Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sábado, 31 de agosto de 2024

VIVER É UM ESPETÁCULO IMPERDÍVEL!

 

Não sejamos meros espectadores da vida!


Participe do Setembro Amarelo! Oficialmente, o Dia 10 é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, no entanto a campanha acontece durante todo o mês. E neste ano o lema é:

 “Se precisar peça ajuda”.

Ajude a tirar o tabu desse tema, usando “um laço na cor amarela”!

Tal como faz Tenório, o “tiozinho” da Umbanda, que leva na sua bagagem as boas experiências de ajuda social...

Ele passava pela pracinha do lugarejo onde vive, quando se encontrou com Dona Cida, que o viu e já lhe perguntou:

— Aonde vai assim tão pensativo!

— Vou até a casa do Nestor. A filha dele, a Martinha, parece que não está bem. Vive angustiada, com depressão... E até já quis fazer besteira na vida!

— Tentativa de suicídio? Coitada! Seu pai deve estar arrasado!...

— Mas desta vez o caso da jovem é muito mais grave. Ela tá obsedada!...

— Olha lá Tenório, não tem droga nisso! Não será caso de psiquiatria?

— Pois é Cida! A maioria dos casos de suicídio poderia ser evitada se o acesso ao tratamento psiquiátrico fosse facilitado aos pacientes... E isso não seria um grande problema de saúde pública!

E Tenório continuou:

— Você sabia que 100% dos casos de suicídios estão relacionados às doenças mentais não diagnosticadas ou tratadas incorretamente!... Sabia que já se estima em mais de um milhão de suicídios no mundo! Pois, a cada 30 segundos há um suicídio no planeta. Só o Brasil registra em torno de 14 mil casos por ano. Em média 38 suicídios por dia.

— Caramba! Você me assusta!...

Cida, há muito mais suicidas do que você pensa! Você já parou pra pensar que todos os que praticam homicídios são também suicidas!...

Tenório!... Você tá brincando?!...

— Falo a verdade, pois qualquer destruição que você possa causar a outros, também estará causando a si mesmo.

— Mas, por quê?

— Porque na raiz de nossa existência somos verdadeiramente unos. Somos todos irmãos, filhos do mesmo PAI. E, quando causo sofrimento aos outros, eu também sou diminuído na Vida Divina e meu próprio sofrimento virá a seguir.

— É verdade que quando “morrem”; muitos são considerados suicidas!?

— É verdade Cida! São os suicídios inconscientes por conta da loucura, assim como os casos dos dependentes químicos, fumantes, e dos que descuidam da própria saúde por excesso de trabalho, por gula... E até mesmo por teimosia!...

— Puxa vida!... Até me arrepiei!... E preciso ir... Até logo Tenório!...

Tenório seguiu até a casa do Nestor. Lá, após expor o seu pensamento sobre obsessão, pediu para Benzer a jovem.

Explicou que a Arte do Benzimento é uma técnica de manipulação de energias, que usa o magnetismo do Poder do Pensamento para abençoar bendizendo palavras poderosas, que tiram as cargas energéticas pesadas e nocivas da alma, restabelecendo a harmonia da pessoa.

Feito o Benzimento, ele sentindo que o caso não era só isso, resolveu ainda recomendar à Martinha o seguinte:

1. Cultive o hábito da oração. Pois a prece é luz para a sua proteção.

2. Guarde seu coração em paz diante de todos os seus problemas.

3. Trabalhe e estude sempre. Mas, não se esqueça de que o descanso é necessário para seu restabelecimento.

4. Evite baixar suas vibrações com energias de ódio, mágoa, cólera, raiva...

5. Não cultive a maledicência. Quem revira o lodo se borrifa de lama!

6. Se angustiada, evite a gula: coma para viver e não viva para comer!

7. Agradeça a água pura que bebe e o ar puro que respira, pois são alimentos divinos preciosos. E não se esqueça do banho diário para revigorar suas energias.

8. Não guarde remorsos. Use a razão, a paciência e o perdão como armadura de sobrevivência.

9. Tolere sem reclamar. Intolerância é o azedume da alma capaz de provocar a sua própria queda na morte inútil.

10. Valorize-se. Não tenha vergonha de nada. E lembre-se do Cristo que diz: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei” (Mateus 11,28).

