“Tudo
posso naquele que me fortalece”
(Paulo de Tarso).
A REJEIÇÃO é um sentimento
doloroso, que ninguém aceita.
O que se pode fazer para evitar
que alguém nos rejeite? Nada! Pois a Rejeição tem motivações íntimas de outra
pessoa, que nada podemos fazer para evitá-la.
A Rejeição é um preconceito, que
se reconhece por certas características que estão fora do padrão... Porque “somos
como somos”!
Quem nunca foi rejeitado que
atire a primeira pedra! Isso acontece para todos, desde que Deus nos deu o
Livre-arbítrio para termos o mérito do que fazemos.
O ser humano tem total liberdade
para exercer seu poder de escolha, mas isso tem consequências que pode resultar
até em choro e ranger de dentes.
Ser rejeitado não significa que
você não presta, não tem valor, mas apenas que os outros não estão sintonizados
com o seu jeito de ser naquele instante.
A Rejeição faz parte do processo
de transformação interior de cada indivíduo. Pois muito se aprende com essa
situação: tolerância; paciência; resignação... Mas o maior aprendizado consiste
em conhecer suas limitações e as dos outros para seguir em frente quando não
for aceito.
Rejeição é a sua grande possibilidade
de se reinventar e ir adiante!...
Para reflexão sobre o tema
registro o seguinte relato de autor desconhecido.
Certa igreja estava precisando de
pastor. Um dos diáconos escreveu então a seguinte carta, como se tivesse
recebido de um candidato, e leu-a perante o conselho da Igreja.
Senhores:
Sabendo que o púlpito da sua Igreja está vago,
gostaria de candidatar-me ao cargo. Tenho muitas qualificações que, penso, irão
apreciar. Tenho sido abençoado com poder na pregação, e tenho tido bastante
sucesso como escritor. Alguns dizem que sou bom administrador.
Algumas pessoas, contudo, têm algumas coisas contra
mim. Tenho mais de 50 anos de idade. Nunca fiquei no mesmo lugar mais de três
anos. Em alguns casos tive de deixar a cidade porque a obra causou tumultos e
distúrbios. Tenho de admitir que estive na cadeia três ou quatro vezes, mas não
por más ações. Minha saúde não é muito boa, embora eu ainda consiga trabalhar
muito. Tenho exercido minha profissão para pagar as despesas. As igrejas em que
tenho pregado são pequenas, embora localizadas em grandes cidades. Não tenho
muita comunhão com os líderes religiosos das diversas cidades onde tenho
pregado. Para falar a verdade, alguns deles me levaram às barras do tribunal e
me atacaram fisicamente de maneira violenta.
Eu não sou muito bom para manter arquivos de
registros. Muitos sabem que até já esqueci quem foi que batizei. Todavia, se os
senhores quiserem me aceitar, eu me esforçarei ao máximo, mesmo que seja
obrigado a trabalhar para ajudar no meu sustento.
Lida esta carta diante do
conselho, o diácono perguntou se os oficiais estavam interessados nesse
candidato.
Responderam que ele jamais
serviria para aquela igreja; pois eles não queriam alguém enfermo, contencioso,
turbulento, presidiário. E que a apresentação desse candidato era até um
insulto para a Igreja!
Depois, os oficiais perguntaram
qual era o nome do candidato e, surpresos, receberam a seguinte resposta: “APÓSTOLO PAULO”. Amém!
Achei a história interessante
porque nos ensina que não devemos rejeitar as pessoas pelo seu passado,
mas julgá-las pelo seu presente. O passado condena todo mundo, porque o ser humano vive em constante
evolução.
Evoluímos da matéria (carne) para
o Espírito. E a história de Paulo é um exemplo dessa transformação. Vale a pena
conhecer algumas ideias desse fabuloso pregador! Como as seguintes, registradas
na Epístola aos Gálatas:
“[...]
Apenas isto quero saber de vós: Recebestes o Espírito pelas práticas da Lei ou
pela aceitação da fé? Sois assim tão levianos? Depois de terdes começado pelo
Espírito quereis acabar pela carne?” (Gl 3, 1-3).
“Ora,
as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria,
superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos,
invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes” (Gl, 5, 19-21). “Ao
contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência,
afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança” (Gl 5, 22-23).
“Se
vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o [fruto do] Espírito” (Gl 5, 25).