“Exemplo
é bom e ninguém nega. Dê um bom exemplo, que essa moda pega!”.
Caminhava pela cidade quando vi na minha frente um
pai, meio embriagado, com uma cerveja na mão. Atrás dele, dois filhos pequenos
que o acompanhavam e cada um com uma latinha de cerveja. E me pareceu que o pai
incentivava as crianças a beberem!
“Que mau exemplo!”, pensei. “É por causa de atitudes
como essa que, mais tarde, o jovem vai para as drogas e cai no mundo do
crime!”.
Tais pensamentos me recordaram a lenda árabe, sobre um
dia que o demônio visitou um homem e disse-lhe:
– Fui enviado para lhe revelar o esconderijo de um
tesouro sob a condição de que faça uma de três coisas: matar seu servente ou
bater na tua mulher ou embriagar-se.
– Deixa-me pensar – disse o homem. – Matar meu
servente leal é impossível; bater na minha mulher é ridículo. Então, eu vou
beber.
Encheu a cuca e, tendo ficado ébrio, bateu na mulher e
matou o servente que procurava defendê-la.
Bebida alcoólica dá nisso! Ingerida sem moderação,
pode ser a causa de muitas tragédias, principalmente, em festividades.
Dá pena ver nossos jovens “animados” nos fins de
semana, exibindo latinhas de cerveja como troféus! Que barbaridade! Cadê o
exemplo dos pais! O exemplo que ensina! O exemplo que educa! O exemplo que
edifica!
Por isso, achei espetacular a seguinte campanha que a
mídia televisiva fez, denominada “Bom Exemplo”:
“Um bom
exemplo pode ser coisa pequena, um bom-dia, um obrigado, por favor, não há de
que! Um bom exemplo custa pouco e vale a pena; não tem contra indicação e só
depende de você! Um bom exemplo é bom humor, é mais carinho, é sorrir pro seu
vizinho, é cantar e ser feliz! É ser do bem, amizade e cortesia, melhorando
cada dia, transformando este país! Exemplo é
bom e ninguém nega. Dê um bom exemplo, que essa moda pega!”.
Na nossa cultura, alguns bons exemplos já foram
deixados de lado.
“A benção meu
pai!”. “A benção minha mãe!”. Quem
não se lembra desses costumes na hora de dormir ou de se levantar? E o pai ou a
mãe, com o maior carinho, beijando o filho depois de ajuntar-lhe as mãos,
respondia “Deus lhe abençoe, meu filho!”;
“Que Deus lhe proteja!”.
Na década de sessenta, em várias escolas que lecionei
na zona rural, era costume dos alunos formarem fila e de mãos arrumadas pedirem
a benção ao professor. E o professor os abençoava por respeito ao bom exemplo
que os pais davam àquelas crianças.
Somente muitos anos mais tarde eu pude refletir sobre
a força daquelas palavras. E quanto elas são importantes no processo
educacional.
As palavras têm vida! São transformadoras! São
mantras, pois têm um poder sobrenatural de encantamento e materialização. Tanto
que John Kennedy, em 1971, escreveu: “As
palavras podem fazer mais do que expressar um ponto de vista. Conforme sua
disposição e ritmo, podem também criar uma inclinação, uma atitude, uma
atmosfera ou um despertar”.
Segundo uma mensagem psicografa por Divaldo Pereira
Franco: “Nosso filho é vida da nossa
vida que vai viver na vida da humanidade inteira”.
Assim, cumpramos com o nosso dever amando-o, mas
exercitemos o nosso amor dando um bom exemplo para fazê-lo um homem valoroso,
virtuoso e responsável, para que possamos abençoá-lo, mais tarde.
O bom exemplo dos pais é imprescindível na educação
dos filhos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário