Aquecendo a Vida

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sexta-feira, 27 de agosto de 2021

PARÁBOLA DA SOLIDARIEDADE

 

“Prelúdio da grande unificação que se prepara...” (Allan Kardec).


No século XV, em uma pequena aldeia perto de Nuremberg vivia uma família com vários filhos.

O pai, para pôr pão na mesa para todos, trabalhava cerca de dezoito horas diárias nas minas de carvão, e em qualquer outro serviço que aparecesse.

 Dois de seus filhos tinham um sonho: dedicar-se à pintura, mas sabiam que seu pai jamais poderia enviar os dois para estudar na Academia.

Depois de muitas conversas e troca de ideias, os dois irmãos chegaram a um acordo: lançariam uma moeda para tirar a sorte. O perdedor trabalharia nas minas para pagar os estudos ao vencedor. E ao terminar seus estudos, o ganhador pagaria com a venda de suas obras, os estudos ao que ficara em casa.

Assim os dois poderiam ser artistas.

Lançaram a moeda num domingo. Um deles, chamado Albrecht, ganhou e foi estudar pintura em Nuremberg.

Então o outro irmão – Albert –, começou o perigoso trabalho nas minas, onde permaneceu pelos quatro anos seguintes para pagar os estudos de seu irmão, que, desde o primeiro momento, tornou-se um sucesso na Academia.

As gravuras de Albrecht, seus entalhes e seus óleos chegaram a ser muito melhores que os de muitos de seus professores. Quando se formou, já havia começado a ganhar consideráveis somas com as vendas de sua arte.

Quando o jovem artista regressou à aldeia, a família Dürer se reuniu para uma ceia festiva em sua homenagem.

Ao finalizar a memorável festa, Albrecht se pôs de pé em seu lugar de honra à mesa, e propôs um brinde a seu irmão querido, que tanto havia se sacrificado, trabalhando nas minas para que o seu sonho de estudar se tornasse uma realidade. E disse:

− Agora, meu irmão, chegou a tua vez. Agora podes ir a Nuremberg e perseguir teus sonhos, que eu me encarregarei de todos os teus gastos.

Todos os olhos se voltaram, cheios de expectativa, para o lugar da mesa que ocupava seu irmão. Mas, com o rosto molhado de lágrimas, Albert se pôs de pé e disse suavemente:

− Não, irmão, eu não posso ir a Nuremberg. É muito tarde para mim. Estes quatro anos de trabalho nas minas destruíram minhas mãos. Cada osso de meus dedos se quebrou pelo menos uma vez, e a artrite em minha mão direita tem avançado tanto que me custou trabalho levantar o copo para o teu brinde. Eu não poderia trabalhar com delicadas linhas, com o compasso ou com o pergaminho, e não poderia manejar a pena nem o pincel. Não, irmão, para mim já é tarde. Mas estou feliz que minhas mãos disformes tenham servido para que as tuas agora tenham cumprido seu sonho.

Muitos anos se passaram... Hoje, as gravuras, óleos, aquarelas, entalhes e demais obras de Albrecht podem ser vistos em museus ao redor do mundo.

Em homenagem ao sacrifício de Albert, o artista Albrecht Dürer, desenhou as mãos maltratadas de seu irmão, com as palmas unidas e os dedos apontando o Céu.

Chamou a esta poderosa obra simplesmente “Mãos”, mas o mundo inteiro abriu de imediato seu coração à sua obra de arte e mudou o nome da obra para “MÃOS QUE ORAM”.

Esta linda página da história universal da Arte, me fez senti-la e vê-la como um símbolo à Solidariedade, que une todas as pessoas no momento difícil em que vivemos, onde a Caridade e a Fraternidade se convertem numa necessidade social imprescindível.

Intitulei-a de Parábola da Solidariedade, porque as mãos que oram são bênçãos de amor ao próximo.

 São mãos que dão qualidade à Caridade; mãos que comungam os mesmos pensamentos na Fraternidade.