Segundo o Livro do Conhecimento: “O verdadeiro humano que Ama, Respeita e Ajuda”.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

ERROS E ACERTOS DA VIDA

 

Com Erros e Acertos é que construo quem EU SOU!...


Na mocidade eu e mais dez amigos fomos pescar no rio Taquari. Alguns deles encarregados de específicas tarefas, tais como: motorista, barqueiro, cozinheiro; e outros responsáveis por conseguir iscas, jogar tarrafa, etc.

Para a pesca com vara, linha e anzol, tanto de barranco ou de rodada, contamos com a experiência de um pirangueiro – pescador ribeirinho, que vivia à beira do rio.  

No último dia de rancho, me incumbiram de fazer um arroz com frango. Arte essa, que constava no meu “curriculum” de pescador!

Com a receita na mão comecei a tarefa. Tínhamos tempero pronto e um pacotinho de sal puro, caso necessário...

No ato da degustação percebi que o arroz estava insosso e busquei o sal puro para dar gosto à refeição. Mas, para meu espanto, percebi que apesar das repetidas pitadas “de sal” não conseguia dar ponto à comida. Foi aí que descobri a travessura de dois pescadores traquinas: Zé Maria e Elói.

Enquanto um deles me distraia, o outro cautelosamente abriu o pacotinho de sal e trocou todo o seu conteúdo por açúcar. Daí que o arroz nunca chegaria mesmo ao ponto do meu paladar!...

Resultado dessa traquinice: ganhei o apelido de “Arroz Doce”.

Não me irritei com isso e muito menos revidei, porque sabia, que “não é revidando ataques que se constrói”.

Eu sabia que tanto o açúcar quanto o sal são temperos! Pois, a iguaria do Quibebe de Abóbora não é temperada com sal e uma boa pitada de açúcar?...

Pensei nisso, e então reconstruí o sabor daquela refeição, acrescentando um pouco mais de água... E a comida ficou tão gostosa de lamber os beiços!...

Lembrando-me desse (quase!) erro, veio-me ao espírito o teor da mensagem para esta semana, pois sinto, nesse fato, que assim também é a vida.

Diz o livro “Cartas de Cristo” que:

 “Todo erro humano se dissolve e somente resta o Amor”.

Compreendendo isso, acho que os erros e acertos da nossa vida, no caminho rumo à Dimensão Espiritual, são assim como os temperos: sal e açúcar, que na ÁGUA também se dissolvem.

Para efeito didático, enfatizamos, então, que tal como se dissolvem o sal e o açúcar e somente resta a ÁGUA, também se dissolvem nossos erros e acertos e somente resta o AMOR!...

O açúcar representa nossos acertos, as coisas boas que fazemos; enfim, todo o Bem que praticamos.

O sal representa nossos erros, os ingredientes que temperam as nossas ações e que, paulatinamente, nos tornam melhores e mais experientes.

Podemos ainda dizer esta lição de outra forma, assim: que todo erro e todo acerto no processo evolutivo da humanidade se dissolvem e somente resta o AMOR!

Segundo a Epístola de João (4,7e8) “o Amor vem de Deus [...], porque Deus é Amor”.

Se somente resta o AMOR, então só resta “DEUS CONOSCO”! O “Pai Amor” que está em nosso interior! Isso significa que nossos erros, enganos, equívocos, foram desconsiderados pela Misericórdia Divina. Porque não mais existem em nossa Consciência!

Talvez por isso, o Mestre tenha, alegoricamente, afirmado: “Nenhuma das minhas ovelhas se perderá”,

Que é o mesmo que falar “Nenhum dos filhos de Deus se perderá”; pois ninguém terá medo que Deus os rejeite, porque ninguém vai para o inferno!... E isso garante que todos os filhos de Deus são purificados!... E salvos!...

Erros e Acertos são dois lados da mesma moeda, que simboliza a Experiência de Vida do Ser Humano.

Podemos dizer, então, que “A nossa Experiência é a somatória de nossos erros e acertos, dissolvidos na energia do Amor, rumo à nossa unificação com o Nosso Pai”.

