Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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sexta-feira, 27 de maio de 2022

O GRANDE MISTÉRIO DO AMOR

 

Para vencer as batalhas da vida, a melhor arma é a energia do Amor!


Conheço uma lenda que narra que Deus, após ter criado o homem e não tendo mais nada de consistente, Ele se utilizou de outros tipos de materiais, mais requintados, para fazer a mulher.

Pegou um punhado de ingredientes bem delicados, mas contraditórios, tais como: timidez e ousadia; paciência e ansiedade; alegria e tristeza; ciúme e ternura; paixão e ódio; e fez a mulher. E depois a entregou ao homem para ser a sua companheira.

Entretanto, o homem nada satisfeito voltou após uma semana, reclamando:

— Senhor, a companheira que você me deu faz a minha vida infeliz. Ela me atormenta de tal maneira que não me sobra tempo para descansar. Fala muito e ainda quer que lhe dê atenção o dia inteiro; e desse jeito, as minhas horas são desperdiçadas! Além de ela chorar por qualquer motivo, facilmente fica emburrada; e, às vezes, sem fazer nada por muito tempo. Vim devolvê-la, porque assim não dá pra viver com ela!

Mais uma semana se foi e o homem voltou ao Criador e pediu-lhe:

— Senhor, por favor, me devolva a minha companheira, pois desde que eu a trouxe de volta a minha vida ficou muito vazia... Eu estou sempre pensando nela; sempre me lembrando de como ela dançava e cantava; como me olhava e como conversava comigo. Que saudade de seu aconchego! Como era cariciosa! Eu gostava de ouvi-la rir.

— Está bem! Pode levá-la – disse o Criador. E a devolveu.

Duas semanas depois, o homem retorna novamente e diz:

— Senhor, me desculpe, mas eu não consigo explicar... Depois de toda esta minha experiência com essa mulher, cheguei à conclusão de que ela me dá mais problemas do que prazer. Peço-lhe, outra vez, recebê-la de novo! Não consigo viver com ela!

— Mas também não pode viver sem ela! – respondeu-lhe o Senhor. E virou as costas para o homem.

Mas ele, desesperado, gritou:

— Como é que eu vou fazer? Não consigo viver com ela e não consigo viver sem ela.

Então, arremata o Criador:

— Achei que depois de tantas tentativas, você já tivesse descoberto!

E o Criador, pacientemente, passou a lhe ensinar que o Amor é um sentimento que precisa ser aprendido na sua dualidade, pois ao mesmo tempo é tensão e satisfação; é desejo e hostilidade; é alegria e dor.

Um não existe sem o outro!

Aprenda: que a felicidade é apenas uma parte integrante do amor; e que o sofrimento também pertence ao amor. Esse é o grande mistério do Amor! A sua própria beleza e o seu próprio fardo!

Para o aprendizado do Amor, é preciso considerar sempre a doação e o sacrifício ao lado da satisfação e da alegria. A pessoa terá sempre de abdicar alguma coisa para possuir outra ou para obter um bem maior. É como plantar uma árvore diante da janela. Você ganha sombra, mas perde uma parte da paisagem. Você troca o silêncio pelo gorjeio da passarada ao amanhecer.

Neste aprendizado sobre o Amor, consideremos, pois, tudo isso e muito mais... Como, por exemplo, entender o momento apocalíptico que a sociedade planetária está enfrentando.  

Do ponto de vista espiritual, os flagelos destruidores têm por finalidade:

a)   Acelerar o progresso do planeta para que o mesmo dê um salto quântico para uma dimensão mais elevada;

b)   O aperfeiçoamento moral da humanidade, de forma mais intensa, buscando cada um olhar para o seu interior e mudar a si mesmo.

Com as atribulações das mudanças, você perde comodidade, mas ganha o advento de uma Era Dourada para a Terra. E já começa a desfrutar de coisas novas que levariam séculos para chegar!

Isso faz a pessoa boa ficar Melhor e a mais ou menos ficar Boa. Sem se esquecer do que diz a profecia: “O momento está próximo. O injusto faça ainda injustiças, o impuro pratique impurezas. Mas o justo faça a justiça e o santo santifique-se ainda mais”. (Apocalipse 22, 10 e11).

Vivemos a separação do joio do trigo. Quem ficar vai viver numa sociedade com outro comportamento.

Deus permite que a humanidade seja chacoalhada com a Pandemia e a Guerra para acordar o mundo; e colocar na rota do progresso aqueles que já estão despertando a sua consciência.

