Aquecendo a Vida

Aquecendo  a Vida

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domingo, 27 de abril de 2014

ÁGUA VIVA, A ENERGIA DO AMOR

Ninguém perde por dar amor. Perde é quem não sabe receber.



Energia é uma palavra derivada do grego “energés”, que significa atuar. Embora nem sempre se perceba, ela é uma força que age de forma concreta no universo produzindo os mais variados efeitos, tanto para o bem quanto para o mal, para algo construir ou destruir... 
Nós estamos a todo o momento sendo bombardeados por energias. Talvez você não acredite nisso, mas pense um pouquinho comigo. As ondas de televisão nós não vemos, mas elas existem, pois quando ligamos o aparelho o som e a imagem estão lá. Não vemos a energia dos controles remotos, mas quando os acionamos os aparelhos ou máquinas funcionam. Não vemos os raios-X, mas sabemos que eles existem. Se ficarmos expostos muito tempo numa sala com essa energia, ficamos doentes.
 Há uma infinidade de energias carregadas de emoção, que a gente não vê e que nos atinge por pensamentos tanto para o bem ou para o mal! Quando tomamos consciência disso, podemos tirar proveito dessa sabedoria para a gente viver melhor.
Toda pessoa é emotiva e, portanto, é uma fonte inesgotável de energias. E toda pessoa irradia constantemente suas energias.
Quando xinga, quando se irrita, quando esbraveja, quando fica bufando de ódio, quando cobiça, tem inveja, ciúmes, a pessoa está irradiando energias negativas, ruim, que pode fazer mal ao próximo, mas que certamente vai fazer mal muito mais a si mesmo.  
Mas podemos transformar essas energias com pensamentos positivos. Pois existem rios de energias positivas que nos faz bem. E a mais positiva que temos é considerada muito especial, pois é chamada “Energia do Amor”.
Jesus, o arquétipo do amor, nos disse em João 7,38: “quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva!”.
Jesus gostava de ensinar por parábolas – narração alegórica que evoca outra realidade de ordem superior. Água viva nesse texto então não é nome de animal, de novela, de livro, de peça de teatro, álbum, grupo musical, poesia, etc. Ela tem um sentido simbólico, filosófico, pra fazer as pessoas pensarem, refletirem sobre a vida. Jesus faz uma analogia à água porque sabemos que a água é essencial para todas as formas de vida na Terra. E que por isso é purificadora na maioria das religiões.
Sabemos que a água é transparente a olho nu, quando no seu estado gasoso proveniente da evaporação. E, neste caso, ela existe mesmo ninguém vendo. Todavia, Jesus fala de uma água invisível que existe e corre como rios dentro de nós, em nosso interior. Daí, refletindo sobre isso se deduz que os “rios de água viva” a que o texto sagrado se refere são rios das energias de amor, que não vemos, mas que sentimos positivamente sua atuação para o bem.
Se treinarmos irradiar essa energia que temos em abundância, com certeza teremos dias mais felizes. Mas, como fazer para praticar esse sentimento?
Não tendo vergonha de expressar o amor: abraçando as pessoas que você ama; sorrindo para as pessoas que você gosta; dizendo “Eu te amo” para a esposa, filhos e pais; apertando calorosamente a mão dos amigos; valorizando e aplaudindo as boas ações; amando o serviço que faz e se dedicando ao seu trabalho; tolerando as impertinências de seu próximo; tendo calma e paciência com os animais...
Irradiando esse sentimento, receberemos em troca energias que fortalecerão nosso espírito para enfrentarmos os dias agitados que vivemos. E quando uma grande maioria começar a agir assim o mundo será bem melhor.
Quanto mais irradiarmos AMOR mais AMOR teremos de volta.
E o amor verdadeiro não tem final. É eterno. É imortal. Vai muito além desta vida planetária, pois é um sentimento do Espírito que se aperfeiçoa; que evolui; que deixa a roupagem desta vida quando chegar a hora, para prosseguir sua jornada nos páramos celestiais, sempre em busca da perfeição.  

