Aquecendo a Vida

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sábado, 15 de junho de 2019

O FIO DE ARIADNE


“Mude os seus pensamentos e você irá mudar o seu mundo” (Norman Vincent Peale).


O fio de Ariadne ou linha de Ariadne é um processo utilizado para solução de problemas por meio de um método de registro mental das probabilidades de solução, até que se atinja um ponto de vista final desejado (o ponto verdadeiro).
A aplicação do fio ou linha de Ariadne na solução de um problema consiste, então, na criação e manutenção desse processo, o qual permite voltar a uma decisão anterior para tentar diferentes alternativas, tal como se faz em quebra-cabeças de raciocínio lógico – como o Sudoku e o jogo de Xadrez. 
Fio de Ariadne é um termo que tem sua origem no seguinte mito.
Diz a lenda, que Ariadne era filha do soberano de Creta, e Teseu era um nobre descendente do rei ateniense, que salvou a cidade de Creta do terrível Minotauro – uma criatura meio homem, meio touro.
O rei construiu no Palácio um labirinto para aprisionar o monstro. Mas só conseguia mantê-lo preso através do sacrifício de sete moças e sete rapazes a cada sete anos. Esse labirinto era cheio de caminhos enredados para que ninguém fosse capaz de deixar o seu interior depois que nele tivesse entrado.
Um dia Teseu decidiu matar esse monstro carnívoro. E esta sua atitude despertou o amor de Ariadne.
Ao descobrir que Teseu também estava completamente apaixonado por ela, Ariadne decidiu ajudá-lo a lutar contra o monstro, e lhe ofereceu uma espada mágica e o famoso fio de Ariadne, que o guiaria de volta ao exterior.
O fio de Ariadne era uma bola de linha dourada, que ajudaria Teseu a entrar e sair do labirinto sem se perder.
Teseu encontrou o Minotauro, e com sua espada o derrotou, retornando depois ao início do labirinto. Ao fugir da perdição do labirinto Teseu vê a verdade quando descobre que através do cordão, o ponto de partida era também a chegada!
A ideia deu certo! E, por isso, o fio de Ariadne, que salvou Teseu do labirinto e o trouxe de volta, é muito citado na filosofia. Em seu significado metafórico é visto como sendo a imagem do ser humano, que ao percorrer o enredado caminho labiríntico do seu interior, compreende o verdadeiro sentido da vida.
O ser humano ao buscar conhecer-se a si mesmo começa a tecer uma teia que o guiará pelo caminho da sua jornada interior. E o fio de Ariadne é a linha condutora de sua libertação. E, visto dessa forma, é a linha da VERDADE.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos livrará” (João 8,32). Ou, como dizia Zoroastro: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás a Deus e a todo o universo”,.
A linha da verdade que nos leva ao autoconhecimento passa necessariamente pela mudança de si mesmo. Você é a causa; a vida é só consequência. Quando você muda, o mundo muda! E isso acontece por uma lei natural, que alguns chamam de lei de causa e efeito e outros de lei da compensação. 
Para bem entender isso é preciso saber a diferença entre ser sábio e ser inteligente. Você sabe? Dizem que o ser muito inteligente quer mudar o mundo, mas não sabe como! Já o sábio tem a certeza que para mudar o mundo precisa mudar a si mesmo. Como simbolicamente nos demonstra a seguinte lenda.
Um rei ao chegar ao palácio depois de uma longa viagem, reclamou que seus pés estavam muito doloridos por causa dos pedregulhos da estrada. Chamou seus súditos e ordenou que cobrissem com couro aquela áspera estrada.
Diante do alto custo da obra que demandaria uma grande quantidade de bois a serem esfolados, um sábio do país ousou discordar do rei, afirmando:
− Majestade, por que gastar tanto dinheiro desnecessariamente? Por que não manda cortar um pequeno pedaço de couro para cobrir seus pés?
Surpreso, o rei concordou com a sugestão e, imediatamente, ordenou que lhe fizessem um par de sapatos!
Para melhorar o mundo basta mudar a si próprio! – foi o que aprendeu o Rei.
E você, quer mudar a si próprio?
Busque Deus e seu amor! Ilumine-se! Mate o monstro carnívoro que o devora. E encontre a saída do seu abismo interior através da linha de Ariadne – a linha da verdade dos ensinamentos de Jesus.
Transforme-se, que “o futuro te será mais brilhante do que o meio-dia, as trevas se mudarão em aurora” (Jó 11,17).

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