Emmanuel, através do Chico Xavier nos diz que “É indispensável receber os atritos da existência e suportá-los com humildade heroica, se nos achamos realmente interessados na aquisição de progresso efetivo”.

Veja, então, o lado positivo dos acontecimentos! E agradeça a Deus porque isso tudo é apenas transitório; só até acertar o rumo da sociedade!...

sexta-feira, 20 de maio de 2022

A PEDRA

 

O direito de olhar o outro de cima para baixo é só se for para ajudá-lo a se levantar.


Conta-se que um jovem e bem sucedido executivo dirigia, em alta velocidade, sua nova Ferrari. De repente uma pedra surgiu e espatifou-se na porta lateral do carro. Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde a pedra teria vindo.

Saltou do carro e pegou bruscamente um moleque, e foi logo o empurrando contra um veículo estacionado e gritou:

— Por que isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo? Este é um carro novo e caro. Aquela pedra que você atirou vai me custar muito dinheiro! Por que você fez isto?

— Por favor, o senhor me desculpe – implorou o menino –, eu não sabia mais o que fazer! Ninguém estava disposto a parar e me atender neste local!

Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos carros que ali estavam estacionados.

— É meu irmão. Ele desceu sem freio, caiu de sua cadeira de rodas e não consigo levantá-lo.

Soluçando, ele ainda perguntou:

— Poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está machucado e é muito pesado para mim.

Movido internamente para muito além das palavras, o jovem motorista, engolindo um imenso nó, dirigiu-se ao jovenzinho, colocando-o em sua cadeira de rodas. Tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.

— Obrigado! E que Deus possa abençoá-lo! – agradeceu a criança.

O homem viu então o menino distanciar-se... Empurrando o irmão em direção a casa... Foi um longo caminho até a sua Ferrari... Um longo e lento caminho de volta...

O executivo nunca mais consertou a porta amassada da sua Ferrari. Deixou-a assim para lembrar-se de não ir tão rápido na vida, que alguém precisasse atirar uma pedra para obter a sua atenção...

E foi para casa meditando sobre o bem que praticara, sobre a vida e especialmente pensando que muitas vezes “Deus sussurra em nossas almas e fala aos nossos corações. E algumas vezes, quando não temos tempo de ouvir, Ele tem de jogar uma pedra em nós para demonstrar o quanto ainda nos admira e nos quer bem!”.

Este caso me fez lembrar que certa vez o demônio disse a Jesus: "Se és o Filho de Deus, ordena a esta pedra que se torne pão". (Lucas 4,3).

A pedra se tornou pão, quando o jovem executivo viu o menino distanciar-se empurrando o irmão numa cadeira de rodas. Foi um milagre da vida!

E, ao refletir sobre o que via, o jovem motorista descobriu que ele não precisava ir tão rápido a ponto de precisar levar uma pedrada para despertar a sua atenção e sentir a presença de Deus em sua vida.

Mas, onde estava Deus ao ouvi-lo?

 Deus estava onde sempre está: dentro de cada um de nós. Deus é a Energia Máxima do Universo Cósmico. E nós estamos mergulhados nessa Grande Energia assim como os peixes no mar.

Se você perguntar a um peixe o que é o Mar? Ele não saberá lhe responder, porque o Mar está dentro do peixe e o peixe está dentro do Mar. Será ele, então, um Peixe Ateu porque não sente o Mar?

Assim também acontece conosco. Nós estamos dentro de Deus e Deus está dentro de nós. E é por isso que o livro sagrado nos diz: “Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3,16).

Em conexão com a Energia Cósmica nós nos sentimos como uma parte individualizada dela. Pois somos uma centelha divina, dotada de Livre-arbítrio, cocriadora de nossa realidade, com liberdade de escolha, para termos responsabilidade, assim como o mérito resultado de nossas ações.

Quando descobrimos Deus dentro de nós, despertamos a nossa consciência e começamos a entender a eternidade da vida, e ver o nosso próximo como irmãos – filhos de Deus. Filhos do mesmo Pai!

E aí passamos a compreendê-los nas suas diferenças e a nos colocarmos em seu lugar para obter o entendimento correto de suas ações.

Pois como disse Jesus: “O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a ele” (Lucas 6,31).

Talvez tenha sido isso que Deus tenha sussurrado na alma do jovem executivo e falado ao seu coração, transformando-o interiormente...