Enfim, são mãos que apoiam e que unem as pessoas numa grande família, até mesmo no Lockdown!

As figurinhas de Mãos Unidas ao Céu, acompanhadas de Coraçõezinhos coloridos, de Amém, de Aplausos, em resposta a um Bom Dia, Boa Tarde, ou Boa Noite, representam bem esta fraterna unificação, que se realiza através de aplicativos digitais como Whatsapp, Messenger, etc.

Já se contam em bilhões de usuários desses aplicativos no mundo, que estão modificando radicalmente as interações humanas. Cada um levando a sua pedra de colaboração ao edifício da Nova Terra, aumentando a fé na moral cristã... E despertando a Lei Divina inscrita no coração dos homens!

É uma multidão que se manifesta simultaneamente, fazendo o mundo marchar celeremente para o coletivo. Para todos se lembrarem de que na vida ninguém triunfa sozinho!

Deus quer que seja assim!...

O momento, então, é de júbilo e não de tristeza. Aleluia!

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

O BOSQUE

 

Fortaleça suas raízes para suportar as tempestades da vida


Tempos atrás, eu era vizinho de um médico, cujo “hobby” era plantar árvores no enorme quintal de sua casa.

Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias. O que me chamava à atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava.

Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer.

Certo dia, então, eu resolvi me aproximar do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava. Foi quando, com ar orgulhoso, ele descreveu-me sua fantástica teoria.

Ele disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo. Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries.

 Disse-me ainda, que freqüentemente dava umas “palmadinhas” nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas.

Foi essa a única conversa que tive com aquele vizinho. Depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei.

Vários anos depois, ao retornar do exterior fui dar uma olhada na minha antiga residência. Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes. Meu antigo vizinho havia realizado seu sonho!

O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno. Entretanto, ao me aproximar do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda.

“Que efeito curioso!” – pensei eu...

As adversidades pela quais aquelas árvores tinham passado, levando “palmadelas” e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto e o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.

Todas as noites, antes de ir me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos. Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido. Frequentemente oro por eles. Na maioria das vezes, peço que suas vidas sejam fáceis: “Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões deste mundo...”.

Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações.

Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os ventos gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos. Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram, têm sido ingênuas demais. Sempre haverá uma tempestade ocorrendo em algum lugar.

Portanto, pretendo mudar minhas orações. Farei isso porque, quer queiramos ou não, a vida não é muito fácil! Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.

Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolver raízes fortes e profundas, de tal modo que quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem nós resistiremos bravamente, ao invés de sermos subjugados e varridos para longe.

A fonte do texto supracitado é de autor desconhecido. Vamos comentá-lo.

Trata-se de uma boa analogia para os momentos de grandes atribulações que a humanidade está vivendo.

As tempestades já chegaram e os ventos gelados sopram para todos, indicando mudanças profundas na vida planetária.

E quem resiste a tudo isso?

São aqueles que se fortaleceram superando as agruras da vida com fé, esperança em dias melhores... E Amor no Coração! Porque Deus é Amor; a energia divina que encontramos nas horas mais difíceis da caminhada na Terra.

São as criaturas de raízes profundas, que buscaram as luzes divinas no âmago de si mesmas e se transformaram com os ensinamentos do Mestre Jesus.

São os que hoje entendem que Deus é soberanamente Justo e Bom e tudo o que Ele permite é para o nosso Bem. Pois a vida continua... Os tempos já são chegados E o Reino de Deus está muito próximo! Aleluia!

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

CONSCIÊNCIA DO DEVER CUMPRIDO

 

Quem cumpre o seu dever ama o seu semelhante mais do que a si mesmo.


Na CPI da Covid-19 o General Pazuello, foi assim interrogado: “A que Vossa Excelência atribui a sua demissão do cargo de Ministro da Saúde?”.

“Missão Cumprida” foi sua resposta.

Essa cena me trouxe à lembrança quando na Faculdade eu lecionava Direito Administrativo, no Curso de Ciências Contábeis, e fui interrompido ao falar sobre “Dever Cumprido”.

