“Quando a gente pensa que sabe todas as respostas vem
a vida e muda todas as perguntas”.
Quando eu era pequeno, minha mãe
costurava muito. Eu me sentava perto dela e sempre lhe perguntava:
− Mãe, o que estava fazendo?
− Estou bordando, meu filho!
Todo dia eram as mesmas perguntas e
a mesma resposta. Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se
encontrava sentada, e repetia:
− Mãe, o que a senhora está fazendo?
− Já lhe falei. Estou bordando.
− Mas daqui de onde eu estou olhando
está muito estranho e confuso!
Eram um amontoado de nós de fios coloridos,
compridos, curtos, uns grossos e outros finos. Eu não entendia nada!
Ela sorria, olhava para baixo, e
gentilmente me explicava:
− Filho, saia um pouco para brincar
e quando terminar meu trabalho eu lhe chamo e coloco você sentado em meu colo.
Deixarei então que você veja este trabalho da minha posição.
Mas eu continuava a me perguntar lá
de baixo: “Por
que ela usava alguns fios de cores escuras e outros claros?”. “Por que me
pareciam tão desordenados e embaraçados?”. “Por que estavam cheios de pontas e
nós?”. “Por que não tinham ainda uma forma definida?”. “Por que demorava tanto
para fazer aquilo?”.
Um dia, quando eu estava brincando
no quintal, ela me chamou e disse:
− Filho, sente-se aqui no meu colo.
Eu sentei no colo dela e me
surpreendi ao ver o bordado.
− Nossa! Não dá pra acreditar! Lá de
baixo parecia tão confuso! E aqui de cima é uma paisagem maravilhosa!
Então minha mãe me explicou:
− Filho, de baixo, parecia confuso e
desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho.
Mas, agora, olhando da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo?
− Agora sei. Um bordado!
Muitas vezes, ao longo dos anos,
tenho olhado para o céu e dito: “Pai, o que estás fazendo?”.
Ele parece responder: “Eu estou bordando a sua
vida, filho”.
E eu continuo perguntando: “Mas está tudo tão
confuso... Pai, tudo em desordem. Há muito nós, fatos ruins que não terminam e
coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros. Por que não são mais
brilhantes?”.
O Pai parece me dizer: “Meu filho, ocupe-se com
seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim... e Eu farei o meu trabalho. Um
dia colocarei você no meu colo e, então, vai ver o plano da sua vida da minha
posição”.
Este texto de autor desconhecido,
com algumas adaptações que fizemos, conclui que às vezes não entendemos o que
está acontecendo em nossas vidas. É que estamos vendo a vida pelo seu avesso. No
entanto, do outro lado, Deus está bordando...
Muitas situações de vida às vezes nos
parecem complicadas, tumultuadas... Situações de desespero que levam muitas
pessoas ao desânimo, a desacreditar de tudo e a duvidar da existência de Deus.
Essas situações sempre nos leva a
perguntar: mas, por que tem que ser assim? Terá chegado o fim dos tempos?
Pode ser! Pois vivemos momentos de
muitas dores, de lágrimas derramadas e sangue correndo por crimes hediondos,
corrupção, roubo, atentados, desastres...
Se “Deus escreve certo por linhas tortas”, como dizem, as coisas tem que ser
assim mesmo! É preciso confiar nas promessas divinas das escrituras.
Deus é soberanamente bom e justo.
Jesus, seu dileto Filho, nos
assegura que nenhuma criatura se perderá.
É preciso acreditar na
misericórdia de Deus e aproveitar a oportunidade que nos é dada de
transformação interior pela prática do amor ao próximo... Da caridade
evangélica como único meio de salvação.
Lembre-se: Deus nos conduz sempre para um rumo certo.
"Por isso, é
necessário prestarmos a maior atenção à mensagem que temos recebido, para não
acontecer que nos desviemos do caminho reto" (Hb 2,1).
Alertou-nos João Batista: “Preparai o caminho do
Senhor, endireitai as suas veredas (direções)” (Mateus 3,3).
E quando Tomé perguntou: como nós
podemos saber o caminho?
"Jesus lhe respondeu:
Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14,6).
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