Enfim, podemos ainda comparar essa dualidade experiencial ao Retorno do Filho Pródigo a Casa do Pai, quando ele transcende a si mesmo e se funde, harmoniosamente, à energia sublime do PAI – O Absoluto e Onipotente, em toda a sua plenitude.

Para amar o próximo necessário é, pois, compreender que somos parte de um Todo, do Universo criado por Deus.

Sabendo disso é que Paulo disse:

"Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20).

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

OS RELIGIOSOS

 

“Fora da caridade não há salvação” (ESE).


No Concílio Ecumênico de 1950, quatro religiosos foram escolhidos para participarem de uma reunião numa cidade do interior do Estado: um rabino judeu; um cardeal católico; um ancião evangélico; e um palestrante espírita.

Um automóvel foi cedido a eles, mas nenhum dos quatro dirigia. Então, passaram a procurar um motorista para levá-los àquela reunião.

Naquele tempo era muito raro quem tivesse habilitação para dirigir.

Demorou, mas um motorista surgiu. Apesar de não ser de nenhuma religião, estava disposto a acompanhar os quatro naquela viagem.

Eles relutaram. Afinal, como uma pessoa sem religião poderia fazer parte do grupo? Mas, apesar da contrariedade, não tiveram outra saída e aceitaram.

Na viagem, um grave e inesperado acidente interrompeu lhes o destino, vindo todos a falecer na mesma hora.

Os religiosos, quando descobriram que já estavam no plano espiritual, limparam as roupas de seus corpos astrais e falaram ao motorista:

— Vamos todos ao Paraíso! O ônibus passará daqui a pouco.

— Eu vou ficar por aqui – disse o motorista –, pois não tenho religião, nunca fui a um Templo, nunca pratiquei nenhum tipo de culto. Vão vocês!...

Os quatro convenceram o motorista a ir também, pois com as patentes religiosas eles conseguiriam a sua entrada no Paraíso, apesar dele não praticar nenhuma religião.

Os cinco tomaram o ônibus.  Mas só os religiosos foram contabilizando suas atividades práticas durante seus estudos de religiões e cargos ocupados.

Lá no Paraíso tinha uma imensa fila de almas esperando atendimento. Na entrada, um Porteiro autorizava ou não a entrada no Paraíso.

O primeiro deles atendido foi o Rabino, porque os judeus são da primeira religião de Deus.

— Seu nome? 

— Jacob Ben Joseph.

O porteiro olhou sua ficha e disse:

— Pode descer, por favor, pois seu curriculum não dá direito à entrada.

O Rabino judeu tentou argumentar que sempre cumpriu com o dever religioso, pagando seu dízimo, fazendo as oferendas, jejuando. Mas, apesar disso não conseguiu entrar.

O segundo foi o católico, segunda religião de Deus único.

— Seu nome?

— Sou o Cardeal Lúcio D’Avila.

O Porteiro olha a sua ficha e diz:

— Entrada rejeitada.

O Cardeal declarou ser um fiel praticante do catolicismo e merecedor do alto cargo que ocupava. Não adiantou. Teve que voltar também.

Daniel Vaz, o Ancião evangélico, também foi recusado, apesar de seus argumentos de que era ótimo religioso. E o mesmo aconteceu com Felipe Soares, o Palestrante espírita...

O motorista, vendo as altas patentes religiosas serem proibidas de entrar no Paraíso, foi se afastando, para não passar vergonha, mas foi visto pelo Porteiro. Ele recusou o chamado, mas, após insistência, deu seu nome para verificação de sua ficha.

— Benedito, você pode entrar.

— Acho que o senhor se enganou – disse o motorista. –, isso não é justo! Eu não pertenço a nenhuma religião.

Então foi levado ao chefe, que ouviu suas reclamações e respondeu:

 — Irmão Benedito, você entrou no Paraíso, apesar de nunca ter religião, pois na Terra você viveu sempre se ocupando em fazer o Bem. O Paraíso não foi criado pelo “Pai” para os praticantes das religiões, mas para os praticantes dos bons sentimentos do coração, da verdadeira CARIDADE e do Amor ao próximo, ensinados pelo nosso mestre Jesus.

