“Nunca te
arrependerás de teres refreado a língua, quando pretendias
dizer o que não convinha ou o que não era
verdade”. (Malba Tahan).
Esopo, famoso autor grego de fábulas do século VII
a.C., foi escravo. E uma de suas funções era organizar os banquetes de Xanto,
seu senhor.
Certa ocasião recebeu ordens para servir as melhores
iguarias, de acordo com seu entendimento, aos nobres convidados de seu amo.
Esopo não teve dúvidas: organizou um jantar em que foi apresentada
exclusivamente língua, preparada das mais variadas maneiras!
Xanto e seus convivas, surpreendidos, interrogaram o
escravo acerca da sua idéia de servir somente língua, a pretexto de ser a
melhor iguaria.
O servo esclareceu, dizendo:
– Sem dúvida, nada existe melhor do que a língua,
pois ela é o vínculo da vida civil, chave das ciências, órgão da verdade e da
razão, veículo da oração e da instrução, instrumento da benção, do amor e da
indulgência.
Xanto e seus convidados tiveram de concordar, diante
da divertida e sábia dialética do escravo. Porém o amo, para embaraçar seu
inteligente cativo, ordenou-lhe que preparasse, para o dia imediato, outro
banquete em que fossem servidas as piores iguarias em seu entender. Esopo não
vacilou: no dia seguinte, tornou a preparar, de várias maneiras somente língua
outra vez!
Mais surpreendidos ainda, Xanto e seus convivas
interrogaram Esopo.
Este, então, explicou-lhes:
– A pior coisa que há no mundo é, sem dúvida, a língua:
mãe de todas as questões, origem das divisões e das guerras, órgão do erro, da
calúnia, da maledicência, da blasfêmia, da intriga e da impiedade.
Os comensais não tiveram como rebater os argumentos de
Esopo.
De fato, a língua, no sentido de palavra,
é, sem dúvida, um dos mais poderosos instrumentos tanto do bem como do mal.
A palavra tanto pode ter uma ação
construtivista como destruidora. Até mesmo sob a forma de pensamento (palavra
mental), ela é portadora de um poder energético capaz de provocar uma atuação
mágica. Como a real e conhecida história do jovem estudante de matemática,
que adormeceu durante a aula e só acordou com o barulho do sinal. Constrangido,
ele percebeu que havia dois problemas no quadro negro e então rapidamente os
copiou acreditando tratar-se de tarefa para casa.
Durante dias ele tentou resolvê-los, mas só obteve
sucesso com um deles. Na aula seguinte, ele apresentou o problema resolvido ao
seu professor e disse que a despeito de seu esforço não conseguira resolver o
outro.
Pasmo, o professor lhe disse que ambos eram, até
então, problemas considerados insolúveis.
O que houve com este jovem?
Ele não “sabia”
que era “impossível” fazer e foi lá e
fez!
Está
em Lucas 18,27 que, “O que é impossível aos homens, é possível a Deus”.
A palavra tem
virtudes sagradas e mágicas, pois a gente pode criar realidades de acordo com o
que se falar.
Dr. Masaru Emoto, cientista japonês, pesquisou os
efeitos da fala sobre a água congelada. E descobriu que quando tratavam a água
com carinho falando “Eu te amo” e “Obrigado”, os cristais de gelo
resultantes, vistos num microscópio, ficavam mais claros reunidos em formas
bonitas e harmônicas. Porém, quando tratavam a água de forma depreciativa,
gritando “Eu odeio você” ou “Idiota”, os cristais formavam buracos
escuros.
Dr. Emoto também descobriu que uma amostra escura de
água de uma represa se transformava completamente diante de uma oração. Os
cristais horrorosos se tornavam claros e brilhantes. A oração podia ainda criar
tipos novos de cristais que nunca tinham visto antes.
Considerando, que a água está presente no ar e em 70%
do nosso corpo e da Terra, é possível afirmar que a palavra ou o pensamento, de fato, é um instrumento mágico
para nossa evolução; pois tanto favorece como inibe qualquer realização.
Por isso, não escute aqueles que dizem que você não
pode fazer ou que você não consegue. Mas, sobretudo, você mesmo não alimente idéias,
crenças ou palavras negativas e limitativas.
Diz um ditado popular que, “A língua é o chicote da bunda!”. Então tome cuidado você que
planta intrigas, discórdias, desavenças, falando mal dos outros, pois este
veneno todo pode se voltar contra você!
Para seu próprio bem segure sua língua!
Para seu sucesso, que sua língua seja sempre
portadora de uma palavra ou mensagem edificante!
“Com efeito,
quem quiser amar a vida e ver dias felizes, refreie sua língua do mal e seus
lábios de palavras enganadoras”.
(Epístola de São Pedro, 3,10).
Nenhum comentário:
Postar um comentário