Aquecendo a Vida

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sábado, 30 de março de 2019

GUERREIROS ÍNDIGOS DO ARCO-ÍRIS


“O anjo [...] disse-lhe: O Senhor está contigo, valente guerreiro!” (Juízes 6,12).


Um aprendiz perguntou ao mestre:
− Como faço para me tornar o maior dos guerreiros?
− Vá atrás daquela colina e insulte a rocha que se encontra na planície.
− Mas para quê, se ela não vai me responder? – retrucou o aprendiz.
− Então, golpeie-a com sua espada.
− Mas minha espada se quebrará!
− Então, agrida-a com as mãos.
− Assim eu vou me machucar – diz o aprendiz, insatisfeito com as respostas. – E também não foi isso que eu perguntei. O que eu queria saber era como eu faço para me tornar o maior dos guerreiros.
O mestre, então, diz:
− O maior dos guerreiros é como a rocha, não liga para insultos nem provocações, e está sempre pronto para se desvencilhar dos ataques do inimigo!
 Guerreiro, num sentido figurado, significa uma pessoa batalhadora, forte e capaz, que vence os desafios e nunca desiste. É neste sentido que surgem os Guerreiros Índigo do Arco-Íris.
E surgem porque atualmente o planeta está morrendo de corrupção sistêmica, onde predomina um apetite insaciável pelo lucro. Estamos numa sociedade sem cultura, sem educação, que abandonou totalmente as virtudes de sustentabilidade e cidadania. O mundo, em consequência disso, se tornou um mar de poluição ambiental, social e moral. Sem os valores da Família e da Pátria!
O mundo, pois, chegou ao caos total:
− Rios envenenados pelo lixo, esgoto e produtos químicos, com névoas de espumas e toneladas de peixes mortos;
− Florestas com queimadas e desmatamentos criminosos, que alteram o clima, preocupando o abastecimento até de água potável para a população, e provocando inundações e deslizamentos;
− Ar poluído e alimentos com agrotóxicos que afetam à saúde;
− Cidades sem tratamento de esgotos, sem aterros sanitários, com péssimo atendimento na saúde e na educação;
− Barragens, represas e açudes desmoronando, por desrespeito ao meio ambiente e ás populações ribeirinhas;
− Justiça do “colarinho branco” com privilégios para políticos e empresários;
− Direitos Humanos que subverte a ordem das coisas, se preocupando mais com criminosos em detrimento de cidadãos honestos e trabalhadores;
− Política sem Ética do “toma lá da cá”, cheia de privilégios, preconceituosa, com total desrespeito à meritocracia;
− Segurança enfraquecida, com aumento explosivo da criminalidade;
− Democracia desrespeitada por fraudes eleitorais e impostos extorsivos;
− Finanças a beira da falência;
− Arte pornográfica e satânica;
− Religiões dogmáticas, com teologia da prosperidade e barganhas com Deus;
− Parlamentos abastardados;
− Ideologias materialistas, devassas, perniciosas, degradantes, que profanam o nome de Deus e tudo que é sagrado;
− Mídia parcial, alienadora, de Fake News, voltada aos próprios interesses.
Além disso, estamos numa época catastrófica, apocalíptica, de transição, para a Era de Aquário (de regeneração).
Eis que surge, então, esta nova geração guerreira, de Espíritos, sensíveis, inteligentes, de consciência expandida, com um desejo ardente de mudanças, de revisar nossos valores e paradigmas.
São como a rocha, já citada, porque são filhos do Altíssimo e agem com Ele na reconstrução da nossa morada. São Índigos por causa das cores de sua aura e dos padrões de sua energia. 
Veem de outras dimensões sob a pele de todas as cores, louvando ao Senhor:
 “Exaltado seja Deus, rocha que me salva!” (II Samuel 22,47). “[...] haveis de me guiar e dirigir, por amor de vosso nome” (Salmos 30,4).
São Guerreiros do Senhor, de coração puro, de mente afinada com as grandes transformações que criarão através de processos pacíficos.
Sua revolução se fará como um ato de Amor. Pois foi outorgada por Jesus – “A pedra que os construtores rejeitaram [e que] veio a tornar-se pedra angular (Mc 12,10), da construção da Nova Era.
A fraternidade, solidariedade, a igualdade e a liberdade são suas bandeiras, que anunciam um novo tempo de felicidade e de dignidade da Terra.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos livrará” (João 8,32) é o seu lema, que nos conduzirá e nos aproximará cada vez mais da quarta e quinta dimensões.
A frequência índigo está disponível a todas as pessoas.  Seja você também um Guerreiro Índigo do Arco-Íris!

domingo, 24 de março de 2019

NÃO SE ESQUEÇA DO PRINCIPAL


“Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração" (Mateus 6,21).


