“As
pessoas se esquecerão do que você disse... Esquecerão o que você fez... Mas
nunca esquecerão como você as tratou”. (Paráfrase de um pensamento de Carl W. Buehner).
Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o
netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão
embaraçada e seus passos vacilantes.
A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas
e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua
colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha de
mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. Disse então o filho:
- Precisamos tomar uma providência com respeito ao
papai. Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a
boca aberta e comida pelo chão.
Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num
cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família
fazia as refeições à mesa, com satisfação.
Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua
comida agora era servida numa tigela de
madeira.
Quando a família olhava para o avô sentado ali
sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas
palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava a comida
cair ao chão.
O menino pequeno assistia a tudo em silêncio. Uma
noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho estava no chão, manuseando
pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:
- O que você está fazendo?
- Ah, estou
fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer! - Respondeu sorrindo o menino e voltou ao trabalho.
Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e
gentilmente o conduziu à mesa da família.
História de essência igual a essa – da Tigela de Madeira – é a moda, Couro de Boi. Imagine só a viola
tocando! E a voz de Tião Carreiro dizendo, a seguir:
Conheço um velho ditado, que é do tempo do zagaia. Diz
que “um pai trata dez filhos, dez filhos
não trata um pai”.
Sentindo o peso dos anos, sem poder mais trabalhar, o
velho peão estradeiro com seu filho foi morar. O rapaz era casado e a mulher
deu de implicar:
- Você manda o velho embora, senão quiser que eu vá!
E o rapaz, de coração duro, com o velhinho foi falar:
- É para o senhor se mudar, meu pai... eu vim lhe
pedir. Hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair! Leve este couro de boi, que eu acabei de curtir,
pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir.
O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu. Seu neto
de oito anos, que aquela cena assistiu, correu atrás do avô e seu paletó
sacudiu. Metade daquele couro, chorando ele pediu.
O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando,
partiu o couro no meio e para o netinho foi dando.
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando:
- Pra que você quer este couro, que seu avô ia levando?
Disse o menino ao pai:
- Um dia vou me casar, o senhor vai ficar velho e
comigo vem morar. Pode ser que aconteça de nós dois não se combinar! Esta metade do couro vou dar para o senhor
levar!
Depois dessas histórias, uma pergunta paira no ar: Será
que a lei da Natureza impõe aos filhos a obrigação de trabalhar para os pais?
Veja o que diz a questão 681 do Livro dos Espíritos, a
essa indagação:
“−
Certamente, assim como os pais devem trabalhar para seus filhos. Por isso Deus
fez do amor paterno um sentimento natural, para que, por meio dessa afeição
recíproca, os membros de uma mesma família fossem levados a ajudar-se
mutuamente. Isso é muito frequentemente ignorado em vossa atual sociedade”.
Tanto Tigela de
Madeira, quanto Couro de Boi são
interessantes temas para reflexão nesta comemoração do Dia dos Pais. Pense
nisso!...
Aproveite para homenagear
o seu Pai nessa data. Agradeça com carinho aquele que esteve ao seu lado desde
o seu nascimento. Use esse dia especial para relembrar a importância dele em sua
vida. Declare todo o seu amor por ele. E
tenha um lindo e...
FELIZ DIA DOS PAIS!!!
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