Aquecendo a Vida

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sábado, 1 de outubro de 2016

A CRUZ

“Pai, perdoa-lhes, que eles não sabem o que fazem” (Jesus).



Um homem julgava sua cruz muito pesada. Fazia a jornada da vida, entre os demais, carregando de má vontade os próprios problemas.
Pensou muito em como amenizar o fardo e um dia... Eureca! – descobriu que podia serrar um pedaço da sua cruz. Isso o satisfez por certo tempo, até que de novo decidiu:
− Por que não facilitar a vida? Sou livre para fazer o que bem entendo com minha cruz!
E, ligando a intenção ao ato, serrou mais um pedaço. Os anos se passaram e muitos pedaços foram cortados. Por fim, o homem levava uma minúscula cruz. Chegando ao termo da viagem, pararam todos, à margem de uma vala. Do outro lado, apareceu um anjo, que deu boas vindas a todos e instruiu:
− Deponham suas cruzes sobre a vala. É a medida exata para servir de ponte para cá. Mas cada um só pode atravessar pela própria cruz.
O homem olhou a largura da vala, comparou com sua pequena cruz e olhou para o anjo. Mas este lhe disse:
− É uma pena, mas você deve voltar e juntar todos os pedaços serrados, emendá-los e trazer a cruz inteira a seu termo.
A referida história faz a gente se lembrar de Jesus conduzindo sua cruz ao lugar de suplício, depois de haver sido objeto da zombaria e do ludibrio de todos.
Pilatos o entregou aos Judeus que ansiavam por lhe dar a morte. Mas, os soldados do Tetrarca eram os guardas do preso e os executores da sentença. Como tais, vigiavam-no, a fim de que não fugisse nem lhes fosse arrebatado.
O evangelista Lucas, relata assim esse caminhar até o Gólgota:
“Quando o iam conduzindo, pegaram de um certo Simão, Cirineu, que vinha do campo, e o obrigaram a carregar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, que o lamentavam e pranteavam. Jesus, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai por vós mesmas e por vossos filhos; porque dias virão em que se dirá: Ditosas as estéreis, ditosos os ventres que nunca geraram e os seios que nunca amamentaram. Por-se-ão todos então a dizer aos montes: Cai sobre nós; e às colinas: Cobri-nos. Porque, se isto fazem com o lenho verde, que se fará com o lenho seco?”.
As locuções – lenho verde e lenho seco – designavam os justos e os pecadores.
Com o que disse às mulheres que o pranteavam e lamentavam, aludia figuradamente à destruição de Jerusalém, assim como às calamidades, que a necessidade da depuração do Planeta e da Humanidade faz inevitáveis.
Penosa foi a caminhada de Jesus até ao lugar do sacrifício. Assim, porém, tinha que ser, a fim de que Ele mostrasse aos homens até onde podem chegar a resignação e a paciência.
Pregado à cruz, dos lábios de Jesus não sai uma só queixa, nenhum protesto e nem o mais ligeiro murmúrio. Nele impera a calma e a dignidade. É que lhe cumpria dar aos homens, até ao derradeiro instante, exemplos de moderação, de submissão às leis, por mais iníquas que pareçam e de respeito aos seus executores, por mais ínfimos que fossem.
Jesus sofria e sofre ainda, no seu amor sem limites, quando nos vê endurecidos. Suavizemos esse sofrimento, com o nosso amor.
Cumpria a Jesus dar o exemplo da misericórdia e do perdão aos seus algozes e a toda a humanidade. Pois, a verdade, tinha que se fazer ouvida e brilhar no alto da cruz.
JESUS é o maior de todos os nascidos na Terra desde a criação do mundo. É o Governador deste Planeta. É o Rei dos Judeus e o Rei dos habitantes da Terra, porquanto O SEU REINO NÃO É DESTE MUNDO.
Disse Jesus:
"Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo" (Mateus 11,27).
"Eu e o Pai somos um" (João 10,30).
 "Como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas" (João 10,15).

Meditemos sobre isso!...

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