Certa vez uma mulher pobre, com uma criança no colo, passando diante de uma caverna escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia: “Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não se esqueça do principal. Lembre-se, porém, de uma coisa: depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do principal...”.
A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas joias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental.
A voz misteriosa falou novamente: “Você só tem dez minutos”.
Esgotados os dez minutos, a mulher carregada de ouro e joias correu para fora da caverna e a porta se fechou... Lembrou-se, então, que a criança ficara lá e a porta estava fechada para sempre!
Essa lenda me trouxe à mente os ensinos de Jesus, nos advertindo sobre o que é o PRINCIPAL na vida. Disse Ele:
“Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?...” (Mateus 16,26).
"Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á" (Marcos 8,35).
Jesus sabia que o Principal na vida são as virtudes e os valores espirituais.
E onde encontrá-las? Dentro de si mesmo, pois as Leis de Deus estão na consciência de cada ser humano.
Quando advertido para não se esquecer do Principal, o ser humano deve começar a vigiar os seus atos para não cair na tentação das coisas materiais como a riqueza, o poder, a fama, os prazeres que fascinam a tal ponto que o Principal vai ficando sempre de lado...
É bom se lembrar de que as coisas materiais se acabam, são temporárias... Que o corpo físico com o tempo perde sua beleza envelhece e morre!
O Principal, então, não é o corpo de carne. O Principal é o Espírito, que é eterno. E os Espíritos somos nós mesmos em outra dimensão.
Cuidar do Espírito é buscar os tesouros do Céu, que a ferrugem não destrói nem as traças corroem, onde os ladrões não furtam e nem roubam.
É bom saber que o Mundo Espiritual é também um mundo real, constituído de matéria em outra composição vibracional.
Assim, a vida espiritual não é tão vazia, como às vezes imaginamos, pois é constituída de matéria em outra dimensão. E lá os Espíritos trabalham, casam, namoram, sonham, dormem, possui casa, salário, vida social...
O “mundo espiritual” é constituído de muitas dimensões vibracionais, que vão desde as mais elevadas (Céu) até as das zonas umbralinas – bem inferiores.  
Quanto mais pratica o Bem mais o Espírito se eleva, e mais feliz vive. E isto exige responsabilidade e sacrifícios.
Quanto mais aproveita uma vida de iniquidades, o Espírito estaciona, e quando o seu corpo de carne padece, pode ir parar nas zonas infernais, como relata Mateus (25,30): “E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes”. E, graças à misericórdia divina, terá que repetir essa experiência, mas sabe lá quando!
Então, cabe a você, pelo seu livre-arbítrio, decidir: perder esta vida e ganhar a elevação espiritual, onde reina a verdadeira felicidade; ou, ao contrário, ganhar esta vida (de felicidade ilusória!) e perder a grande oportunidade que Deus lhe deu e, ainda, sofrer os tormentos de uma vida espiritual nos abismos infernais.
O que é mais importante e proveitoso para você: amar o próximo e usar as coisas materiais para fazer o Bem; ou amar as coisas materiais e usar as pessoas para tirar proveito desta vida?
Por amar os bens materiais, muitos não valorizam o próximo, os amigos,                                                                                   os familiares... E, desta forma, esgotam o precioso tempo de vida aqui deixando de lado o essencial: “Os tesouros da alma”.
Que jamais nos esqueçamos de que esta vida é curta, passa rápida e quando a porta do túmulo se abre para nós, de nada valerão as lamentações. Pois está escrito:
 “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza” (Mateus 6,24).

sábado, 16 de março de 2019

COINCIDÊNCIAS OU MISTÉRIOS DA REENCARNAÇÃO?

"Quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus" (João 3,3).



