“A
família é a fonte da prosperidade e da desgraça dos povos” (Martinho Lutero).
Havia uma Jovem muito rica, que tinha tudo: um marido
maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que pagava muitíssimo bem, uma
família unida.
O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo
isso: o trabalho e os afazeres que ocupavam todo o tempo. A sua vida estava
deficitária em algumas áreas. Se o trabalho consumia muito tempo, ela tirava
dos filhos; se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido... E assim, as
pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois.
Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu
um presente: um vaso de flores cuja planta era muito cara e raríssima, da qual
havia apenas um exemplar em todo o mundo. E disse a ela:
− Filha, esta planta vai ajudá-la muito mais do que
você imagina! Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, às vezes
conversar um pouquinho com ela, e ela lhe dará em troca esse perfume
maravilhoso e essas lindas flores.
A Jovem ficou emocionada. Afinal, aquela planta era −
com suas flores − de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, dificuldades
e problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a vida, que
continuava confusa, não permitia cuidar da planta.
Em casa, quando ela chegava, olhava a planta, e as
flores ainda estavam lá. Não mostravam sinal de fraqueza ou morte. Apenas
estavam lá, lindas, perfumadas. Então ela passava direto.
Até que um dia, sem mais nem menos, a planta morreu.
Ela acabou de chegar a casa e levou um susto! A planta estava completamente
morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas
amarelas. A Jovem chorou muito e contou a seu pai o que havia acontecido.
Seu pai, então, respondeu:
− Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso
dar-lhe outra plantinha desta, porque não existe outra igual. Ela era a única,
assim como seus filhos, seu marido e sua família. Todos estes são Bênçãos que o
Senhor lhe deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a
eles, pois assim como a flor, os
sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a planta lá, sempre
florida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela. Cuide das pessoas que
você ama!
Por que a família reunida no Dia das Mães, no Dia dos
Pais ou no Natal parece ter algo de sobrenatural, de sagrado? É que nessas datas
todos os familiares estão voltados para a alegria, a felicidade, a paz, o
bem... Enfim, estão imbuídos de amor. Assim reunidos, as pessoas da família são
Bênçãos de Deus!
A família é a base para uma formação moral. A sua estruturação
está diretamente vinculada à organização da sociedade. Se as famílias se
desestruturam a sociedade obviamente irá se desorganizar! E nessa
desorganização social aparecerão problemas de toda ordem: insegurança,
indisciplina, desobediência, violência, drogas...
Atualmente, os problemas são conseqüências dos
diferentes papéis que atualmente as pessoas vêm desempenhando dentro do meio
familiar.
O tempo destinado à educação dos filhos se restringiu
muito com o trabalho profissional da mulher. Considerem-se ainda os apelos
enormes da mídia sobre os jovens. Assim, os filhos de agora, sem os cuidados
maternos de outrora, têm que ir aprendendo a se virar sozinhos desde muito
cedo.
Essa mudança de paradigmas não é fácil para os pais.
Muita coisa mudou. Foi-se o tempo em que a mulher era a “rainha do lar” e tinha que arcar com todas as tarefas. O trabalho
doméstico tem que ter a cooperação de todos.
Agora, que o pai e a mãe têm as mesmas 24 horas para
dividir entre tantas outras ocupações, cabe-lhes também dividir a atenção com
os filhos e demais pessoas da família: que são as Bênçãos que Deus lhes deu!
E você? Tem cuidado das Bênçãos que Deus lhe tem dado?
Lembre-se da flor, pois assim são as Bênçãos do Senhor. Ele nos dá, mas todos nós
temos que cuidar delas.
Disse o Papa Francisco que “As famílias não são um problema,
são, sobretudo, uma oportunidade; uma oportunidade que temos de cuidar,
proteger, acompanhar, quer dizer, são uma benção” (“sic”).