As pedrinhas da vida só são as dificuldades e atribulações do cotidiano que nos proporcionam muitas lições.

Que aprendamos com elas! E quando nos forem atiradas, que as pedrinhas sejam mais oportunidades de trabalho e de serviço para construirmos, com humildade, um mundo cada vez melhor!

E como Jesus, desafiamos: “Quem estiver sem pecado, que seja a primeira pessoa a nos atirar uma pedra!”.

sábado, 14 de maio de 2022

PEIXINHO VERMELHO

 

 “Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!” (Maquiavel).


Jesus certa vez proclamou à humanidade: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (João 8,32).

Pensando nessa célebre frase, eis, a seguir, nossa breve resenha de uma lenda egípcia publicada no Livro “Libertação” de André Luiz, psicografado pelo médium Chico Xavier.  

Num jardim havia grande lago que escoava suas águas, do outro lado, através de grade muito estreita. Nesse reduto vivia toda uma comunidade de peixes, a se refestelarem em complicadas locas. Elegeram rei um dos concidadãos e ali viviam, despreocupados, entre a gula e a preguiça.

Junto deles havia um peixinho vermelho, menosprezado de todos. Não conseguia pescar a mais leve larva. Por isso, sofria e era visto em correria constante, perseguido ou atormentado de fome. O pobrezinho não dispunha de tempo para muito lazer e começou a estudar com bastante interesse.

Fez o inventário de todos os ladrilhos do poço, arrolou os buracos nele existentes, sabia onde se reunia a maior massa de lama por ocasião de aguaceiros e encontrou a grade do escoadouro. Então, refletiu consigo:

— Não será melhor pesquisar a vida e conhecer outros rumos?

Avançou então, otimista, pelo rego d’água, embriagado de esperança... Em breve, alcançou grande rio e fez inúmeros conhecimentos. Conseguiu atingir o oceano, ébrio de novidade e sedento de estudo.

Plenamente transformado em suas concepções do mundo, passou a reparar as infinitas riquezas da vida. Vivia, agora, sorridente e calmo, no Palácio de Coral, com centenas de amigos, quando, ao se referir ao seu começo laborioso, veio, a saber, que somente no mar as criaturas aquáticas dispunham de mais sólida garantia, de vez que, quando o estio se fizesse mais arrasador, as águas de outra altitude continuariam a correr para o oceano.

O peixinho pensou, pensou..., e sentindo imensa compaixão daqueles com quem convivera na infância, deliberou consagrar-se à obra de salvação deles. Não seria justo regressar e anunciar-lhe a verdade? Não hesitou.

Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dos regatos se encaminhou para os canaizinhos que o conduziram ao primitivo lar. Procurou os velhos companheiros. Supôs que o seu regresso causasse surpresa e entusiasmo gerais. Ao contrário, os peixes continuavam pesados e ociosos, repimpados nos mesmos ninhos lodacentos, protegidos por flores de lótus, de onde saíam apenas para disputar larvas, moscas ou minhocas desprezíveis.

Gritou que voltara, mas não houve quem lhe prestasse atenção! Ridicularizado, procurou, então, o rei e comunicou-lhe a reveladora aventura. O soberano reuniu o povo e permitiu que o mensageiro se explicasse.

Esclareceu então que havia outro mundo glorioso e sem fim. Aquele poço era uma insignificância que podia desaparecer, de momento para outro. Lá fora, corriam regatos, rios caudalosos e o mar, onde a vida aparece cada vez mais surpreendente. Descreveu o serviço de tainhas e deu notícias do peixe-lua. Contou que vira o céu repleto de astros e que descobrira árvores gigantescas, barcos, cidades praieiras, jardins submersos, estrelas do oceano e ofereceu-se para conduzi-los ao Palácio de Coral, onde viveriam todos, prósperos e tranqüilos. Finalmente os informou de que semelhante felicidade, porém, tinha igualmente seu preço. Deveriam emagrecer convenientemente e trabalhar e estudar tanto quanto era necessário à venturosa jornada.

Assim que terminou, gargalhadas coroaram-lhe a preleção. Ninguém acreditou nele. Alguns oradores tomaram a palavra e afirmaram solene, que o peixinho vermelho delirava; aquilo era mera fantasia de cérebro demente e alguns chegaram a declarar que falavam em nome do Deus dos Peixes.