Após o estúpido assassinato do Presidente John Kennedy, dos E.U.A., alguns interessados em sua biografia e na do Presidente Abraham Lincoln, chegaram às seguintes coincidências:
Ambos se interessaram pela Lei do Direito Civil (Rights).
Lincoln foi eleito em l860 e Kennedy, em 1960.
Ambos foram atirados por trás e na cabeça.
Seus sucessores, ambos chamados Johnson, nasceram no Sul, eram democratas e senadores.
Andrew Johnson nasceu em 1808 e Lindon Johnson, em l908.
As esposas dos dois presidentes perderam bebês (enquanto) no palácio.
John Wikes Booth (assassino de Lincoln) nasceu em 1839 e Lee Harvey Osvald (assassino de Kennedy) nasceu em 1939. Ambos tinham idéias impopulares.
O Secretário de Lincoln, cujo nome era Kennedy, aconselhou-o a não ir ao teatro.
O Secretário de Kennedy, cujo nome era Lincoln, aconselhou-o a não ir a Dallas.
− John Wikes Booth atirou em Lincoln no teatro e fugiu para um armazém.
Lee Osvald atirou em Kennedy de um armazém e correu para um teatro.
Os nomes Lincoln e Kennedy contêm sete (7) letras.
Os nomes de John Wikes Booth e Lee Harvey Osvald contêm quinze (15) letras.
Os nomes de Andrew Johnson e Lincoln Johnson contêm treze (13) letras.
Seriam somente coincidências?
James Redfield & Carol Adrienne ensinam, em “A Profecia Celestina”, que:
1. “Misteriosas e estimulantes, as coincidências têm a intenção de nos fazer avançar em direção ao nosso destino. Elas nos fazem sentir mais animados, como se houvesse um plano maior em funcionamento”.
2. “À medida que um número cada vez maior de seres humanos for se tornando mais consciente desse misterioso movimento do universo na vida individual, mais rápido descobriremos a natureza da existência humana”.
3. “Se abrirmos nossa mente e nosso coração, faremos parte da evolução de uma nova espiritualidade”.
E a nova espiritualidade já está surgindo neste início do novo milênio. Chega com uma nova geração que já não se satisfaz com dogmas inquestionáveis. Tudo deve ter uma razão: o nascimento, o trabalho, a educação, o sofrimento, as lutas, as catástrofes, as doenças, a morte...
É imperativo saber o porquê das coisas. Nesse contexto é que a nova geração busca uma espiritualidade mais racional, que tenha a força de convencer.
No emaranhado de reflexões, que buscam soluções para os problemas da humanidade, a ideia da Reencarnação sai na frente e ganha forças dia, mais dia...
Vejamos por quê?
A Reencarnação explica todas as diferenças sociais. Pela Lei de Causa e Efeito dá solução aos problemas mais intrincados, mostrando uma Justiça divina perfeita e, por isso, mais aceitável.
Pela Reencarnação temos uma pluralidade de existências corporais, que dá a todos os filhos de Deus uma certeza de salvação, ao contrário da vida única que destrói todos os atributos do Criador.
Pela evolução constante, essa doutrina ensina que os bons ficarão melhores e os maus se tornarão bons. Ninguém se perde, mas todos se transformam! Não existe a condenação eterna, mas a certeza de uma vida melhor. Pois se morre o corpo, o Espírito toma outro corpo, ou tantos outros que forem necessários até terminar a sua tarefa ou a sua missão na Terra.
A Reencarnação nos garante a Eternidade da Vida, prometida por Jesus. E confirma, ainda, que na Casa do Pai há muitas moradas.
Com a Reencarnação se explica o “pecado original”, como sendo os erros e faltas de nossa passada encarnação. Erros que precisamos corrigir para conquistarmos a felicidade plena a que estamos todos destinados.
Os defensores desta doutrina afirmam categoricamente que ela se encontra em muitos ensinamentos do Mestre, especialmente na seguinte passagem de Mateus (11,14): "E, se quereis compreender, é ele (João Batista) o Elias que devia voltar". Ou seja, João Batista é a reencarnação de Elias.

sexta-feira, 8 de março de 2019

MULHERÃO


“O maior de todos os bens é a beleza da mulher” (Friedrich Schiller).


