“O grande homem é aquele que não perdeu a candura de
sua infância” (Provérbio Chinês)
A
acessibilidade que vamos tratar aqui não é a que se refere à garantia plena do
direito de ir e vir, para pessoas portadoras de necessidades especiais.
Vamos
tratar da acessibilidade à educação espiritual, do direito
natural do ser humano de acesso a uma ampla aprendizagem, muito além da
educação de mero ensino acadêmico.
Educação
espiritual é a educação que constrói o caráter do ser humano. Não é educação
religiosa, porque vai além de crenças, pois envolve valores, virtudes, ética,
moral, socialização e prosperidade. É a que forma seres humanos que buscam viver
sempre em harmonia e equilíbrio.
Portanto,
Educação Espiritual é a que busca compreender a nossa essência: o Espírito. É a
que contribui de fato com a evolução do ser humano, porque não é mero
conhecimento, mas sabedoria que se reflete na ação, na prática de valores, na
boa convivência humana.
A
infância é a faixa etária mais propícia para a educação. A criança nesse
período é totalmente acessível no tratamento ou na aquisição de novos
conhecimentos. Se bem aproveitada essa qualidade infantil, o mundo pode dar um
salto fantástico no seu progresso.
A
criança não tem orgulho, nem vaidades. É pura de sentimentos, é humilde. E, por
isso, não é resistente aos novos ensinamentos. Cabe, então, a todos que
convivem com ela, moldarem seu caráter com as virtudes que resistem a todas as
tempestades do caótico meio social em que vivemos.
É
nesse sentido que deve entrar na formação do ser humano a educação
espiritual ou moral, a qual deve ser promovida tanto no lar quanto na
escola.
A
acessibilidade à educação espiritual foi demonstrada pelo Cristo
quando disse, em Mateus, 18,4: "Aquele que se fizer humilde como esta
criança será maior no Reino dos céus".
E
Marcos, 10,15, acrescenta: "Em verdade vos digo: todo o que não receber
o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará".
Na
escola sabemos que predomina a educação intelectual, porém, no lar, deve, sob a
responsabilidade dos pais, predominar a educação moral ou espiritual. Portanto,
Pais e Educadores devem conquistar a adesão do educando nessa ação de que visa
o despertar da consciência na busca da perfeição.
Se
o acesso para a criança é fácil, cabe também ao adulto não perder a inocência
de sua infância e ser humilde para conquistar os valores espirituais.
Nesse
processo não pode faltar AMOR. Pois, educação é um ato de amor. E o caráter
educativo do amor desperta no ser humano todas as forças de sua alma.
É
o aprendizado do amor ao próximo, da imortalidade da alma, da fraternidade, da
solidariedade, da benevolência, da caridade, que irá contribuir para que o ser
humano, dentro do seu estágio evolutivo, possa revelar suas características
individuais, cumprir sua missão e atingir a meta da perfectibilidade possível
para ser um dos grandes no Reino dos Céus.
"Assim é a vontade de
vosso Pai celeste, que não se perca um só destes pequeninos"
(Mateus 18,14).
Cultive
a acessibilidade à Educação Espiritual assim como está na história da FLOR – de
autor desconhecido.
Era uma vez uma FLOR que nasceu no meio das pedras.
Quem sabe como, conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta
tristeza.
Passou
uma jovem e ficou admirada com a flor. Logo pensou em Deus. Cortou a flor
e a levou para a igreja. Mas, após uma semana a flor tinha morrido...
Era uma vez uma FLOR que nasceu no meio das
pedras. Quem sabe como, conseguiu
crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza.
Passou
um homem, viu a flor, pensou em Deus, agradeceu e a deixou ali, não quis
cortá-la para não matá-la.
Mas
dias depois, veio uma tempestade e a flor morreu...
Era uma vez uma FLOR que nasceu no meio das pedras.
Quem sabe como, conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta
tristeza.
Passou
uma criança e achou que aquela flor era parecida com ela: bonita, mas sozinha.
Decidiu
voltar todos os dias. Um dia regou, outro dia trouxe terra, outro dia podou,
depois fez um canteiro, colocou adubo...
Um
mês depois, lá onde tinha só pedras e uma flor, havia um jardim...
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