- Professor, qual a diferença entre Poder e Dever?

- Para o cidadão comum - eu respondi -, o Poder, pelo seu significado etimológico é uma faculdade para agir, enquanto que o Dever é uma obrigação.

− Mas qual é a diferença entre Poder e Dever para o agente público?

 − O Poder – continuei – nesse caso tem significado de Dever para com a comunidade e para com os indivíduos. Quem detém o Poder está sempre na obrigação de exercitá-lo. O Poder (verbo) se transforma em Poder (substantivo) quando dá Autoridade ao agente público.

− Então quem tem o Poder de Autoridade tem o Dever de agir?

− Isso mesmo! Pois, o Dever, além de ser uma obrigação legal, também é uma obrigação moral da Autoridade para consigo e para com a sociedade.

- Mas, professor, como determinar o sentimento do Dever Cumprido? Onde ele começa e onde termina?

- A resposta pode ser encontrada assim: começa na ameaça à tranquilidade alheia e termina no limite em que não desejaríamos vê-lo descumprido em relação a nós mesmos.

Tocou o sinal e eu encerrei a aula.

Hoje, todavia, refletindo sobre o tema, num contexto mais filosófico, busco fazer um paralelo entre o Dever Legal e o Dever Moral.

O Dever Legal é um princípio básico constitucional de todos os povos de todos os tempos. E o não cumprimento desse princípio é uma irresponsabilidade social que tem severas punições.

O Dever Moral já é um princípio básico da vida. Pois o homem de Bem respeita todos os direitos que as leis da Natureza dão aos seus semelhantes. Encontra-se nos menores detalhes, bem como nos atos mais elevados. E não importa o tamanho da infração, o pecado é o mesmo e a condenação também!

Diz-se Missão Cumprida quando este sentimento se identifica com o cumprimento do Dever tanto Legal quanto Moral. Por isso, na hierarquia dos sentimentos, é o mais difícil de ser realizado devido às seduções que sofre do interesse e do coração.

Dever Cumprido é difícil de ser realizado, porque é uma vitória somente da sua consciência! Como a vitória em um jogo de futebol num estádio de portões fechados, sem público... Onde as vitórias parecem não ser testemunhadas!

O cumprimento do Dever tem um comando: o livre-arbítrio. E um tribunal: a consciência, que nos adverte.

Assim, quem tem a Consciência do Dever Cumprido não precisa dar explicações do que fez e nem tirar satisfações com ninguém por causa de calúnias, injúrias e difamações... E muito menos precisa de direito de resposta, pois já tem a resposta da própria consciência, que o sustenta e o eleva espiritualmente lhe proporcionando paz e sono tranqüilo, quando a cabeça recosta ao travesseiro.

Ademais, “tirar satisfação”, às vezes é indício de peso de consciência!

De acordo com a nossa Constituição Federal “todos são iguais perante a lei”; Porém, a realidade tem nos mostrado grandes equívocos da justiça humana.

Já a justiça divina, ao contrário, é perfeita! Pois, para o Criador, “todos são iguais perante a dor”, porque todos sofrem igualmente pelas mesmas causas, a fim de poder avaliar com sensatez o mal que pôde fazer. É impossível a gente se safar de um ato de Imoralidade, porque a justiça divina é imparcial e, além disso, tem o testemunho do remorso da sua própria consciência que se condena.

A igualdade perante a dor é uma providência sublime para que todos, instruídos pela mesma experiência, não cometam o mal, alegando ignorância.

O Dever Cumprido ou Missão Cumprida é uma fortaleza da alma porque encerra em si todas as virtudes morais. Fortaleza esta que o faz ser dócil no relacionamento e ao mesmo tempo severo e inflexível perante suas tentações.

Enfim, a Consciência do Dever Cumprido é o mais belo galardão da razão, que se irradia, se eleva e nunca cessa para poder refletir sempre as virtudes sagradas do CRIADOR.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

AH, SE EU TIVESSE UMA NOVA CHANCE!...

 

“A paternidade é um dom de Deus que nasce do Amor!”.


