“Pai,
perdoa-lhes, que eles não sabem o que fazem” (Jesus).
Um homem julgava sua cruz muito pesada. Fazia a
jornada da vida, entre os demais, carregando de má vontade os próprios
problemas.
Pensou muito em como amenizar o fardo e um dia... Eureca!
– descobriu que podia serrar um pedaço da sua cruz. Isso o satisfez por certo
tempo, até que de novo decidiu:
− Por que não facilitar a vida? Sou livre para fazer o
que bem entendo com minha cruz!
E, ligando a intenção ao ato, serrou mais um pedaço.
Os anos se passaram e muitos pedaços foram cortados. Por fim, o homem levava
uma minúscula cruz. Chegando ao termo da viagem, pararam todos, à margem de uma
vala. Do outro lado, apareceu um anjo, que deu boas vindas a todos e instruiu:
− Deponham suas cruzes sobre a vala. É a medida exata
para servir de ponte para cá. Mas cada um só pode atravessar pela própria cruz.
O homem olhou a largura da vala, comparou com sua
pequena cruz e olhou para o anjo. Mas este lhe disse:
− É uma pena, mas você deve voltar e juntar todos os
pedaços serrados, emendá-los e trazer a cruz inteira a seu termo.
A referida história faz a gente se lembrar de Jesus
conduzindo sua cruz ao lugar de suplício, depois de haver sido objeto da
zombaria e do ludibrio de todos.
Pilatos o entregou aos Judeus que ansiavam por lhe dar
a morte. Mas, os soldados do Tetrarca eram os guardas do preso e os executores
da sentença. Como tais, vigiavam-no, a fim de que não fugisse nem lhes fosse
arrebatado.
O evangelista Lucas, relata assim esse caminhar até o
Gólgota:
“Quando o iam
conduzindo, pegaram de um certo Simão, Cirineu, que vinha do campo, e o
obrigaram a carregar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e
de mulheres, que o lamentavam e pranteavam. Jesus, voltando-se para elas,
disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai por vós mesmas e por
vossos filhos; porque dias virão em que se dirá: Ditosas as estéreis, ditosos
os ventres que nunca geraram e os seios que nunca amamentaram. Por-se-ão todos
então a dizer aos montes: Cai sobre nós; e às colinas: Cobri-nos. Porque, se
isto fazem com o lenho verde, que se fará com o lenho seco?”.
As locuções – lenho
verde e lenho seco – designavam os justos e os pecadores.
Com o que disse às mulheres que o pranteavam e
lamentavam, aludia figuradamente à destruição de Jerusalém, assim como às
calamidades, que a necessidade da depuração do Planeta e da Humanidade faz
inevitáveis.
Penosa foi a caminhada de Jesus até ao lugar do
sacrifício. Assim, porém, tinha que ser, a fim de que Ele mostrasse aos homens
até onde podem chegar a resignação e a paciência.
Pregado à cruz, dos lábios de Jesus não sai uma só
queixa, nenhum protesto e nem o mais ligeiro murmúrio. Nele impera a calma e a
dignidade. É que lhe cumpria dar aos homens, até ao derradeiro instante,
exemplos de moderação, de submissão às leis, por mais iníquas que pareçam e de
respeito aos seus executores, por mais ínfimos que fossem.
Jesus sofria e sofre ainda, no seu amor sem limites,
quando nos vê endurecidos. Suavizemos esse sofrimento, com o nosso amor.
Cumpria a Jesus dar o exemplo da misericórdia e do
perdão aos seus algozes e a toda a humanidade. Pois, a verdade, tinha que se fazer ouvida e brilhar no alto da cruz.
JESUS é o maior de todos os nascidos na Terra desde a
criação do mundo. É o Governador deste Planeta. É o Rei dos Judeus e o Rei dos
habitantes da Terra, porquanto O SEU REINO NÃO É DESTE MUNDO.
Disse Jesus:
"Todas
as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e
ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser
revelá-lo" (Mateus 11,27).
"Eu e o
Pai somos um" (João 10,30).
"Como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou
a minha vida pelas minhas ovelhas"
(João 10,15).
Meditemos sobre isso!...
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