“Fora da
caridade não há salvação” (ESE).
No
Concílio Ecumênico de 1950, quatro religiosos foram escolhidos para
participarem de uma reunião numa cidade do interior do Estado: um rabino judeu;
um cardeal católico; um ancião evangélico; e um palestrante espírita.
Um
automóvel foi cedido a eles, mas nenhum dos quatro dirigia. Então, passaram a
procurar um motorista para levá-los àquela reunião.
Naquele
tempo era muito raro quem tivesse habilitação para dirigir.
Demorou,
mas um motorista surgiu. Apesar de não ser de nenhuma religião, estava disposto
a acompanhar os quatro naquela viagem.
Eles
relutaram. Afinal, como uma pessoa sem religião poderia fazer parte do grupo?
Mas, apesar da contrariedade, não tiveram outra saída e aceitaram.
Na
viagem, um grave e inesperado acidente interrompeu lhes o destino, vindo todos
a falecer na mesma hora.
Os
religiosos, quando descobriram que já estavam no plano espiritual, limparam as
roupas de seus corpos astrais e falaram ao motorista:
— Vamos
todos ao Paraíso! O ônibus passará
daqui a pouco.
— Eu
vou ficar por aqui – disse o motorista –, pois não tenho religião, nunca fui a
um Templo, nunca pratiquei nenhum tipo de culto. Vão vocês!...
Os
quatro convenceram o motorista a ir também, pois com as patentes religiosas
eles conseguiriam a sua entrada no Paraíso,
apesar dele não praticar nenhuma religião.
Os
cinco tomaram o ônibus. Mas só os
religiosos foram contabilizando suas atividades práticas durante seus estudos
de religiões e cargos ocupados.
Lá
no Paraíso tinha uma imensa fila de almas
esperando atendimento. Na entrada, um Porteiro
autorizava ou não a entrada no Paraíso.
O
primeiro deles atendido foi o Rabino, porque os judeus são da primeira religião
de Deus.
—
Seu nome?
—
Jacob Ben Joseph.
O
porteiro olhou sua ficha e disse:
— Pode
descer, por favor, pois seu curriculum não dá direito à entrada.
O
Rabino judeu tentou argumentar que sempre cumpriu com o dever religioso,
pagando seu dízimo, fazendo as oferendas, jejuando. Mas, apesar disso não
conseguiu entrar.
O
segundo foi o católico, segunda religião de Deus único.
—
Seu nome?
— Sou
o Cardeal Lúcio D’Avila.
O
Porteiro olha a sua ficha e diz:
—
Entrada rejeitada.
O
Cardeal declarou ser um fiel praticante do catolicismo e merecedor do alto
cargo que ocupava. Não adiantou. Teve que voltar também.
Daniel
Vaz, o Ancião evangélico, também foi recusado, apesar de seus argumentos de que
era ótimo religioso. E o mesmo aconteceu com Felipe Soares, o Palestrante
espírita...
O
motorista, vendo as altas patentes religiosas serem proibidas de entrar no Paraíso, foi se afastando, para não
passar vergonha, mas foi visto pelo Porteiro. Ele recusou o chamado, mas, após
insistência, deu seu nome para verificação de sua ficha.
— Benedito,
você pode entrar.
—
Acho que o senhor se enganou – disse o motorista. –, isso não é justo! Eu não
pertenço a nenhuma religião.
Então
foi levado ao chefe, que ouviu suas reclamações e respondeu:
— Irmão Benedito, você entrou no Paraíso, apesar de nunca ter religião, pois na Terra
você viveu sempre se ocupando em fazer o Bem. O Paraíso não foi criado pelo “Pai”
para os praticantes das religiões, mas para os praticantes dos bons sentimentos
do coração, da verdadeira CARIDADE e
do Amor ao próximo, ensinados pelo
nosso mestre Jesus.
Assim
diz as escrituras:
“Vi
os mortos, grandes e pequenos, de pé, diante do trono. Abriram-se livros, e
ainda outro livro, que é o livro da vida. E os mortos foram julgados conforme o
que estava escrito nesse livro, segundo as suas obras”. (Ap 20,12)
“De
que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso
esta fé poderá salvá-lo?” (Tg 2,14)
“... todas as igrejas hão de saber que [...]
darei a cada um de vós segundo as suas obras”. (Ap 2,23)
“Olhemos
uns pelos outros para estímulo à caridade e às boas obras”. (Hb 10,24)
“Assim, brilhe vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5,16)
Muito bom 👍🏻👍🏻👍🏻🙏🏻
ResponderExcluirQue maravilhoso ler esse texto!
ResponderExcluir🙏🙏🙏
ResponderExcluirVerdades.
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