“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados
filhos de Deus” (Mateus, 5:9).
Era uma vez um garotinho de gênio mau. Preocupado com
isso, seu pai lhe deu um saco cheio de pregos e lhe disse:
– Meu filho, cada vez que você perder a paciência bata
um prego na cerca dos fundos de nossa casa.
E foi assim que, no primeiro dia, o garoto pregou
trinta e sete pregos na cerca. Mas, gradativamente, o número foi decrescendo.
O garotinho descobriu que era mais fácil controlar seu
gênio do que pregar pregos na cerca. Até que chegou, enfim, o dia no qual não
perdeu mais o controle sobre o seu gênio!
Ele correu e contou isso a seu pai, que lhe fez a
seguinte sugestão:
– Agora, meu filho, tire um prego da cerca a cada dia
que você controlar seu gênio.
O tempo foi passando até que, finalmente, o garoto
cumpriu sua tarefa.
– Pai, não há mais pregos a serem tirados!
– Você fez bem, garoto! – disse o pai, conduzindo o
filho até os fundos da casa. – Mas dê uma olhada na cerca. Ela nunca mais será
a mesma. Quando você diz coisas, irado, elas deixam uma cicatriz como esta.
Você pode esfaquear um homem e retirar a faca em seguida que a ferida
continuará ali. E pouco importa quantas vezes você diga que sente muito! Da
mesma forma, uma ferida verbal é tão má quanto uma física. Amigos, meu filho,
são coisas raras. Eles fazem você sorrir e o encorajam a ter sucesso. Eles
sempre lhe ouvem, lhe apóiam e querem abrir seu coração para você. Mantenha
isso em mente antes de se irar contra alguém.
Depois dessa lição, pode-se ainda perguntar: Por que
será que uma simples palavra pode ser tão grave quando dita com rancor, com
ódio, na hora da raiva? Por que será que uma simples palavra, mal dita, possa
merecer censura e tão severa admoestação?
A resposta é simples. A ofensa é um sentimento
contrário à lei de amor.
No relacionamento humano, a concórdia e a união são
mantidas pela benevolência recíproca, pela afeição, pela fraternidade... Enfim,
pela caridade.
Quando a lei do amor imperar no mundo, não haverá mais
ofensa, pois prevalecerá a caridade no relacionamento.
A paciência é um tipo de caridade que deve ser
praticada e ensinada com carinho aos nossos filhos. Pois ela é muito mais
difícil do que o simples gesto de dar esmolas. Ela depende de um controle
interior, que só adquirimos com a pratica de valores e virtudes.
Para ser paciente é preciso, primeiro, aprender a
perdoar aqueles que Deus colocou em nosso caminho para nos servirem de teste em
nossos momentos de sofrimentos, transtornos, tragédias e aflições.
É muito melhor aprender a ser paciente interagindo com
outras pessoas do que ter que aprender na marra, ao “ser paciente” de um
hospital. Pois, na natureza do mundo é assim: quando não aprendemos por bem
acabamos aprendendo por mal!
A vida é difícil, mas é preciso olhar pra trás!
Quantos já não nos perdoaram pelas mesmas alfinetadas?!
Curvemos nossa fronte para a terra e reconheçamos que
as bênçãos que temos recebido na vida são muito mais numerosas do que as dores.
E, então, olhemos para o alto e o fardo de nossos sofrimentos se tornará leve,
pois teremos a nos sustentar a luz do Mestre, que foi crucificado para nos
salvar.
Sejamos pacíficos. Sejamos cristãos, para sermos bem-aventurados
e reconhecidos como filhos de Deus.
Mas não somos todos filhos de Deus?
Sim, somos todos filhos de Deus, não importa a condição
espiritual de cada um. Por isso, Deus não deserda ninguém. Nenhuma de Suas
ovelhas se perderá, mesmo a mais arredia, pois somos criaturas em evolução!
Então, ninguém se perde, mas apenas se afasta das Leis
de Deus. E estando em desacordo com as leis divinas não é reconhecido pela
humanidade como Filhos de Deus. Somente a conduta no Bem nos proporciona a paz
interior. E isso é que credencia alguém a ser distinguido verdadeiramente como
filho de Deus.
Somos felizes, quando a paz faz morada em nossa
intimidade.