A Santa Aparecida

 

Que o Amor de Nossa Senhora Aparecida cure todas as nossas feridas!

No mês de Outubro de todos os anos, nesta Terra do Cruzeiro do Sul, o dia doze é um dia diferente, uma data festiva, quando se ouve ao meio-dia, ao mesmo tempo o espocar de fogos e o tanger de sinos. É o Dia de Nossa Senhora Aparecida! UM DIA DE ALEGRIA, que traz uma extraordinária aura de luz, contagiante, pelas preces mais sentidas de seus amados devotos.

Em celebração a tão importante efeméride, recordemos, então, um caso relatado no livro MILAGRES – best-seller do Repórter Rodrigo Alvarez.

O Milagre do Cavaleiro Ateu

CONTA-SE QUE UM FAZENDEIRO do Mato Grosso vivia provocando os caboclos que trabalhavam para ele. Conta-se também que a provocação foi diante da capela de Aparecida. O tal fazendeiro dizia que milagre e castigo divino eram coisas que não existiam e que aquilo de fazer romarias era “a maior bobagem, que só pertencia a gente ignorante”.

Como se apenas se meter nos assuntos dos outros não fosse suficiente, o fazendeiro esbanjava arrogância. Dizia que, quando quisesse, entraria na capela com seu cavalo e nada lhe aconteceria.

Resolveu provar que estava certo.

Quando chegou diante da capela, pelo que a tradição conta, as ferraduras travaram na pedra da escadaria e o cavalo ficou imóvel. Será que algo grudou suas patas na pedra? Será que o animal sentiu alguma força divina e entendeu que era melhor não avançar? Ou simplesmente empacou?

Não sabemos. O que dizem é que o fazendeiro, para sempre lembrado como o Cavaleiro Ateu, ficou abismado com aquele acontecimento. Alguns contam que ele caiu do cavalo, outros, que apenas desceu, e que — aí, fiel nenhum discute — entrou na capela com as mãos em posição de amém, pedindo a Nossa Senhora que o perdoasse.

Conta-se que o Cavaleiro Ateu, antes arrogante e abusado, tornou-se um devoto exemplar, e passou a acreditar em milagres.

Ainda hoje, mais de cem anos depois, moradores que passam pela Basílica Velha de Aparecida mostram aos visitantes uma pedra da escadaria onde estaria a marca de uma das patas do cavalo. Há também, num museu em Aparecida, um bloco de pedra com as marcas de duas ferraduras.

O Milagre do Cavaleiro Ateu foi reconhecido pelo Vaticano como um dos primeiros da santa Aparecida.

Embora no refrão de uma linda canção, Roberto Carlos cante: “Minha Mãe, Nossa Senhora, somos todos filhos seus; todas as Nossas Senhoras são a mesma Mãe de Deus!”; eu, particularmente, creio que os brasileiros têm uma preferência especial por Nossa Senhora Aparecida, merecidamente aclamada pela gente simples desta Terra, do Oiapoque ao Chuí, como a Padroeira do Brasil.

Ainda jovem, eu já participava de romarias a esse famoso Santuário. E quando nasceu a minha filha mais velha (de saudosa memória!) registrei-a como Letícia Aparecida Gusmão, em homenagem à Santa Aparecida. Tornei-me um devoto de nossa Mãe Santíssima! E nunca me esqueço de uma “Ave Maria”, em seu louvor, no final de minhas preces. Diante da proteção que dela sempre recebo, já há um bom tempo, eu compus a valsa “Nossa Senhora da Glória” – compartilhada pelo youtube.

Mas, a grande experiência que me marcou, foi no início deste século, quando compareci ao Santuário de Aparecida para rogar por uma de minhas filhas, que sofreu acidente de trânsito. Quando adentrei a Sala dos Milagres senti uma indescritível energia que arrepiou meus cabelos e me levou às lágrimas. Percebi ali uma egrégora muito positiva, de muita Luz espiritual! Acreditei... E fui plenamente atendido na minha fé!

No Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, os Espíritos afirmam: Questão 49 – “O princípio das coisas é um dos segredos de Deus”; Q. 78 – ninguém sabe “quando e como Deus nos criou”, e que nisto consiste “o mistério [de Deus]”; Q. 11 – que só quando o Espírito atingir sua perfeição ele verá Deus e compreenderá seus mistérios.

 Na vida há muitos mistérios não revelados! E os MILAGRES de Nossa Senhora Aparecida me parece ser mais um destes MISTÉRIOS DE DEUS!