“Meu amigo, como entraste
aqui sem ter a roupa nupcial?” (Mateus 22, 12).
Uma mulher foi internada num hospital “quase morta”, numa situação de coma
muito profundo. Nesse estado, encontrou-se com Deus: “Que é isso? Eu morri?” – perguntou ela ao Criador.
“Não, você
morrerá daqui a 43 anos, 8 meses, 9 dias, 16 horas, 15 minutos e 36 segundos” – respondeu o Eterno.
Ao voltar a si, sabendo quanto tempo ainda tinha de
vida, resolveu, naquele hospital, fazer uma lipoaspiração, uma plástica de
restauração dos seios, plástica no rosto, no nariz, na barriga... E teve alta
uma semana depois.
No dia seguinte, ao atravessar uma rua, foi atropelada
por um veículo em alta velocidade, morrendo instantaneamente.
Ao encontrar-se
de novo com Deus ela perguntou: “Puxa,
Senhor Deus, eu achei que tinha mais 43 anos de vida. Por que morri? Logo
depois de toda aquela despesa com cirurgias plásticas?”.
E Deus, olhando-a nos olhos, respondeu: “MINHA FILHA, JURO QUE NÃO TE RECONHECI!”.
Pode rir!... Todavia, este caso induz a alguns
questionamentos semelhantes aos proporcionados pela Parábola das Bodas, em
Mateus (22, 1-14), segundo a qual o Rei tendo percebido que um homem não estava
vestido com a roupa nupcial mandou que lhe atassem as mãos e os pés e que fosse
lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes.
Jesus compara
então o reino dos Céus, onde tudo é alegria, felicidade, a uma festa de
núpcias. E, como os primeiros convidados (judeus) não eram dignos e os
convidados seguintes (fariseus e saduceus) recusaram comparecer à festa,
mandou convidar todos aqueles que se encontravam nas encruzilhadas, bons e
maus. Queria dizer com isso que a palavra iria ser pregada a todos os
outros povos, pagãos e idólatras, e que estes, aceitando-a, seriam admitidos na
festa celeste no lugar daqueles que, de alguma forma, rejeitaram o convite.
Vemos
que, atualmente, ainda muitos se negam a comparecer a esse banquete celestial de
núpcias por incredulidade, fanatismo, egoísmo, orgulho... Enganam-se aqueles que pensam que para isso basta ser
convidado! É preciso, como principal condição, estar com o traje nupcial.
E a roupa de
núpcias é aquela que veste o Espírito. Ou seja, é ter o coração puro e
moldado pela prática da caridade. Pois, segundo a Lei Divina, fora da
caridade não há salvação.
Não basta, pois, dizer-se cristão! Não basta ouvir a
palavra divina! É preciso guardá-la e colocá-la em prática.
Disse Jesus: "Nem todo aquele que me
diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a
vontade de meu Pai que está nos céus" (Mateus 7,21).
E
fazer a vontade divina é seguir a recomendação de Paulo na Epístola aos
Gálatas, 6,2: "Ajudai-vos uns aos outros a carregar os vossos fardos, e
deste modo cumprireis a lei de Cristo”.
A mulher, do referido acontecimento, ao saber que
tinha ainda 43 anos de vida, deveria ter se preocupado mais com sua alma:
fazendo uma lipoaspiração dos seus erros e vícios; uma plástica para recuperar
valores e virtudes; uma cirurgia plástica do coração, para purificá-lo através
da prática da caridade; um tratamento mental com a terapia do perdão...
De que adiantou a beleza do corpo se a sua alma
continuou cheia de pecados? Cadê o traje nupcial de seu Espírito?
Sem a roupa
nupcial, que embeleza o Espírito, ela não poderia mesmo SER RECONHECIDA!
A
educação do Ser Espiritual deve ser nosso objetivo de vida. Urgentemente é
preciso despir a velha criatura que somos, para deixar vir à tona uma criatura
nova, transformada; iluminada com o traje nupcial, da mansidão, da
humildade, da paciência, da indulgência, para conquistarmos a aceitação de nós
mesmos e merecermos o banquete celeste que celeremente se aproxima da Terra. A
Nova Era do Amor!
E, certamente, foi por isso que Jesus disse: Muitos
são chamados e poucos os escolhidos (Mateus 22, 14).
Em
recente sermão, o Papa Francisco condenou a “vida dupla” daqueles que “dizem
uma coisa e fazem outra”, ao defender que é “melhor ser ateu do que
católico hipócrita”. E isso vale para os membros de todas as religiões!
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