Pratique as suas
virtudes sempre de forma consistente.
— O que é isso, Professor? Virtudes que
matam?!
— Bem!... Depende do jeito de
interpretar – respondi ao meu amigo.
Mas, ele inconformado continua:
— Sabe professor, isso não tem coerência
alguma. O que é Virtude?
— Virtude é uma disposição firme para o
BEM. Pessoas virtuosas são dotadas de uma boa qualidade moral.
— Então Virtudes nunca matam! –
persistiu o meu amigo. – Os Vícios sim é que matam, destroem, aniquilam o ser
humano... Tá errada a sua frase!
— Eu sei que Virtudes e Vícios são
antíteses; são palavras antônimas; uma é oposta da outra. Mas o que eu quero
mostrar com esta frase é uma forma diferente de se ver os resultados de uma
ação virtuosa. Você conhece a história do Excelentíssimo
Juiz?
— Não!... Nunca ouvi.
— É
uma história narrada por um Professor de uma Faculdade de Direito, mais ou
menos assim:
Ao
transitar pelos corredores do fórum, fui chamado por um dos juízes ao seu
gabinete, que me disse:
—
Veja só que erro ortográfico grosseiro tem nesta petição!
Estampado,
no início do peditório ao Juiz, li a palavra “Esselentíssimo” escrita com dois esses. O magistrado, em
gargalhadas, então me perguntou:
— Por acaso esse advogado foi seu aluno
na Faculdade?
—
Foi sim – reconheci. Mas onde está o erro ortográfico?
O
juiz pareceu surpreso:
—
Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra “Excelentíssimo”?
— Sim!...
– Mas vou lhe explicar meritíssimo juiz. Acredito que o termo pode significar
duas coisas diferentes. Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é
grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade
da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção descabida
de duas palavras. O certo seria: “Esse
lentíssimo Juiz”.
Depois
disso, aquele magistrado nunca mais aceitou, com naturalidade, o tratamento de Excelentíssimo Juiz. E sempre perguntava:
— Devo receber a expressão como excelência..., ou como muito lento?
Como
os precatórios são pagos com muitos anos de atraso, eu creio que o certo é Esse
lentíssimo Juiz! Desse jeito, as
Virtudes podem, também, assumir significados diferentes. Por isso digo-lhe:
— Virtudes Matam Sim! Elas destroem os Vícios da humanidade.
O EGOÍSMO, por exemplo, é a maior chaga
da humanidade. Como destruí-lo? Só praticando a Caridade que é uma VIRTUDE
oposta a ele!
E
o que dizer então do ORGULHO, que é o pai (a fonte) de todos os males! Se ele é
que desencadeia todos os nossos defeitos, como, pois, combatê-lo? Só tomando a
Lei do Cristo por regra invariável de nossa conduta! Pois, só a HUMILDADE pode
destruí-lo!
Assim
ocorre com todos os Vícios adquiridos na trajetória do Espírito Imortal. Não é
de um dia para o outro que o ser humano vai se livrar deles, quando entranhados
em sua alma... Não há fórmula mágica para isso! É um exercício diário, que extrapola
uma única existência... Que demanda até sucessivas reencarnações!
Todos
que atentam contra a Luz se destroem. Pois a
Luz sempre vence! Quando chega a luz, a escuridão some. Porque trevas
significa ausência de luz. Então, a Luz
mata as Trevas. Dessa mesma forma, se pode dizer, que:
A Caridade mata o Egoísmo.
A Humildade mata o Orgulho.
A Generosidade mata a Ruindade.
A Solidariedade mata a Desunião.
A Indulgência mata a Desumanidade.
A Liberdade mata a Escravidão.
A Fraternidade mata a Inimizade.
A Verdade mata a Mentira.
A Coragem mata a Covardia.
A Paciência mata a Aflição.
A Resignação mata a Revolta.
A Tolerância mata a Irritação.
A Resiliência mata a Teimosia.
A Misericórdia mata a Crueldade.
O Perdão mata o Ódio e a Culpa.
A Simplicidade mata a Vaidade.
O Desapego mata a Ganância.
A Alegria mata a Melancolia.
A Gratidão mata a Reclamação.
A Beneficência mata a Malquerença.
A Benemerência mata a Indignidade.
A Piedade mata o Preconceito.
A Fidelidade mata a Deslealdade.
A Esperança mata a Desilusão.
A Mansidão mata a Irritação.
A Gentileza mata a Indelicadeza.
A Fé mata o Medo e a Dúvida, etc...