“Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu
coração" (Mateus 6,21).
Certa vez uma
mulher pobre, com uma criança no colo, passando diante de uma caverna escutou
uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia: “Entre e apanhe tudo o que você
desejar, mas não se esqueça do principal. Lembre-se, porém, de uma coisa:
depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a
oportunidade, mas não se esqueça do principal...”.
A mulher
entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas
joias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia
no seu avental.
A voz
misteriosa falou novamente: “Você só tem dez minutos”.
Esgotados os
dez minutos, a mulher carregada de ouro e joias correu para fora da caverna e a
porta se fechou... Lembrou-se, então, que a criança ficara lá e a porta estava
fechada para sempre!
Essa lenda me trouxe à mente os ensinos de Jesus, nos advertindo
sobre o que é o PRINCIPAL na vida. Disse Ele:
“Que servirá
a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará
um homem em troca de sua vida?...” (Mateus
16,26).
"Porque o que quiser salvar a sua vida,
perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á" (Marcos 8,35).
Jesus sabia que o Principal na vida são as virtudes e
os valores espirituais.
E onde encontrá-las? Dentro de si mesmo, pois as Leis
de Deus estão na consciência de cada ser humano.
Quando advertido para não se esquecer do Principal, o
ser humano deve começar a vigiar os seus atos para não cair na tentação das
coisas materiais como a riqueza, o poder, a fama, os prazeres que fascinam a
tal ponto que o Principal vai ficando sempre de lado...
É bom se lembrar de que as coisas materiais se acabam,
são temporárias... Que o corpo físico com o tempo perde sua beleza envelhece e
morre!
O Principal, então, não é o corpo de carne. O
Principal é o Espírito, que é eterno. E os Espíritos somos nós mesmos em outra
dimensão.
Cuidar do Espírito é buscar os tesouros do Céu, que a
ferrugem não destrói nem as traças corroem, onde os ladrões não furtam e nem
roubam.
É bom saber que o Mundo Espiritual é também um mundo
real, constituído de matéria em outra composição vibracional.
Assim, a vida espiritual não é tão vazia, como às
vezes imaginamos, pois é constituída de matéria em outra dimensão. E lá os
Espíritos trabalham, casam, namoram, sonham, dormem, possui casa, salário, vida
social...
O “mundo
espiritual” é constituído de muitas dimensões vibracionais, que vão desde
as mais elevadas (Céu) até as das zonas umbralinas – bem inferiores.
Quanto mais pratica o Bem mais o Espírito se eleva, e
mais feliz vive. E isto exige responsabilidade e sacrifícios.
Quanto mais aproveita uma vida de iniquidades, o
Espírito estaciona, e quando o seu corpo de carne padece, pode ir parar nas
zonas infernais, como relata Mateus (25,30): “E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro
e ranger de dentes”. E, graças à misericórdia divina, terá que repetir essa
experiência, mas sabe lá quando!
Então, cabe a você, pelo seu livre-arbítrio, decidir: perder
esta vida e ganhar a elevação espiritual, onde reina a verdadeira
felicidade; ou, ao contrário, ganhar esta vida (de felicidade ilusória!)
e perder a grande oportunidade que Deus lhe deu e, ainda, sofrer os
tormentos de uma vida espiritual nos abismos infernais.
O que é mais importante e proveitoso para você: amar o
próximo e usar as coisas materiais para fazer o Bem; ou amar as coisas
materiais e usar as pessoas para tirar proveito desta vida?
Por amar os bens materiais, muitos não valorizam o
próximo, os amigos,
os familiares... E, desta forma, esgotam o precioso tempo de vida aqui deixando
de lado o essencial: “Os tesouros da
alma”.
Que jamais nos esqueçamos de que esta vida é curta, passa
rápida e quando a porta do túmulo se abre para nós, de nada valerão as
lamentações. Pois está escrito:
“Ninguém pode servir a dois senhores, porque
ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não
podeis servir a Deus e à riqueza” (Mateus
6,24).
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