Havia um homem muito rico que possuía uma grande fazenda, muito gado, vários empregados, e um único filho, seu herdeiro, que gostava mais de fazer festas, estar com seus amigos e ser bajulado por eles.

Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estariam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer; depois, o abandonariam.

Um dia, o velho pai, já avançado em idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro. Dentro dele, o próprio pai fez uma forca e, junto a ela, uma placa com os dizeres:


Para você nunca mais desprezar as palavras de teu pai.

Mais tarde, chamou o filho e o levou até celeiro e lhe disse:

− Meu filho, eu já estou velho e, quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu... E eu sei qual será o teu futuro. Você vai deixar a fazenda na mão dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com os teus amigos. Venderá todos os bens para se sustentar e, quando não tiver mais nada, teus amigos se afastarão de você. Só então você se arrependerá amargamente de não me ter dado ouvidos. Foi por isso que construí esta forca. Ela é para você! Quero que você me prometa que, se acontecer o que eu disse você se enforcará nela!

O jovem riu, achou um absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu, pensando que isso jamais pudesse acontecer.

O tempo passou, o pai morreu, e o filho tomou conta de tudo, mas, assim como seu pai havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e até a própria dignidade.

Desesperado, começou a refletir sobre sua vida e viu que havia sido um tolo. Lembrou-se das palavras do seu pai e começou a dizer: “Ah, meu pai... Se eu tivesse ouvido os teus conselhos... Mas agora é tarde demais”.

Pesaroso, levantou os olhos, avistou o pequeno celeiro e a passos lentos, dirigiu-se até lá. Entrando, ele viu a forca e a placa empoeiradas, e pensou: “Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos desta vez, farei a vontade dele. Vou cumprir minha promessa. Não me resta mais nada...”.

Então, o jovem subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, pensando: “Ah, se eu tivesse uma nova chance!”.

E se jogou do alto dos degraus... Por um instante, sentiu a corda apertar sua garganta... Era o fim.

Mas o braço da forca era oco; quebrou-se facilmente e o rapaz caiu no chão. E sobre ele caíram joias, esmeraldas, pérolas, rubis, safiras e brilhantes, muitos brilhantes...

A forca estava cheia de pedras preciosas e um bilhete também caiu no chão. Nele estava escrito: Esta é a tua nova chance. Eu te amo muito! Com amor, teu velho e já saudoso pai.

Esta história, que recebi por intermédio de um amigo virtual, demonstra o quanto um pai ama seus filhos. O quanto luta e sofre por eles!...

Agora, se nós, seres humanos, buscamos dar o melhor aos nossos filhos, apesar de nossas falhas, como então Deus age conosco?!

Talvez você responda que Deus é exatamente assim conosco! Que Ele sempre nos dá uma nova chance!

Pois eu penso que Deus não é exatamente assim conosco. Sabe por quê? Porque Deus, na sua grandiosidade e perfeição, não nos dá só uma nova chance, mas todas as chances possíveis e necessárias à nossa salvação!

Por isso, disse Jesus: “Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas. (João 10, 14-15).

E disse mais: “Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?” (Lucas 15,4).

Portanto, segundo Jesus, nenhuma de suas ovelhas se perderá. Ou, dizendo de outra forma: nenhum dos filhos de Deus se perderá!

Deus é nosso Pai, e quando nos arrependemos, podemos ir até Ele. E Ele, que é todo amor e bondade, já tem um Plano pronto com todas as oportunidades de reabilitação para nossa alma, pois, segundo Mateus 6,8 Ele sabe o que nos é necessário, antes de nós pedirmos.

Neste momento de transição planetária, nosso PAI CELESTIAL está nos chamando ao Reino de Regeneração que se aproxima. Não desperdice mais esta chance!   Deus ama você!

Pense no mandamento: “Honra a teu Pai e a tua Mãe”. E faça isto, assistindo aos Pais nas suas solicitudes, e aos irmãos nas suas necessidades.

FELIZ DIA DOS PAIS!