Portanto, comece hoje a melhorar a sua vida e a do seu próximo, no embalo da canção do Padre Zezinho: “És Água Viva, meu Senhor. Tenho sede, tenho fome de Amor. Eu quero desta fonte de onde vens...”.

domingo, 13 de abril de 2014

A MANEIRA DE CADA UM ENCARAR O MUNDO

Quem ama sempre respeita o direito de escolha da pessoa amada



Como a gente vê a vida? Para você a vida é boa? Ela é bela ou não?
Pensando nessas e noutras questões assim, me veio à mente a canção “Tocando em Frente” de Almir Sater e Renato Teixeira, cuja letra nos diz ao final que “Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz”.
Fiquei meditando na beleza desses versos, e como envolvem toda uma filosofia. Pois, com histórias diferentes, todos nós construímos uma maneira diferente de encarar o mundo. E isso responde essas e outras questões da vida.
Lembrei-me ainda do seguinte texto, de autor desconhecido, que retrata melhor essas questões:

A VISÃO DE CADA UM

Dois homens, muito enfermos, ocupavam uma mesma enfermaria em um grande hospital.
Sua única comunicação com o mundo de fora era uma janela. Um deles tinha a sua cama perto da janela e tinha todos os dias, permissão para nela se sentar, por algumas horas. Tudo como parte do tratamento dos pulmões.
O outro, cuja cama ficava no lado oposto do pequeno cômodo, ficava o dia todo deitado de barriga para cima.
Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado sentado, ele passava a descrever para o companheiro de quarto o que havia lá fora.
Falava do grande parque, cheio de grama verde, de árvores frondosas e flores mais além, em canteiros bem cuidados. Descrevia o lago, onde havia patos e cisnes. Falava das crianças que jogavam migalhas de pão para as aves, e dos barcos de brinquedo que coloriam as tardes de verão.
Falava dos casais de namorados que passeavam de mãos dadas entre as árvores, dos jogos de bola muito disputados entre a criançada.
Dizia que, bem além da linha das árvores, ele podia ver um pouco da cidade, o contorno dos altos prédios contra o azul do céu.
O homem deitado somente escutava e escutava. Houve um dia em que ouviu, preocupado, o caso de uma criança que quase caiu no lago, sendo salva a tempo por sua mãe.
Num outro dia, a descrição minuciosa foi a respeito dos lindos vestidos das moças que saudavam a primavera em flor.
O homem deitado quase podia ver o que o outro descrevia, tantos eram os detalhes e a emoção do companheiro sentado. E, aos poucos, foi se tomando de inveja. Por que somente o outro, que ficava perto da janela, podia ter aquele prazer? Por que ele também não podia ter aquela mesma oportunidade?
Enquanto assim pensava, mais se envergonhava e, no entanto, não conseguia evitar que tais pensamentos o atormentassem.
Certa noite, enquanto estava ali olhando para o teto, como sempre, percebeu que o outro começou a passar mal. Acordou tossindo, parecendo sufocar. Com desespero, o botão de emergência foi acionado. As enfermeiras correram. O médico veio. Nova aparelhagem respiratória foi providenciada, mas tudo em vão. O homem morreu.
Pela manhã, seu corpo sem vida foi retirado dali. Então, o homem, que permanecia sempre deitado, pediu para que o colocassem na cama do outro, próximo da janela.
Logo que assim foi feito e a enfermeira saiu do quarto, ele fez um grande esforço, apoiou-se sobre o cotovelo, na tentativa de se erguer do leito. A dor era intensa, mas ele insistiu. Com muita dificuldade, olhou pela janela e sabe o que ele viu?...
Viu apenas um enorme, alto e feio MURO DE PEDRAS.


A vida tem o colorido que a pessoa lhe dá. A paisagem se torna cinzenta ou plena de luz de acordo com as lentes de que se serve a pessoa para olhá-la.