
E você! Tem cuidado das Bênçãos que Deus lhe deu? Lembre-se da flor! Assim são as Bênçãos do Senhor. Ele nos dá, mas temos todos que cuidar delas.
"Quem se descuida dos seus, e principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel" (I Timóteo 5,8).
“Educa as crianças e não precisarás castigar os homens” (Pitágoras).
"Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família" (Atos Apóstolos 16,31).

 “Todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas! Necessidade da Sua ajuda, da Sua força, da Sua benção, da Sua misericórdia, do Seu perdão...” (Papa Francisco).