Assim diz as escrituras:

“Vi os mortos, grandes e pequenos, de pé, diante do trono. Abriram-se livros, e ainda outro livro, que é o livro da vida. E os mortos foram julgados conforme o que estava escrito nesse livro, segundo as suas obras”. (Ap 20,12)

“De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?” (Tg 2,14)

 “... todas as igrejas hão de saber que [...] darei a cada um de vós segundo as suas obras”. (Ap 2,23)

“Olhemos uns pelos outros para estímulo à caridade e às boas obras”. (Hb 10,24)

 “Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5,16)

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

REFLEXÃO PARA O DIA DOS PAIS

 

“Não julgueis antes do tempo...” (I Cor. 4,5).


Um Pai tinha 04 filhos. Ele queria que eles aprendessem a não ter pressa ao fazer seus julgamentos. Por isso, convidou cada um deles para fazer uma viagem e observar um Pé de Pêra plantado num local distante.

O primeiro filho foi para lá no INVERNO, o segundo na PRIMAVERA, o terceiro, no VERÃO e o quarto, o caçula, no OUTONO.

Quando retornaram, o Pai pediu que contassem o que tinham visto.

— Cheguei lá no INVERNO – disse o primeiro filho – e a árvore, além de feia, é seca e retorcida.

— Eu cheguei lá na PRIMAVERA – disse o segundo filho – e isso não é verdade, pois encontrei uma árvore cheia de botões e carregada de promessas...

— Quando estive lá era VERÃO – disse o terceiro filho. – A árvore estava toda coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que eu arriscaria dizer que era a coisa mais graciosa que eu jamais tinha visto.

— Já era OUTONO quando lá cheguei – disse o quarto filho. – A árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas...

O Pai, então, após explicar a eles que todos estavam certos, porque haviam visto apenas uma estação da árvore, acrescentou:

— Não se pode julgar uma árvore ou uma pessoa por apenas uma estação. A essência do que é (como o prazer, a alegria e o amor que vem da vida), só pode ser constatada no final de tudo, exatamente como no momento em que todas as estações do ano se completam!

Se alguém desistir no INVERNO, perderá as promessas da PRIMAVERA, a beleza do VERÃO e a expectativa do OUTONO.

Não permitam que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julguem a vida apenas por uma estação. Perseverem através dos caminhos difíceis que, de uma hora para a outra, melhores tempos virão!!!

Antes de julgar alguém se lembrem dos quatro momentos desta história.

E também se lembre da máxima: “Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra”.

Tal qual o discurso desse Pai, Jesus, em vários pontos do evangelho, também já alertava sobre isso:

Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados” (Mateus 7,1);

“Não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados” (Lucas  6,37);

“Não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça” (João 7,24).

Um exemplo de falso julgamento é a história de Zaqueu.

Conta o Evangelho de Lucas, no cap. 19, que Jesus entrou em Jericó e ia atravessando a cidade. Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de impostos. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia por causa da multidão, porque era de baixa estatura. Ele correu adiante, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse por ali.

Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe:

Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em sua casa.

Ele desceu a toda pressa, e recebeu-o alegremente. Mas vendo isto, todos murmuravam e diziam:

— Jesus vai hospedar-se na casa de um pecador!...

Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe:

— Senhor, eu vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo.

— Hoje entrou a salvação nesta casa – disse-lhe Jesus.

Então, sem julgar ninguém, que cada um receba Jesus em sua casa.

 Pois é com base no conhecimento privilegiado e iluminado de Jesus que se desenvolverá a próxima Era.

“Amai-vos uns aos outros e sereis felizes”disse Fénelon.

Com este propósito, cante e se emocione com a canção de Regis Danese:

“Como Zaqueu, eu quero subir o mais alto que eu puder, só pra Te ver, olhar para Ti e chamar Sua atenção para mim...”.

“Eu preciso de Ti Senhor! Eu preciso de Ti, oh Pai! Sou pequeno demais, me dá a Tua paz! Largo tudo pra Te seguir!”.