Depois de ver desfilar pela tevê toda a beleza da mulher brasileira, eu fiquei meditando sobre a data de 08 de Março – Dia Internacional da Mulher.
Primeiro me veio à mente a história da mulher do vaso de alabastro, narrada no evangelho de Marcos, capítulo 14, 3-7:
Jesus se achava em Betânia, em casa de Simão, o leproso. Quando ele se pôs à mesa, entrou uma mulher trazendo um vaso de alabastro cheio de um perfume de nardo puro, de grande preço, e, quebrando o vaso, derramou-lhe sobre a cabeça. Alguns, porém, ficaram indignados e disseram entre si:
− Por que este desperdício de bálsamo? Poderia tê-lo vendido por mais de 300 denários, e dá-los aos pobres.
− Deixai-a – disse-lhes Jesus. – Por que a molestais? Ela sempre fez uma boa obra; porque sempre tendes convosco os pobres e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem; mas a mim não me tendes sempre. Ela fez o que pôde; embalsamou-me antecipadamente o corpo para a sepultura. Em verdade vos digo: Onde quer que for pregado em todo o mundo o Evangelho, será contado para sua memória o que ela fez.
Meditando sobre este texto liguei-o à linda poesia de Sadoc Chaves Sima – Coronel da Força Pública de São Paulo:
“Quando a mulher aparece todo o ambiente se aquece; / apaga-se a solidão e agita-se o coração; / porque ela é a mais linda flor que o sol, bem cedinho aquece; / e por ela, a gente se esquece de tudo! Da própria dor”.
Por fim fiquei procurando a melhor descrição de um Mulherão. Descobri-o num texto, de autor desconhecido. Sei que já foi publicado na imprensa local em anos anteriores. Mas, como acho um texto interessante para homenagear a Mulher, eu quero agora socializá-lo:
Peça para um homem descrever um Mulherão. Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bumbum e cor dos olhos. Ou vai dizer que Mulherão tem que ser loira de 1,80m de altura, siliconada e sorriso Colgate.
Mulherões, dentro deste conceito, não existem muitas: Vera Ficher, Malu Mader, Letícia Spiller, Adriane Galisteu, Lumas e Brunas.
Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um Mulherão e você vai descobrir que tem uma em cada esquina.
Mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir ao trabalho e mais dois para voltar, e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.
Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão miserável.
Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de Segunda a Sexta, e uma família todos os dias da semana.
Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.
Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.
Mulherão é quem leva os filhos à escola, busca os filhos na escola, leva os filhos à natação, busca os filhos na natação, coloca-os na cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.
Mulherão é aquela mãe de adolescente, que não dorme enquanto ele não chega e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.
Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava roupa para fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e a tarde trabalha atrás de um balcão.
Mulherão é quem sabe onde cada coisa está; o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia.
Lumas, Brunas, Carlas, Luanas e Sheilas: mulheres notas 10 no quesito lindas de morrer, mas Mulherão mesmo é quem mata um leão por dia.
Às amigas Mulherão, parabéns! E Feliz 08 de Março – Dia Internacional da Mulher!!!

sábado, 2 de março de 2019

O CANUDINHO DA PARTICIPAÇÃO


“Participação é a palavra de ordem para as mudanças sociais” (Raul Cutait)


Muitas moscas azucrinam nossa vida: borrachudos, pernilongos, varejeiras, butucas... Pensando nisso, lembrei-me então do ensinamento das moscas.
Contam que certa vez duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente; assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo, mas, como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar, de se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz e, por isso, continuou a se debater, a se debater por tanto tempo que, aos poucos, o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali levantar vôo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvimos esta história como um elogio à persistência, que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou:
– Tem um canudinho ali, nade até lá e suba pelo canudinho.
A mosca tenaz, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso, não lhe deu ouvidos e continuou a se debater, a se debater, até que, exausta, afundou no copo cheio de água.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos na nossa própria falta de visão?
Quantos ainda não supõem que somente produtos químicos podem acabar com as moscas? E resistem a qualquer outra experiência! Será mesmo a falta de saneamento o aparecimento de tantas moscas na cidade? Ou, não será uma causa maior, de desequilíbrio ambiental?
Sabemos que as larvas da mosca-varejeira desenvolvem-se em carnes apodrecidas. E que as larvas do borrachudo são aquáticas, preferindo cachoeiras e corredeiras. Cadê então os predadores? Sapos, rãs, pererecas, lagartixas, lacraias, besouros, pássaros, peixes, centopeias, libélulas, ácaros, aranhas, morcegos... Sumiram? Por quê?
Seja um problema de desequilíbrio ambiental, ou de saneamento básico, não importa... O que importa é que o problema existe e é de toda a população! Pois é uma tarefa que só tem uma saída? O canudinho da participação!
O controle dessas moscas só será obtido se todos trabalharem juntos: administração, legislativo, judiciário, mídia, empresas, saúde, educação, esporte... Cada um fazendo a sua parte.
Vivemos um momento na história da humanidade que somente com o envolvimento de todos serão resolvidos os graves problemas sociais. Por isso, o canudinho da participação deve ser uma saída não apenas para a questão do meio-ambiente, mas, também, para outras questões relevantes como a fome, saúde, educação, segurança, desemprego, moradia... Pois, não há como resolver o problema da degradação ambiental sem resolver o problema do aviltamento humano (pobreza, miséria, de muitos que sobrevivem em barracos nas encostas dos córregos). Um é conseqüência do outro e vice-versa.
O cantor Zezé Di Camargo certa vez disse na tevê que temos um déficit de seis milhões de moradias. Se um milhão de ricos empresários doassem seis casas estaria resolvido o problema de moradia no país. E garantiu que já fez a parte dele doando 36 moradias populares. Este é um exemplo de participação.
Quer outro exemplo: todo empresário que não deixa seu dinheiro parado e investe para gerar mais emprego também está fazendo a sua parte. 
Há muitas formas de se trabalhar para o bem comum. O canudinho da participação é uma delas. E tem até um aspecto caritativo! Façamos então a nossa parte, sem esquecer que: “Fora da Caridade não há Salvação!”.