Tornamo-nos
o sal da terra quando seguimos os ensinamentos de Cristo.
O patrão viu um cliente saindo insatisfeito da loja.
No mesmo instante o abordou e lhe perguntou:
− Meu amigo, o que aconteceu?
− Eu sempre fui um bom freguês. E essa atendente aí me
trata como qualquer um! É uma mal-humorada; uma pessoa “sem sal”, de mal com a vida!
− Não fique aborrecido. Eu vou falar com ela. O senhor
é sempre bem vindo; isso não vai mais se repetir aqui!
No dia seguinte, o patrão em reunião com os
funcionários falou sobre as razões de se prestar um fantástico atendimento ao
Cliente, para enfrentar a crescente e acirrada “guerra comercial”.
Mostrou que o ATENDIMENTO é um forte instrumento de
diferenciação da “mesmice” dos
produtos e preços. E é o serviço mais barato da empresa para a fidelização do
Cliente. Pois, não basta somente atraí-lo, mas é preciso dar um atendimento
capaz de mantê-los comprando na empresa.
Dentre os motivos de um bom atendimento há um de ordem
espiritualista: o de “Servir” o
próximo.
Quando a atendente é chamada de “Sem Sal”, o Cliente está utilizando uma figura de linguagem, como
a que foi utilizada por Jesus, em Mateus, 5,13: “Vós sois o sal da Terra”.
Ser o “sal da
Terra” é influenciar espiritualmente para o Bem, àqueles que convivem
conosco. É agir para o bem-comum na sociedade, evitando a decadência moral e a falta
de ética, buscando o reino de Deus na nossa intimidade. Ser o “sal da Terra” é evitar que a sociedade
fique rançosa, pois o sal preserva e
dá sabor aos alimentos.
Ser uma pessoa “sem
sal” é proporcionar um atendimento apático, de má vontade, frio, com desdém...
Sem responsabilidade, apegado às normas, robotizado – como se o outro fosse um
desinformado, chato, desocupado, burro, otário... Enfim, um João Ninguém!
Devemos nos relacionar com o nosso próximo como faz um
bom recepcionista: ver a pessoa, cumprimentar, sorrir, escutar, dar atenção,
agradecer... Pois, “a primeira impressão
é que fica”.
Servir bem é uma estratégia que tem o poder de fazer
um mundo melhor. Por isso, Jesus ditou o mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
Outra estratégia é Elogiar. Pensando nisso me lembrei
do seguinte texto de Arthur Nogueira, a “Terapia
do Elogio”.
“Renomados
terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde
nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não
existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades, só se ouvem críticas.
“As pessoas
estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos
outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.
“A ausência
de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não
vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes
elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se
elogiando, amigos, etc.
“Só vemos
pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para
ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que têm a obrigação de
cuidar do corpo e do rosto.
“Essa
ausência de elogio tem afetado muitas famílias. A falta de diálogo em seus
lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam
essa carência para dentro dos consultórios. Destroem seus casamentos e acabam
procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.
“Comecemos a
valorizar nossas famílias, amigos, alunos, subordinados. Vamos elogiar o bom
profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas
parceiras, o comportamento de nossos filhos.
“Vamos
observar o que as pessoas gostam. O bom profissional, o bom filho, o bom pai ou
a boa mãe, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher e o homem que se cuidam...
Enfim, vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível se viver
sozinho e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa. Quantas
pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma? Então elogie
alguém hoje!”.
Seja o “Sal da Terra”!