O soberano, para melhor ironizá-lo, dirigiu-se até à grade de escoamento e, tentando, de longe, a travessia, exclamou borbulhante:

“Não vês que não cabe aqui nem uma só de minhas barbatanas? Grande tolo! Vai-te daqui! Não nos perturbe o bem-estar... Nosso lago é o centro do Universo... Ninguém possui vida igual à nossa!...”.

Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinho realizou a viagem de retorno e instalou-se, em definitivo, no Palácio de Coral, aguardando o tempo.

Anos depois, apareceu devastadora seca. As águas desceram de nível, o poço esvaziou-se e a vaidosa comunidade pereceu inteira atolada na lama...

sexta-feira, 6 de maio de 2022

FELIZ DIA DAS MÃES!

 

Amor de mãe é infinito


Vejam, a seguir, três histórias sobre o Amor, que servem para reflexão de todos nós, nesta memorável data consagrada ao Dia das Mães.

 

1ª.  A importância do amor

Uma mulher jovem, hospitalizada, cuidada por boas pessoas, recebeu a visita de um padre, que lhe perguntou:

— Como você está passando?

— Estou bem – respondeu ela.

— Você está sendo bem atendida? Não lhe falta nada?

— Aqui me tratam com caridade, mas minha mãe me tratava com carinho.

O sacerdote meditou um pouco e lhe perguntou:

— Será que existe caridade sem carinho?... Caridade sem amor?

— Eu acho que não! – falou a enferma. – Aqui cuidam de mim... Mas, fazem isso mais por obrigação; são frios comigo, bem diferente da minha mãe que me tratava com afeto, com ternura...

O sacerdote, depois de um afago na doente, despediu-se dela dizendo:

— Você tem razão. Isso nos faz pensar na importância do Amor, como único sentido da vida.

 

2ª. Onde está o amor

Em uma sala de aula com várias crianças, uma delas perguntou:

— Professora, o que é o Amor?

Como estava na hora do recreio, a professora para depois dar uma resposta à altura da pergunta, pediu a cada aluno que desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento do amor. As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse:

— Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.

— Eu trouxe esta flor. Ela não é linda? – disse uma aluna.

— Eu trouxe esta borboleta de asas coloridas – disse outra criança – e vou colocá-la em minha coleção.

— E eu trouxe este filhote de passarinho. Não é uma gracinha?

Terminada a exposição de todos os alunos, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.

A professora, então se dirigiu a ela:

— Por que você nada trouxe?

— Desculpe-me professora – disse ela. Vi a flor, senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida... Mas parecia tão feliz, que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho, caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, somente trago comigo: o perfume da flor; a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Professora, como eu posso mostrar o que trouxe?...

A professora agradeceu à criança e deu-lhe nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos encontrar o Amor em nosso coração.

 

3ª. Como fazer durar um amor

Uma mãe e a sua filha estavam a caminhar pela praia. Em certo ponto a menina disse:

— Mamãe, como se faz para manter um amor?

A mãe olhou para a filha e respondeu:

— Pegue um pouco de areia e fecha a mão com força...

A menina assim fez e reparou que, quanto mais forte apertava a areia com a mão, com mais velocidade a areia lhe escapava.

— Mamãe, mas assim a areia cai!

— Eu sei, agora abra completamente a mão...

A menina assim fez, mas veio um vento forte e levou consigo a areia que lhe restava na mão.

— Assim também não consigo mantê-la na minha mão!

A mãe, sempre a sorrir, disse-lhe:

— Agora, pegue outra vez um pouco de areia e mantenha-a na mão semiaberta como se fosse uma colher... Bastante fechada para protegê-la e bastante aberta para lhe dar liberdade.

A menina experimentou e viu que a areia não lhe escapava da mão e estava protegida do vento.

— É assim – explicou a sua mãe – como se faz durar um Amor...

 

Concluindo: Primeiro: o AMOR é muito importante em sua vida! Comece a manifestá-lo, pois como diz Augusto Coelho: “Amor em ação constante é toda a lei do sucesso”.

Segundo: o AMOR é Deus vibrando em seu coração. “Vós sois deuses!”, nos disse o Mestre da humanidade.

Terceiro: saiba como fazer durar esse sentimento de AMOR em sua vida. Pois dizem que “Tudo o que se faz com AMOR adquire vida e perfeição”.

Por isso, comemore este DIA DAS MÃES com entusiasmo e harmonia.

 Irradie hoje o seu AMOR com carinho e simpatia, como o AMOR que vem do Cristo, que mesmo não sendo visto, nos ampara com alegria!...