“Entra na minha casa, entra na minha vida, mexe com minha estrutura, sara todas as feridas, me ensina a ter santidade, quero amar somente a Ti, porque o Senhor é o meu bem maior, faz um milagre em mim!”.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

A LEI DO AMOR

 

“O Amor resume toda a doutrina de Jesus...”.       


Lázaro, o autor da frase em epígrafe, disse em Paris, 1862 que:

“Quando Jesus pronunciou essa palavra divina – AMOR – fez estremecer os povos, e os mártires ébrios de esperança, desceram ao circo”.

O texto de Lázaro, bem como os seguintes de Fénelon e Sansão, de o Evangelho Segundo o Espiritismo, nos inspiram a entender a Lei do Amor, respondendo algumas questões:            

1.      O que é o Amor?

— O Amor é o sentimento por excelência; é o requinte do sentimento.

2.      O que são os sentimentos?

— Os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado.

3.      O que são os instintos?

— São impulsos involuntários, inatos da natureza dos seres vivos, que os seres humanos e os animais realizam sem saber o porquê desses atos, mas tão somente por sobrevivência.

4.      Qual a relação entre instintos e o sentimento de Amor?

— Lázaro diz que “Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos”. Quando fala assim, ao mesmo tempo ele está representando o SENTIMENTO em todo o seu processo de desenvolvimento, do início ao fim...  E demonstrando que o indivíduo, no qual os instintos dominam, está mais próximo do ponto de partida do que do ponto de chegada; e vice-versa.

Portanto, o humano no seu princípio não tem sentimentos, mas apenas instintos. Mais avançado, embora ainda induzido ao mal, ele passa a ter somente sensações. Os sentimentos aparecem à medida que ele se instrui, se aperfeiçoa.

As sementes do sentimento, que no ato da criação Deus depositou no coração de cada um, se desenvolvem e crescem com a moralidade e a inteligência, constituindo afeições ardentes e sinceras para a prática sublime da Lei do Amor.

5.     Como é o Amor no seu sentido mais profundo?

O Amor é um sol interior, que reúne em seu foco ardente todas as aspirações e revelações sobre-humanas.

Deus é o Perfeito Amor – a energia de quintessência na qual todos nós estamos mergulhados como os peixes no mar. Não percebemos essa energia sutil que nos envolve, assim como os peixes não percebem a água que os rodea, mas sabemos que Deus está em nós e nós estamos dentro dele.

Então, amemos a Deus e “amemo-nos uns aos outros, porque o Amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.  Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é Amor”. (I Epístola de João 4,7e8).

O Amor é a manifestação divina dos bons sentimentos... É chama ardente que incendeia a alma das Pessoas de Bem, sensatas, conscienciosas, benfeitoras, humildes, abnegadas, de caráter íntegro, virtuosas, que multiplicam seus talentos; buscando sempre a meta estabelecida por Jesus: "[...] sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48).

6.      Qual o sentido da Lei do Amor?

— Cuidar de toda a justiça, pois a cada dia no seu Reino, Deus separa o joio do trigo, conforme o princípio de Causa e Efeito. Fez-se o Mal fica endividado, pratica-se o Bem tem mérito. Esta é a razão de ser da Lei do Amor.  Por isso, com certeza, é que Jesus disse: “amai ao próximo como a si mesmo” (Mc 12, 13); “amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem”. (Mt 5,44).

Quando se diz “Lei do Amor” está se usando uma forma figurada de estilo de pensamento, para representar, de fato, o Código das Leis Universais do Amor, que está na nossa consciência.

Pelo livro “Cartas de Cristo” são Leis da Existência, que se relacionam somente às “atividades da consciência”... Exatas e indesviáveis... Que controlam a nossa capacidade para criar circunstâncias e ambientes, relações, realizações ou fracassos, prosperidade ou pobreza.

 Não são prêmios ou castigos de Deus. Pois é a sua consciência pessoal que traz para você o Bem ou o Mal.

 “Tudo aquilo que o homem profundamente ACREDITA ser, bom ou mau, naquilo se tornará”.

“Tudo aquilo que TEME que os outros lhe façam, assim eles farão”.

Sob a égide da Lei do Amor, em pouco tempo todos verão a construção do Reino de Deus na Terra.