“Há muitas moradas na casa
de meu Pai” (Jesus).
Conta-se que no século passado, um turista americano
foi à cidade do Cairo–Egito, com a finalidade de visitar um famoso sábio. O
turista se surpreendeu ao ver que o sábio vivia em um quartinho muito simples e
cheio de livros. As únicas peças de mobiliário eram uma cama, uma mesa e um
banco.
— Onde estão seus móveis? – perguntou o turista.
E o sábio, rapidamente, respondeu ao turista com outra
pergunta:
— E onde estão os seus...?
— Os meus? – surpreendeu-se o turista. – Mas eu estou
aqui somente de passagem!
— E eu também! – concluiu o sábio.
Em todos os lugares do mundo, a morte
parece ser um inimigo comum de todas as pessoas. Daí vem, talvez, as perguntas difíceis
de responder, tais como: há vida após a morte? Será que voltaremos a ver nossos
entes queridos?
Sabemos que a casa do Pai é o Universo.
E que as muitas moradas são os
mundos que circulam no espaço infinito. Esses diversos mundos estão em
condições muito diferentes uns dos outros quanto ao desenvolvimento de seus
habitantes. Como o progresso é uma das Leis da Natureza, a Terra, seguindo esse
princípio tem progredido material e moralmente e, certamente, atingirá um grau
mais avançado na sua evolução.
A Humanidade também está sujeita a essa
mesma Lei de progresso. E assim, progridem paralelamente o homem, os animais e
os vegetais, pois nada fica estacionário na Natureza.
Portanto, há vida sim após a morte!
Nascimento e Morte fazem parte de um
Ciclo Natural da Vida, que leva o Espírito ao seu aperfeiçoamento. Tanto é
assim que Jesus disse, em Mateus 6, 25: “Não
vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, como
vestireis. A vida não é mais do que o alimento e o corpo mais que as
vestes?...”. E, mais adiante, no versículo 34, Ele complementa dizendo:
“Não vos preocupeis, pois, com o dia
de amanhã: [...] A cada dia basta o seu cuidado”.
Quem já descobriu isso se dignifica e, livre dos
entraves materiais, vai se elevando acima dos conflitos sociais, dos problemas
comuns do cotidiano, da dor e do sofrimento, até alcançar a felicidade plena no
Reino de Deus.
Que maravilhosa é esta ideia! E digna do
Grande Arquiteto do Universo! O Corpo é
Perecível, mas o Espírito é Eterno! Assim, pois, a Vida na Terra é,
consequentemente, temporária...
Então, sem a menor dúvida, voltaremos sim a ver e conviver com nossos
entes queridos!
A vida termina no túmulo só para aquele
que busca o seu tesouro nas coisas materiais. Todavia, para quem acredita na Eternidade,
a vida na Terra é apenas uma escala passageira rumo às dimensões de frequências
mais elevadas.
Lembre-se, então, que A MORTE NÃO É O
FIM. Pois, você é um Espírito Imortal,
e traz consigo toda a sua bagagem milenar. E, por isso, afirmamos que estamos
aqui Somente de Passagem.
Você já parou para pensar que um dia poderá
ser cremado ou enterrado? Para servir de alimento aos vermes... Já conseguiu
entrever, que quando isso acontecer, outros estarão assumindo tudo o que era
seu: terras, casa, carro, comércio, emprego, serviços, etc.
Já imaginou que pouco tempo depois disso,
nossos descendentes quase nada saberão de nós: o que fizemos de importante; os
amigos que tivemos; os lugares onde frequentamos; os negócios que realizamos;
etc. Enfim, as próximas gerações não saberão sequer se fomos alguém!... E mesmo
que venham saber, nem se lembrarão de nós. Ou seremos lembrados apenas por
alguns anos... Depois viramos retrato jogado no fundo de uma gaveta de alguém.
Alguns, pelos seus feitos, talvez virem
nome de rua, caso contrário, caem em completo esquecimento. Por isso, viva como se fosse ficar aqui
eternamente e não se esqueça de ser feliz.
Diz Fernando Pessoa que: “O valor das coisas não está no
tempo que elas duram, mas sim na intensidade com que acontecem. Por isso,
existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.