“Achar que o mundo não tem um criador é o
mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa
tipografia” (Benjamin Franklin).
Uma “Piriguete” chega com seu carro novinho numa loja
de acessórios; rapidamente é atendida e diz ao vendedor:
− Bom dia! Quero instalar um pára-raios no meu carro.
O vendedor, claro, disse que, além de não ter pra
vender, nunca tinha ouvido falar de ninguém com tal equipamento em veículos... Mas ,
curioso, perguntou:
− Madama, pra que você quer colocar um pára raios no carro?
E ela indignada, com as mãos na cintura, responde:
– Ooooooou, é pra minha segurança, né? Nunca ouviu
falar em seqüestro relâmpago, não, seu desinformado?!
Que as “piriguetes”
me perdoem, mas foi só uma piada de introdução e incentivo à leitura deste
texto! Mas, vamos falar sério agora! Você sabe o que é a Invenção do Diabo?
Não sabe? Pois, a Invenção
do Diabo é o pára-raios contra
relâmpagos! Ou melhor, um sistema inventado por Benjamin Franklin (1706–1790),
contra descargas atmosféricas.
Foi nessa época, no século XVIII, que a Igreja
condenou o pára-raios como Invenção
do Diabo. A Igreja acreditava no raio como sendo expressão da cólera do
Senhor, e, portanto, só podia ser tentação do demo impedir que o castigo
caísse sobre o mundo. E na França teve até gente processada e excomungada por
heresia, por ter pára-raios em
casa.
Apesar da pouca escolaridade, Benjamin Franklin se
tornou famoso. Ele era um autodidata. Aprendeu Física lendo Newton. Tornou-se,
então, Jornalista, Tipógrafo, Editor, Economista, Filósofo, Diplomata,
Poliglota...
Além do pára-raio,
ele inventou o pára-quedas e a lente bifocal; fundou uma universidade e a
primeira biblioteca pública; criou o correio americano e o primeiro corpo de
bombeiros. Tudo isso e muito mais até os 84 anos.
Foi em 1752 que executou a célebre experiência com a
pipa. E como resultado desta experiência erigiu um pára-raios na sua própria casa.
Enquanto homens como ele tem uma vida inteira de
trabalho e criatividade, outros vivem na apatia, mumificados...
A vida de B. Franklin é um exemplo de como vencer os
próprios limites.
Dele, além do belíssimo pensamento, em epígrafe, sobre
a criação do mundo, é também o seguinte roteiro:
ROTEIRO PARA SE VIVER UM GRANDE IDEAL
1. TEMPERANÇA
– Não comas até o entorpecimento; não bebas até a exaltação.
2. SILÊNCIO
– Não fales senão para beneficiar aos outros ou a ti; evita conversa frívola.
3. ORDEM –
Que todas as tuas coisas tenham os seus lugares; que cada parte de sua
atividade tenha seu tempo.
4. RESOLUÇÃO
– Resolve realizar o que deves; realiza sem faltar com o que resolveste.
5. FRUGALIDADE
– Não faças despesa alguma, a não ser para o bem de outros ou de ti, isto é,
não desperdices coisa alguma.
6. DILIGÊNCIA
– Não percas tempo, emprega-o em algo útil; suprime as ações desnecessárias.
7. SINCERIDADE
– Não uses ardis lesivos; pensa com coerência e justiça e, se falares, fala do
mesmo modo.
8. JUSTIÇA –
Não prejudiques ninguém fazendo o mal ou omitindo os benefícios que são do teu
dever.
9. MODERAÇÃO
– Evita os extremos; não te ofendas com injúrias, mesmo quando pensas que não
as mereces.
10. LIMPEZA
– Não toleres falta de limpeza no corpo, nas roupas ou na habitação.
11. TRANQÜILIDADE – Não te perturbes com ninharias ou com acidentes comuns ou
inevitáveis.
12. CASTIDADE
– Usa raramente dos prazeres carnais, apenas por motivo de saúde ou reprodução,
nunca até o entorpecimento, a fraqueza, ou em prejuízo de tua paz ou reputação
de outrem.
13. HUMILDADE
– Imita Jesus e Sócrates.